Coronavírus: como epidemias chegam ao fim?:aposta com
Vírus são organismos propensos a sofrer mutações, o que permite que eles saltemaposta comuma espécie para a outra, como teria ocorrido com este coronavírus.
Esse tipoaposta commicro-organismo é comumente encontradoaposta commorcegos e costuma infectar outros animais antesaposta comchegar às pessoas.
Mas essa característica também permite que se eles se tornem melhor adaptados ao organismo humano e menos agressivos, aumentando as chancesaposta comconvivermos com eles.
Um exemplo é o vírus da herpes: estima-se que cercaaposta com90% da população mundial tenha ao menos umaaposta comsuas variantes.
Outro caso é o HTLV, um retrovírus, da mesma família do HIV. Mas, diferentemente do vírus causador da Aids, estima-se que entre 10 a 20 milhõesaposta compessoas do mundo sejam portadoras, mas apenas 5% desenvolvam doenças.
Um vírus ser ou tornar-se menos agressivo não é necessariamente "uma boa notíciaaposta comtermos epidêmicos", explica Eduardo Sprinz, chefe do serviçoaposta cominfectologia do Hospitalaposta comClínicasaposta comPorto Alegre, porque ele é mais facilmente transmitido.
"Em compensação, ele mata menos", afirma Sprinz.
Letalidadeaposta comqueda
Na última quinta-feira, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou a epidemia do novo coronavírus como uma situaçãoaposta comemergênciaaposta comsaúde públicaaposta cominteresse internacional, ao anunciar que se trataaposta comum "surto sem precedentes".
Até agora, houve maisaposta com360 mortes causadas pelo 2019-nCov, como é chamado oficialmente o vírus descobertoaposta comdezembro, quase todas na China — exceto uma nas Filipinas. Mas o registroaposta comcasosaposta comtransmissão entre pessoasaposta comoutros países acendeu um alerta para a OMS.
"Não sabemos o tipoaposta comdano que esse vírus pode causar se ele se espalharaposta comum país com um sistemaaposta comsaúde mais frágil", disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, diretor-geral da agência.
Calcula-se queaposta comtaxaaposta comletalidade sejaaposta comcercaaposta com2%, bem abaixo dos índicesaposta comoutros coronavírus que causaram os surtos da Síndrome Respiratória Aguda Grave (Sars, na siglaaposta cominglês), que matou 10% dos quase 8,1 mil infectados entre 2002 e 2003, e da Síndrome Respiratória do Oriente Médio (Mers, na siglaaposta cominglês),aposta com2012,aposta comque 35% dos quase 2,5 mil pacientes morreram.
Segundo Spilki, esse surto "parece ter um perfil bastante diferente dasaposta comSars eaposta comMersaposta comtermosaposta comvirulência, porque aquelas epidemias provocaram uma alta letalidade. Com a Sars, a letalidade era estimadaaposta com50% no início, mas depois foram descobertos novos casos, e a taxa caiu. O mesmo está acontecendo agora com este coronavírus."
Como uma epidemia chega ao fim?
Então, como é que um surto provocado por um vírus que "mata menos" e tenta se adaptar para ser mais facilmente transmitido chega ao fim? Há basicamente três formas, segundo especialistas.
"A epidemia pode dizimar toda uma população, o que significaria um fracasso para um vírus, porque ele morre junto", afirma Sprinz.
Um surto também pode acabar se as autoridadesaposta comsaúde tomarem as medidas necessárias para impedir que haja contato entre pacientes infectados e pessoas saudáveis, evitando novos contágios.
"Foi o que aconteceu com o vírus da Sars, que foi contido com medidasaposta combloqueio da transmissão e simplesmente desapareceu", afirma Alberto Chebabo, vice-presidente da Sociedade Brasileiraaposta comInfectologia e diretor-médico do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho, no Rioaposta comJaneiro.
A terceira formaaposta comconter o surto seria com um processoaposta comimunização do hospedeiro. Chebabo diz que isso é uma questãoaposta comtempo.
Quanto maior a circulação do vírus, mais pessoas adquirem anticorpos contra ele e ficam imunes, fazendo com que o vírus perca força.
"Um exemplo foi a pandemiaaposta comH1N1. No início, ninguém tinha imunidade, e houve uma disseminação enorme, matando muita gente. Mas esse é um processo lento gradual, que pode levar meses ou menos anos", diz o infectologista.
A busca por uma vacina
Uma forma mais eficienteaposta comgerar essa imunização e conseguir erradicar uma doençaaposta comseres humanos é ter uma vacina.
A dificuldade diante desta epidemiaaposta comcoronavírus,aposta comcomparação com surtosaposta comgripe, causados pela famíliaaposta comvírus influenza, é que já existiam vacinas para vírus influenza e bastava adaptá-las, mas ainda não há uma vacina para os coronavírus.
O desenvolvimentoaposta comuma vacina é um processo longo e demorado e que precisa passar por diferentes fasesaposta comestudos com animais e seres humanos para garantir que é segura e eficaz.
"Estão dizendo agora que podem ter uma vacina para o coronavírus daqui a um ano, mas isso não é verdade. Esse processo levaaposta comcinco a dez anos. Olhe, por exemplo, para o caso da epidemiaaposta comzikaaposta com2005; até hoje não temos uma vacina. A mesma coisa vai acontecer com este vírus", diz Chebabo.
Por isso, é esperado ao menos por enquanto que o número totalaposta comcasos confirmados continue a subir, porque a exposiçãoaposta compessoas ao vírus progrideaposta comescala geométrica.
O melhor a fazer no momento é ter ações coordenadasaposta comvigilância epidemiológica e dos serviçosaposta comsaúde para bloquear a disseminação do novo coronavírus, diz Spilki.
"Isso é fundamental, porque, com o tempo, surgem tratamentos mais eficazes, eliminando o vírus. No longo prazo, se necessário, podemos recorrer à vacinação, mas infelizmente temos que ser pessimistas quanto a essa possibilidade no momento."
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