Como EUA e Brasil enfrentam alta da gasolina:br4bet entrar

Frentista abastece carrobr4bet entrarpostobr4bet entrargasolinabr4bet entrarSalvador

Crédito, Getty Images

Preços recordes

Depoisbr4bet entrarchegar a níveis recordes neste mês, o preço da gasolina nos Estados Unidos registrou leve queda no último domingo (19/6), com média nacionalbr4bet entrarUS$ 4,98 (cercabr4bet entrarR$ 25,56) por galão (equivalente a 3,78 litros). Na semana passada, esse valor chegou a ultrapassar US$ 5 (cercabr4bet entrarR$ 25,66).

O preço médiobr4bet entrarUS$ 4,98 por galão é equivalente a US$ 1,31 (cercabr4bet entrarR$ 6,74) por litro. Esse valor, apesarbr4bet entrarconsiderado alto pelos consumidores americanos, ainda é mais baixo do que o preço pago pelos brasileiros.

Segundo dados divulgados nesta terça-feira (21/06) pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), o litro da gasolinabr4bet entrarpostos do Brasil chegou a até R$ 8,99 na semana passada. O menor valor registrado na pesquisa foibr4bet entrarR$ 6,17. O diesel chegou a R$ 8,63.

Painel mostra preço da gasolina a maisbr4bet entrarUS$ 5 o galão

Crédito, Matt Stone/MediaNews Group/Boston Herald via Getty

Legenda da foto, Na semana passada, o preço da gasolina nos EUA chegou a ultrapassar US$ 5 por galão

A médiabr4bet entrarpreços foibr4bet entrarR$ 7,23 para o litro da gasolina, levemente abaixo dos R$ 7,24 na semana anterior. O preço médio do diesel passoubr4bet entrarR$ 6,88 para R$ 6,90 no período. Esses valores ainda não refletem totalmente o reajuste anunciado pela Petrobras na sexta-feira (17/06),br4bet entrar5,18% no preço da gasolina vendida às distribuidoras ebr4bet entrar14,26% para o diesel.

Com o reajuste, o preço médio do litrobr4bet entrargasolina vendida pela Petrobras às distribuidoras passarábr4bet entrarR$ 3,86 para R$ 4,06. O valor final pago pelo consumidor é mais alto, afetado por fatores como impostos e margensbr4bet entrarlucrobr4bet entraroutros setores da cadeiabr4bet entrarabastecimento.

Reações

Nesse cenário, tanto o presidente brasileiro quanto o americano vêm reagindo aos aumentos nos preços. Na segunda-feira (20/06), três dias após o novo reajuste, a Petrobras anunciou que seu presidente, José Mauro Coelho, renunciou ao cargo.

Coelho havia sido demitido pelo presidente Jair Bolsonaro no mês passado,br4bet entrarmeio a pressões do governo, que é acionista majoritário da empresa, para segurar os preços dos combustíveis e não repassar a alta internacional aos consumidores finais. Mas a demissão ainda tinhabr4bet entrarser aprovada pelo conselhobr4bet entraradministração da empresa.

Homem caminhandobr4bet entrarfrente ao prédio da Petrobras, no Riobr4bet entrarJaneiro

Crédito, Fabio Teixeira/Anadolu Agency via Getty Images

Legenda da foto, Três dias após novo reajuste, a Petrobras anunciou na segunda-feira que seu presidente, José Mauro Coelho, renunciou ao cargo

Nos Estados Unidos, apesar do alívio temporário nesta semana, consumidores já temem nova alta até o feriadãobr4bet entrar4br4bet entrarjulho, quando o país comemora o Dia da Independência e milhõesbr4bet entraramericanos devem pegar a estrada. Alguns analistas projetam que a média poderá chegar a US$ 6 (cercabr4bet entrarR$ 30,78) por galão.

Os altos preços dos combustíveis contribuem para os baixos níveisbr4bet entraraprovação do presidente americano,br4bet entrarmeio ao temorbr4bet entrarrecessão e inflaçãobr4bet entrar8,6% no acumuladobr4bet entrar12 meses até maio, nível mais altobr4bet entrar40 anos.

Biden defendeu nesta quarta, que o Congresso aprove uma pausa temporáriabr4bet entrarum imposto federal sobre gasolina. E exortou as refinarias arepassarem integralmente aos consumidores o alívio dessa suspensão,br4bet entrarUS$ 0,18 (cercabr4bet entrarR$ 0,94) por galãobr4bet entrargasolina. "Esse não é o momento pra explorar o lucro", disse Biden, que amarga baixas taxasbr4bet entrarpopularidade.

Na semana passada, Biden criticou algumas das maiores empresasbr4bet entrargás e petróleo por priorizarem "margensbr4bet entrarlucro históricas" e "agravarem a dor" dos consumidores. Ele disse quebr4bet entrarequipe deverá se reunir com os executivos-chefes dessas empresas e buscar "uma explicação sobre por que não estão refinando mais petróleo".

Mas, para o economista Paolo Pasquariello, professorbr4bet entrarFinanças da Universidadebr4bet entrarMichigan, as açõesbr4bet entrarBiden oubr4bet entrarBolsonaro não devem ter muito impacto na redução dos preços dos combustíveis.

"A verdade é que políticos,br4bet entrargeral, não controlam preços. E particularmente não controlam o preço do petróleo, que é uma commodity global", diz Pasquariello à BBC News Brasil. "Em países democráticos, há muito pouco que o governo possa fazer."

Medidas

"Sabemos que este será um verão difícil (no hemisfério norte)", resumiu no fimbr4bet entrarsemana a secretáriabr4bet entrarEnergia americana, Jennifer Granholm,br4bet entrarentrevista à rede CNN.

Joe Biden e Jair Bolsonaro

Crédito, CHANDAN KHANNA/AFP via Getty Images

Legenda da foto, Para economista, as açõesbr4bet entrarBiden oubr4bet entrarBolsonaro não devem ter muito impacto na redução dos preços dos combustíveis

Granholm salientou que uma pausa nos impostos federais, caso aprovada, afetaria verbas para projetosbr4bet entrarinfraestrutura nas estradas e não teria impacto nos fatores externos contribuindo para a alta, como problemasbr4bet entrarfornecimento e capacidadebr4bet entrarrefino.

Outras tentativas do governo federalbr4bet entrarestancar a alta nos preços da gasolina nos Estados Unidos tiveram efeito limitado. No finalbr4bet entrarmarço, a Casa Branca anunciou que iria usar a reserva estratégicabr4bet entrarpetróleo do país, liberando até 1 milhãobr4bet entrarbarris por dia durante seis meses. Mas os preços continuam altos.

Vários Estados americanos, como Connecticut, Flórida, Geórgia, Maryland e Nova York, também anunciaram recentemente suspensões temporáriasbr4bet entrarimpostos estaduais sobre combustíveis para conter a alta nos preços. Outros, como Kentucky, adiaram reajustesbr4bet entrarimpostos que estavam previstos.

Os impostos estaduais variam muito ao redor do país, desde menosbr4bet entrarUS$ 0,10 (cercabr4bet entrarR$ 0,50) por galãobr4bet entrarEstados como o Alasca até quase US$ 0,60 (cercabr4bet entrarR$ 3)br4bet entrarlocais como Pensilvânia ou Califórnia.

Apesar da alta nacional nos preços dos combustíveis, nem todos os Estados ou cidades americanas são afetados da mesma maneira. Enquanto grandes metrópoles, como Chicago, viram o preço nas bombas chegar ao redor dos US$ 6 por galão,br4bet entraralgumas zonas rurais os valores são mais baixos do que a média nacional.

Calcula-se que pelo menos 17 Estados tenham preço médio acimabr4bet entrarUS$ 5 por galão. O valor mais alto é registrado na Califórnia, onde o galãobr4bet entrargasolina custabr4bet entrarmédia US$ 6,40.

Estima-se que o aumento médiobr4bet entrarmaisbr4bet entrarUS$ 1,90 por galãobr4bet entrargasolina no último ano represente gasto extrabr4bet entrarcercabr4bet entrarpelo menos US$ 172 por mês para os lares americanos.

Assim como nos Estados Unidos, no Brasil o preço ao consumidor também variabr4bet entrarEstado para Estado. Enquanto na Bahia a média chegou a R$ 8,03 por litrobr4bet entrargasolina na semana encerradabr4bet entrar18br4bet entrarjunho, no Amapá o preço médio ficoubr4bet entrarR$ 6,44.

Fatores

O valor internacional do petróleo é determinado pela oferta e demanda, mas o preço final que o consumidor paga pela gasolina, o diesel e outros derivados dependebr4bet entrarvários outros fatores ao longo da cadeiabr4bet entrarabastecimentobr4bet entrarcada país ou região.

Além dos preços do barril, da taxabr4bet entrarcâmbio e dos impostos, também contribuem aspectos que vão desde processamento, distribuição, transporte e proximidadebr4bet entrarrefinarias até políticasbr4bet entrarsubsídios e regulações ambientais, entre outros.

O analista Lenny Rodriguez, gerente do setorbr4bet entrarPreçosbr4bet entrarPetróleo e Perspectivas Regionais da S&P Global Commodity Insights, ressalta que, mesmo antes da guerra na Ucrânia, os preços internacionais do petróleo já vinham subindo.

Nos últimos meses, houve também um grande aumento na demanda, com o relaxamento das restrições geradas pela pandemiabr4bet entrarvárias partes do mundo, após avanços na vacinação.

"Este é o anobr4bet entrarque muitas pessoas estão pegando a estrada ou voandobr4bet entrarnovo", diz Rodriguez à BBC News Brasil, ao ressaltar a grande demanda no setorbr4bet entrartransportes, apesar dos altos preços dos combustíveis.

Rodriguez observa que, enquanto os padrõesbr4bet entrardemanda começam a voltar ao normal, refinarias estão tentando acompanhar, mas ainda há um desequilíbrio. Ele espera que, pelo menos até o fim do ano, os preços da gasolina e do diesel permaneçam acima da média dos últimos cinco anos.

Nos EUA, calcula-se que o preço do barrilbr4bet entrarpetróleo cru responda por cercabr4bet entrar60% do valorbr4bet entrarum galãobr4bet entrargasolina, e que esse percentual tenha crescido desde o ano passado.

No Brasil, a Petrobras detalhabr4bet entrarseu site os itens que compõem o preço da gasolina, ao ressaltar que "outros fatores entram no cálculo do valor" pago pelo consumidor. Segundo a Petrobras, no valor médiobr4bet entrarR$ 7,23 pelo litro da semana encerradabr4bet entrar18/06, R$ 2,84 (39,3%) é a parcela que fica com a empresa.

Distribuição e revenda respondem por R$ 1,00 do preço total (13,8%), o custo do etanol anidro, por R$ 0,95 (13,1%), o imposto estadual (que é o ICMS, ou Imposto sobre Circulaçãobr4bet entrarMercadorias e Serviços) responde por R$ 1,75 (24,2%), e os impostos federais, por R$ 0,69 (9,5%).

Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou um projetobr4bet entrarlei que fixa tetobr4bet entrar17% para o ICMS sobre energia elétrica, combustíveis, telecomunicações e transporte coletivo. O projeto deverá ser sancionado pelo presidente.

Mas analistas ressaltam que os reajustes nos preços da gasolina no Brasil estão relacionados à políticabr4bet entrarparidadebr4bet entrarpreços internacionais (PPI), adotadabr4bet entrar2016, pela qual a Petrobras vende às distribuidoras os derivadosbr4bet entrarpetróleo, como a gasolina, seguindo os valores do mercado internacional.

Com essa política, os preços estão vinculados à cotação internacional do barrilbr4bet entrarpetróleo e são afetados pela variação do dólar. Mas, segundo a Associação Brasileira dos Importadoresbr4bet entrarCombustíveis (Abicom), mesmo com os últimos reajustes, os valores da gasolina no Brasil ainda estão defasadosbr4bet entrarrelação ao mercado internacional.

No ranking Global Petrol Prices, que mediu o preço da gasolinabr4bet entrar168 países na semana encerrada no dia 13/06, o Brasil apareciabr4bet entrar83º lugar, com médiabr4bet entrarUS$ 1,41 (cercabr4bet entrarR$ 7,25), ainda antes do anúnciobr4bet entrarreajuste da Petrobras. Os Estados Unidos ocupavam a 76ª posição.

De acordo com o levantamento, o litro mais barato naquela semana era encontrado na Venezuela, a US$ 0,02 (cercabr4bet entrarR$ 0,10), e o mais carobr4bet entrarHong Kong, onde os consumidores pagaram US$ 2,99 (cercabr4bet entrarR$ 15,41).

Pasquariello acredita que, com vários bancos centrais ao redor do mundo aumentando taxasbr4bet entrarjuros para esfriar suas economias, eventualmente haverá uma queda na demanda por petróleo.

"Não pelos motivos que gostaríamos, mas vai cair mesmo assim, e isso vai puxar os preços para baixo."

'Este texto foi originalmente publicado http://vesser.net/internacional-61877697'

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