As imagens aéreas que mostram onde Rússia esconde grãos roubados da Ucrânia:pixbet dono

Navio sendo carregado com grãos no portopixbet donoSebastopol

Crédito, Planet

Legenda da foto, Navio sendo carregado com grãos no portopixbet donoSebastopol
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Legenda da foto, Imagempixbet donocâmerapixbet donosegurança mostra momentopixbet donoque soldados russos chegam a armazém

Ele diz que as forças russas agora ocupam 80% das dezenaspixbet donomilharespixbet donohectares que ele cultiva e as acusapixbet donoroubar grãospixbet donoescala industrial.

Uma câmerapixbet donosegurançapixbet donouma das áreas da empresa capturou o momentopixbet donoque os russos chegaram. Desfocamos imagens dos arredores para proteger as identidades dos donos da fazenda.

Na mesma gravação, mais tarde, é possível ver um soldado olhando para uma câmerapixbet donosegurança e atirando nela. Mas ele erra.

Caminhõespixbet donogrãos foram roubados e Dmytro diz que alguns deles tinham rastreadores GPS instalados.

Conseguimos analisar esses dados para descobrir que eles foram para o sul, na Crimeia, que a Rússia anexoupixbet dono2014, e depois para a Rússia.

grafico 1

A partir dos dados do GPS, ambos os caminhões pararam pertopixbet donouma instalaçãopixbet donoarmazenamento — identificada como um local para descarregar e armazenar grãos — na cidadepixbet donoOktyabrske, na Crimeia.

Em uma imagempixbet donosatélitepixbet dono14pixbet donojunho deste ano, pode-se ver uma filapixbet donocaminhões na estrada ao lado do local.

Gráfico silos

Pode-se ver que a instalaçãopixbet donoarmazenamento fica ao ladopixbet donouma linha férrea, que pode ser usada para transportar grãos para a Rússia ou para portos no sul da Crimeia. A parte superior do localpixbet donoarmazenamento também parece ter o símbolo Z — o emblema da invasão da Rússia — no telhado.

Filas na fronteira

É muito difícil rastrear carregamentos individuaispixbet donogrãos roubados, mas há muitas evidênciaspixbet donoque muitos deles vão primeiro para a Crimeia. Há imagenspixbet donosatélitepixbet donodois pontospixbet donoentrada principais —pixbet donoChonhar e Armiansk — nos quais é possível ver vários veículos, que podem ser usados ​​para transportar grãos e outros produtos.

Uma imagem do pontopixbet donoentradapixbet donoChonhar, registradapixbet dono17pixbet donojunho, mostra uma filapixbet donocaminhões com maispixbet dono5 kmpixbet donocomprimento.

Gráfico imagem aerea

Esse nívelpixbet donotráfego rodoviário na Crimeia é incomum, pois a Ucrânia não tem acesso à área desde que ela foi anexada pela Rússiapixbet dono2014, e exporta grãos e outros produtospixbet donooutros lugares.

Pode ser possível explicar parte do volumepixbet donotráfego como caminhões vazios retornando das áreas ocupadas, entregando suprimentos às tropas russas. Mas uma dedução óbvia é que muitos dos veículos estão transportando grãos — ou outros produtos como sementespixbet donogirassol — retiradospixbet donoagricultores ucranianos.

Imagenspixbet donosatélite da cidadepixbet donoDzhankoi, na Crimeia, mostram caminhões aguardandopixbet donouma estrada ao ladopixbet donouma instalaçãopixbet donoarmazenamentopixbet donogrãos e perto da estaçãopixbet donotrem.

Gráfico 2

As imagens mostram trenspixbet donocarga, com vagões do tipo usado para transportar grãos e outros produtos, na estação ao lado do armazém.

Os trenspixbet donoDzhankoi estão conectados aos portospixbet donoSebastopol e Kerch, onde os produtos podem ser transportados para a Rússia ou para o exterior.

Para onde os grãos ucranianos são levados após a Crimeia?

"Eles primeiro levam grãos para a Crimeia anexada, onde os transportam para (os postos de) Kerch ou Sebastopol, depois carregam grãos ucranianospixbet dononavios russos e vão para o Estreitopixbet donoKerch", diz Andrii Klymenko, especialista do Instituto para Estudos Estratégicos do Mar Negropixbet donoKiev, que monitora regularmente os movimentospixbet dononavios ao redor da Crimeia.

"Lá, no estreitopixbet donoKerch (entre a Crimeia e a Rússia), eles transferem grãos ucranianospixbet donopequenos navios para graneleiros, onde são misturados com grãos da Rússia — ou,pixbet donoalguns casos, navegam para essa área apenas para parecer que eles estão carregando grãos russos."

Ele acrescenta que o conteúdo é exportado com certificados russos, ou seja, declarando que se tratapixbet donogrão russo.

Gráfico mapa

Os navios muitas vezes se dirigem para a Síria ou a Turquia.

O ministro das Relações Exteriores da Turquia, Mevlut Cavusoglu, disse que investigou as alegações sobre o enviopixbet donogrãos ucranianos para a Turquia e até agora não encontrou nenhuma evidência.

"Vimos nos registros que o portopixbet donopartida dos navios e a origem das mercadorias é a Rússia", disse ele.

Volume incomumpixbet donoatividadepixbet donoSebastopol

Imagenspixbet donosatélite do terminalpixbet donogrãospixbet donoAvlita, no portopixbet donoSebastopol, no oeste da Crimeia, mostram um alto nívelpixbet donoatividade ao longopixbet donojunho, com material amarelo consistente com a corpixbet donogrãos sendo carregadopixbet donouma sériepixbet dononavios.

Analisamos imagens do mesmo terminalpixbet donojunho nos últimos anos, e essa quantidadepixbet donoatividade parece ser alta — e incomum.

Alguns especialistas com quem conversamos disseram que essa atividade só pode ser explicada pelo transportepixbet donogrãos ucranianos.

"A Crimeia não produz muitos grãos para exportação", diz Mariia Bogonos, especialistapixbet donopolítica agrícola da Escolapixbet donoEconomiapixbet donoKyiv.

Também não faria sentido geográfico para a Rússia usar Sebastopol para exportar seus próprios grãos.

Mas Mike Lee, um especialistapixbet donoagricultura da consultoria Green Square Agro que trabalhou na Ucrânia e na Rússia, diz que alguns grãos vindos da Crimeia podem ser partepixbet donouma reserva da colheita do ano passado, mantidapixbet donoestoque por causa da guerra.

"A Crimeia está sob controle russo, mas as cadeiaspixbet donosuprimentos também foram afetadas lá."

Os navios que desligam seus rastreadores

Da Crimeia, as autoridades dos Estados Unidos e da Ucrânia e reportagens na imprensa identificaram nove navios que teriam transportado grãos ucranianos roubados para o exterior.

Usando dados da Lloyd's List Intelligence, serviço especializadopixbet donoinformações comerciais dedicado à comunidade marítima global, a BBC rastreou esses naviospixbet donoviagens entre a Crimeia e portos na Turquia e na Síria desde abril.

A Lloyd's List Intelligence diz que os navios usaram o que especialistas marítimos descreveriam como práticaspixbet dononavegação "enganosas" — desligando seus rastreadores a bordo ao entrar no Mar Negro ou se movendo pelo Estreitopixbet donoKerch, perto da Crimeia.

Quando seus rastreadores voltam a funcionar, os navios estão navegando para o sul e muitos relatam uma profundidade menor na água, sugerindo que fizeram carregamentopixbet donocarga durante esse apagão.

A BBC mapeou as viagenspixbet donotrês navios: o Matros Pozynich e o Sormovskiy 48,pixbet donopropriedadepixbet donoduas empresas na Rússia, e o Finikia,pixbet donopropriedade da Autoridade Marítima Geral da Síria.

Tentamos entrarpixbet donocontato com os proprietários registrados na Rússia desses navios para perguntar sobre as viagens, mas não obtivemos resposta. Não conseguimos falar com os proprietários sírios.

Apesar das lacunaspixbet donoseus históricospixbet donorastreamento, imagenspixbet donosatélite revelaram onde alguns dos navios estiveram.

Gráfico mapa

Fotospixbet donoMaxar mostram o Matros Pozynichpixbet donoSebastopol, na Crimeia,pixbet donomeadospixbet donomaio. Durante esta viagem, ele navegou para o Estreitopixbet donoKerch, teve um apagão do transponder por cinco dias e depois reapareceu centenaspixbet donoquilômetros ao sul no Mar Negro. Mais tarde, foi fotografado no porto síriopixbet donoLatakia — mas teve seu sistemapixbet donorastreamento desligado.

De acordo com a Convenção Internacional para a Salvaguarda da Vida Humana no Mar (SOLAS) da ONU, os navios devem ter seus rastreadores sempre ligados, a menos que isso represente uma ameaça àpixbet donosegurança e proteção — da pirataria, por exemplo.

Michelle Wiese Bockmann, editorapixbet donomercado da Lloyd's List Intelligence, acredita que não há justificativa para desligar os rastreadores perto da Crimeia ou da costa síria.

"Esta prática claramente não está ligada a riscospixbet donopirataria", diz Bockmann. "Outros navios têm seus transponders ligados, então por que não têm?"

Táticas da Rússia

A BBC também obteve documentos elaborados pelas autoridadespixbet donoocupação russas que listam as fazendas para onde os grãos são transferidos.

Uma investigação separada dos serviçospixbet dononotícias russo e ucraniano da BBC mostrou que,pixbet donoalguns casos, os russos estão forçando os agricultores ucranianos a vender grãos a preços bem abaixo das taxaspixbet donomercado e assinar documentos para provar que foram comprados "legalmente".

Embora os primeiros relatos fossem tipicamentepixbet donoroubo direto pelas forças russas, os agricultores sugerem que houve uma mudançapixbet donotática, pois os russos percebem que, se não pagarem nada, as colheitas futuras podem ser sabotadas. Os agricultores dizem que têm que aceitar os preços baixos, pois não têm alternativa e precisam comprar combustível e pagar trabalhadores.

Emilie Pottle, advogadapixbet donodireito internacional, disse à BBC que essas ações podem violar a Convençãopixbet donoGenebra e as regras do Tribunal Penal Internacional (TPI).

Entramospixbet donocontato com as autoridades russas para perguntar sobre essas alegações, mas ainda não recebemos uma resposta.

No entanto, algumas autoridadespixbet donoáreas controladas pela Rússia falaram abertamente sobre a retiradapixbet donogrãos ucranianos das áreas que agora controlam.

Reportagem adicional da Ucrânia por Hanna Tsyba, Sira Thierij e Hanna Chornous

Reportagem adicionalpixbet donoLondres por Daniele Palumbo, Josh Cheetham, Jake Horton, Erwan Rivault e Andrei Zakharov

'Este texto foi originalmente publicadopixbet donohttp://vesser.net/internacional-61952335'

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