HIV: os 3 avanços que trazem mais esperança para portadores do vírus:como apostar no mma
A agência estima que 38,4 milhões vivem hoje com HIV, sendo maiscomo apostar no mmadois terços na África.
Graças ao diagnóstico precoce e ao acesso cada vez mais amplo a medicamentos, o HIV se tornou um problema crônicocomo apostar no mmasaúde tratávelcomo apostar no mmamuitas partes do mundo. Há até países que estão pertocomo apostar no mmaeliminá-lo.
"Estamos pesquisando há 40 anos e, embora não tenhamos uma vacina, avanços importantes foram feitos para combatê-lo, tratá-lo e melhorar a vidacomo apostar no mmaquem tem (o vírus)", afirmou David Goodman-Meza, professor da Escolacomo apostar no mmaMedicina David Geffen, da Universidade da Califórniacomo apostar no mmaLos Angeles (UCLA), especializadacomo apostar no mmapesquisas sobre o tema.
Neste 1ºcomo apostar no mmadezembro, Dia Mundialcomo apostar no mmaCombate à Aids, a BBC News Mundo, serviçocomo apostar no mmanotíciascomo apostar no mmaespanhol da BBC, compartilha com você quais são os três avanços mais promissores na área:
1. Antirretrovirais mais eficazes (e cômodos)
O HIV ataca o sistema imunológico e enfraquece as defesas contra muitas infecções e certos tiposcomo apostar no mmacâncer que as pessoas com sistemas imunológicos mais fortes podem combater com mais facilidade.
Isso pode ser combatido com a terapia antirretroviral (TARV).
Na verdade, desde 2016 a OMS recomenda o fornecimento vitalíciocomo apostar no mmaTARV a todos os portadorescomo apostar no mmaHIV, incluindo crianças, adolescentes e gestantes, independentementecomo apostar no mmaseu quadro clínico.
Como resultado, no ano passado havia 28,7 milhõescomo apostar no mmapessoas infectadas pelo HIV no mundocomo apostar no mmatratamento antirretroviral.
Essa combinaçãocomo apostar no mmamedicamentos não cura a infecção, mas inibe a replicação do vírus no organismo e permite que o sistema imunológico se fortaleça.
"Além disso, o que aprendemos nos últimos anos é que o tratamento eficaz reduz o riscocomo apostar no mmatransmissãocomo apostar no mma100%", diz à BBC News Mundo Ayako Miyashita, dos Centroscomo apostar no mmapesquisacomo apostar no mmapolíticascomo apostar no mmaHIV/Aids da Califórnia (CHPRC, na siglacomo apostar no mmainglês).
"Quando uma pessoa tem uma carga viral indetectável, ela não pode transmitir o HIV para ninguém", acrescenta.
"E esse é um elemento vital, não apenas para combater a doença, mas também o estigma associado a ela."
Além disso, ela destaca que nos últimos anos houve avanços "revolucionários"como apostar no mmarelação a esses tratamentos.
"A situação mudou muito desde a décadacomo apostar no mma1990 ou início dos anos 2000, quando os pacientes tinham que tomar vários comprimidos por dia e apresentavam muitos efeitos adversos", explica Goodman-Meza.
Hoje o tratamento consistecomo apostar no mmaum comprimido por dia, e não causa maiores complicações. Mas segue havendo inovações nesta área,como apostar no mmabuscacomo apostar no mmatratamentoscomo apostar no mmalonga duração.
No ano passado, a agência reguladoracomo apostar no mmaalimentos e medicamentos dos EUA (FDA, na siglacomo apostar no mmainglês) aprovou o primeiro tratamentocomo apostar no mmaação prolongada, uma injeção bimestral compostacomo apostar no mmadois medicamentos.
"Imagina o que isso significa para aqueles que estão presos a um comprimido diário há décadas", enfatiza Miyashita.
Para Suzi Steward,como apostar no mma62 anos, que vive com HIV desde 2006, foi a melhor coisa que aconteceucomo apostar no mma15 anos. Ela participou do ensaio clínico — e quando o tratamento foi aprovado, conta que choroucomo apostar no mmaemoção.
"Eu estava realmente farta do comprimido que me lembrava do meu diagnóstico todos os dias", disse ela ao portal especializadocomo apostar no mmasaúde Healthline.
Também estão sendo feitas pesquisas sobre tratamentos alternativos para pacientes com resistência aos antirretrovirais.
2. Medicamentos preventivos bem-sucedidos
"No tratamento, grandes avanços foram feitos, mas a verdadeira revolução veio do lado da prevenção", indica Miyashita, codiretor do Centro do Sul da Califórnia do CHPRC.
Ele se refere à profilaxia pré-exposição, mais conhecida como PrEP.
Se o comprimido for tomado diariamente, a terapia PrEP pode reduzircomo apostar no mmamaiscomo apostar no mma90% as chancescomo apostar no mmacontrair o vírus causador da Aids por meio do sexo — oucomo apostar no mma70% por meio do usocomo apostar no mmaagulhas não esterilizadas ou compartilhadas,como apostar no mmaacordo com os Centroscomo apostar no mmaControle e Prevençãocomo apostar no mmaDoenças dos EUA (CDC, na siglacomo apostar no mmainglês).
A farmacêutica americana Gilead Sciences começou a comercializar o medicamentocomo apostar no mma2012 sob a marca Truvada.
E, três anos depois, a OMS passou a recomendar seu uso para prevenir o HIV entre gruposcomo apostar no mmaalto riscocomo apostar no mmacontraí-lo, como gays, homens bissexuais e suas parceiras do sexo feminino, profissionais do sexo e parceiroscomo apostar no mmaportadores do vírus.
Mas, embora seus resultados já sejam vistoscomo apostar no mmapaíses desenvolvidos, o alto preço do tratamento o mantém longe das áreas mais vulneráveis.
"Recentemente, também foi aprovada a PrEP injetávelcomo apostar no mmaação prolongada", diz Goodman-Meza.
Ele se refere, por exemplo, ao ensaio clínicocomo apostar no mmauma injeçãocomo apostar no mmaliberação prolongada realizado na África do Sul, e que se revelou um grande sucesso: eliminou quase por completo o riscocomo apostar no mmaos participantes contraírem VIH — e foi 88% mais eficaz do que os comprimidos que tomavam diariamente.
A questão foi levantada na Conferência Internacionalcomo apostar no mmaAids, um encontro anualcomo apostar no mmapesquisadores, formuladorescomo apostar no mmapolíticas públicas e ativistas, realizadocomo apostar no mmaMontreal, no Canadá, no finalcomo apostar no mmajulho e iníciocomo apostar no mmaagosto deste ano.
Nos últimos anos, a taxacomo apostar no mmacontágio pelo HIV se estabilizou, e a PrEP injetável é o primeiro medicamento com a nova tecnologia que é um bom presságio para a prevenção do HIVcomo apostar no mmamuito tempo.
3. Pesquisas para uma vacina
Apesarcomo apostar no mmaquatro décadascomo apostar no mmapesquisa, ainda não há uma vacina contra o HIV.
Os esforços mais recentes para desenvolvê-la incluem um ensaio clínicocomo apostar no mmatrês vacinas experimentais baseadas na tecnologiacomo apostar no mmaRNA mensageiro (mRNA) sintético, já utilizadacomo apostar no mmaalgumas vacinas contra a covid-19.
Realizado pelo Instituto Nacionalcomo apostar no mmaAlergia e Doenças Infecciosas dos EUA (NIAID, na siglacomo apostar no mmainglês), o ensaio clínico ainda está na primeira fase.
"Encontrar uma vacina contra o HIV provou ser um desafio científico assustador", disse o então diretor do NIAID, Anthony S. Fauci, agora conselheiro-chefecomo apostar no mmasaúde do presidente dos EUA, quando o ensaio clínico foi lançadocomo apostar no mmamarço.
"Com o sucesso no desenvolvimentocomo apostar no mmavacinas seguras e eficazes contra a covid-19, temos hoje uma excelente oportunidade para ver se podemos obter resultados semelhantes contra a infecção por HIV".
"No momento, não há uma vacina eficaz, e tampouco temos cura", diz Miyashita.
Há casos conhecidoscomo apostar no mmapacientes que, acredita-se, conseguiram se curar — ou pelo menos estão livres do vírus há meses.
Mas esses casos são resultadocomo apostar no mmatratamentos novos e experimentais que não são fáceiscomo apostar no mmaaplicar a todos os pacientes.
"Uma das coisas que não podemos esquecer é que agora existem pessoas vivendo com HIV, e até conseguirmos isso, não só a vacina, mas também a cura, ainda temos muito trabalho pela frente", ressalta.
Além disso, é importante lembrar que nem todos os países se beneficiam dos avanços científicos nessa área.
"A igualdade no acesso à saúde e a um tratamento seguro não é algo que tenha sido alcançado globalmente. Portanto, não importa o quanto se avance nas intervenções biomédicas. Se não alcançarmos a igualdadecomo apostar no mmaacesso, não veremos o fim do HIV."