Anteszona betikaLula, três ex-presidentes - e um presidente - foram presos:zona betika

Lula

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Ex-presidente teve seu pedidozona betikaprisão decretado pelo juiz federal Sergio Moro na quinta-feira

zona betika O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi condenado a 12 anos e um mêszona betikaprisão por corrupção passiva e lavagemzona betikadinheiro e, após o julgamentozona betikaum pedidozona betikahabeas corpus zona betika no Supremo Tribunal Federal, teve seu pedidozona betikaprisão decretado pelo juiz federal Sergio Moro na quinta-feira.

Moro determinou que Lula se apresente à sede da Polícia Federalzona betikaCuritiba, no Paraná, até às 17hzona betikahoje, mas ele dá sinaiszona betikaque pode aguardar na sede do Sindicato dos Metalúrgicoszona betikaSão Bernardo do Campo, seu berço político, para ser presozona betikameio a apoiadores e militantes do Partido dos Trabalhadores (PT).

A prisãozona betikaum ex-presidente é uma situação inédita desde a redemocratização do país, mas não é o primeiro caso na história do Brasil - o último episódio do tipo ocorreu há quase 50 anos.

Anteszona betikaLula, três ex-presidentes chegaram a ser presos e um mandatário - Washington Luís - foi detido ainda no cargo. Outros não chegaram a ser formalmente detidos, mas tiveram seus movimentos restringidos por militares, como Café Filho (1899-1970),zona betika1955, e Jânio Quadros (1917-1992),zona betika1968.

Mas, diferentemente do caso atual, os motivos neste quatro episódios foram políticos, e não a condenação por um crime comum, como acontece com Lula. Confira a seguir.

Marechal Hermes da Fonseca (1855-1923)

Marechal Hermes da Fonseca

Crédito, Palácio do Planalto

Sobrinho do primeiro presidente da República, o marechal Deodoro da Fonseca, o gaúcho Hermes da Fonseca foi preso quase oito anos após o fimzona betikaseu mandato presidencial, que durou entre 1910 e 1914.

Nesta época, o presidente do país era Epitácio Pessoa, que havia ordenado uma intervenção federal no Estadozona betikaPernambuco. O marechal, então presidente do influente Clube Militar, criticou a medida e foi presozona betikajulhozona betika1922. O governo também ordenou o fechamento do clube.

Esse episódio foi o estopim da Revolta dos 18 do Forte, um levante contra Pessoa e seu futuro sucessor, Artur Bernardes, que assumiriazona betikanovembro. A revolta foi contida no dia seguinte.

Em janeirozona betika1923, Fonseca foi libertado, já doente, após o Supremo Tribunal Federal conceder um habeas corpus. Morreu pouco depois,zona betikasetembro,zona betikaPetrópolis, na região serrana do Rio.

Washington Luís (1869-1957)

Washington Luís

Crédito, Palácio do Planalto

A Revoluçãozona betika1930 não marcou apenas a ascensãozona betikaGetúlio Vargas ao poder, mas a deposição do então presidente por um golpezona betikaEstado.

Vargas havia sido derrotado na disputa pela Presidência por Júlio Prestes, indicado por Washington Luís para sucedê-lo, e a aliança formadazona betikatorno da chapazona betikaoposição acusou ter ocorrido fraude no pleito.

Em 24zona betikaoutubro,zona betikameio a pressões militares e políticas, Washington Luís foi obrigado a deixar a sede do governo federal no Riozona betikaJaneiro e levado para o Fortezona betikaCopacabana. Foi o primeiro presidente a ser preso com seu mandato aindazona betikacurso.

Em seguida, foi para o exílio, vivendo os 17 anos seguintes na Europa e nos Estados Unidos. Retornou ao paíszona betika1947, após a redemocratização, com o fim da ditadura do Estado Novo, dois anos antes.

Morreuzona betikaSão Paulo dez anos depois,zona betikaagostozona betika1957, sem nunca mais ter voltado a atuar na política.

Artur Bernardes (1875-1955)

Artur Bernardes

Crédito, Palácio do Planalto

Presidente entre 1922 e 1926, foi o sucessorzona betikaEpitácio Pessoa e um dos apoiadores da Revoluçãozona betika30, que levou Getúlio Vargas ao poder.

Mas, dois anos depois, apoiou a Revolução Constitucionalistazona betika1932, movimento armado deflagradozona betikaSão Paulo que buscou derrubar o governozona betikaVargas.

Foi presozona betika23zona betikasetembro daquele ano, por tentar fazer um levantezona betikaMinas Geraiszona betikaapoio ao movimento paulista. Ficou pouco maiszona betikadois meses detido anteszona betikairzona betikadezembro para o exíliozona betikaPortugal, onde ficou cercazona betikaum ano e meio.

Em 1934, já anistiado, retornou ao Brasil. Foi eleito deputado estadual, participou da Assembleia Constituintezona betika1934 e atuou como deputado federal até 1937. Com o Estado Novo, teve o mandato cassado e foi afastado da vida política.

Integrou a Constituintezona betika1946 e foi deputado federal entre 1950 e 1954. Morreu no ano seguinte, no Riozona betikaJaneiro.

Juscelino Kubitschek (1902-1976)

Juscelino Kubitschek

Crédito, Palácio do Planalto

JK, como ficou conhecido o ex-presidente, havia deixado o governo do país havia três anos e atuava como senador por Goiás quando teve seu mandato cassado e os direitos políticos suspensos por dez anos pelo golpezona betika1964.

Exilado, retornou ao Brasilzona betika1967. No ano seguinte, com a edição do Ato Institucional nº 5,zona betika13 dezembro, foi preso no mesmo dia no Riozona betikaJaneiro, durante a Presidênciazona betikaCosta e Silva, e levado para um quartel na cidade vizinha, Niterói.

Junto com o ex-governador Carlos Lacerda, que articulava com o ex-presidente João Goulart a formaçãozona betikauma frente para exigir a volta da democracia, foi solto no dia 22 do mesmo mês. Ficaria ainda mais um mêszona betikaprisão domiciliar,zona betikaseu apartamento.

Abandonou a política e dedicou-se a atividades como empresário desde então. Morreuzona betika1976,zona betikaum acidentezona betikacarro na rodovia Presidente Dutra, durante uma viagem.