Escândalo na igreja La Luz del Mundo: 'Fui castigada quando perdi a virgindade', diz ex-fiel:casa das apostas futebol
García é conhecido como "O Apóstolo" e esta à frentecasa das apostas futeboluma igreja que afirma ter cercacasa das apostas futebol7 milhõescasa das apostas futebolseguidores no mundo, inclusive no Brasil, onde está presente há 25 anos, com o nomecasa das apostas futebolIgreja do Deus Vivo Coluna e Baluarte da Verdade A Luz do Mundo, segundo o ministro Héctor Julio González.
González disse à BBC News Brasil que as acusações contra seu líder foram uma surpresa para os cercacasa das apostas futebol300 fiéis da igrejacasa das apostas futebolcinco capitais do país.
"Conhecendo a trajetóriacasa das apostas futebolvida digna, honesta e limpa do apóstolo, nunca imaginávamos que algo assim fosse acontecer. Cremos nacasa das apostas futebolinocência. São acusações anônimas, e nada até agora foi comprovado. Confiamos nas instituiçõescasa das apostas futeboljustiça dos Estados Unidos para que tudo isso seja tirado a limpo", afirma o ministro.
O escândalo fez com que surgissem queixas e denúncias contra a LLDMcasa das apostas futebolfóruns na internet por pessoas que abandonaram o que qualificam como um "culto" religioso.
"Cultiamos a Deus. As pessoas muitas vezes falam coisas pejorativas sem nos conhecer. Não se pode julgar ou condenar sem antes conhecer os fatos", diz González.
A BBC News Mundo conversou com um destes ex-fiéis, uma jovem americanacasa das apostas futebol23 anos que diz ter deixado a igreja há dois anos após sofrer um trauma psicológico. Leia a seguir o seu depoimento.
Minha família segue essa religião desde o tempo dos meus avós, por isso é algo muito ligado às minhas raízes. Meus pais são mexicanos, mas eles se conheceram nos Estados Unidos e se casaram dentro da igreja.
Eles me ensinaram a comparecer a pelo menos uma das missas organizadas diariamente, mas, se fosse a maiscasa das apostas futeboluma, seria ainda melhor, porque,casa das apostas futebolacordo com a religião, nós, os servoscasa das apostas futebolDeus, ainda estamos vivos e devemos agradecer por isso. Deveria orar porque Ele me salvava todas as manhãs.
A partir dos cinco anos, era obrigatório para as meninas usar vestidos ou saias que não marcam o corpo e chegam aos tornozelos, porque a religião diz que o corpo é um templo que deve ser honrado e respeitado.
Cresci tendo como referência Samuel, o paicasa das apostas futebolNaasón e que foi o apóstolo anterior. Eu me sentia muito ligada a ele. Eu me lembro que sentia vontadecasa das apostas futebolchorar porque estava muito felizcasa das apostas futeboltê-locasa das apostas futebolminha vida. Sabia o quanto ele era importante, porque meus pais me ensinaram que Samuel era mais importante do que eles.
Quando criança, queria ajudar na casa do pastor, mas não tinha idade suficiente. A igreja queria que as mulheres mais dedicadas e puras servissem à mesa quando houvesse jantares especiais emcasa das apostas futebolresidência.
Se ouvia alguma coisa negativa sobre a igreja, interrompia a pessoa ou me retirava. Acreditava que o diabo estava usando pessoas que estavam perdidas no mundo.
Ao crescer, era como se vivessecasa das apostas futebolum mundo diferente do resto das pessoas. Era dito a nós que éramos luz e que não deveríamos nos misturar com a escuridão, que se manifestavacasa das apostas futebolqualquer pessoa que não fazia parte da igreja.
Meus pais não permitiam que eu frequentasse nenhuma atividade escolar ou me deixavam ir a festascasa das apostas futebolaniversáriocasa das apostas futebolcolegascasa das apostas futebolturma ou festascasa das apostas futebolpijama.
A igreja diz que nada é obrigatório, mas sentia culpa quando queria usar maquiagem, dançar ou ouvir música. Eles nos ensinaram que a carne não deveria ser feliz e que deveríamos lutar contra as vontades do nosso corpo.
Quando tinha 14 anos, eu me apresentei oficialmente perante a igrejacasa das apostas futeboluma cerimôniacasa das apostas futebolbatismo ecasa das apostas futeboloutra cerimôniacasa das apostas futebol"reavivamento" para receber o Espírito Santo, porque só então iria para o céu. Se eu me opusesse a fazê-lo, meus pais sofreriam porque isso significaria que não me criaram bem.
'Culpa e vergonha'
Vi outros chorando comovidos com a cerimônia, mas não senti nenhuma emoção durante meu batismo. E foi aí que a culpa e a vergonha começaram a tomar contacasa das apostas futebolmim.
Três anos depois, fiquei aterrorizada com a morte do "apóstolo" Samuel, porque nunca nos foi dito na igreja o que aconteceria quando ele falecesse.
Eu e minha família fomos ao México para participarcasa das apostas futebolseu funeral. Lembrocasa das apostas futebolorar sem parar no avião, pensando que, se Deus tirasse a minha vida, seria bom porque ele havia me batizado, e eu tinha sido uma boa cristã.
Enquanto estava no México nos dias após a mortecasa das apostas futebolSamuel, a igreja revelou que Naasón seria o próximo líder.
Quando ouvi o nome dele, não senti felicidade nem alívio. Via os outros homenageá-lo e choraremcasa das apostas futebolalegria, enquanto eu apenas fingia fazer o mesmo.
Era impossível questionar as coisas da igreja, então, fui cautelosa quando fiz perguntas aos meus pais, porque não queria que pensassem que estavam vivendo com o inimigo.
Perguntei o que acontecia por eu não sentir nada por Naasón e eles me disseram para rezar mais forte e pedir a Deus com um coração sincero que me fizesse sentir amor por nosso líder.
Enquanto isso, sentia que o diabo estava me usando, porque sentia vontadecasa das apostas futebolme relacionar mais com pessoascasa das apostas futebolfora da igreja.
'Os solteiros'
Uma das coisascasa das apostas futebolque mais me envergonhava era sentir desejo sexual ou atração por alguém.
Havia uma enorme pressão para ser virgem, porque, se não fosse, não poderia usar um vestido brancocasa das apostas futebolmeu casamento e envergonharia a que todos que soubessem.
Nas regras da igreja, se você gostacasa das apostas futebolalguém da mesma religião, você deve primeiro conversar com o pastor e, então, namorar por três meses e, depois, se casar. Alguns fazem isso aos 14 anos, se tiverem permissão dos pais.
Mas se qualquer um dos dois lados não quiserem se casar, essa pessoa deve ficar sozinha para o restocasa das apostas futebolsua vida e vai ser incluída no grupocasa das apostas futebol"solteiros".
Sabia que queria ter relações sexuais, mas não com alguém da igreja para não tercasa das apostas futebolme casar, então, acabei me envolvendo com alguémcasa das apostas futebolfora.
Meus pais descobriram, porque disseram que eu estava diferente. Senti tanta culpa que contei a eles, que me pediram para falar com o pastorcasa das apostas futebolminha igreja local.
Fiquei incomodadacasa das apostas futebolcontar a ele sobre minha vida sexual, mas fiz isso e disse que estava envergonhada.
Foi dito que me colocariam por quatro meses no grupocasa das apostas futebol"solteiros", seria removida do coral e teriacasa das apostas futebolir à igreja todos os dias para pedir perdão, porque minha alma corria perigo.
Na primeira semanacasa das apostas futebolque fui à igreja todas as manhãs, me senti exausta. Eu me perguntava por que me sentia tão culpada por algo que era natural. Eu me senti humilhada quando perdi a virgindade, porque decepcionei meus pais e fui castigada.
'Quero sair'
Não quis mais ficar na igreja. Foi quando comecei a fazer coisas pelas costas dos meus pais e a conversar com pessoascasa das apostas futeboloutras religiões.
Conheci uma amiga católica com quem compartilhei meus sentimentoscasa das apostas futebolculpa e vergonha, e ela respondeu dizendo que sentia o mesmo.
Conversamos sobre não concordar com certas coisas e que isso não nos tornava loucas.
Mas os ensinamentos da minha religião me fizeram mal, e me sentia muito mal por ter essas conversas, ao pontocasa das apostas futebolter ataquescasa das apostas futebolpânico. Comecei a ter medocasa das apostas futeboldormir, porque pensava que, se morresse enquanto isso, iria para o inferno.
A primeira vez que tive um ataquecasa das apostas futebolpânico, pensei que morreria. Meus pais me levaram para o pronto-socorro, mas felizmente estava saudável. Os médicos disseram que talvez o excessocasa das apostas futebolcafeína estivesse me afetando, mas sentia que era a igreja.
'É um culto'
Confessei aos meus pais há dois anos que não queria mais ser da igreja. Eles ficaramcasa das apostas futebolcoração partido e começaram a chorar.
Fiquei chateada com eles no começo, porque senti que eles moldavam minha formacasa das apostas futebolpensar e a maneira como via o mundo. Mas então entendi que eles me haviam me dado tudo que tinham e que esta religião os dava alguma esperançacasa das apostas futebolchegar ao céu.
Nosso relacionamento não é o melhor possível hojecasa das apostas futeboldia, e a situação é complicada, porque ainda vivo com eles. Mas tenho sorte por sentir que a conexão com a família não está completamente perdida.
Eu acho que é um culto, e muitos sofreram represálias quando decidiram deixá-lo.
Quando fiquei sabendo da prisãocasa das apostas futebolNaasón, fiquei surpresa que pessoas denunciaram alguém tão poderoso e admirado por milhõescasa das apostas futebolpessoas às autoridades.
Fico feliz que tenham sido corajosas assim. Mas fico preocupada que pessoas comuns na igreja estejam sendo atacadas, especialmente crianças. É preciso deixá-las fora disso.
Ainda tenho traumas psicológicos e conto com ajuda profissional para lidar com isso. Sabia que seria arriscado deixar a igreja, mas as coisas melhoraram para mim.
casa das apostas futebol Já assistiu aos nossos novos vídeos no YouTube casa das apostas futebol ? Inscreva-se no nosso canal!
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscasa das apostas futebolautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacasa das apostas futebolusocasa das apostas futebolcookies e os termoscasa das apostas futebolprivacidade do Google YouTube antescasa das apostas futebolconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecasa das apostas futebol"aceitar e continuar".
Finalcasa das apostas futebolYouTube post, 1
Este item inclui conteúdo extraído do Google YouTube. Pedimoscasa das apostas futebolautorização antes que algo seja carregado, pois eles podem estar utilizando cookies e outras tecnologias. Você pode consultar a políticacasa das apostas futebolusocasa das apostas futebolcookies e os termoscasa das apostas futebolprivacidade do Google YouTube antescasa das apostas futebolconcordar. Para acessar o conteúdo cliquecasa das apostas futebol"aceitar e continuar".
Finalcasa das apostas futebolYouTube post, 2