O escândalo que fez o Facebook perder US$ 35 bilhõesslot bonus 2024horas:slot bonus 2024

Logo do Facebookslot bonus 2024meio a dadosslot bonus 2024bolsaslot bonus 2024valoresslot bonus 2024Nova York

Crédito, AFP

Legenda da foto, Em um mesmo dia, Facebook teve a maior redução percentualslot bonus 2024mercado dos últimos quatro anos

slot bonus 2024 O valor do Facebook na bolsaslot bonus 2024valoresslot bonus 2024tecnologia dos Estados Unidos encolheu impressionantes US$ 35 bilhões (ou aproximadamente R$ 115,5 bilhões) entre a manhã e o anoitecerslot bonus 2024segunda-feira.

Para efeitoslot bonus 2024comparação, as ações da rede social caíram, só na segunda, o equivalente ao valorslot bonus 2024maisslot bonus 2024200 mil casas populares no Brasil.

Até o fechamento do dia na Nasdaq,slot bonus 2024Nova York, as ações do Facebook haviam caído 6,7%.

Esta é a maior redução percentualslot bonus 2024valorslot bonus 2024mercado do Facebookslot bonus 2024um só diaslot bonus 2024quatro anos, levando a capitalizaçãoslot bonus 2024mercado da empresaslot bonus 2024US$ 537 bilhões (ou R$ 1,77 trilhão), registrados na sexta-feira à noite, para aproximadamente US$ 500 bilhões no fim da segunda.

O resultado teve reflexos nas principais empresas do ramo, que também tiveram resultados negativos nos EUA (enquanto a empresa que controla o Google caiu 3%, outras gigantes como Amazon, Netflix e Apple registraram quedasslot bonus 2024até 1,5%).

A âncora que afundou os papéis da empresaslot bonus 2024Mark Zuckerberg foi lançada durante o fimslot bonus 2024semana, quando diferentes reportagens da imprensa internacional denunciaram que uma consultoria teria usado para fins políticos informações privadasslot bonus 2024maisslot bonus 202450 milhõesslot bonus 2024usuários do Facebook.

Legenda do vídeo, Como proteger seus dados no Facebook?

Os perfis das pessoas que integram a rede social são considerados "moeda valiosa" na guerraslot bonus 2024marketing eleitoral. Isto porque as interações no Facebook revelam muito sobre nossa personalidade, interesses, medos e opiniões.

Com base nestas informações, empresas podem desenvolver algorítimos para direcionarslot bonus 2024forma personalizada publicidade, artigos ou mensagensslot bonus 2024cunho político adequados aos interessesslot bonus 2024cada um ou com maior potencialslot bonus 2024causar impacto.

Poderia, por exemplo, direcionar mensagensslot bonus 2024um candidato sobre o tema da segurança pública para os usuáriosslot bonus 2024redes sociais que mais demonstrem se preocupar com o tema, ou que tenham relatado ter vivido algum tiposlot bonus 2024violência. Mas alémslot bonus 2024material com informações verídicas, há evidênciasslot bonus 2024que consultorias também façam circular boatos, acusações contra adversários políticos dos clientes e "fake news".

Mark Zuckerberg

Crédito, Reuters

Legenda da foto, Mark Zuckerberg, fundador do Facebook, perdeu sozinho quase US$ 5 bilhões após escândalo da Cambridge Analytica

Procurado pela BBC Brasil, o Facebook nos Estados Unidos não comentou as perdas na bolsa americana, nem o escândalo revelado no fimslot bonus 2024semana.

O caso

O pivô do escândalo é a Cambridge Analytica, uma empresaslot bonus 2024análiseslot bonus 2024dados que trabalhou com a equipe responsável pela campanhaslot bonus 2024Donald Trump nas eleiçõesslot bonus 20242016, nos Estados Unidos. Na Europa, segundo o Guardian, a empresa foi contratada pelo grupo que promovia o Brexit (a saída do Reino Unido da União Europeia).

A Cambridge Analytica nega que tenha trabalhado para o Brexit e que tenha usado dados do Facebook nos serviços que prestou à campanhaslot bonus 2024Trump.

A companhia é propriedade do bilionário do mercado financeiro Robert Mercer e era presidida, à época, por Steve Bannon, então principal assessorslot bonus 2024Trump.

Segundo os jornais britânicos The Guardian e The Observer, e o americano The New York Times, a consultoria comprou informações pessoaisslot bonus 2024usuários do Facebook sem autorização e as usou para criar um sistema que teria permitido predizer e influenciar as escolhas dos eleitores nas urnas.

As informações foram coletadas por um aplicativo chamado thisisyourdigitallife (essa éslot bonus 2024vida digital,slot bonus 2024português), que pagou centenasslot bonus 2024milharesslot bonus 2024usuários pequenas quantias para que eles fizessem um testeslot bonus 2024personalidade e concordassemslot bonus 2024ter seus dados coletados para uso acadêmico - o app foi desenvolvido por Aleksandr Kogan, um pesquisador da Universidadeslot bonus 2024Cambridge, no Reino Unido (a universidade não tem ligações com a Cambridge Analytica).

Além da óbvia questãoslot bonus 2024que muitos usuários não leem os longos termos e condições e mal sabem que estão dando suas informações, o grande problema foi que o aplicativo também coletou as informações dos amigosslot bonus 2024Facebook das pessoas que fizeram o teste, sem autorização.

À época, a política do Facebook permitia a terceiros a coletaslot bonus 2024dadosslot bonus 2024amigos, mas apenas para melhorar a experiência do próprio usuário no aplicativo. Era proibido que os dados fossem vendidos ou usados para propaganda.

Ícones relacionados ao Facebook são exibidosslot bonus 2024diversas telas

Crédito, AFP

Legenda da foto, Facebook é acusadoslot bonus 2024não ter informado clientes, usuários e acionistas sobre uso indevidoslot bonus 2024dados

De acordo com a imprensa americana, 270 mil pessoas fizeram o quiz - mas os termosslot bonus 2024uso, que costumam ser ignorados pela maioria, permitiam que desenvolvedores tivessem acesso aos dadosslot bonus 2024amigos deles também.

Isso teria feito o númeroslot bonus 2024pessoas com dados coletados saltar para a casa dos 50 milhões. As informações obtidas por meio do testeslot bonus 2024personalidade foram vendidas à Cambridge Analytica, segundo contou o ex-funcionário da empresa Christopher Wylie, que é um pesquisador canadense na áreaslot bonus 2024ciência da computação, aos jornais The New York Times e The Guardian.

Segundo as publicações, os dados obtidos pela consultoria incluem detalhes da identidadeslot bonus 2024usuários do Facebook, publicações, curtidas e redeslot bonus 2024amigos.

"Ao coletar dados das pessoas e categorizar o perfil delas, isso te permite segmentar a população, para direcionar mensagens sobre questões que interessam (a cada grupo), usando linguagem e imagens que as possam gerar engajamento. Fazemos isso na Ásia, nos Estados Unidos...", explicou Alex Tyler, gerenteslot bonus 2024dados da Cambridge Analytica, a um repórter do Channel 4, emissora britânica, que se fez passar por um potencial cliente.

Na mesma gravação, executivos da empresa dizem que pretendem começar a atuar no Brasil. "Nós fizemos isso no México, na Malásia, e agora estamos indo para o Brasil", completou o diretorslot bonus 2024gestão da consultoria, Mark Turnbull.

A Cambridge Analytica atuaria na eleiçãoslot bonus 20242018, no Brasil, por meioslot bonus 2024uma parceria com a empresa Ponte CA. Mas o dono desta empresa brasileira, André Torretta, informou que rompeu o acordo, após as denúncias.

O Facebook demorou para agir?

Entre as provas do acesso irregular dos perfis apresentadas por Christopher Wylie, ex-funcionário da Cambridge Analytica, estão uma cartaslot bonus 2024advogados do Facebook enviada a eleslot bonus 2024agostoslot bonus 20242016, pedindo para que destruísse os dados coletados por meio do testeslot bonus 2024personalidade criado pelo acadêmico Aleksandr Kogan.

A carta foi enviada alguns meses depoisslot bonus 2024uma reportagem do The Guardian apontar possíveis irregularidades no acesso a perfisslot bonus 2024usuários da rede social e dias antes da Cambridge Analytica passar a atuar na campanhaslot bonus 2024Trump.

"Porque os dados foram obtidos e usados sem permissão e porque a GSR (empresa criada por Kogan para obter os perfisslot bonus 2024quem fez o quiz) não estava autorizada a compartilhar ou vender o material a você, ele não pode ser usado legitimamente no futuro e deve ser deletado imediatamente", diz a carta do Facebook.

Segundo Wylie, o Facebook não foi atrás para se assegurar que as informações foram deletadas.

"O que mais me impressionou foi isso. Eles esperaram dois anos e não fizeram absolutamente nada para checar se os dados foram apagados. Eles só me pediram para preencher com x uma pergunta e postarslot bonus 2024volta o documento", contou o ex-funcionário da Cambridge Analytica.

O que diz o Facebook?

O Facebook diz que havia sido informadoslot bonus 2024que os dados dos usuários seriam usados para fins acadêmicos. Conforme a rede social, Kogan obteve acesso aos dados dos usuáriosslot bonus 2024forma legítima, mas depois quebrou as regras ao repassá-los a terceiros.

O Facebook também afirmou que apagou o aplicativo com o testeslot bonus 2024personalidadeslot bonus 20242015 e pediu para que as informações dos usuários fossem deletadas. Mas a carta a Wylie solicitando a eliminação dos dados só chegou na segunda metadeslot bonus 20242016.

Já a Cambridge Analytica nega que tenha usado os dados e afirma que apagou todas as informações assim que soube que elas foram colhidas irregularmente.

Mas o The New York Times afirma que, com baseslot bonus 2024entrevistas com ex-funcionários da empresa eslot bonus 2024emails e documentos, a Cambridge Analytica não apenas usou os dados do Facebook para fazer marketing político, mas ainda mantém a maioria dessas informações.

Desde que o escândalo veio à tona, o cofundador do Facebook Mark Zuckerberg perdeu, sozinho, quase US$ 5 bilhões.

Em que pé estão as investigações?

A senadora americana Amy Klobuchar chegou fazer pressão para que Mark Zuckerberg deponha ao Senado para dar explicações. No Reino Unido, o deputado conservador Damian Collins disse que também pretende chamar Zuckerberg ou outro alto executivo para depor.

Parlamentares americanos querem mais informações do diretor-executivo da Cambridge Analytica, Alexander Nix, sobre a atuação da empresa na campanhaslot bonus 2024Donald Trump. O promotor que investiga o possível involvimento da Rússia na eleição presidencial já pediu acesso aos emails dos funcionários da consultoria que trabalharam para o time do atual presidente.

No Reino Unido, onde a Cambridge Analytica foi contratada pela campanha "pró-Brexit", autoridades dizem que pedirão à Justiça um mandadoslot bonus 2024busca e apreensão nos escritórios da empresaslot bonus 2024Londres.

Novo escândalo

Além do escândalo envolvendo o uso irregularslot bonus 2024dadosslot bonus 2024usuários do Facebook, a Cambridge Analytica se viu envolvida esta semanaslot bonus 2024uma nova polêmica.

O diretor-executivo da empresa, Alexander Nix, foi filmado pelo Channel 4 News, canalslot bonus 2024TV britânico, sugerindo táticas questionáveis para desacreditar candidatosslot bonus 2024campanhas.

Um repórter que se apresentou como potencial cliente da Cambridge Analytica se reuniu com Nix e gravou as informações. O jornalista disse que trabalhava para um cliente rico que desejava eleger um candidato no Sri Lanka.

Na filmagem, o executivo é perguntado sobre que tiposlot bonus 2024"investigação aprofundada" poderia ser feita contra adversários políticos. "Ah, nós fazemos bem mais do que isso", respondeu Nix.

Ele, então, sugere que uma formaslot bonus 2024atingir um indivíduo é "oferecer um acerto que é bom demais para ser verdade e filmar isso". Nix ainda acrescentou que poderia "enviar algumas garotas para a casa do candidato". Ele comentou que "meninas ucranianas são muito bonitas e que funcionariam bem".

"Só estou te dando exemplos do que pode ser feito e do que já foi feito antes", concluiu o executivo, nas imagens gravadas pela TV britânica.

A Cambridge Analytica se defendeu dizendo que a reportagem "interpretou errado" a conversa registrada pelas câmeras.

Nix diz que se engajou na conversa apenas para poupar o "clienteslot bonus 2024constrangimentos". "Nós apresentamos uma sérieslot bonus 2024cenários hipotéticos absurdos", afirmou.

"A Cambridge Analytica não compactua ou participaslot bonus 2024armadilhas ou pagamentosslot bonus 2024propina", completou.