Que armas os EUA darão à Ucrânia — e qual o possível impacto na guerra:aami cbet

Soldado ucraniano com um Javelin

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Um soldado ucraniano segurando um sistemaaami cbetmísseis antitanque Javelin durante exercícios militaresaami cbet2021

Os mísseis Javelin estão entre os itens prometidos à Ucrânia pelos EUAaami cbetum novo pacoteaami cbetassistência militaraami cbetUS$ 800 milhões anunciado pelo presidente americano, Joe Biden, na quarta-feira (16/03).

Outros armamentos incluem drones que podem ser transformadosaami cbetbombas voadoras e armas antiaéreas capazesaami cbetatiraraami cbethelicópteros do céu.

Mas será que estes carregamentos vão ajudar a Ucrânia a vencer a forçaaami cbetinvasão — mais numerosa e melhor equipada — da Rússia?

O que os EUA vão enviar para a Ucrânia?

A nova ajuda dos EUA para a Ucrânia inclui uma ampla variedadeaami cbetequipamentos militares —aami cbet25 mil conjuntosaami cbetcoletes e capacetes a rifles e lançadoresaami cbetgranadas, milharesaami cbetoutras armas antitanque e maisaami cbet20 milhõesaami cbetcartuchosaami cbetmunição.

Além dos mísseis Javelin, as armas mais poderosas incluem 800 sistemas antiaéreos Stinger, que já foram usados ​​para derrubar aviões soviéticos no Afeganistão.

Os EUA também planejam enviar 100 "sistemas aéreos não tripulados táticos" — pequenos drones —, que geralmente são lançados manualmente e pequenos o suficiente para caberaami cbetmochilas.

Os soldados podem usá-los para sondar o campoaami cbetbatalha ou,aami cbetalguns casos, para atacar, essencialmente criando bombas voadoras que podem ser lançadasaami cbetalvos à distância.

Infográfico especifica algumas armas enviadas pelos EUA à Ucrânia

O anúncioaami cbetBiden na quarta-feira eleva o valor total da ajuda militar dos EUA prometida à Ucrânia para US$ 1 bilhão apenas na semana passada — um grande salto quando comparado aos US$ 2,7 bilhões fornecidos entre 2014 e o inícioaami cbet2022.

É um "desenvolvimento significativo" e aborda déficits anteriores,aami cbetacordo com John Herbst, ex-embaixador dos EUAaami cbetKiev.

"Não há dúvidaaami cbetque [Biden] eaami cbetequipe têm sido muito tímidos no apoio à Ucrânia."

"E eles responderam a essa pressão", acrescenta Herbst.

O que isso vai significar contra as ofensivas terrestres e aéreas russas?

Especialistas militares dizem que as armas antitanque fornecidas pelos EUA provavelmente terão o maior impacto na Ucrânia.

As forças invasoras russas "são principalmente forças mecanizadas" — no caso, comboios blindados —, então "a melhor coisa que você pode fazer é acabar com eles [os veículos]", diz o ex-coronel do Exército dos EUA Christopher Mayer.

A Ucrânia recebeu uma variedadeaami cbetsistemas antitanqueaami cbetvários países, o que ajuda a aumentar a "letalidade" das forças ucranianas contra veículos russos, segundo Mayer.

"Se você der a eles uma variedadeaami cbetsistemas antitanque, isso oferece a eles várias oportunidadesaami cbetatravessar qualquer sistemaaami cbetproteçãoaami cbetblindagem defensiva específico que o tanque tenha", explica.

E embora suas alegações não possam ser verificadasaami cbetforma independente, as autoridades ucranianas dizem que estão usando as armas com sucesso. Em 16aami cbetmarço, eles afirmam ter destruído maisaami cbet400 tanques e maisaami cbet2 mil outros veículos russos.

Armas antitanque não ajudam, no entanto, a Ucrânia a combater a força aérea russa, que há três semanas ataca alvosaami cbettodo o país.

O sistema portátil Stinger, lançado pelo ombro, é a única arma antiaérea incluída no pacoteaami cbetajuda dos EUA.

O sistema tem sido vistoaami cbetconflitos ao redor do mundo desde 1981. Foi mais famoso no Afeganistão, onde Stingers fornecidos pelos EUA ajudaram a derrubar centenasaami cbetaeronaves e helicópteros russos durante a ocupação soviética.

Imagemaami cbetum helicóptero russo sendo abatido

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Imagem do Ministério da Defesa ucranianoaami cbetum helicóptero russo sendo abatido por suas forças no inícioaami cbetmarço

É eficaz contra helicópteros ou aeronaves voando baixoaami cbetaté cercaaami cbet3.800 m, tornando-o relativamente inútil contra bombardeiros russos que voam mais alto.

Para Herbst, a menção do governo ao Stingers como parte do pacoteaami cbetajuda à Ucrânia é um "sinalaami cbetfraqueza".

"Eles precisamaami cbetmais Stingers, não há dúvida sobre isso", diz ele. "Mas também precisamaami cbetarmas antiaéreasaami cbetmaior altitude... essa é uma omissão séria."

Quais armas os EUA não pretendem enviar?

Embora a Casa Branca tenha sugerido que armasaami cbetmaior altitude — como o míssil antiaéreo S-300 da era soviética — podem estar indo para a Ucrânia via outros países, nenhum anúncio formal foi feito.

Autoridades na Eslováquia expressaram vontadeaami cbetenviar os sistemas para a Ucrânia, desde que recebam uma reposição. Dois outros aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) — Grécia e Bulgária — também teriam os sistemas.

Os EUA também rejeitaram a oferta da Polôniaaami cbettransferir seus caças MiG-29 para a Ucrânia para permitir que se saíssem melhor na disputa nos céus.

Autoridades americanas descreveram a proposta como não "sustentável" devido ao aumento do riscoaami cbetconflito aberto entre a Otan e a Rússia.

Mayer afirma, no entanto, que a transferência dos MiG-29 ouaami cbetjatos similares por aliados dos EUA — com a bênção do governo — seria uma maneira eficazaami cbetajudar a Ucrânia a lutar pelo controleaami cbetseu espaço aéreo.

Ele observou que a União Soviética forneceu aeronaves e pilotos ao Vietnã do Norte para operar contra aeronaves dos EUA sem iniciar um confronto mais amplo.

O que outros países fizeram?

Os EUA não estão sozinhos no fornecimentoaami cbetajuda militar à Ucrânia. Pelo menos 30 outros países forneceram ajuda, incluindo € 500 milhões (US$ 551 milhões) da União Europeia, pela primeira vez na história.

Depois que os EUA anunciaram o novo pacoteaami cbetassistência, no entanto, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que "mais apoio" era urgentemente necessário.

"Ainda mais do que temos agora", afirmou ele, fazendo um apelo por "sistemasaami cbetdefesa aérea, aeronaves [e] armas letais e munições suficientes para deter os ocupantes russos".

Mayer acredita que os suprimentosaami cbetarmas dos EUA prometidos até o momento talvez sejam apenas o suficiente para permitir que os ucranianos "morram heroicamente".

"Devemos ser mais agressivosaami cbetdar a eles o que temos", avalia.

"Devemos pelo menos dar a eles a mesma qualidade e quantidadeaami cbetcoisas que a União Soviética deu ao Vietnã do Norte durante nossa guerra com eles."

Soldados ucranianos descarregando mísseis Javelin dos EUA

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Soldados ucranianos descarregando armas antitanque Javelin, fabricadas nos EUA, apenas algumas semanas antes da invasão russa,aami cbet24aami cbetfevereiro

Herbst afirma que pacotesaami cbetassistência adicionais "provavelmente" serão necessários no futuro — e que só serão eficazes se permitirem que a Ucrânia desafie a força aérea russa.

"O essencial para mim é se estamos enviando ou não algo que atinge os meios aéreos russos a 30 mil pés ou acima", diz ele.

Embora nenhum anúncio sólido tenha sido feito até agora, o presidente Biden prometeu que mais ajuda estará a caminho — e que os EUA estão trabalhando para ajudar a Ucrânia a adquirir os sistemasaami cbetdefesa aéreaaami cbetlongo alcanceaami cbetque precisa, sem fornecer detalhes.

"Mais estará chegando", declarou.

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