Ilhalogin betanoLamb: os mistérios que deram origem à mais nova candidata a micronação:login betano
Treze anos após a compra da ilha, Geller - mestre dos gestos grandiosos - decidiu elevar o statuslogin betanoLamblogin betanoilha particular na Escócia para país independente, com bandeira, constituição e hino.
Enquanto a Escócia segue ocupada debatendo seu próprio caminho para uma possível independência do Reino Unido, o surgimento da "Repúblicalogin betanoLamb", com o tamanhologin betanoum campologin betanofutebol, significa que seu gigante vizinho,login betanotese, ficou um pouco menor.
"Lamb é um lugar único", afirma Geller, nalogin betanocasa na Cidade Velhalogin betanoJaffa,login betanoIsrael, "e merece terlogin betanoprópria identidade. Esta é uma forma adequadalogin betanofazê-lo."
A ilhalogin betanoLamb não é a primeira micronação do mundo, como são chamados esses países minúsculos. Já houve dezenas delas com independência declarada desde o século 19. Algumas delas são sérias, mas muitas não são.
Algumas chegaram a criar seus próprios selos, moedas e cidadanias. Um exemplo foi o Reinologin betanoLovely, inspiradologin betanoum programalogin betanoTV e com sedelogin betanoum apartamento no lestelogin betanoLondres. Ele teve vida curta, mas pode reivindicar o títulologin betanomicronação com o maior númerologin betanocidadãos, com maislogin betano58 mil pessoas inscritas online.
Geller também oferece cidadania da ilhalogin betanoLamb a quem se interessar. Toda a renda será doada para a organização israelense Save a Child's Heart, que cuidalogin betanocrianças com problemas cardíacoslogin betanotodo o mundo.
Ele afirma que Lamb deve ser um símbolologin betanopaz, e a única exigência para a cidadania é a "disposiçãologin betanoviverlogin betanoharmonia com os compatriotaslogin betanoLamb".
Mas não é permitido morar na ilha. Seus únicos habitantes são os papagaios-do-mar, airos e outras aves marítimas. E, até recentemente, um rato solitário.
"Sempre quis ter minha ilha, ser como James Bond", afirma Uri Geller, agora com 75 anoslogin betanoidade. Ele ouviu falarlogin betanoLamb pela primeira vez quando soube que a ilha estava à venda pelo jornal.
Mas foi a curiosa - alguns diriam duvidosa - afirmaçãologin betanoum pesquisadorlogin betanohistória amador que capturou a imaginaçãologin betanoGeller e o convenceu a comprar a ilha. Segundo o escocês Jeff Nisbet, Lamb apresenta semelhanças inexplicáveis com as pirâmideslogin betanoGizé, no Egito.
O desenho geométrico preciso das pirâmides é uma fontelogin betanofascinação para matemáticos e egiptólogos. Nisbet indica o formatologin betanoLamb e das duas ilhas que a cercam e afirma que espelham exatamente a posição das três pirâmides.
Na verdade, Nisbet não foi o primeiro a defender possíveis ligações entre a Escócia e o antigo Egito. Uma crônica escocesa do século 15, descrita pela Biblioteca Nacional da Escócia como "provavelmente o mais importante relato medieval do início da história escocesa", afirma que o Egito foi responsável pela criação do país.
A crônica - chamada Scotichronicon - afirma que a Escócia, na verdade, foi fundada pela princesa Scota, filha exilada do faraó cujo exército, no relato bíblico, afundou ao perseguir Moisés e os israelitas através do Mar Vermelho.
Um personagem notável que considera essa história muito importante é o magnata Mohamed Al Fayed, nascido no Egito, que mora no Reino Unido desde meados dos anos 1960. Al Fayed é um apoiador fervoroso da independência escocesa e já se ofereceu para ser o primeiro presidentelogin betanouma possível Escócia independente.
Antigo dono da lojalogin betanodepartamentoslogin betanoluxo Harrods,login betanoLondres, Al Fayed guardava uma cópia da Scotichronicon no seu escritório. Quando conheceu Geller, pertologin betano2010, contou a ele entusiasticamente tudo sobre a crônica - e depois presenteou Geller com outra cópia.
Uri Geller afirma que, até onde se lembra, Al Fayed contou a ele a histórialogin betanoque Scota ancorou seu navio na costalogin betanoLamb e ali enterrou um tesouro. Não há evidências que documentem esta história, mas Geller, que supostamente fez fortuna com prospecção para companhias petrolíferas e mineradoras usando a antiga prática da radiestesia, afirma que empregará o mesmo método para procurar o tesouro.
Como Lamb faz partelogin betanouma Árealogin betanoProteção Especial, escavar está foralogin betanoquestão - mas uma equipelogin betanoarqueólogoslogin betanocampo se voluntariou para explorar a ilha.
O tesouro não é a única coisa que Lamb tem a oferecer. Geller, que se autodescreve como místico, acredita que os ossos das vítimas dos infames julgamentoslogin betanobruxarialogin betanoNorth Berwick nos anos 1590 podem também ter acabado ali, transportados do continente por autoridades supersticiosas. Mas especialistas afirmam que todas as evidências conhecidas apontam para o enterro dos restos mortais perto do local onde as vítimas foram queimadas.
Um dos objetos preferidoslogin betanoGeller no seu museulogin betanoJaffa é um antigo conjuntologin betanoseis esferaslogin betanovidro fino pintadaslogin betanoverde, prata e ouro, conhecidas como as bolas das bruxas. Esse tipologin betanoobjeto era pendurado nas casas das ilhas britânicas no século 17 para afastar espíritos malignos.
'Sincronicidade'
A ideialogin betanotornar Lamb uma micronação ocorreu para Uri Geller depoislogin betanoestudar a possibilidadelogin betanocomprar o títulologin betanobarão que vem com o território que, historicamente, incluía a ilha.
Mas Lamb foi excluída do baronato quando foi vendida para Geller pelo atual Barãologin betanoDirleton - Camilo Agasim-Pereira, um empresário luso-brasileiro judeu ortodoxo - a quem o título havia sido transferido pelo dono anterior.
"Eu não consegui o título, então decidi fazer melhor e criar meu próprio país", afirma Geller. "Mas o que faz [Lamb ser] particularmente especial são todas essas poderosas e significativas conexões espirituais. Não é um lugar comum."
Algumas dessas conexões foram identificadas por Nisbet, que afirma que Lamb ficalogin betanouma confluêncialogin betanolinhaslogin betanoLey - supostos caminhoslogin betanoenergia que ligam locais com significado histórico. Uma dessas linhas segue direto atravéslogin betanoLamb desde a ilhalogin betanoMay - o local onde supostamente está enterrado o lendário rei Artur - até a colinalogin betanoTara, na Irlanda, considerada um antigo locallogin betanocoroaçãologin betanomonarcas, repletologin betanomitologia.
A tradição irlandesa afirma que a famosa Pedra do Destino, ou Pedra da Coroação, foi trazidalogin betanoJerusalém para Tara no século 6° a.C. pelo profeta Jeremias e pela filha do último reilogin betanoJudá. Esta história foi contadalogin betanoum discurso na Câmara dos Lordes do Reino Unido por Lorde Brabazonlogin betanoTara,login betano1951.
Afirma-se que a pedra foi usada como travesseiro por Jacó no relato bíblico e depois guardada no templo do rei Salomão.
Afirma-se que a pedra foi levada da Irlanda por invasores escoceses, anteslogin betanoser roubada e trazida para a Inglaterra por ordem do rei inglês Eduardo 1°login betano8login betanoagostologin betano1296. Esta foi a data escolhida por Uri Geller "em reconhecimento da gloriosa história da Escócia" para declarar a independêncialogin betanoLamb.
Geller também acredita que há um sinal na curiosa descoberta feita pelos arqueólogos embaixo da construção da era otomana que agora abriga o seu museu, na Cidade Velhalogin betanoJaffa.
Entre centenaslogin betanoartefatos, eles desenterraram um tijolo escocêslogin betanoForth, produzido no litoral da ilhalogin betanoLamb, depois que ele afirmou ter sentido algo enterrado no local, usando suas declaradas capacidadeslogin betanoradiestesia. Geller chama a descoberta do tijolologin betano"sincronicidade".
É possível afirmar que a sincronicidade também fez parte da buscalogin betanoUri Geller por um hino para seu Estado "semi-independente" (ele afirma que não se tratalogin betanoum ato político e que as leis do seu novo país serão as mesmas jálogin betanovigor antes dalogin betanocriação).
Em 2021, o telepata escocês Drew McAdam, amigologin betanoGeller - do condado escocêslogin betanoEast Lothian, que inclui a ilhalogin betanoLamb - fez a primeira gravaçãologin betanouma música chamada Our Land ("Nossa terra",login betanotradução livre). Ela foi composta pelo seu bisavô James Russellogin betano1909 e agora tinha uma nova letra.
"Cercalogin betanodois dias depois, Uri perguntou se eu conhecia algum compositor, pois ele estava procurando um hino paralogin betanoilha... e ele [o hino] estava ali, apenas esperando", afirma McAdam, que ofereceu a música para Geller. "Estava feliz apenas por ouvir a melodia depoislogin betanotodos esses anos e adoro [saber] que ela está sendo usada neste tremendo projeto pertologin betanocasa."
Desde então, McAdam descobriu que seu bisavô, que morreulogin betano1928, está enterrado no cemitério Larkhall, no sudestelogin betanoGlasgow, na Escócia. E, por sugestãologin betanoGeller, ele planeja tocar o hino (agora com o nome My Island, "Minha ilha") no túmulologin betanoRussell.
Uri Geller ficoulogin betanoLamb por uma noitelogin betano2010 com seu cunhado Shipi Shtrang e com o aventureiro Andy Strangeway, conhecido por ter dormidologin betanotodas as 162 ilhas da Escócia. Geller descreveu aquele pedaçologin betanorocha basáltica como "duro, congelante e desconfortável - mas [a experiência] valeu todas as dores".
Os navios não conseguem ancorarlogin betanoLamb, o que lhe valeu o apelido macabrologin betano"ilha do suicídio", já que todos os que se aventuram por ali acabam encalhando. O trio foi recolhido no dia seguinte. Geller deixou na ilha um cristal que pertenceu a Einstein, como marca dalogin betanovisita.
Lamb não é a única ilha particular do estuário do rio Forth. A ilhalogin betanoFidra pertence à Sociedade Reallogin betanoProteção das Aves, enquanto Craigleith e Bass Rock pertencem à família aristocrática Dalrymple há séculos.
"Quando levo as pessoas a passeio, o fatologin betanoque Uri Geller é o donologin betanoLamb é sempre o que causa maiores reações", diz o veterano comandante local Dougie Ferguson, que passou décadas cruzando as ilhas e trabalhando nas águas do estuário com seu barco, o Braveheart.
"Conheci todos os donos anteriores e nunca havia ouvido falar da ligação com as pirâmideslogin betanoGizé. Mas são áreas importantes para a vida selvagem e, se isso traz as pessoas para ver, só pode ser bom", afirma ele.
- Texto originalmente publicadologin betanohttp://vesser.net/geral-62517236
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