Por que a vitória do 'não'bancas de apostasplebiscito na Itália pode ter consequênciasbancas de apostastoda a Europa:bancas de apostas
bancas de apostas O primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, anuncioubancas de apostasrenúncia na noitebancas de apostasdomingo após ser derrotadobancas de apostasum plebiscito para reformar a constituição.
Com 100% da urnas apuradas, o 'não' venceu o 'sim' por 60% contra 40%. O comparecimento às urnas foibancas de apostas70%.
"Perdi e digo issobancas de apostasvoz alta, mesmo com um nó na garganta, porque não somos robôs", disse Renzi ao anunciar a renúncia.
"Boa sorte a nós todos", acrescentou.
Em pauta estava a maior reforma constitucional do país desde 1948. Se fosse aprovada, resultaria na modificaçãobancas de apostas46 dos 138 artigos da Constituição italiana.
Seria uma transformação com consequências importantes para o país e para a União Europeia.
Poderes
O legislativo italiano vive o chamado "bicameralismo perfeito" ─ Senado e Câmara têm praticamente os mesmos poderes.
A reforma pretendia, entre outros objetivos, mudar drasticamente o papel do Senado, limitando seus poderes, reduzindo o númerobancas de apostassenadoresbancas de apostas315 para 100 e transformando a casabancas de apostasuma câmarabancas de apostasrepresentação territorial ─ membros não seriam eleitos por voto direto, mas por intermédiobancas de apostasrepresentantes municipais e regionais.
A proposta também pressupunha aumentar o poder do governo central frente aos governos regionais.
Além disso, vinculava essas mudanças à nova lei eleitoral, que entroubancas de apostasvigorbancas de apostasjulho, dando automaticamente ao partido mais votado 340 assentos na Câmarabancas de apostasDeputados (55% do total).
O governo e os defensores da reforma argumentavam que a iniciativa pretendia reduzir custos, agilizar o processo legislativo e aumentar a estabilidade política na Itália, um país que desde a 2ª Guerra Mundial já teve 63 governos.
Por outro lado, opositores da proposta questionavam a faltabancas de apostasconsenso político e social para passar uma reforma dessa proporção. Eles criticavam o aumento dos poderes do governo e o que consideravam uma redução do poderbancas de apostasrepresentação dos eleitores, especialmente no Senado.
Riscobancas de apostasinstabilidade
As preocupações com a vitória do "não" refletem o riscobancas de apostasque esse resultado desencadeie um períodobancas de apostasinstabilidade política na terceira maior economia da zona do eurobancas de apostasum momento delicado para a União Europeia, quebancas de apostasjunho foi sacudida pela decisão do Reino Unidobancas de apostassair do blocobancas de apostas28 nações, tambémbancas de apostasplebiscito - um processo que ficou conhecido como "Brexit" e que causou a renúncia do premiê David Cameron.
No domingo, assim que Renzi anuncioubancas de apostasrenúncia, a moeda do bloco comum caiu para o menor patamar frente ao dólarbancas de apostas20 meses, a US$ 1,0505.
Renzi ─ diferentementebancas de apostasCameron ─ não convocou o plebiscitobancas de apostasforma voluntária: após não ter recebido o apoiobancas de apostaspelo menos dois terços no Parlamento, o voto popular se tornou obrigatório para levar adiante a reforma constitucional.
Mas, assim como o britânico, Renzi ligou seu destino ao resultado final da consulta e, por isso, havia afirmado que renunciaria casobancas de apostasproposta fosse derrotada.
Movimento Cinco Estrelas
Alguns analistas especulam que a vitória do "não" pode ser um primeiro passo rumo à desintegração do euro.
Isso porque investidores não gostambancas de apostasincertezas, e a renúnciabancas de apostasRenzi pode gerar implicaçõesbancas de apostaslongo prazo para a a Itália, que ainda não se recuperou totalmente da crisebancas de apostas2008 - a economia do país encolheu 12% desde aquele ano.
Atualmente, a dívida pública do país equivale a 133% do PIB (Produto Interno Bruto, ou a somabancas de apostastodas as riquezas produzidas por um país) e é a segunda maiorbancas de apostastoda a Europa, atrás apenas da Grécia.
Os bancos italianos também são uns dos mais problemáticosbancas de apostastoda a chamada zona do euro. Seus balanços estão repletosbancas de apostasdívidas ruins ─ ou seja, empréstimos que não devem ser pagos integralmente.
A falênciabancas de apostasuma dessas instituições financeiras pode precipitar uma crisebancas de apostasmaiores proporções e prejudicar a retomada da economia, alastrando-se por todo o bloco.
Antesbancas de apostasconhecer o resultado do plebiscito, Wolfgang Münchau, editor do jornal britânico Financial Times, escreveu que a vitória do não "levantaria dúvidas sobre a participação da Itália na zona do euro".
Um dos argumentos citados por Münchau ébancas de apostasque a recusa à reforma constitucional pode ser aproveitadabancas de apostastermos eleitorais pelo Movimento Cinco Estrelas, partidário do "não".
Esse partido político, encabeçado pelo comediante Beppe Grillo e classificado como populista, já defendeu a realizaçãobancas de apostasum plebiscito para que a Itália abandone o euro.
Próximos passos
Renzi vai entregarbancas de apostasrenúncia ao presidente da Itália, Sergio Mattarella, na tarde desta segunda-feira, após uma última reunião com seu gabinete.
Mas Matarella pode pedir a ele que permaneça no cargo até o Parlamento aprovar o orçamento do ano que vem, no fim deste mês.
Apesar das pressões da oposição, eleições antecipadas são pouco prováveis.
Em vez disso, o presidente italiano pode nomear um governo interino liderado pelo partidobancas de apostasRenzi, o Partido Democrático, que continuaria no poder até as próximas eleições,bancas de apostas2018.
Nesta hipótese, o ministro das Finanças, Pier Carlo Padoan, é o favorito para suceder Renzi.
Renzi chegou ao poderbancas de apostasfevereirobancas de apostas2014, apelidadobancas de apostasIl Rottamatore ("O Desmantelador"). Permaneceu no cargo por dois anos e deixa o Palazzo Chigi, sede do governo italiano, ainda muito jovem, aos 41 anos. Ironicamente, ele venceu as eleições prometendo amplas reformas.