10 anossport x guaraniFukushima: o diasport x guaranique o Japão foi atingido por terremoto, tsunami e acidente nuclear:sport x guarani
O grande terremoto
O dia 11sport x guaranimarçosport x guarani2011, uma sexta-feira, dificilmente será esquecido pelos japoneses. Às 14h46, horário local, num ponto do Oceano Pacífico a 130 quilômetros ao leste da cidadesport x guaraniSendai, um terremoto não apenas sacudiu como também deslocou o Japão. Com 9 graussport x guaranimagnitude, o "Grande Terremoto do Leste do Japão" — também conhecido como "Grande Terremotosport x guaraniSendai" ou apenas "Terremotosport x guaraniTohoku" —, o maior já registrado no país, empurrousport x guarani2,4 metros para leste a ilhasport x guaraniHonshu, a maior do Japão.
No ponto exato do abalo sísmico, 24,4 quilômetros abaixo do fundo do mar, o atrito entre as placas tectônicas da Eurásia e do Pacífico causou a maior movimentaçãosport x guaraniterra já registrada num terremoto,sport x guarani50 metros — no abalosport x guarani2004, no Índico, ela foisport x guarani25 metros. Essa movimentação forçou o mar para cima, causando o tsunami — uma sériesport x guaraniondas gigantes. Acostumado a grandes tremores seguidossport x guaranidestruiçãosport x guaranilarga escala, — comosport x guaraniTóquio,sport x guarani1923, esport x guaraniKobe,sport x guarani1995 —, o Japão começava a enfrentar uma sucessãosport x guaranieventos inédita emsport x guaranihistória.
O terremotosport x guaranisi já era excepcional mesmo para padrões japoneses. A área do país mais atingida foi a regiãosport x guaraniTohoku. Emsport x guaranicapital, Sendai, as pessoas que estavam nas ruas rapidamente perceberam que não havia para onde fugir. Imagens registradassport x guaranivídeo mostraram muitos tentando escaparsport x guaranipedaçossport x guaraniedifícios que caíam sobre a calçada e trabalhadores apavoradossport x guaraniescritórios, onde objetos e móveis eram lançados ao chão. A longa duração do tremor — cercasport x guaraniseis minutos — tornou o momento ainda mais assustador. "Oh, meu Deus, o prédio vai cair!", diz um homem,sport x guaraniinglês,sport x guaranium dos momentossport x guaranimaior vibração do local onde estava.
O Japão é considerado o país mais bem preparado do mundo contra terremotos. Depois da tragédiasport x guarani1923, que matou 140 mil pessoas, os edifícios japoneses passaram a ser construídos para absorver a energiasport x guaranium abalo sísmico e, assim, são capazessport x guaranimanter-sesport x guaranipé. O processo, chamadosport x guarani"isolamento sísmico", envolve a presençasport x guaraniproteções na base das construções, como blocossport x guaraniborracha, e amortecedores na estrutura dos edifícios.
Os avançossport x guaranitecnologia, porém, não protegem as cidades japonesassport x guaraniqualquer dano — e, no caso do terremotosport x guaraniTohoku, eles foram muitos esport x guaranigrande alcance. Houve destruição na capital, Tóquio, a 373 quilômetros do epicentro, onde o abalo sacudiu o Parlamento nacional. A lestesport x guaraniTóquio, na cidadesport x guaraniIchihara, o abalo fez com que uma refinaria pegasse fogo e explodisse. Nada disso, porém, seria comparado ao que estava prestes a atingir a costa leste do país.
O tsunami
O Japão já conhecia muito bem os tsunamis — a palavra é japonesa, formada pela uniãosport x guarani"tsu", que significa "porto", e "nami", que significa "onda". O Serviço Nacional Oceânico dos Estados Unidos define o fenômeno tsunami como "uma sériesport x guaraniondas gigantes causadas por terremotos ou erupções vulcânicas sob o mar".
E o órgão acrescenta: "No meio do oceano, ondassport x guaranitsunami não aumentam enormementesport x guaranialtura. Mas, conforme as ondas atingem a costa, elas vão adquirindo mais e mais altura com a diminuição da profundidade do mar".
O Japão já contava com um desenvolvido sistemasport x guaranialerta e uma ampla estruturasport x guaraniproteção. Às 14h49, três minutos depois do terremoto, um primeiro avisosport x guaranitsunami foi disparado. Essa notificação, entretanto, subestimou o tamanho do problema. A magnitude do terremoto foi inicialmente estimadasport x guaraniapenas 7,9, e acreditava-se que as ondas que pudessem chegar à costa teriam alturas entre 3 e 6 metros.
Na verdade, como se veria pouco depois, as ondas chegaram a 10 metrossport x guaranialtura,sport x guaranialguns pontos até 15, e o abalo havia sido muito mais intenso,sport x guarani9 graussport x guaranimagnitude. Essas falhas no aviso ficariam claras durante uma investigação sobre a tragédia. Um relatório da Agência Meteorológica do Japão, produzidosport x guaranioutubrosport x guarani2013, disse que os erros do alerta inicial podem ter contribuído para o alto númerosport x guaranivítimas.
"Isso pode ter levado algumas pessoas a pensar que as ondas do tsunami não ultrapassariam as muralhassport x guaraniproteção e possivelmente contribuiu para demoras na evacuação." Um segundo alerta chegou a ser divulgado, às 15h10, aumentando a previsão do tamanho das ondas para até 10 metros. Nesse momento, porém, o tsunami já estava perto demais.
Meia-hora depois do terremoto, as ondas chegaram à costasport x guaraniTohoku e outras regiões do leste do Japão. Do altosport x guaraniprédios muitos japoneses viam, impotentes, o momentosport x guaranique as primeiras ondas venciam os murossport x guaraniproteção como se estes não existissem. Paredessport x guaraniágua invadiram as cidades do litoral, carregando e destruindo barcos, carros e casas, quesport x guaranilonge pareciamsport x guaranibrinquedo.
O porto e o aeroportosport x guaraniSendai foram totalmente tomados pelas águas — embarcações, aeronaves, helicópteros, caminhões, vans e outros automóveis eram facilmente arrastados pelas ondas. Muitos momentos foram registrados por câmeras japonesas,sport x guaraniimagens que impressionaram o mundo. Cercasport x guarani250 quilômetros ao nortesport x guaraniSendai, o tsunami chegava à cidadesport x guaraniMiyako, onde a destruição foi igualmente espantosa. A montanhasport x guaraniágua negra do mar logo venceu as barreirassport x guarani5 metrossport x guaranialtura, arrastando com ela carros, barcos, casas e os postessport x guaranieletricidade.
No dia seguinte, 12sport x guaranimarço, as equipessport x guaraniresgate esforçavam-se para encontrar sobreviventes e retirar pessoassport x guaraniregiões alagadas. Segundo balanço da BBC News, cercasport x guaranium terço da cidadesport x guaraniKesennuma,sport x guaraniMiyagi,sport x guarani74 mil habitantes, estava submersa, e havia vários focossport x guaraniincêndio. Na provínciasport x guaraniIwate, a cidadesport x guaraniRikuzentakata,sport x guarani23 mil habitantes, havia sido totalmente tomada pelas águas — e maissport x guarani300 corpos já haviam sido encontrados.
Os serviçossport x guaranimonitoramentosport x guaraniabalos sísmicos haviam registrado 125 tremores secundários, decorrentes do grande terremoto — um delessport x guarani6,8sport x guaranimagnitude. O totalsport x guaraniconstruções destruídas, completa ou parcialmente, chegava a 3,4 mil. Cinco milhões e meiosport x guaranimoradias estavam sem eletricidade, e mais 200 mil pessoas estavamsport x guaraniabrigos provisórios, entre muitos outros aspectos da tragédia.
O terremoto seguidosport x guaranitsunami deixou um totalsport x guarani15.853 mortos e 3.282 desaparecidos, a maioria devido ao avanço do mar. A região com mais vítimas fatais foi asport x guaraniMiyagi.
Um ano depois do desastre, 330 mil pessoas ainda viviamsport x guaranialgum tiposport x guaraniacomodação temporária. Maissport x guarani300 mil prédios foram destruídos, e outros 1 milhão, danificados - pelo tsunami, por incêndios ou pelo terremoto -, alémsport x guarani4 mil estradas, 78 pontes e 29 linhas férreas.
A devastação gerou impressionantes 25 milhõessport x guaranitoneladassport x guaranidetritos. Parte deles foi levada pelo oceano e acabou nos litorais do Canadá e dos Estados Unidos. Entre elas, uma motocicleta Harley-Davidson, uma bolasport x guaranifutebol e pequenos barcos. O custo financeiro do desastre chegou a cercasport x guaraniUS$ 200 bilhões.
O acidente nuclear
As terríveis imagens que chegavam do Japão geraram solidariedade internacional, com líderes do mundo todo expressando apoio e anunciando ajuda aos japoneses. Depois do terremoto e do tsunami, a tragédia ainda teria, porém, um terceiro capítulo.
Já no dia 11, pouco depois do tsunami, surgiram as primeiras preocupações com duas usinas nucleares no leste do país, próximas ao epicentro do terremoto: Onagawa, na provínciasport x guaraniMiyagi, e Fukushima Daiishi, na provínciasport x guaraniFukushima. Em Onagawa, a usina mais próxima do epicentro do terremoto, um incêndio começou no salãosport x guaraniturbinas, uma área separada do reator, mas foi rapidamente apagado. Em Fukushima, a situação seria bem mais grave.
A localização da usinasport x guaraniOnagawa, protegida por um murosport x guarani14 metrossport x guaranialtura e construída numa parte mais alta do terreno, garantiu que o prédio não sofresse grandes danos com o tsunami.
A estrutura que protegia Fukushima, por outro lado, mostrou-se precária. A usinasport x guaraniFukushima tinha quatro reatores, dos quais três — as unidades 1 a 3 — estavam operando naquele dia. Com o terremoto, as três unidades se desligaram automaticamente, como previam seus sistemassport x guaranisegurança. O abalo danificou as seis linhassport x guaranitransmissãosport x guaranienergia que alimentavam a usina, o que ativou o funcionamentosport x guaraniseus geradores a diesel para movimentar as bombas responsáveis pelo resfriamento dos reatores.
Às 15h42 do dia 11, no entanto, a usina foi castigada por uma primeira grande onda do tsunami — uma segunda viria oito minutos depois. As ondas chegaram a 15 metrossport x guaranialtura, mas Fukushima não estava preparada para tanto. Erguida a 10 metros acima do nível do mar, a usina era cercada por uma muralhasport x guaraniproteçãosport x guaraniapenas pouco maissport x guarani5 metros. As águas alagaram imediatamente o subsolo do prédio, exatamente onde estavam os geradores. Toda a base da usina ficou alagada, situação que deu início ao maior desastre nuclear desde a explosãosport x guaraniChernobyl, na Ucrânica,sport x guarani1985 — no mesmo país que sofreu dois bombardeios atômicos na Segunda Guerra Mundial.
Com o alagamento do subsolo, os geradores deixaramsport x guaranifuncionar — outros equipamentos importantes para a operação, como bombas e baterias, também ficaram inoperantes. Sem energia e com equipamentos danificados, o processosport x guaraniresfriamento dos três reatores parou. O acesso à usina também estava prejudicado, devido aos danos causados pelo tsunami e pelo terremoto nas estradas.
Na noite do dia 11, foram anunciados um estadosport x guaraniemergência nuclear e a evacuaçãosport x guaranimoradores num raiosport x guarani2 quilômetros da usina. A área foi logo estendida para 3, depois 10 quilômetros, e no dia seguinte a evacuação atingiu a 20 quilômetros.
Vazamento
O quadro se agravou no dia 12, como noticiou a BBC News: "Uma poderosa explosão atingiu uma usina nuclear no nordeste do Japão que havia sido seriamente danificada no terremoto e tsunamisport x guaranisexta-feira". A explosão ocorreu durante tentativas das equipessport x guaraniemergênciasport x guaraniretomar o resfriamento dos reatores e ventilar o compartimentosport x guaranicontenção.
Como explicousport x guaranirelatório a Associação Nuclear Mundial, que representa o setorsport x guaranienergia nuclear: "Às 15h36 do sábado, dia 12, houve uma explosãosport x guaranihidrogênio no andarsport x guaraniserviço do prédio sobre a contenção do reator unidade 1, destruindo o teto e a cobertura no topo do prédio". Ao longo dos dias seguintes ao tsunami, vapor radioativo acabou liberado na atmosfera, tanto por vazamento comosport x guaranitentativassport x guaranireduzir a pressão interna nos reatores. Também houve vazamentosport x guaraniágua radioativa no Pacífico.
Nos primeiros três dias do acidente, os núcleos dos reatoressport x guaraniFukushima derreteram, e o vazamentosport x guaraniradiação continuou por seis dias. O trabalho das equipes técnicas visava basicamente tentar esfriar os reatores 1, 2 e 3, utilizando água, e interromper o vazamentosport x guaranimaterial radioativo. Demorou duas semanas até que os reatores fossem considerados estáveis novamente. Não houve mortes decorrentes do acidente -sport x guarani2018, porém, o governo japonês confirmaria uma primeira mortesport x guaranium trabalhadorsport x guaraniFukushima,sport x guaranicâncer decorrente da exposição à radiação.
A usinasport x guaraniFukushima ficou inutilizada. Com o passar dos anos, cercasport x guarani1 milhãosport x guaranitoneladassport x guaraniágua contaminada foram acumuladassport x guaraniseu interior — água da chuva e vinda do solo que era contaminada ao entrarsport x guaranicontato com a água usada no resfriamento dos reatores. Em outubrosport x guarani2020, nove anos depois do acidente, o governo japonês preparava-se para decidir o que fazer com esse material. A opção mais provável era lançá-lo no Oceano Pacífico, a partirsport x guarani2022, medida criticada por ambientalistas e entidades do setorsport x guaranipesca.
O acidente nuclear levou à evacuaçãosport x guarani160 mil pessoas da região, com a área afetada estendidasport x guarani20 para 30 quilômetros no finalsport x guaranimarçosport x guarani2011. Grande parte foi autorizada a voltar, com a redução do risco, mas as áreas mais próximas à usinasport x guaraniFukushima continuaram interditadas. Duas pequenas cidades, Okuma e Futaba,sport x guarani11 mil e 7 mil habitantes, respectivamente, continuaram fechadas durante anos.
Em 2019, as autoridades permitiram o retorno dos moradores a 40%sport x guaraniOkuma, considerada segura depoissport x guaranianossport x guaranidescontaminação. Muitas pessoas, no entanto, ainda questionavam a segurança e não se sentiam confortáveis para voltar. Em marçosport x guarani2020, Futaba foi reaberta, mas ainda apenas para a entradasport x guaranitrabalhadores envolvidos emsport x guaranireconstrução. O retorno permanentesport x guaranimoradores só estava previsto para 2022.
Depois do acidente, o Japão iniciou detalhadas inspeçõessport x guaranisegurançasport x guaranitodos os seus cercasport x guarani50 reatores nucleares. Devido às inspeções,sport x guaranimaiosport x guarani2012 todas as usinas do país foram fechadas, sendo reabertas aos poucos a partirsport x guarani2015. Entre elas, a usinasport x guaraniOnagawa, fechada desde 2011 e cujo funcionamento estava previsto para ser retomado no finalsport x guarani2020. A pressão para que o país reduzissesport x guaraniproduçãosport x guaranienergia nuclear aumentou, e o Japão pretendia diminuir a participação dessa fonte,sport x guarani30%, na época do acidentesport x guaraniFukushima, para previstos 20%sport x guarani2030.
Japão mais preparado
Os efeitos do Grande Terremoto do Leste do Japão duraram muito mais do que se imaginava.
Em novembrosport x guarani2016, um tremorsport x guarani7,4 graussport x guaranimagnitude atingiu as regiõessport x guaraniFukushima e Miyagi. Segundo técnicos, não se tratavasport x guaranium novo terremoto, mas simsport x guaranium abalo secundário ainda decorrente do grande tremorsport x guarani2011. O evento, que não causou danos significativos, foi mais uma lembrança da dimensão do desastresport x guaranicinco anos antes — e da necessidadesport x guaranio país se preparar melhor para futuras tragédias.
A partirsport x guarani2011, as defesas japonesas contra tsunamis, ao longo do litoral leste do país, foram ampliadas. Em vezsport x guarani5 metrossport x guaranialtura, os muros para conter futuras ondas gigantes passaram a ter cercasport x guarani13 metros. A geografia da cidadesport x guaraniRikuzentakata, uma das mais atingidas pelo tsunami, foi reformulada, como partesport x guaranisua reconstrução. O centro da cidade, completamente destruído pelo mar, foi refeito sobre um imenso aterro que cobriu a antiga estrutura. A área, com isso, foi elevadasport x guarani10 metros, tornando-a muito mais segura, mais protegida do alcancesport x guaranipossíveis ondas gigantes.
Alémsport x guaranitsunamis, o Japão segue se preparando para uma outra grande tragédia: um novo terremoto, possivelmente emsport x guaranicapital, Tóquio -—uma região metropolitana com 37 milhõessport x guaranihabitantes.
O último grande tremor a castigar a cidade,sport x guarani1923, está prestes a completar cem anos, e especialistas avaliam que um desastre semelhante deva ocorrer cercasport x guaranium século depois. As chancessport x guaranium novo terremoto atingir a cidade antessport x guarani2050 são avaliadassport x guaranicercasport x guarani70%. Enquanto seus prédios estão preparados para resistir a um forte tremor, um terremotosport x guaraniTóquio seria um desafio enorme para os serviçossport x guaranisocorro e resgate, seu sistemasport x guaranitransporte e para a população. Por isso a cidade testa regularmentesport x guaraniestruturasport x guaranicomunicação, que envolve centenassport x guaranialto-falantes espalhadossport x guaraniespaços públicos.
A certezasport x guaranique o Japão continuará a ser alvosport x guaranitremoressport x guaraniterra, alguns graves, faz com que a população no país esteja sempre a postos para uma emergência.
Em 2016, o brasileiro Rodrigo Simukawa, morador da cidadesport x guaraniHamamatsu, contou à BBC News Brasil que tinha uma mochila já pronta, com comida, água, roupa e medicamentos, caso precisasse sair correndosport x guaranisua casa. "Participosport x guaranitreinamentos e simulações e fiz um cursosport x guaraniprimeiros-socorros", disse.
Os inúmeros desastres naturais da história japonesa ficam sempre na memóriasport x guaranitodos no país - especialmente o tsunamisport x guarani2011. Cada terremoto representa um novo testesport x guaranisobrevivência. Comsport x guaranitecnologia,sport x guaraniarquitetura e a resistênciasport x guaranisua população, o Japão estásport x guaraniconstante aprendizado, até porque não tem escolha. Seu permanente e eterno embate com a natureza é uma realidade da qual o país não pode fugir.
Este artigo é parte da série "21 Histórias que Marcaram o Século 21", da BBC News Brasil.
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