Profissionaisblast betbeleza nos EUA recebem treinamento para identificar e combater violência doméstica:blast bet

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Legenda da foto, Lei pioneira quer aproveitar relacionamento que profissionaisblast betbeleza costumam ter com clientes

Há iniciativas semelhantesblast betoutros Estados, a partirblast betesforçosblast betassociaçõesblast betprofissionaisblast betbeleza, mas nãoblast betformablast betlei.

Relacionamento próximo

O objetivo da lei é aproveitar o relacionamento próximo que profissionaisblast betbeleza costumam ter com seus clientes (mulheres e homens) e ensinar esses profissionais não apenas a reconhecer sinaisblast betviolência, mas também a lidar com a situação e até encaminhar as vítimas a serviçosblast betapoio, quando for necessário.

Mas a lei deixa claro que os profissionais não terão obrigação legalblast betdenunciar casosblast betabuso, nem serão punidos se optarem por não agir.

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Legenda da foto, Curso que cabeleireiros e outros profissionais do setor fazem incluirá uma horablast beteducação sobre violência doméstica e agressão sexual

"Muitas pessoas que sofrem abuso vivem isoladas, extremamente controladas e não têm muitas oportunidadesblast betpedir ajuda", diz à BBC Brasil Megan Duesterhaus-AuBuchon, diretora-executiva da Quanada, organização que oferece abrigos e apoio a vítimasblast betviolência domésticablast betIllinois.

"A ida ao cabeleireiro ou manicure é uma das raras vezesblast betque (as vítimas) estão sozinhas ou longe do agressor. É a oportunidadeblast betpedir ajuda", ressalta.

Duesterhaus-AuBuchon observa ainda que clientes costumam falar sobreblast betvida privada com cabeleireiros e manicures.

"Há algo sobre sentar-se naquela cadeira (que faz as pessoas falarem), e muitas (vítimas) frequentam o mesmo salão há anos, então ficam à vontade para falar sobre isso", acrescenta.

Cuidados

Especialistas e idealizadores da lei ressaltam que a ideia não é transformar profissionaisblast betbelezablast betterapeutas, nem esperar que ofereçam aconselhamento, mas simplesmente garantir que tenham as orientações e contatos necessários para saber como proceder.

"É sempre bom ter cuidado, porque certamente não queremos que se cause mais dano às vítimas ao dizer ou fazer algo errado", afirma à BBC Brasil a diretora-executiva da National Coalition Against Domestic Violence (Coalizão Nacional Contra Violência Doméstica,blast bettradução livre), Ruth Glenn.

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Legenda da foto, Segundo autores da lei, profissionais não terão obrigação legalblast betdenunciar abusos e não serão punidos se decidirem não agir

Glenn salienta que é importante que o profissional saiba perceber quando o cliente deseja falar sobre o assunto, alémblast betreconhecer sinaisblast betviolência física como, por exemplo, marcasblast betestrangulamento.

"É uma situação muito delicada, porque você não quer desempoderar as vítimas, dizendo o que devem fazer. Queremos simplesmente que saibam que terão apoio se estiveremblast betapuros", observa Glenn.

'Homens e mulheres'

A violência doméstica afeta tanto mulheres quanto homens.

Segundo o Center for Disease Control and Prevention (Centro para o Controle e a Prevençãoblast betDoenças, ou CDC, na siglablast betinglês), ligado ao Departamentoblast betSaúde dos EUA, umablast betcada quatro mulheres e umblast betcada sete homens no país já foi vítimablast betviolência física grave por parte do cônjuge.

A National Coalition Against Domestic Violence calcula que 20 pessoas são abusadas pelo cônjuge a cada minuto,blast betum país onde apenas 34% das vítimas recebem cuidados médicos.

"Sempre que há pelo menos conscientização sobre violência doméstica já é positivo, e me parece que Illinois está fazendo isso da maneira correta", avalia Glenn.