Brics, 18 anos: o sobe e desce econômicoonabet uses in hindi3 momentos-chave:onabet uses in hindi
1. Criação do termo 'Bric' (2001)
Em novembroonabet uses in hindi2001, o economista britânico Jim O'Neill escreveu um relatórioonabet uses in hindique tratou o Brasil, a Rússia, a Índia e a China como um grupo. O motivo: o grande potencialonabet uses in hindicrescimento econômico que ele enxergou nos quatro países.
Naquele ano, a China já tinha um crescimento muito acima dos demais países: o PIB chinês cresceu 8,4%, o russo avançou 5,1% e o indiano, 4,9%. O crescimento brasileiro foi bem menor que os demais: 1,4%.
A médiaonabet uses in hindicrescimento no mundoonabet uses in hindi2001 foionabet uses in hindi2,5%, segundo a série histórica do Fundo Monetário Internacional (FMI).
Embora o mercado financeiro já tenha ficadoonabet uses in hindiolho nos quatro países depois do relatórioonabet uses in hindiO'Neill para o Goldman Sachs, foi sóonabet uses in hindi2006 que as reuniõesonabet uses in hindicooperação entre os quatro países começaramonabet uses in hindimaneira informal, segundo o Itamaraty, com a reunião dos chanceleres desses países no âmbito da Assembleia-Geral das Nações Unidas.
Em 2006, os quatro países já tinham aumentado seus índicesonabet uses in hindicrescimento: a China na frente, com 12,7% e o Brasil, por último, com 4%onabet uses in hindicrescimento. Esse incremento do PIB também aconteceu na média mundial, que foionabet uses in hindi5,5% naquele ano.
2. Primeira cúpula e os efeitos da crise financeira (2009)
Foi sóonabet uses in hindi2009 que os encontros passaram a ser anuais e a contar com a presença dos chefesonabet uses in hindiEstado e governo. A primeira cúpula aconteceuonabet uses in hindiEcaterimburgo, na Rússia. Lá, os países defenderam maior representatividade das economias emergentes nas instituições financeiras internacionais.
Naquele período, o mundo sofria as consequências da crise financeiraonabet uses in hindi2008 e a médiaonabet uses in hindicrescimento mundial foi uma retraçãoonabet uses in hindi0,1%. Os países emergentes, é claro, também sofreram o baque.
Brasil e Rússia tiveram resultados negativosonabet uses in hindi2009, com retraçõesonabet uses in hindi0,1% e 7,8%, respectivamente. A China manteve o resultado no azul, com crescimentoonabet uses in hindi9,4%, mas o resultado foi inferior aoonabet uses in hindianos anteriores. No mesmo período, a Índia cresceu 8,5%.
Em 2010, contudo, tanto a China quanto a Índia tiveram resultados acima dos 10%. O Brasil também teve uma forte recuperação, com um avanço no PIBonabet uses in hindi7,5%.
Depois desse ano, o Brasil nunca mais cresceuonabet uses in hindiforma tão intensa.
O desempenho "decepcionante" da economia brasileira nos últimos anos se deve à forte dependência do preço das commodities, segundo O'Neill.
"O que é necessário é que o Brasil reduzaonabet uses in hindidependência das commodities — o que é fácilonabet uses in hindifalar, mas difícilonabet uses in hindifazer. Também é importante reduzir a participação do governo na economia e criar um ambiente para estimular investimentos privados", disse, em entrevista à BBC News Brasil.
Em 2011, a África do Sul se juntou formalmente ao grupo, que passou a ser chamado Brics. Naquele ano, o país cresceu 3,3%.
3. Qual será o crescimento dos países do Bricsonabet uses in hindi2019?
Nesta semana, o Brasil sediaonabet uses in hindiBrasília a cúpula do Brics, sob o comando do presidente Jair Bolsonaro, um crítico do multilateralismo e fiel aliado do governo americanoonabet uses in hindiDonald Trump. É a segunda vez que a capital brasileira é sede do encontro — a primeira foionabet uses in hindi2010.
Na entrevista à BBC News Brasil, às vésperas do encontro, O'Neill questionou o resultado dessas reuniões e defende que os países busquem mais ações conjuntas para problemas que têmonabet uses in hindicomum.
"Eles geralmente parecem desfrutar apenas do simbolismo da reunião,onabet uses in hindivezonabet uses in hindirealmente adotar políticas. Eu disse a um amigo na semana passada: 'alguém notaria se não houvesse reunião do Brics?'", afirmou.
O economista, que é ex-secretário do Tesouro do Reino Unido e integrante da Câmara dos Lordes do Parlamento Britânico, diz que se orgulhaonabet uses in hindios países se reunirem como "grupo político" e que há uma importância simbólica nesses encontros, mas diz que os resultados não têm sido interessantes.
"Sugiro que os líderes dos Brics se perguntem: 'o que já fizemos como resultadoonabet uses in hindiuma reunião para melhorar nossas economias individualmente e coletivamente?'", diz O'Neill.
E, enquanto a economia mundial sofre uma desaceleração com os efeitos da guerra comercial entre Estados Unidos e China, como deve ser o crescimento das economias dos Brics neste ano?
A projeção do FMI aponta que apenas a China e a Índia terão um crescimento significativoonabet uses in hindi2019 —onabet uses in hindi6,1% cada um. Ao mesmo tempo, Brasil, Rússia e África do Sul terão crescimento próximo a 1%.
No entanto, na comparação com o desempenhoonabet uses in hindi2018, os países do Brics, inclusive a China e a Índia, crescerão menos neste ano, segundo as previsões. O FMI também reduziuonabet uses in hindioutubro a expectativaonabet uses in hindicrescimento mundial para 3% neste ano.
Embora aponte que a economia mundial está "definitivamente desacelerando", O'Neill não acredita que uma recessão esteja próxima.
Quase duas décadas depois do famoso relatório, O'Neill diz que, na avaliação do grupo como um todo, considera que a expectativa deleonabet uses in hindi2001 se concretizou, por causa do peso da economia chinesa dentro do grupo.
"Apesar da decepção com o Brasil e Rússia — que foi considerável —, se você olhar para o agregado, o desenvolvimento dos Bric aconteceu como eu imaginava, porque aconteceu com a China o que eu imaginava. A Índia também está perto do que eu imaginava, mas Brasil e Rússia, particularmente na última década, decepcionaram", concluiu.
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