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Cúpula do G20: Quais as chancesremates a baliza betnacionalTrump e Xi Jinping chegarem a um acordo durante o encontro?:remates a baliza betnacional
Mas,remates a baliza betnacional2018, o relacionamento entre as duas potências se deteriorou rapidamente. Tarifas "de revanche" anunciadasremates a baliza betnacionaltuítes fomentaram uma guerra comercial que é, na verdade, uma ameaça mundial.
A batalha estaráremates a baliza betnacionalfoco quando Trump e Xi se encontrarem para um jantar neste sábadoremates a baliza betnacionalmeio à cúpula do G20 na Argentina.
Mas por que há sinaisremates a baliza betnacionalque o desfecho dessa reunião não atenderá às expectativas mais otimistas? Entenda abaixo.
A China quer o controle
Os EUA têm preocupações legítimas sobre seu acesso ao mercado na China, segundo avaliação do Instituto Brookings, um centroremates a baliza betnacionalpesquisas sediadoremates a baliza betnacionalWashington. Mas as tarifas sobre transações comerciais não são sempre o problema.
Pequim vem aliás baixando algumas alíquotas e,remates a baliza betnacionalalguns setores, elas são menores do queremates a baliza betnacionaloutros mercados emergentes.
Mas o ponto que talvez mais preciseremates a baliza betnacionalmudanças é a limitação imposta por Pequim ao acessoremates a baliza betnacionalempresas estrangeiras a seus consumidores.
Existem restrições ao investimento diretoremates a baliza betnacionalcompanhias externas que vão do setor automotivo ao financeiro, passando pelas telecomunicações.
É aí que entraremates a baliza betnacionalcena a acusação dos americanosremates a baliza betnacionalque, com as restrições existentes, os chineses acabam se beneficiando da transferênciaremates a baliza betnacionaltecnologia e colocandoremates a baliza betnacionalrisco a propriedade intelectual das empresas estrangeiras que decidem entrar no mercado do país asiático. Seria uma troca desequilibrada, na visãoremates a baliza betnacionalWashington.
Para apaziguar os EUA, a China precisaria relaxar regras que exigem joint ventures para agentes externos - uma medida protecionista para que empresas estrangeiras só possam atuar quando associadas a companhias chinesas.
É difícil que isso ocorra, porque o que Pequim tem demonstrado é que deseja o controle.
Se a China permitisse que as empresas estrangeiras ditassem os termos, provocaria uma mudança fundamentalremates a baliza betnacionalcomo o país opera hoje. Xi Jinping tem demonstrado maior, e não menor, controle das rédeas da economia.
Uma retórica sem sinaisremates a baliza betnacionalcooperação
Em todos os principais e recentes encontros internacionais, Washington disse ao mundo que Pequim é a culpada pelos problemas no relacionamento bilateral.
Trump, por exemplo, tem constantemente afirmado que vai aplicar mais tarifas a Pequim se os chineses não fizerem sinalizações positivas - ainda que essas ações pudessem eventualmente ter impacto negativo sobre a economia americana.
Falando na cúpula da Apec (Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico) recentemente, o vice-presidente dos Estados Unidos, Mike Pence, criticou a política chinesa do "Belt and Road Initiative" (algo como "Iniciativa do Cinturão e da Rodovia", que faz referência aos investimentos chinesesremates a baliza betnacionalobrasremates a baliza betnacionalinfraestruturaremates a baliza betnacionaldezenasremates a baliza betnacionalpaíses), dizendo que ela levaria as nações receptoras dos recursos a se afogaremremates a baliza betnacionaldívidas.
Já o secretárioremates a baliza betnacionalEstado dos EUA, Mike Pompeo, disse que os acordos chineses são "bons demais para ser verdade".
E mesmo na véspera da próxima reunião do G20, Larry Kudlow, diretor do Conselho Econômico Nacional dos EUA, ressaltou que nenhum acordo será possível a menos que "questões envolvendo o rouboremates a baliza betnacionalpropriedade intelectual, transferências forçadasremates a baliza betnacionaltecnologia e barreiras tarifárias e não tarifárias" sejam resolvidas.
Isso é praticamente tudo o que levou a economia chinesa a chegar onde está hoje. Pequim não vai querer sairremates a baliza betnacionalum encontro com as mãos abanando.
Mais que uma guerra comercial
EUA e China formam o binômio mais estratégico dos nossos tempos. Por décadas, essa relação funcionou.
Mas, nos últimos anos - e,remates a baliza betnacionalparticular, desde que Xi assumiu -, a China vem se impondo no cenário internacional. Em parte, tomando os nichos que os EUA, ocupados com a crise financeira global e seus próprios problemas internos, deixaram na Ásia.
A China entrouremates a baliza betnacionalcena para desempenhar o papelremates a baliza betnacionalsalvadora financeira, e existe um ressentimento legítimoremates a baliza betnacionalPequimremates a baliza betnacionalque o país não recebe o reconhecimento que merece.
Por outro lado, iniciativas como a "Belt and Road", importante parte da política externaremates a baliza betnacionalPequim, são cada vez mais vistas como um sinalremates a baliza betnacionalcolonialismo econômico da China. As açõesremates a baliza betnacionalPequim no Mar do Sul da China também têm deixado Washington preocupado com os verdadeiros objetivos na região.
Portanto, a batalha entre EUA e China não é apenas sobre comércio. É uma tentativa da administração Trumpremates a baliza betnacionalcolocar a Chinaremates a baliza betnacionalseu lugar, algo, porremates a baliza betnacionalvez, temido por Pequim. Essas posições têm tornado difícil um acordo entre as duas partes.
E, mesmo quando há algumas sinalizações positivas, como quando Trump afirmou ter uma ótima química pessoal com Xi, o governo americano diz ao mesmo tempo que a China se aproveitou da generosidade americana e que isso precisa mudar.
Então, o mundo tem assistido a uma dançaremates a baliza betnacionalum passo à frente, dois passos atrás.
Por isso há tanta expectativa para o próximo encontro entre as partes. Tudo indica, porém, que ao final da dança não haverá nada alémremates a baliza betnacionaluma trocaremates a baliza betnacionalcumprimentos protocolar ou até um adeus amargo.
Quão decisivo é,remates a baliza betnacionalfato, o G20?
Além do encontro entre Trump e Xi Jinping, o mundo assisteremates a baliza betnacionalperto às possibilidadesremates a baliza betnacionalque a cúpula coloque o dedo na feridaremates a baliza betnacionaloutra pauta internacional incômoda,remates a baliza betnacionalordem geopolítica.
Existe uma pressão para que o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman explique o assassinato do jornalista Jamal Khashoggi.
Mas, alémremates a baliza betnacionaldar a possibilidaderemates a baliza betnacionallíderes mundiais resolverem certas questões iminentes, o quão crucial a cúpula do G20 poderemates a baliza betnacionalfato ser?
Diz-se que o G20 é pequeno o suficiente para tomar decisões com alguma rapidez, e grande o bastante para que essas decisões façam uma diferença.
Afinal, o grupo representa 85% da economia mundial e dois terços daremates a baliza betnacionalpopulação.
Após maisremates a baliza betnacionaldez anosremates a baliza betnacionalcúpulas - a primeira foiremates a baliza betnacionalWashington,remates a baliza betnacional2008 -, o encontro se tornou o lugar natural para o debate sobre políticas econômicasremates a baliza betnacionalnível global.
Mas os críticos dizem que os êxitos do grupo ficaram para trás e que, hoje, ele é uma instituição multilateral aindaremates a baliza betnacionalbuscaremates a baliza betnacionalum propósito.
Entre os louros do passado, está a resposta do grupo à crise financeira desencadeada entre 2007 e 2008. Países desenvolvidos e emergentes se reuniram como iguais pela primeira vez e reconheceram a necessidaderemates a baliza betnacionalapoiar o crescimento global.
O resultado foi a adoção coordenadaremates a baliza betnacionalestímulos monetários e incentivos ao consumo, alémremates a baliza betnacionalresgates financeiros.
Mas as medidas não alteraram radicalmente o funcionamento da economia global. Isso significa que uma crise financeira semelhante poderia acontecer novamente.
Hoje, novos obstáculos se impõemremates a baliza betnacionalmaneira mais acentuada, como a diminuição do comércio e investimento global, o aumento das tarifas bilaterais e, nas economias emergentes, a fugaremates a baliza betnacionalcapital e o enfraquecimentoremates a baliza betnacionalmoedas.
Some-se a isso o avançoremates a baliza betnacionaluma retórica nacionalista que se opõe ao multilateralismo representado por instituições como o G20 - e que, claro, já mostra reflexos na economia.
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