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Eleição legislativa argentina deve ter voltabetanobetano em dolardolarCristina e racha entre 'duas populações diferentes':betano em dolar
Mas este significaria que Cristina poderia voltar à Presidência?
A ex-presidente criou uma nova frente partidária, a Unidad Ciudadana (Unidade Cidadã), intensificoubetanobetano em dolardolarcomunicação tanto nas redes sociais e no corpo a corpo nos bairros da província e passou a dar entrevistas - algo que raramente fazia quando estava na presidência.
Em suas falas, faz críticas a Macri, dizendo que "os argentinos viviam melhor"betano em dolarseu governo e que seu sucessor chefia um "governobetanobetano em dolardolarricos" - uma referência ao passado empresarial do atual presidente - e que "o único que trabalha é o ministro das Finanças, emitindo dívida".
Combetanobetano em dolardolarestratégia, Cristina liderou, por exemplo, um trending topic no Twitter na quarta-feira passada, durante entrevista a um programabetanobetano em dolardolarrádio.
Hoje, ela é definida por analistasbetanobetano em dolardolardiferentes tendências como a líder da oposição ao governobetanobetano em dolardolarMacri, que enfrentará no próximo domingo a eleição que poderá fortalecer ou não o caminho político e econômico que traçou parabetanobetano em dolardolargestão - isso porque o resultado definirá o mapa do Congresso Nacional.
Há dois meses, quando foram realizadas as eleições primárias, uma prévia da eleição legislativa, a ex-presidente recebeu 34,5% dos votos, superando por margem apertada os votos no candidato governista, o ex-ministro da Educação Esteban Bullrich.
"É impensável que o comportamento do eleitorado mude muitobetano em dolardois meses, entre agosto e outubro. Cristina será eleita (senadora) pela fidelidadebetanobetano em dolardolarseus eleitores e por causa das políticasbetanobetano em dolardolarMacri que afetam os mais carentes", diz o colunista do jornal Página 12 Horacio Verbitsky, próximo da ex-presidente.
Questionado se a eleição legislativa poderia ser uma plataforma para Cristina retornar à Presidência, ele respondeu que na Argentina esta previsão é impossívelbetanobetano em dolardolarser feita.
"Falar agorabetano em dolar2019 é falarbetano em dolarciência e ficção. Mas, dos presidentes eleitos na Argentina desde o retorno da democracia,betano em dolar1983, somente dois tiveram chances eleitorais dois anos depoisbetanobetano em dolardolarassumirem, Carlos Menem e Cristina, que foram reeleitos", disse Verbitsky.
Desaparecimentobetanobetano em dolardolarjovem ativista
O jornalista é presidente da ONG Centrobetanobetano em dolardolarEstudos Legais e Sociais (CELS), que lidera uma das campanhas para saber o paradeiro do jovem Santiago Maldonado, sobre quem não se tem notícias desde o iníciobetanobetano em dolardolaragosto, quando ele participoubetanobetano em dolardolarum protesto com índios mapuches. Opositores apontaram para autoridades do governo Macri, como a ministrabetanobetano em dolardolarSegurança, Patricia Bullrich.
Ela negou, porém, qualquer responsabilidade no caso - que incluiu operações especiaisbetanobetano em dolardolarpoliciais a cavalo,betano em dolarhelicóptero e com cães para tentar localizar o rapaz na provínciabetanobetano em dolardolarChubut, na Patagônia, no sul do país.
Muros e paredesbetanobetano em dolardolarministérios, colégios e lojasbetanobetano em dolardolarvárias cidades do país foram pintadas com a frase "Donde está Santiago Maldonado?". Protestos massivos também foram realizadosbetano em dolarpraças públicas, mas o paradeiro do rapaz ainda é desconhecido.
O caso se tornou uma importante bandeira da oposição a Macri, apontam colunistas da imprensa argentina.
Mortebetanobetano em dolardolarprocurador
Já opositores a Cristina costumam citar a misteriosa morte do procurador Alberto Nisman, ocorridabetano em dolarjaneirobetanobetano em dolardolar2015, ainda no governo da ex-presidente.
Nisman investigava o atentado à Associação Mutual Israelense Argentina (Amia) quando apareceu morto no apartamentobetano em dolarque morava, no bairrobetanobetano em dolardolarPuerto Madero,betano em dolarBuenos Aires. Ele tinha acusado a ex-presidentebetanobetano em dolardolartentar "acobertar" iranianos denunciados pelo atentado a um centro judaicobetano em dolarBuenos Aires, que deixou 86 mortosbetano em dolar1994. A denúncia continua sendo investigada pela Justiça.
Cristina e o kirchnerismo - corrente do peronismo e força política que surgiu com a posse do ex-presidente Néstor Kirchnerbetano em dolar2003 - "geram qualquer sentimento menos indiferença", explicou Pablo Knopoff, um dos diretores da consultoria política Isonomia,betanobetano em dolardolarBuenos Aires.
Opinião similar expressou a analista política Mariel Fornoni, da consultoria política Management & FIT, durante recente entrevista aos correspondentes estrangeiros na capital argentina.
"Depois que ficou viúva, Cristina passou a apelar à emoção dos seus eleitores. E, para aqueles que são fiéis a ela, a ex-presidente é uma espéciebetanobetano em dolardolarpastora, quase uma santa. As denúncias não mudam a imagem que têm dela", disse Fornoni.
Para os dois analistas, porém, Cristina tem um teto eleitoral que não superaria o índice que registrou nas primárias, realizadasbetano em dolaragosto.
"Cristina tem alto índicebetanobetano em dolardolarrejeição popular e estábetano em dolarum labirinto. Se mudar seu estilo, corre o riscobetanobetano em dolardolarperder o apoiobetanobetano em dolardolarseus eleitores fiéis", disse Pablo Knopoff.
Macrismo
Nabetanobetano em dolardolaropinião, para ampliarbetanobetano em dolardolarforça eleitoral, Cristina também precisaria "fazer ponte" com o peronismo - o movimento político fundado pelo ex-presidente Juan Domingo Perón nos anos 1940 e 1950 e que mantém influênciabetano em dolarsetores políticos e do eleitorado - mas que, fragmentado, poderia registrar uma das suas piores eleições neste domingo, segundo previsões dos especialistas, que apontam ainda o provável crescimento do macrismo no país.
Nas primárias, o macrismo contou com mais votos que o esperadobetano em dolartermos nacionais e, segundo pesquisas, repetiria ou ampliaria o resultado neste domingo.
"Se os candidatos macristas vencerem nesta eleição, que será a primeira dabetanobetano em dolardolargestão, os argentinos poderão passar a discutir principalmente as políticasbetanobetano em dolardolarMacri e não, como é hoje, sobre as políticas dele ebetanobetano em dolardolarsua antecessora, Cristina Kirchner", disse Knopoff.
País tradicionalmente polarizado, especialmentebetano em dolartempos eleitorais, a Argentina vive hoje um retrato parecido com o que saiu das urnasbetano em dolar2015, quando Macri venceu o candidato do governobetanobetano em dolardolarCristina por margem apertadabetanobetano em dolardolarvotos, observou um ex-ministro kirchnerista que pediu anonimato.
"A sociedade argentina está ainda mais polarizada desde a eleiçãobetanobetano em dolardolarMacri. E por isso agora não vemos nenhuma surpresa. O que temos é a mesma sociedade dividida daquela eleição presidencialbetanobetano em dolardolar2015", afirmou.
Para o ex-ministro, as medidas econômicasbetanobetano em dolardolarMacri, como o aumentobetanobetano em dolardolartarifas dos serviços públicos no ano passado, provocaram "perdasbetanobetano em dolardolar3,5 pontos per capita do Produto Interno Bruto (PIB) e neste ano a recuperação vai serbetanobetano em dolardolardois pontos". Ou seja, explicou, a economia argentina já registra recuperação e perspectivabetanobetano em dolardolarmanter e ampliar o crescimento econômico, mas os argentinos ainda não equilibraram as perdas recentes.
As pesquisasbetanobetano em dolardolaropinião indicam que Macri teria entre 40% e 60%betanobetano em dolardolarapoio popular e os que o apoiam atribuem a Cristina "a herança pesada" que ele recebeu ao chegar à Presidência. "La 'grieta' (a polarização) mostra duas populações diferentes. Um conjuntobetanobetano em dolardolarargentinos que acha que Cristina deixou uma bomba e a outra metade que acha que Macri vai explodir a Argentina", disse o analistabetanobetano em dolardolarIsonomia.
O especialistabetano em dolarAmérica Latina Enzo Girardi, da Universidade San Martin (UNSAM),betanobetano em dolardolarBuenos Aires, acha que muitos recordam que viviam melhor quando Cristina era presidente, mas que esta situação poderia mudar com as melhores perspectivas econômicas.
"Cristina soube construir liderança entre os mais carentes. Ela fez um governo com políticas sociais que beneficiaram esste setor social. E além disso, soube passar para os jovens, principalmente os mais carentes, uma nova formabetanobetano em dolardolarinterpretar e participar da política e essa fidelidade é mantida, apesar da agressividade das denúncias contra ela", disse Girardi.
Nabetanobetano em dolardolaropinião, o governo Macri, porbetanobetano em dolardolarvez, busca polarizar com a imagembetanobetano em dolardolarCristina. "É como um espelho. O macrismo se mostra como o lado moderno que a Argentina precisa. E aponta Cristina como vinculada ao passado e às denúncias. É verdade que o ajuste econômico aplicado por Macri acabou prejudicando a imagem do governo, mas agora a economia começa a dar sinaisbetanobetano em dolardolarmelhoras e isto pode favorecê-lo junto ao eleitorado".
Para o professor, assim como para Verbitsky, a eleição presidencialbetanobetano em dolardolar2019 está longe, e ele ressalva que até lá devem surgir outros nomes,betanobetano em dolardolarpolíticos mais jovens, dentro do próprio peronismo para entrar na disputa eleitoral.
A candidatura e a possível eleiçãobetanobetano em dolardolarCristina não parambetanobetano em dolardolargerar polêmicas. A deputada Elisa Carrió, da base aliadabetanobetano em dolardolarMacri, disse que tentará evitar que Cristina mantenha foro privilegiado e que responda pelas denúnciasbetanobetano em dolardolarcorrupção e pelas acusações no caso Amia.
A ex-presidente, porbetanobetano em dolardolarvez, intensifica suas críticas ao governo Macri na reta final da campanha. Nesta segunda-feira, diantebetanobetano em dolardolaruma multidão que lotou o estádio do clubebetanobetano em dolardolarfutebol Racing para ouvi-la, Cristina voltou a chamar o presidentebetanobetano em dolardolar"aquele que governa para os ricos e é leal aos grupos econômicos".
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