Rússia corta gás à Europameio a guerra e disputa por preços:

A sede da GazpromSão Petersburgo vistaum oleoduto

Crédito, EPA

Legenda da foto, A sede da GazpromSão Petersburgo vistaum oleoduto

A notícia mais recente surgemeio a temores crescentesque os moradores da União Europeia (UE) não poderão arcar com os custos do aquecimento durante o próximo inverno.

Os preços da energia dispararam desde que a Rússia invadiu a Ucrânia — e a escassezsuprimentos pode aumentar ainda mais as contasenergia.

Antes da invasão da Ucrânia, a Rússia fornecia 40% do gás utilizado no resto do continente europeu.

A Europa está tentando encontrar novas alternativas à energia russaum esforço para reduzir a capacidadeMoscoufinanciar a guerra.

Mas a transição para outros fornecedores pode não ocorrer com a rapidez necessária.

O presidente do Conselho da UE, Charles Michel, disse que o recente anúncio "infelizmente não é uma surpresa".

"O uso do gás como arma não mudará a determinação da UE. Vamos acelerar o caminho para a independência energética. Nosso dever é proteger os cidadãos e apoiar a liberdade da Ucrânia", escreveu no Twitter.

O governo russo nega usar o fornecimentoenergia como uma espéciearma econômicaretaliação às sanções impostas após a invasão da Ucrânia.

Moscou aponta que as sanções econômicas atrasaram a manutençãorotina do Nord Stream 1. A UE, porvez, entende que essa justificativa é apenas um pretexto.

O reguladorrede da Alemanha, o Bundesnetzagentur, disse que o país está agora mais preparado para o fim do fornecimentogás russo, mas pediu que cidadãos e empresas reduzam o consumoenergia nos próximos meses.

Vazamentoóleo

Crédito, Gazprom

Legenda da foto, A Gazprom divulgou uma foto do vazamentoóleo

O anúncio da Gazprom veio logo depois que as nações do G7 concordaramlimitar o preço do petróleo russo como uma formaapoio à Ucrânia.

O G7 (Grupo dos Sete) é composto por Reino Unido, Estados Unidos, Canadá, França, Alemanha, Itália e Japão.

A introduçãoum tetopreços nesse setor significa que os países que adotarem essa política poderão comprar apenas produtos petrolíferos russos transportados por via marítima que sejam vendidos no limite do valor estipulado (ou abaixo dele).

A Rússia diz que não exportará petróleo para países que participarem dessa nova política.

O gasoduto Nord Stream 1 se estende da costa russa perto da cidadeSão Petersburgo até o nordeste da Alemanha e pode transportar 170 milhõesmetros cúbicosgás por dia.

Essa imensa estrutura é operada pela empresa Nord Stream AG, cujo acionista majoritário é a Gazprom.

A Alemanha também já havia apoiado a construçãoum gasoduto paralelo — o Nord Stream 2 — mas o projeto foi interrompido depois que a Rússia invadiu a Ucrânia.

A Gazprom disse que a falha foi detectada na estaçãocompressores do terminalPortovaya e a avaliação do problema aconteceuparceria com técnicos da empresa Siemens.

Os representantes da estatal informaram que a correçãovazamentosóleo nos principais motores só pode ser feitaoficinas especializadas, que foram prejudicadas pelas sanções econômicas anunciadas por vários países durante a guerra.

No entanto, a Siemens contrapôs que "tais vazamentos normalmente não afetam o funcionamentouma turbina e podem ser vedados no próprio local".

"É um procedimentorotina dentro do escopo dos trabalhosmanutenção", divulgou a empresa.

Esta não é a primeira vez desde a invasão da Ucrânia que o gasoduto Nord Stream 1 foi fechado.

Em julho, a Gazprom cortou completamente o fornecimento, alegando "uma pausa para manutenção".

Os trabalhos foram reiniciados novamente dez dias depois, masum nível muito reduzido.

Falando à BBCBerna, na Suíça, a economista e analistaenergia Cornelia Meyer avalia que a paralisação do suprimentogás terá um grande impacto econômico.

"Esse anúncio tem enormes repercussões para o gás na Europa, que está cercaquatro vezes mais caro do que era há um ano. A crise do custovida piorará, porque não é apenas o gás que aumentapreço", disse.

"O gás vira fertilizante e é usadomuitos processos industriais, então isso afetará os custos e os empregos."

Plataformapetróleo

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, O corte no suprimentogás acontece logo após o G7 anunciar uma política que limita o preçovenda do petróleo russo

AnáliseTheo Leggett, correspondenteNegócios da BBC News

O fluxogás pelo Nord Stream 1 já havia sido reduzido a um "gotejamento relativo". Agora, mais uma vez, foi interrompido completamente.

Tudo está relacionado a um vazamentoóleo, afirma a Gazprom — que anteriormente atribuiu os fluxos reduzidos nos meses anteriores a questões técnicas relacionadas às sanções econômicas.

A Europa, no entanto, acredita que o presidente Vladimir Putin utiliza o fornecimentogás e limita deliberadamente os fluxos através do gasoduto para aumentar os preços, a fimtestar a determinação dos críticos da Rússia.

O resultado, como já vimos, é o aumento dos custosenergia — com empresas e consumidores pagando um preço muito alto.

O momentomudança na Gazprom é certamente interessante. Ele ocorre no mesmo diaque o G7 anunciou medidas para limitar o preço das exportaçõespetróleo da Rússia.

O anúncio também acontece logo após a Alemanha — que depende fortemente do gás russo — revelar que os estoquesinverno estavam enchendo mais rápido do que o esperado.

Um cínico poderia interpretar que esta era a última oportunidadeapertar o parafuso, com o objetivoinfligir o máximodano nos meses mais frios que virão pela frente.

- Este texto foi publicado originalmentehttp://vesser.net/internacional-62779458

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