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Inferno no paraíso: a sangrenta guerra do narcotráfico nas principais cidades turísticas do México:futebol de salão
Há até pouco tempo, seria difícil acreditar que casos como este pudessem ocorrerfutebol de salãoum dos balneários mais exclusivos do México.
Mas foi o que aconteceu. A imprensa local, como o Semanário Zeta, apontou para o grupofutebol de salãoDámaso López Núñez, "El Licenciado", como responsável pela cova. López Núñez é um dos principais colaboradoresfutebol de salãoJoaquín Guzmán Loera, "El Chapo", um dos chefes do alto escalão do Cartelfutebol de salãoSinaloa - e que se encontra preso nos EUA.
A cova no balneário fazia partefutebol de salãouma guerra interna que Núñez e seu filho, Dámaso López, "El Mini Lic", travavam com gangues aliadas pelo controle da organização.
A sinistra descoberta perto da praia trouxe outra revelação: a guerra do narcotráfico chegou aos paraísos turísticos mexicanos.
No entanto, apesar desse efutebol de salãooutros episódios semelhantes nesse efutebol de salãooutros destinos turísticos, o fluxofutebol de salãovisitantes não diminuiu e ainda se respira um arfutebol de salãonormalidade, especialmente nas zonas mais concorridas dos balneários.
futebol de salão A futebol de salão dureza dos números
Segundo dados do Sistema Nacionalfutebol de salãoSegurança Pública local, junho foi o mês mais violento do país desde 1991, quando os índices começaram a ser registrados.
Uma das regiões que aperecem com destaque nas estatísticas é Los Cabos, um balneário que é um destino frequentefutebol de salãoartistasfutebol de salãoHollywood.
Em 2016, a procuradoria do Estadofutebol de salãoBaja California Sur - onde fica Los Cabos - realizou 50 investigações por homicídio doloso. No primeiro semestrefutebol de salão2017, foram 133 os indiciamentos por assassinato.
Mas isto não afetou a popularidade do balneário. A médiafutebol de salãoocupação durante a semana éfutebol de salão74% e, nos finaisfutebol de salãosemana, quase completa, segundo a associação localfutebol de salãohotéis.
E ao mesmo tempo, 54% dos moradoresfutebol de salãoLos Cabos dizem se sentir inseguros,futebol de salãoacordo com a ediçãofutebol de salãojunho da Pesquisa Nacionalfutebol de salãoSegurança Pública Urbana do Instituto Nacionalfutebol de salãoEstatísticas e Geografia (Inegi), uma porcentagem bem inferior à média nacional,futebol de salão74,9%.
Não é o único destino turístico com problemas. Em janeiro passado,futebol de salãoCancún, no sudeste do país, ocorreram vários confrontos armados na área turística. Em 26futebol de salãojulho, o chefe do quartelfutebol de salãoLos Zetas foi capturado no balneário, e poucos dias depois apareceram restos humanosfutebol de salãobolsasfutebol de salãoplástico.
Segundo a Comissão Nacionalfutebol de salãoSegurança (CNS) e a Secretariafutebol de salãoGovernação (equivalente ao Ministério da Justiça), o aumento da violência se deve a uma disputafutebol de salãocartéis do narcotráfico.
Autoridades chegaram a enviar centenasfutebol de salãomilitares aos balneários. Mas alguns especialistas acreditam que o problema requer outras ações, além da vigilância nas ruas.
"O crime organizado tem cada vez mais capacidadefutebol de salãofogo, aplicam mais violência", disse à BBC Mundo, Guillermo Zepeda Lecuona, pesquisador da Faculdadefutebol de salãoJalisco.
"A conspiração com as autoridades e a lavagemfutebol de salãodinheiro continuam. Esses dois temas se mantém intactos."
Apesarfutebol de salãoa percepçãofutebol de salãoinsegurança (79,3%)futebol de salãoCancún ser bem maior quefutebol de salãoLos Cabos, a taxafutebol de salãoocupaçãofutebol de salãohotéis supera os 90% no local, uma amostra clarafutebol de salãoque o turismo, apesar da violência, vai bem, obrigado.
"Realmente não há um ataque direto contra o turismo", afirmou o presidente da Associaçãofutebol de salãoHotéisfutebol de salãoCancún, Carlos Gosselín Maurel. "Mas se isto pode afetar o turismo? Com certeza pode, então não podemos tapar o sol com a peneira".
"O que há agorafutebol de salãoCancún são turistas que fizeram reservas há um ano", acrescenta, "e não tivemos cancelamentos, não nos sentimos afetados".
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Mas voltando ao tema, por que há violência nos centros turísticos do país?
No casofutebol de salãoCancún, a explicação é uma antiga disputafutebol de salãograndes cartéis pela região costeirafutebol de salãoQuintana Roo, contou à BBC Mundo Martín Barrón, pesquisador do Instituto Nacionalfutebol de salãoCiências Penais.
Durante várias décadas, o Caribe mexicano foi uma das principais portasfutebol de salãoentradafutebol de salãococaína. Em vários momentos, a zona foi controlada por cartéisfutebol de salãoJuárez e Los Zetas, organizações que foram praticamente desarticuladas nos últimos anos.
Mas isto aumentou a violência, destaca o especialista. "Há uma disputafutebol de salãogrupos menores, e houve o aumento no númerofutebol de salãosequestros e execuções."
"Houve aumento das extorsões e da pressão a boates, bares, casas noturnas da zona hoteleirafutebol de salãoCancún,futebol de salãoBenito Juárez, até Xcaret, que está ao sul (de Quintana Roo)", afirmou.
Enquanto isto, o que acontecefutebol de salãoLos Cabos é consequência da guerra interna no Cartelfutebol de salãoSinaloa. Após a captura e extradiçãofutebol de salão"El Chapo" Guzmán, seu principal colaborador, Dámaso López "El Licenciado", pretendia assumir o controle da organização.
De acordo com a Secretariafutebol de salãoDefesa Nacional, o Cartel Jalisco Nova Geração faz parte dessa disputa interna. E esse grupo apoia López Núñez na disputa pelo mercadofutebol de salãoBaja California Sur.
"El Licenciado" foi detidofutebol de salãomaio passado; e seu filho, Dámaso López Serrano, "El Mini Lic", entregou- se ao governo dos Estados Unidos no dia 27futebol de salãojulho do ano passado.
Não está claro se esses acontecimentos influenciam na segurança do balneário.
'A violência se democratizou'
Mas o narcotráfico não é a única causafutebol de salãoviolência nos destinos turísticos mexicanos.
Em maio passado, foram assassinados quatro taxistasfutebol de salãoSan Miguelfutebol de salãoAllende, no Estadofutebol de salãoGuanajuato.
Foram registradas várias ações violentas na cidade, conhecida pela arquitetura hispânica barroca, desde setembrofutebol de salão2016, como explosãofutebol de salãobombas caseirasfutebol de salãobares e sequestros.
Em junho passado, inclusive, a polícia prendeu o chefefutebol de salãouma das quadrilhas especializadasfutebol de salãosequestros mais perigosas do país, segundo a CNS.
San Miguelfutebol de salãoAllende foi qualificada pela revista Travel+Leisure como a "melhor cidade do mundo" para se visitar.
A Procuradoria Geralfutebol de salãoJustiçafutebol de salãoGuanajuato insiste que a violência se deve à disputa entre criminosos locais.
"A violência se descentralizou e a impunidade se democratizou", alerta Zepeda Lecuona.
"Agora, há agentes do Ministério Público que controlam gangues criminosas, policiais que têm redesfutebol de salãopequenos assaltantes. Por isso, há o aumento da percepçãofutebol de salãoinsegurança no país."
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