Os caminhos que Lula consideraupbet mobilenegociação para se entregar à Justiça:upbet mobile
Ao mesmo tempo, a defesa do ex-presidente entrou com novo pedidoupbet mobilehabeas corpus no Supremo Tribunal Federal (STF) alegando que seria necessário esperar o julgamentoupbet mobiletodos os embargos do caso antesupbet mobilese efetuar uma ordemupbet mobileprisão. Mais cedo, um habeas corpus com argumento semelhante foi negado no Superior Tribunalupbet mobileJustiça (STJ).
Entre os apoiadores da resistência à prisão estiveram os senadores Lindbergh Farias e Humberto Costa, representantesupbet mobilecorrentes internas do PT como a Construindo um Novo Brasil e a Mensagem ao Partido, e líderes sindicais, como o presidente da CUT (Central Única dos Trabalhadores), Vagner Freitas.
O argumento principalupbet mobilepolíticos e sindicalistas é que a prisãoupbet mobileLulaupbet mobileSão Bernardo do Campo, berço do petismo,upbet mobilemeio à militância do partido, poderia trazer mais visibilidade ao caso e estimular apoiadores a saírem às ruas emupbet mobiledefesa.
"Essa prisão é ilegal. Mais um gestoupbet mobileperseguição do juiz Sergio Moro. Então para quê se entregar numa situação dessas? Se eles querem prender, que executem a prisão. Que venham para cá. Se eles fizerem isso (prender Lula), será uma imagem que rodará o mundo", disse o senador petista Lindbergh Farias.
Um dos aliados presentes ao sindicato foi ainda mais direto ao explicar a estratégia por trás da ideia: "Ter algema, manifestação, tudo isso pode trazer um clamor internacional e ajudar na pressão por justiça". Emupbet mobileordemupbet mobileprisão, Moro foi claroupbet mobilevedar o usoupbet mobilealgemasupbet mobileLulaupbet mobilequalquer situaçãoupbet mobiledetenção.
Na outra ponta, estão os advogados do presidente, liderados por Cristiano Zanin Martins e José Roberto Batochio. Para essa ala, a "resistência" não era, definitivamente, uma opção.
Eles ponderaram que o não cumprimento da ordemupbet mobileprisão poderia ser visto como desobediência ou até mesmo como intençãoupbet mobilefuga. Esse tipoupbet mobilecomportamento do réu é malvisto pelos membros do Judiciário e pode acarretarupbet mobilediminuição drástica das chancesupbet mobilesucessoupbet mobilerecursos futuros, sejaupbet mobilepedidosupbet mobilehabeas corpus ou requerimentosupbet mobileprogressãoupbet mobilepena e prisão domiciliar.
Os advogadosupbet mobileLula dizem ainda que pretendem solicitar urgênciaupbet mobileum processo aberto na Organização das Nações Unidas para garantir os direitos políticosupbet mobileLula. O andamento dessa ação poderia ser afetadaupbet mobilecasoupbet mobiledesobediência judicial, na avaliação dos críticos da ideia.
Conhecido pelo espírito conciliador, o presidente Lula não indicou ainda qual caminho deverá seguir. Para um parlamentar do PSOL, o processoupbet mobileconvencimento do líder petista passará pelo tamanho da movimentação que a esquerda conseguir produzir diante do prédio azul e branco do sindicato.
"Tudo é uma questãoupbet mobileforça política. Para ele (Lula) resistir, precisa ter greve e todo mundo vir para cá. Cinquenta pessoas é diferenteupbet mobilecinquenta mil. Cinquenta mil não vão enfrentar", apostou o congressista.
Presidente do PT, a senadora Gleisi Hoffman não demonstrou publicamente a escolhaupbet mobilenenhum dos lados e disse a colegas que apoiará a decisão do líder petista, seja qual for.
Visitas
No segundo andar do sindicato,upbet mobilefrente a pôsteresupbet mobilemovimentos sociais do Brasil e da América Latina, Lula se reuniu com políticosupbet mobileesquerda: a ex-presidente Dilma Rousseff, os senadores Costa, Lindbergh e Gleisi, o ex-governador do Ceará Cid Gomes (PDT), o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), os deputados Vicentinho, Paulo Pimenta e Paulo Teixeira, o pré-candidato ao governoupbet mobileSão Paulo Luiz Marinho (PT).
O PSOL também estava presente. O pré-candidato a presidência pelo PSOL e coordenador do MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem Teto) Guilherme Boulos e seus colegasupbet mobilepartido Luisa Erundina e Ivan Valente também foram ao sindicato prestar solidariedade a Lula.
Apoio dos movimentos sociais
Enquanto o debate era travado internamente, o discurso uníssono para a militância que se aglutinou nas ruas do entorno ao sindicato foiupbet mobileresistência.
"A partir dessa casa (o sindicato), dos companheiros do MTST, dos companheiros dos movimentos sociais, nós vamos dizer: ele não vai se entregar! Venham buscar, nós estaremos esperando aqui. Venha com armas, com o que quiser, mas vai ter que enfrentar essa multidão. Aqui, não! Que venham aqui, nós estaremos aqui. Não vai prender! Repitam comigo: não vai prender!", discursouupbet mobileum carroupbet mobilesom o presidente do sindicato dos metalúrgicos Wagner Santana.
A maior parte dos militantes reunidosupbet mobileapoio a Lula é do MTST, embora haja caravanasupbet mobileoutros gruposupbet mobiletrânsito para São Bernardo do Campo a partirupbet mobileEstados, como Rioupbet mobileJaneiro, Paraná e Minas Gerais. Também do carroupbet mobilesom, o coordenador do MTST e pré-candidato à presidência pelo PSOL, Guilherme Boulos, buscou estimular o movimento e manter a vigília.
"A nossa orientação é não arredar pé desse sindicato. Permanecer aqui e garantir com nossa mobilização que uma decisão injusta não possa se efetivar. A gente sabe da dificuldade, há companheiros que tem que trabalhar. Mas a gente quer passar orientações. Nossa disposição é não deixar prenderem o Lula, para isso temos que estar firmes, ficar aquiupbet mobilevigília e não arredar pé. Pelo tempo que for necessário. (Vamos) Tentar garantir que o máximoupbet mobilepessoas fiquem", disse Boulos.
Fiéis às instruçõesupbet mobileBoulos, um grupoupbet mobilemanifestantes do MTST montava uma espécieupbet mobilecozinha na calçada do sindicato por volta das 2 da manhã. A infraestrutura pretendia viabilizar a ocupaçãoupbet mobilegrande númeroupbet mobilepessoas no local.
Por volta da meia-noite, um pequeno grupo entrou no sindicato com cobertores e colchonetes para passar a noite. Às duas da manhã Lula continuava no sindicato, cercado pelos filhos e amigos. Seu plano era dormir ali mesmo.