O suicídio que revelou a violência do submundo da prostituiçãofunctions of cbetLondres:functions of cbet

Cenas do filme The Receptionist

Crédito, Mirror Stage Films

Legenda da foto, O filme The Receptionist mostra um mundofunctions of cbetcrime e sonhos perdidos

"Ela veiofunctions of cbetuma pequena vila na China. Foi a Londresfunctions of cbetbuscafunctions of cbetuma vida melhor. Mas acaboufunctions of cbetuma vida dupla que ninguém próximo a ela conhecia."

"Fiquei muito triste. Como ninguém nunca tinha ficado sabendo disso e não conseguiu ajudar?", lamenta.

Sonho londrino

Por meiofunctions of cbetum amigofunctions of cbetcomum, Lu conseguiu localizar mulheres que tinham trabalhado com Annafunctions of cbetuma casafunctions of cbetmassagens.

São imigrantes da China, Malásia, Filipinas e Tailândia. Outras casasfunctions of cbetmassagens empregam mulheresfunctions of cbetpaíses mais desenvolvidos economicamente, como Hong Kong, Taiwan e Japão.

Como algumas dessas mulheres, Anna chegou ao Reino Unidofunctions of cbetum casamento arranjado.

Cena do filme The Receptionist

Crédito, Mirror Stage Films

Legenda da foto, Muitas mulheres pagam grandes somas por casamentos arranjados ou por passaportes falsos para conseguir entrar no Reino Unido

"Ela era casada com um britânico mas ele não tinha emprego. A famíliafunctions of cbetAnna tinha desembolsado muito dinheiro para arranjar esse casamento falso para ela. Ela trabalhou duro para pagar a dívida e ajudar um irmão na China", conta a diretora.

Outras mulheres têm passaportes falsos. Outras são divorciadas e buscam uma vida nova no Reino Unido. Algumas estão atrásfunctions of cbetdinheiro para sustentar seus filhos.

Há ainda estudantesfunctions of cbetidiomasfunctions of cbetTaiwan atraídas pelo dinheiro.

Depoisfunctions of cbetchegar ao Reino Unido, muitas percebem que sobreviver é muito mais difícil do que esperavam, e alcançar os sonhos se mostra algo mais distante ainda. Muitas passam então a se prostituir, conta Lu.

Caindo na real

O filme é baseado na vidafunctions of cbetempregados e clientesfunctions of cbetuma casafunctions of cbetmassagensfunctions of cbetLondres, vista pelos olhosfunctions of cbetuma estudantefunctions of cbetTaiwan que trabalha no local como recepcionista.

A produção retrata o tratamento que as mulheres recebem, que incluem abusos e fetiches extremos.

Criminosos cobram das mulheres por "proteção", e podem agredi-las, roubá-las e estuprá-las caso não paguem, pois sabem que elas não chamarão a polícia.

Scene from the Receptionist

Crédito, Mirror Stage Films

Legenda da foto, Mulheres são abusadas e agredidas por criminosos que oferecem 'proteção'

Embora todas as cenas sejam ficcionais, tudo é baseado nas experiênciasfunctions of cbetAnna efunctions of cbetsuas colegas.

"Os atores no começo não acreditavam no roteiro. Então organizei encontros deles com as mulheres", conta Lu.

Cavando um buraco

Enquanto algumas mulheres deixam a prostituição, outras continuam mesmo sem serem forçadas a isso, e depoisfunctions of cbetterem juntado dinheiro. Sem fluênciafunctions of cbetinglês, elas temem ser difícil encontrar um emprego com bom salário.

"Elas sempre dizem que querem deixar aquela vida depoisfunctions of cbetum ano ou alguns meses, mas se acostumam com o dinheiro. É uma mentalidade perigosa, quase como cavar o próprio buraco, e depois muitas não conseguem sair", afirma a diretora.

The Receptionist

Crédito, Mirror Stage Films

Legenda da foto, O filme retrata como as mulheres praticamente vivem isoladas do mundo externo

As mulheres raramente saemfunctions of cbetcasa porque temem que os vizinhos descubram a atividade secreta que mantêm. Trabalham dia e noite, sempre com cortinas fechadas.

"Fiquei surpresa como muitas delas nunca tinham visto nenhum cartão-postalfunctions of cbetLondres", diz Lu.

Perdendo a alma

Muitas dessas mulheres eram orgulho da família quando deixaram seus países. E sentem vergonhafunctions of cbetvoltar ou revelar a verdade.

Algumas tentam esquecer o passado e a vida que levavam. "É como uma pessoa sem alma. Elas não querem pensar muito", diz Lu.

Anna tinha 35 anos quando se matou. Estava no Reino Unido havia apenas dois anos, e trabalhando havia um ano na indústria do sexo.

"Alguns amigos dela acham que ela ficou pressionada porque a família sempre pedia dinheiro", afirma a diretora. "Outros acreditam que ela não conseeguia aceitar a atividade que mantinha, então cada dia era uma luta."

"Um amigo tomou dinheiro emprestado dela para abrir um restaurante. Quando ela cobrou a dívida, esse amigo ameaçou contar tudo para a família dela. Ela ficoufunctions of cbetpânico. Ela pensava muito na família, não queria no fundo ter saídofunctions of cbetseu país."

'Não esqueça seu sonho'

Apesar do orçamento baixo - cercafunctions of cbetR$ 1,2 milhãofunctions of cbetduas agênciasfunctions of cbetfomentofunctions of cbetTaiwan e uma parte via crowdfunding - o filmefunctions of cbetLu foi selecionado para exibição no festival internacionalfunctions of cbetcinemafunctions of cbetEdimburgo e por prêmios na Itália efunctions of cbetTaiwan.

"Estou muito feliz pelas pessoas se sentirem tocadasfunctions of cbetalguma forma pelo filme", afirma a diretora.

"A mensagem que quero passar é que se você foi longe e buscou seu sonho por tanto tempo, olhe para trás e vejafunctions of cbetonde veio, qual era seu sonho inicial. Muitas pessoas esquecem isso", conclui a diretora.

Jenny Lu
Legenda da foto, O filmefunctions of cbetJenny Lu foi indicado para diferentes prêmios internacionais