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Quem é o índio isolado filmado pela Funai na Amazônia, último sobreviventeindicar bet365sua tribo e 'o homem mais solitário do mundo':indicar bet365
indicar bet365 Um vídeo extremamente raro mostra imagens do índio isolado que é considerado o "homem mais solitário do mundo". Chamadoindicar bet365"índio do buraco", ele tem por voltaindicar bet36550 anos e vive sozinho na Amazônia indicar bet365 brasileira há 22 anos, desde que os últimos membrosindicar bet365sua tribo foram assassinados - ele é o único sobrevivente.
O vídeo foi divulgado pela Funai (Fundação Nacional do Índio) no YouTube, na última quarta-feira. As imagens trêmulas e gravadas à distância mostram o homem cortando uma árvore com um machado.
A Funai evita o contato com grupos isolados e afirma que o índio do buraco já deixou claro que não quer ser perturbado, atirando flechas contra outras pessoas no passado.
"Ele passou por uma experiência muito violenta e vê o mundo como um local muito perigoso", afirma Fiona Watson, diretora da Survival International, uma organização sem fins lucrativos dedicada aos direitosindicar bet365povos nativos, que já visitou a área onde vive o índio do buraco.
"Imagine passar 22 anos observando uma só pessoa. Planejando açõesindicar bet365vigilância do território onde vive, garantindoindicar bet365proteção contra ameaças externas. Nenhuma palavra trocada. Todo contato consistindoindicar bet365fornecer alguns objetos que poderiam ser úteis para aindicar bet365sobrevivência. É esse o trabalho realizado pela Funai na Terra Indígena Tanaru, onde vive o indígena isolado popularmente conhecido como o índio do buraco", afirmou a Funai, na publicação no YouTube.
As cenas correram o mundo, mas há mais do que os olhos podem ver.
Por que ele foi filmado
A Funai tem monitorado o índio do buraco desde 1996. É preciso mostrar que ele ainda está vivo para manter a área onde vive sob proteção -indicar bet3652015, a interdição da Terra Indígena Tanaru foi prorrogada por mais dez anos, segundo a Funai. Localizado no norte do Estadoindicar bet365Rondônia, com cercaindicar bet3658 mil hectares, o local é circundado por fazendas e terras desmatadas.
"(A Funai) precisa provar continuamente que esse homem existe", afirma Fiona Watson.
"Também há uma motivação política na divulgação do vídeo. O Congresso brasileiro é dominado por representantes do agronegócio. Já a Funai teve o seu orçamento reduzido. Há um grande ataque aos direitos indígenas no Brasil nesse momento."
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O que se sabe sobre o índio isolado?
Muito pouco. Apesarindicar bet365já ter sido o focoindicar bet365diversas pesquisas, reportagens e atéindicar bet365um livro (O último da tribo: a busca épica para salvar um homem solitário na Amazônia, do jornalista americano Monte Reel), o índio do buraco nunca foi contatado por alguémindicar bet365foraindicar bet365sua tribo (até onde se sabe).
Acredita-se que ele seja o único sobrevivente do seu grupo, depois que um ataque matou seis membrosindicar bet3651995. Os responsáveis seriam fazendeiros locais. Segundo a Funai, ninguém foi punido pelo crime.
Sua tribo nunca recebeu um nome, e não se sabe qual é aindicar bet365língua. O apelidoindicar bet365"índio do buraco" se deve ao fatoindicar bet365que ele deixa valas profundas na mata - provavelmente são armadilhas para caçar ou locaisindicar bet365esconderijo.
No passado, ele também já abandonou cabanasindicar bet365palha e instrumentosindicar bet365uso manual, como tochasindicar bet365resina e flechas.
Por que é um vídeo raro?
Até agora, havia apenas uma única foto borrada do índio do buraco. Foi tirada por um fotógrafo que acompanhava a Funaiindicar bet365uma viagemindicar bet365monitoramento e exibida muito rapidamenteindicar bet365um documentário brasileiroindicar bet3651998, Corumbiara.
Ativistas se disseram contentes - e surpresos - por ver que o indígena está, aparentemente,indicar bet365boa saúde. "Ele está muito bem, caçando, mantendo algumas plantaçõesindicar bet365mamão e milho", afirmou Altair Algayer, coordenador regional da Funai,indicar bet365entrevista para o jornal britânico The Guardian.
Por que ele estáindicar bet365perigo?
Acredita-se que a maioria dos membros daindicar bet365tribo tenham sido dizimadoss entre as décadasindicar bet3651970 e 1980, após a construçãoindicar bet365uma estrada perto da área onde viviam, o que aumentou o interesse por terras na região.
Ainda hoje, agricultores e madereiros ilegais cobiçam a área. Por isso, teme-se que o índio seja ameaçado por pistoleiros.
Em 2009, um acampamento temporário montado na região pela Funai foi saqueado por um grupo armado. Dois cartuchosindicar bet365armas foram deixados para trás, no que pareceu ser uma ameaça.
A Amazônia brasileira abriga a maior parte das tribos indígenas não contatadas do mundo,indicar bet365acordo com a Survival International. O contato pode trazer riscosindicar bet365morte até por doenças simples como gripe e sarampo.
"De certa forma, nós não precisamos saberindicar bet365nada sobre ele. Mas ele é um símbolo do que estamos perdendo: uma grande diversidade humana", conclui Whatson.
* Com reportagemindicar bet365Vicky Baker, da BBC News
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