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Por que plebiscito na Itália pode causar nova crise na União Europeia:casas de apostas nacionais
Além disso, vincula essas mudanças à nova lei eleitoral, que entroucasas de apostas nacionaisvigorcasas de apostas nacionaisjulho, dando automaticamente ao partido mais votado 340 assentos na Câmaracasas de apostas nacionaisDeputados (55% do total).
O governo e os defensores da reforma argumentam que a iniciativa pretende reduzir custos, agilizar o processo legislativo e aumentar a estabilidade política na Itália, um país que desde a 2ª Guerra Mundial já teve 63 governos.
"A reforma melhora a atividade legislativa e simplifica os processos. Outra parte importante são as mudanças na relação entre o governo central e os governos locais. Nesses momentos, existe uma zona cinzenta enormecasas de apostas nacionaisque as competências se sobrepõem (...). A reforma pretende mudarcasas de apostas nacionaisforma significativa essa situação", disse Lorenzo Codogno, ex-economista-chefe do Tesouro italiano e diretor da consultoria LC Macro Advisers, à BBC Mundo (o serviçocasas de apostas nacionaisespanhol da BBC).
Por outro lado, os opositores da proposta questionam a faltacasas de apostas nacionaisconsenso político e social para passar uma reforma dessa proporção. Eles criticam o aumento dos poderes do governo e o que consideram uma redução do podercasas de apostas nacionaisrepresentação dos eleitores, especialmente no Senado.
"O que temos na Itália, ecasas de apostas nacionaisoutros países, não é tanto uma crisecasas de apostas nacionaisgovernabilidade sem uma crisecasas de apostas nacionaisrepresentatividade", aponta Fabio Marcelli, da Associaçãocasas de apostas nacionaisJuristas Democratas da Itália.
"Sob meu pontocasas de apostas nacionaisvista, um projeto deste tipo agrava a faltacasas de apostas nacionaisrepresentatividade porque aumenta a distância entre as instituições e os cidadãos, piorando, portanto, a qualidadecasas de apostas nacionaisnossa democracia", acrescenta.
Riscocasas de apostas nacionaisinstabilidade
As preocupações com uma eventual vitória do "não" no plebiscito refletem o riscocasas de apostas nacionaisque esse resultado desencadeie um períodocasas de apostas nacionaisinstabilidade política na terceira maior economia da zona do eurocasas de apostas nacionaisum momento delicado para a União Europeia.
Renzi - diferentementecasas de apostas nacionaisDavid Cameron no Reino Unido - não convocou o plebiscitocasas de apostas nacionaisforma voluntária: após não ter recebido o apoiocasas de apostas nacionaispelo menos dois terços no Parlamento, o voto popular se tornou obrigatório para levar adiante a reforma constitucional.
Mas, assim como Cameron, Renzi ligou seu destino ao resultado final do plebiscito e disse que vai renunciar secasas de apostas nacionaisproposta for derrotada.
Apesarcasas de apostas nacionaisque a vitória do "não" parecia improvável quando a votação foi marcada, as recentes pesquisascasas de apostas nacionaisbocacasas de apostas nacionaisurna mostram uma diferença muito apertada entre as duas opções.
"Para Renzi, será praticamente impossível continuar no cargo se o 'não' vencer. Esse plebiscito, que foi alimentadocasas de apostas nacionaisgrande parte pelo próprio premiê, carrega um significado político que vai além da votação. Trata-secasas de apostas nacionaisum testecasas de apostas nacionaisfogo para o governo dele, que será posto à prova", avalia Marcelli.
Movimento Cinco Estrelas
Alguns analistas chegaram a especular que uma vitória do "não" pode ser um primeiro passo rumo à desintegração do euro.
"Se Renzi perder o plebiscito, esperaria uma sequênciacasas de apostas nacionaisacontecimentos que levantariam dúvidas sobre a participação da Itália na zona do euro", escreveu Wolfgang Münchau, editor do jornal britânico Financial Times.
Um dos argumentos citados por Münchau é que a recusa à reforma constitucional pode ser aproveitadacasas de apostas nacionaistermos eleitorais pelo Movimento Cinco Estrelas, partidário do "não". O partido político, encabeçado pelo comediante Beppe Grillo e classificado como populista, já defendeu a realizaçãocasas de apostas nacionaisum plebiscito sobre a saída da Itália da moeda comum da UE.
"É certo que existe um elementocasas de apostas nacionaisvotocasas de apostas nacionaisprotesto no plebiscito e também é certo que o Movimento Cinco Estrelas é forte nas pesquisascasas de apostas nacionaisintençãocasas de apostas nacionaisvoto. Mas é importante sublinhar que depois do plebiscito nada vai acontecer. Será uma grande oportunidade perdida para a Itália, mas nada além disso. Certamente, o governo será formadocasas de apostas nacionaisquestãocasas de apostas nacionaissemanas, possivelmente uma grande coalizão, e o Movimento Cinco Estrelas não tem opçõescasas de apostas nacionaischegar ao poder", opina Codogno.
"Acredito que as preocupações são um pouco exageradas. Com uma exceção: o setor financeiro na Itália está bastante fraco nesse momento. Há uma sériecasas de apostas nacionaisoperaçõescasas de apostas nacionaislevantamentocasas de apostas nacionaiscapital sendo feitas, alémcasas de apostas nacionaisoutras para limpar os balanços dos bancos. Se o "não" vencer e não houver governo, essas operações podem ficarcasas de apostas nacionaisrisco. Mas o risco, no meu pontocasas de apostas nacionaisvisto, é mais financeiro do que político", acrescenta.
Fabio Marcelli, contudo, discorda. Ele considera exageradas as análises sobre um cenáriocasas de apostas nacionaiscrise política no casocasas de apostas nacionaisuma vitória do "não".
"Não acredito que haja esses riscos catastróficos que todos estão dizendo. Me parece que são a expressão das pressões que querem fazer sobre o eleitorado", avalia.
"O tema fundamental na Itália agora, comocasas de apostas nacionaisoutros lugares do mundo, não é reforçar os poderes do governo, mas reforçar o poder dos cidadãos por meiocasas de apostas nacionaisinstituições da democracia representativa e direta", conclui.
No mesmo diacasas de apostas nacionaisque a Itália decidirá sobrecasas de apostas nacionaismaior reforma constitucionalcasas de apostas nacionaisquase 70 anos, a vizinha Áustria vai escolher o novo presidente. Estão na disputa um candidatocasas de apostas nacionaisextrema direita, Norbert Hofer, e o do Partido Verde, Alexander Van der Belle. Em maio, será a vez da França e,casas de apostas nacionaissetembro, a Alemanha realiza eleições parlamentares.
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