Por dentroblaze game apostauma clínicablaze game apostaaborto nos EUA:blaze game aposta

Ativista pró-diretos reprodutivos

Crédito, S. Olson / Getty Images

Legenda da foto, Ativismo a favor dos direitos reprodutivos também tem crescido

Clínicas como a Hope enfrentam forte oposição do governo conservadorblaze game apostaDonald Trump. Meses atrás, a Casa Branca anunciou uma propostablaze game apostacortar o financiamento federalblaze game apostaorganizações que ofereçam ou discutam o aborto com suas pacientes.

Kathaleen Pittman, da clínica Hope
Legenda da foto, Kathaleen Pittman diz que tem sofrido pressão crescente na clínica que administra

A Planned Parenthood, uma das organizações alvejadas, afirmou que a proposta é "perigosa, ultrajante eblaze game apostaconsequências devastadoras". Já ativistas antiaborto agradeceram Trump por "cumprir uma promessa crucial"blaze game apostacampanha.

Quando Pittman começou a trabalhar no Hope Medical Group, nos anos 1980, o cenário era diferente da polarização atual.

Haviablaze game apostaLouisiana 11 organizações que ajudavam mulheres que decidiam interromper a gestação; hoje, há apenas três, às quais recorrem 10 mil mulheres, estima Pittman.

Pelo país inteiro, o númeroblaze game apostaclínicas caiu na última década. Sete Estados têm apenas um estabelecimento cada.

E, ante regrasblaze game apostafuncionamento cada vez mais rígidas e financiamento escasso, esses locais vivem pressão crescente. Em 2017, 19 Estados aprovaram 63 restrições à prática do aborto. Vinte e nove Estados atualmente têm restrições o bastante para serem considerados hostis a diretos reprodutivos femininos, segundo o centroblaze game apostapesquisas Guttmacher Institute.

No âmbito federal, Trump também mudou o equilíbrio da Suprema Corte – até então com quatro juízes conservadores e quatro liberais – com a nomeação, para um lugar vago desde o governo Obama, do juiz conservador Neil Gorsuch, alémblaze game apostacortar verbas a grupos que orientam mulheres que querem abortar.

E ativistas antiaborto também passaram a se mobilizar mais desde as eleições presidenciaisblaze game aposta2016.

"Vou te dizer, as coisas não estão melhorando", desabafa Pittman.

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Lucy na clínicablaze game apostaaborto
Legenda da foto, "Quero voltar a estudar, e não vai dar com duas crianças", diz Lucy

Lucy

Lucy viajou três horas para chegar à clínica Hope. Grávidablaze game apostaoito semanas, ela tirou uma diablaze game apostalicença do trabalho como caixablaze game apostalojablaze game apostauma cidade que ela prefere não citar. Pediu a uma amiga que a levasse ali.

Ela se senta com a filhablaze game apostadez mesesblaze game apostaidade. Lucy, 21 anos, não deseja mais um bebê.

"Quero voltar a estudar, e não vai dar com duas crianças", diz.

Ela pretende realizar o aborto, a despeito dos desejos do pai das crianças.

"É o mesmo cara do meu primeiro bebê, e ele nem cuida dela, então não posso esperar que ele cuideblaze game apostaum segundo filho."

Funcionáriablaze game apostaclínicablaze game apostaaborto
Legenda da foto, Por lei, pacientes passam por ultrassom e sessãoblaze game apostaaconselhamento antes do procedimento

Lucy é levada para uma sessãoblaze game apostaaconselhamento obrigatória, segundo a lei estadual. É uma conversa com uma das conselheiras da clínica, e ambas discutem o preenchimentoblaze game apostaum longo formulárioblaze game apostaconsentimento.

Delia, a conselheira, explicablaze game apostadetalhes os potenciais riscos do procedimento – como infecções, coágulos, hemorragia ou perfuração da parede do útero.

Lucy escuta, mas sem demonstrar hesitação. Explica que talvez preciseblaze game apostaajuda financeira, uma vez que o procedimento custa US$ 550 (R$ 1,7 mil), mais do que seu salárioblaze game apostaUS$ 525 (R$ 1,6 mil). Em Louisiana, o Estado só cobre os custosblaze game apostaabortosblaze game apostacasosblaze game apostaestupro, incesto ou riscoblaze game apostavida.

Uma contribuição da própria clínica reduzirá os custos para US$ 400. Lucy agenda uma consulta para cinco dias depois.

"Terça? Tudo bem", ela diz. "Quarta-feira é meu diablaze game apostafolga, então poderei descansar."

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Uma divisãoblaze game aposta45 anos

O aborto é legalizado nos EUA desde um julgamento histórico da Suprema Corteblaze game aposta1973, conhecido como Roe X Wade.

O tema gera intensos debates desde então, com divisões ideológicas e religiosas.

Marcha antiabortoblaze game aposta2018

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Legenda da foto, Marcha antiabortoblaze game aposta2018; conservadorismo na Casa Branca deu novo impulso a ativistas

Um estudoblaze game aposta2017 do Centroblaze game apostaPesquisas Pew apontou que "a divisão partidária quanto ao aborto está muito mais polarizada" do que duas décadas atrás.

E isso ficou evidente na mais recente eleição presidencial.

Durante a campanha, Trump prometeu agir para fazer "avançar os direitosblaze game apostacrianças não nascidas e suas mães", masblaze game apostaescolha para vice – Mike Pence, um dos mais ativos políticos antiaborto do país – agradou simpatizantes conservadores.

Vice-presidente Mike Pence

Crédito, C. Somodevilla / Getty Images

Legenda da foto, Mike Pence tinha forte ativismo antiaborto antes mesmoblaze game apostaser escolhido como viceblaze game apostaTrump

Os resultados para o governo Trump foram ambíguos. Uma lei destinada a impedir o financiamento da Planned Parenthood, maior redeblaze game apostaclínicas para mulheres dos EUA, não passou no Congresso.

Mas,blaze game apostajaneiro, Trump emitiu uma medida que, na prática, favorece os Estados que excluam clínicas do tipo do financimento estadual. Outra medida permite que agentesblaze game apostasaúde se recusem a realizar abortos com baseblaze game apostaobjeções "religiosas ou morais".

Gráfico sobre opiniões a respeito do aborto nos EUA
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Segurança e vigilância

Na entrada da Hope, uma recepcionista abre a passagem para as pacientes atravésblaze game apostauma porta com segurança reforçada, que ela monitora com 15 câmeras.

Casosblaze game apostainvasão, roubos e vandalismo cresceramblaze game apostamodo acentuadoblaze game apostaclínicas pelo país desde a campanha das eleições presidenciaisblaze game aposta2016.

Segurança na recepção da Hope
Legenda da foto, Segurança na recepção da Hope; cresceram também os episódiosblaze game apostainvasão e agressões

Relatosblaze game apostaameaças e intimidações a funcionários dessas clínicas também aumentaram, segundo a Federação Nacional do Aborto (NAF, na siglablaze game apostainglês), associaçãoblaze game apostamédicos que compila estatísticas desde 1977.

Ameaçasblaze game apostaviolência ou morte quase dobraram nas clínicas no ano passado; casosblaze game apostainvasões mais do que triplicaramblaze game apostarelação a 2016.

Por conta disso, os médicos da Hope pedem anonimato à reportagem.

Gráfico sobre opiniões a respeito do aborto nos EUA

"Os inimigos do aborto têm destruído nossa capacidadeblaze game apostasobreviver", diz um ginecologista que trabalha ali há 36 anos.

Ele realiza abortos duas vezes por semana e mantém uma clínica privada na cidade. Ativistas antiaborto deixaram panfletosblaze game apostaseu consultório, dizendo aos vizinhos que ele "mata bebês" e ameaçando "levá-lo a Jesus". Ele precisou pedir proteção policial emblaze game apostacasa.

"A pressão é tamanha que outros médicos decidiram pararblaze game apostafazer abortos", conta.

Mas ele não planeja seguir o mesmo caminho. "É um serviço necessário, especialmenteblaze game apostaum Estado pobre e historicamente contrário ao direitoblaze game apostaescolha (como Louisiana)."

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Ativistas

"O debate sobre o aborto está mais proeminente porque não há questões mais importantes na vida do que a vidablaze game apostasi", diz Chris Davis, porta-voz da comunidade antiabortoblaze game apostaShreveport.

Ele conversa com a reportagem da BBC na entrada da Bossier Medical Suite, que fechou as portasblaze game apostaabrilblaze game aposta2017. O estacionamento da casa agora está vazio.

"Antes, aqui ficava lotadoblaze game apostacarros", conta Davis. "Rezávamos diariamente aqui fora e achamos que Deus atendeu nossas precesblaze game apostaforma grandiosa."

Chris Davis, porta-vozblaze game apostagrupo antiaborto
Legenda da foto, Chris Davis é porta-vozblaze game apostagrupo antiaborto que faz passeatas dianteblaze game apostaclínicas

Davis, paiblaze game apostatrês filhos que se define como um "forte cristão", participablaze game apostavigílias constantes nas calçadas das clínicas.

Seu grupo se chama Praying Warriors (guerreiros das orações,blaze game apostatradução livre). Eles acampam fora do perímetro das clínicas e tentam chamar a atenção das pacientes a caminho do local. Leisblaze game apostapropriedade os impedemblaze game apostaentrar no terreno das clínicas.

"Nosso foco não é necessariamente reverter (o resultado do julgamento) Roe X Wade da noite para o dia", diz Davis.

"A cada mulher que mudablaze game apostaideia depoisblaze game apostafalar conosco ou rezar, o Roe X Wade é derrubado pelos esforçosblaze game apostaraiz. Uma mulher, um bebê por vez."

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Catalya

Catalya evita qualquer contato com os manifestantes enquanto apressa o passoblaze game apostadireção à clínica.

Vestida com uma calçablaze game apostamoletom, chinelos e uma camiseta vermelha gasta, a jovemblaze game aposta22 anos dirigiu durante duas horas desde o Texas para realizar um aborto. É o seu segundo.

"Eu e meu namorado concordamos que não temos como sustentar uma criança no momento. Era ou aborto, ou (entregar para) adoção... E simplesmente não consigo me imaginar entregando meu filho."

O casal já tem uma criançablaze game apostaum ano.

Salablaze game apostaespera na Hope
Legenda da foto, Salablaze game apostaespera na Hope tem cartaz que diz que "o acesso ao aborto é mais popular do que Donald Trump"
Pacientes esperam atendimento na Hope
Legenda da foto, Pacientes esperam atendimento na Hope; há cada vez menos clínicas e médicos fazendo aborto

"Trabalho à noite, e o pai trabalhablaze game apostamanhã", ela diz. "Mas temos tido menos ofertablaze game apostatrabalho recentemente, está sendo difícil seguirblaze game apostafrente."

Juntos, eles ganham cercablaze game apostaUS$ 800 (R$ 2,4 mil)blaze game apostaturnosblaze game apostadez horasblaze game apostauma empresablaze game apostaprocessamento alimentar.

"E nunca estamos juntos com o Andre (filho do casal). Isso já é ruim, então como podemos fazer mais uma criança passar por isso?"

Se ganhasse mais dinheiro, diz Catalya, "com certeza" prosseguiria com a gravidez.

Casos como o dela são comuns na clínica. Dificuldades financeiras, dizem os administradores, são a principal razão dada pelas mulheres – emblaze game apostamaioria afroamericanas, com poucas oportunidades educacionais e baixo acesso a contraceptivos – para pôr fim a suas gestações.

Ultra-som
Legenda da foto, Diversos Estados aprovaram leis que restrigem acesso ao aborto nos EUA

Catalya diz que está hesitante quanto a seguir adiante com o aborto, mas não compartilha essa preocupação comblaze game apostaconselheira.

Ela acha que a questão é pessoal e temblaze game apostaser resolvida dentroblaze game apostacasa – seu namorado ainda não está convencido do aborto.

O ultrassom confirma que Catalya está grávidablaze game apostacinco semanas. Ela se recusa a olhar o monitor durante o exame.

No fim da consulta, ela caiblaze game apostaprantos. "Não é culpa do bebê... Não é culpablaze game apostaninguém. Simplesmente não temos como sustentá-lo, me desculpe."

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Gráfico sobre Estados com leis mais rígidas ao aborto

Batalhas estaduais

Voltar a tornar o aborto ilegal nos EUA seria algo complexo: apenas a Suprema Corte ou uma emenda constitucional teria poderblaze game apostareverter Roe X Wade.

Então,blaze game apostaanos recentes, conservadores tentaram mudar as leisblaze game apostaâmbito estadual,blaze game apostavezblaze game apostabuscar um veto total.

Nos primeiros seis meses do governo Trump, houve 431 medidas restringindo o acesso ao abortoblaze game apostaEstados americanos, segundo o Guttmacher Institute.

Louisiana tem uma das leis mais controversasblaze game apostatodas: veta o aborto após 15 semanasblaze game apostagestação,blaze game apostavez do limiteblaze game aposta20 semanas determinado pelo Senadoblaze game apostaabril.

Se a lei for promulgada, será o segundo mais rígido limiteblaze game apostaâmbito nacional, ao ladoblaze game apostaMississippi e atrás apenasblaze game apostaIowa.

Críticos consideram essas leis inconstitucionais.

Campanha pró-direitos reprodutivos
Legenda da foto, Campanha pró-direitos reprodutivos na frente da clínica; tema gera cada vez mais polarização

"Restrições, restrições", diz Kathaleen Pittman. "Provavelmente a primeira que nos afetou dramaticamente foi o períodoblaze game apostaesperablaze game aposta24 horas."

Desde 1995, todas as mulheres têmblaze game apostase consultar com o médico ao menos 24 horas antesblaze game apostarealizar um aborto,blaze game apostaduas consultas separadas. Louisiana quer ampliar esse período para 72 horas, mas a lei foi contestada na Justiça pelo Centroblaze game apostaDireitos Reprodutivos.

"O sistemablaze game apostaduas consultas já é difícil o bastante", diz Stephannie Chaffee, que trabalha com Pittman há dez anos.

"Muitas mulheres perdem diasblaze game apostatrabalho e salário, muitas têmblaze game apostaarrumar alguém para cuidarblaze game apostaseus filhos. E têmblaze game apostafazer isso duas vezes. Elas vêmblaze game apostalonge, às vezes têmblaze game apostapagar acomodação. Impor um períodoblaze game aposta72 horas tornaria esse processo ainda mais custoso."

Ela acha que isso tampouco vai dissuadir as mulheresblaze game apostarealizar o aborto.

"95% das que nos procuram já pensaram longamente antesblaze game apostaligar para cá", afirma Chafee. "Então a espera obrigatóriablaze game aposta24 horas raramente as faz mudarblaze game apostaideia."

Stephannie Chaffee, assistente administrativa na clínica
Legenda da foto, "95% das mulheres que nos procuram já pensaram longamente antesblaze game apostaligar para cá", afirma a assistente administrativa Chafee
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Divisões

Enquanto uma tempestade tropical avança com força sobre Shreveport no sábado, a clínica tem umblaze game apostaseus dias mais concorridos.

Há 50 abortos agendados, o dobro do registradoblaze game apostadiasblaze game apostasemana. As fortes chuvas não impedem as pacientesblaze game apostaaparecer.

Lá fora, a atividade também é incessante. Um grupoblaze game apostaativistas antiaborto se reúne na calçada, munidoblaze game apostaenormes guarda-chuvas.

São 32 deles,blaze game apostaidades variadas, peregrinando a passos lentos ao redor da clínica, rezando e segurando cruzes, bíblias e rosários.

Ativistas antiaborto diante da clínica
Legenda da foto, Ativistas antiaborto fazem vigílias ao redor da clínica, rezando e segurando cruzes, bíblias e rosários

Uma van com um trailer roda por ali com um enorme cartaz colado na parede, com uma imagemblaze game apostaum feto e as palavras: "Você vai me proteger?"

"Não estamos aqui para atacar médicos, mas sim para promover a vida bem onde ela está sendo destruída", diz Richard Sonnier, que se ajoelha e joga as mãos ao céu.

Ele conta que, 40 anos atrás, pagou parablaze game apostanamorada abortar e se arrepende disso desde então.

"Agora é a nossa hora. Mudanças na lei vão levar ao fechamentoblaze game apostavárias clínicas", agrega o ativista Charles, segurando um crucifixoblaze game apostamadeira. "Já é horablaze game apostaesta cidade se livrar do aborto."

Ativista antiaborto
Legenda da foto, "Não estamos aqui para atacar médicos, mas sim para promover a vida bem onde ela está sendo destruída", diz Richard Sonnier

Embora o conservadorismo do atual governo tenha dado forças ao movimento antiaborto, também encorajou vários defensores dos diretos reprodutivos, elevando o númeroblaze game apostavoluntários nas clínicas.

Vestidosblaze game apostacoletes fluorescentes, eles acompanham as mulheres que saem dos carros estacionados. "Elas já têm muito na cabeça; ver um rosto amigável as ajuda", diz Ron Thurston, 69 anos, que frequentemente ajuda na Hope.

"Os manifestantes estão se dirigindo às pessoas erradas", agrega Christian, 23 anos. "Essa batalha diz respeito a leis. Então não entendo por que eles acham que vão conseguir o que querem gritando com mulheres já angustiadas."

Dentro da clínica, todos ficamblaze game apostaolho nas câmerasblaze game apostasegurança.

"Se nos sentimos intimidados? De jeito nenhum", diz Pittman, que se diz "ocupada demais para ter raiva". Há uma multidãoblaze game apostapacientes a serem atendidas.

Voluntários da clínica
Legenda da foto, "Não entendo por que eles (ativistas antiaborto) acham que vão conseguir o que querem gritando com mulheres já angustiadas", diz voluntário da clínica Hope
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Após o aborto

A reportagem da BBC telefonou para Lucy uma semana após ela ter realizado o aborto na Hope. Ela estava recuperada eblaze game apostavolta ao seu emprego como caixa.

Mas nem tudo saiu conforme o planejado.

"Foi muito ruim, muito dolorido, mesmo elas tendo dito que não seria", conta. Ela não voltaria a se submeter ao procedimento, e não só por causa da dor física.

"Eu sinto... meio que arrependimento", diz. "Falei com o pai, eblaze game apostaretrospecto eu teria ficado com o bebê. Não achei que fosse me arrepender, mas a verdade é que me arrependo."

Catalya também seguiu adiante com o aborto, mas não mudoublaze game apostaopinião.

Seu parceiro a levou à clínica e esperou por ela.

"Claro que é uma decisão difícil, que não tomamosblaze game apostamodo casual", diz.

"Mas foi melhor para nossa família. Estou aliviadablaze game apostater tido a oportunidade, com meus direitos como mulher,blaze game apostater tido um aborto."

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*Alguns nomes foram alterados para proteger a identidade dos entrevistados