Aborto na Colômbia: a 'onda verde' que está descriminalizando interrupção da gravidez na América Latina:bbb casa de aposta

bbb casa de aposta A Colômbia se tornou o sexto país da América Latina e do Caribe onde o aborto não é mais considerado crime.

A decisão histórica do Tribunal Constitucional colombiano na segunda-feira (21/2), para o aborto até as 24 semanasbbb casa de apostagestação, é a mais recente vitóriabbb casa de apostaum movimentobbb casa de apostamulheres chamado Marea Verde, ou Onda Verde.

Na última década, as ativistas da Onda Verde impulsionaram mudanças históricasbbb casa de apostauma região que tem algumas das leis mais restritivas do mundo sobre o procedimento e onde a Igreja Católica, combbb casa de apostapostura antiaborto, é extremamente influente.

Além da Colômbia, os países que descriminalizaram ou legalizaram o aborto até certo ponto são Argentina, Cuba, Guiana, México e Uruguai.

O que está acontecendo na Colômbia?

Em 2006, o aborto foi parcialmente legalizado na Colômbia para casosbbb casa de apostaestupro ou incesto, malformação genética grave do feto ou risco à vida da mãe.

Em todos os outros casos, o procedimento era punido com até quatro anos e meiobbb casa de apostaprisão.

No ano passado, porém, a Causa Justa — uma coalizaçãobbb casa de apostamaisbbb casa de aposta90 organizações — entrou com uma ação questionando a legalidade das restrições.

Entre seus argumentos, está obbb casa de apostaque a criminalização alimenta a indústria clandestina do aborto. De acordo estimativas dos Médicos Sem Fronteiras, apenas 10% dos abortos na Colômbia são realizados com segurança.

Números oficiais mostram que os abortos ilegais causam cercabbb casa de aposta70 mortes por ano no país.

Em um comunicado, Catalina Martínez Coral, diretora regional da ONG Centrobbb casa de apostaDireitos Reprodutivos, comemorou o placarbbb casa de apostacinco votos a quatro no tribunal acatando a ação da Causa Justa.

"Isso eliminará os obstáculos e estigmas que impedem mulheres e meninasbbb casa de apostaacessar os cuidadosbbb casa de apostasaúde reprodutivabbb casa de apostaque necessitam e colocará fim à perseguição injustabbb casa de apostamulheres e meninas na Colômbia", disse Coral.

O tribunal colombiano ordenou que o Congresso e o Executivo elaborem e implementem no "tempo mais curto possível" uma "política pública abrangente" regulamentando o aborto realizado até as 24 semanasbbb casa de apostagestação.

O que a decisão recente tem a ver com o movimento Onda Verde?

Não é por acaso que a Causa Justa adotou o verde como corbbb casa de apostasua campanha, espelhando o quebbb casa de apostaanos anteriores acontecia na Argentina.

No início dos anos 2000, ativistas dos direitos das mulheres na Argentina iniciaram uma campanha pela legalização do aborto.

A inspiração para chegar ao público veio da forma como as Avós da Praçabbb casa de apostaMaio protestavam.

Este movimento, anteriormente chamadobbb casa de apostaMães da Praçabbb casa de apostaMaio, conquistou fama internacional ao usar bandanas brancasbbb casa de apostaprotestos rotineiros denunciando o assassinatobbb casa de apostaativistas políticos e o sequestrobbb casa de apostaseus filhos durante o regime militar na Argentina (1976-1983).

As ativistas pró-aborto mantiveram os lenços, mas mudaram a cor. Em uma entrevistabbb casa de aposta2018 ao jornal argentino La Nación, a antropóloga e ativista Miranda Gonzalez Martin disse que o verde era "a única opção disponível" no espectrobbb casa de apostacores, já que outras eram historicamente associadas a partidos políticos e outros movimentos.

"O roxo é a cor do feminismo, e o laranja é usado pela Igreja (Católica)", disse ela.

"As bandanas têm um significado enorme para as mulheres na Argentina e também são um símbolo muito visível."

O que a Onda Verde conquistou até agora?

O movimento na Argentina decolou quase quatro décadas depois que Cuba se tornou o primeiro país da América Latina e Caribe a legalizar o aborto para todas as mulheres.

O primeiro grande sucesso do movimento foibbb casa de aposta2012, quando o Uruguai legalizou o aborto para todas as mulheres, permitindo interrupções por até 12 semanasbbb casa de apostagravidez.

Vários Estados do México adotaram uma postura semelhante desde 2007 e,bbb casa de apostasetembro do ano passado, a Suprema Corte do país decidiu que o aborto não é mais crime nacionalmente.

A vez da Argentina chegoubbb casa de apostadezembrobbb casa de aposta2020, quando o Congresso legalizou o aborto até a 14ª semanabbb casa de apostagravidez.

Enquanto isso, o Centrobbb casa de apostaDireitos Reprodutivos estima que 97% das mulheres latino-americanasbbb casa de apostaidade reprodutiva ainda vivembbb casa de apostapaíses com leis restritivas ao aborto.

A lista inclui o Brasil, o país mais populoso da região e que permite o aborto, segundo a lei, apenasbbb casa de apostacasosbbb casa de apostaestupro e risco à vida da gestante.

Em 2012, uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) também descriminalizou o abortobbb casa de apostagestaçõesbbb casa de apostafetos anencéfalos.  

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