Cistos: o que são e quando representam perigo:roleta francesa
- roleta francesa Cistoroleta francesaretenção: cistos que ocorrem quando há obstrução parcial ou totalroleta francesauma glândula, havendo assim um acúmulo e envelopamento daroleta francesasecreção, a exemplo do cisto epidérmico e cisto do seio maxilar (localizado abaixo dos olhos, ao lado do nariz).
- roleta francesa Cisto exsudativo: quando há um estiramento por causa da secreção exagerada, como o cistoroleta francesaBaker, que pode aparecer atrás da curva do joelho.
- roleta francesa Cisto embrionário: resultado do crescimentoroleta francesarestosroleta francesatecido embrionário, como o cisto branquial e cisto dermoide.
- roleta francesa Cisto parasitário: originado pela larvaroleta francesaum parasita, como o cisto hidático.
É comum que o interiorroleta francesaum cisto seja composto por conteúdos líquidos, como muco, líquor (o líquido cefalorraqueano, produzido no cérebro), sangue, queratina, líquido sinovial (localizadoroleta francesaarticulações) e até mesmo pus, se estiver infectado. Mas substâncias semissólidas ou sólidas, por exemplo, também podem ser encontradas ali. Esses cistos (ou nódulos) demandam uma análise mais aprofundadaroleta francesaum profissionalroleta francesasaúde.
A localização do cisto, o tipo (simples ou complexo), o tamanho, o conteúdo, a presençaroleta francesador, sangramento ou inflamação…. Tudo isso deve ser considerado pelos profissionaisroleta francesasaúde que avaliam caso a caso. Isso porque os tratamentos, quando necessários, são diferentes para cada tiporoleta francesacisto, pois possuem causas e comportamentos distintos.
"Cistos podem ser tumor também, que começa como cisto e logo na sequência começa a aparecer uma estrutura sólida, são os chamados cistos complexos. Ou seja, ele deixouroleta francesaser um cisto e começou a fazer uma estrutura sólida", explica à BBC News Brasil Jesusroleta francesaPaula Carvalho, membro da Comissão Nacionalroleta francesaGinecologia Oncológica da Febrasgo (Federação Brasileira das Associaçõesroleta francesaGinecologia e Obstetrícia).
Há ainda os chamados pseudocistos, similares aos cistos, mas que não possuem um revestimento, um contorno bem definido. Aparecem no pâncreas, como o pseudocisto pancreático, associado a complicaçõesroleta francesauma pancreatite, e na mucosa da boca, como o pseudocisto antral, associado a alergias e infecções respiratórias superiores.
Mas,roleta francesacasoroleta francesanecessidade, qual seria o tratamento para um cisto?
Depende. Se houver desconforto, seja pelo tamanho ou por razões estéticas, a remoção total do cisto epidérmico pode ser feita por meioroleta francesacirurgia.
No casoroleta francesainflamações e infecções repetidas, o tratamento pode primeiro mirar a infecção, com antibióticos ou drenagem do pus. Depois, a necessidaderoleta francesacirurgia é avaliada.
Entre os sinais que demandam atenção estão formatos irregulares (porque eles são quase sempre arredondados), mudançasroleta francesatamanho, dores e vermelhidão.
Veja abaixo informações mais detalhadasroleta francesaalguns dos cistos mais comuns e como diferenciá-losroleta francesatumores ou outros tiposroleta francesanódulos.
O que diferencia cistosroleta francesatumores ou outros tiposroleta francesanódulos?
Assim como o cisto, nódulos ou tumores não se apresentam da mesma formaroleta francesatodos os órgãos e tecidos. Mas algumas características são semelhantes, como o crescimento rápido, sangramento e aparecimentoroleta francesaconteúdos sólidos.
Siciliano, do CBR, explica que alguns cistos podem ter características atípicas.
"Há critériosroleta francesaavaliação, utilizando informaçõesroleta francesadiferentes exames complementares, que podem estratificar o riscoroleta francesamalignidaderoleta francesadeterminados tiposroleta francesacisto, por exemplo os ovarianos, os pancreáticos e os renais, e consequentemente balizar uma conduta."
Segundo Carvalho, da Febrasgo, "se você faz uma imagem, e além do cisto, há algo sólido crescendo, não é legal. Pode ser que esteja crescendo um tumor dentro do cisto."
Em geral, a ultrassonografia, a tomografia computadorizada e a ressonância magnética são as técnicas não invasivas mais comuns para auxiliar nesse diagnóstico. O profissionalroleta francesasaúde levarároleta francesaconta as características do cisto, a localização, o tamanho, além da faixa etária e do biotipo do paciente, da disponibilidade e da interpretação dos resultados dos exames realizados.
Apesar das preocupações comuns entre as mulheres, cisto no ovário não é sinônimoroleta francesacâncer, queroleta francesaquase todos os casos derivaroleta francesacélulas epiteliais que revestem o órgão. Esse tiporoleta francesacâncer, o segundo mais comum (quase 20 novos casos por dia no Brasil), começa a crescerroleta francesamaneira muito rápida, principalmenteroleta francesamulheres com maisroleta francesa50 anos.
"Não há preocupações com o riscoroleta francesamalignidaderoleta francesacistos puros, sem componente sólido, e também naqueles que apresentam um aspectoroleta francesamúltiplos cistos semelhantes a uma esponja", explica Cleo Otaviano Mesa Junior, diretor da Sociedade Brasileiraroleta francesaEndocrinologia e Metabologia (Sbem), médico do Hospitalroleta francesaClínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR) e professor da PUC-PR.
Siciliano lembra que, a rigor, o diagnóstico final da presença ou ausênciaroleta francesatecido neoplásico dentroroleta francesaum cisto será feito por meioroleta francesabiópsia e análise histológica por meioroleta francesamicroscópio.
Cisto no ovárioroleta francesaum terço das mulheres
Segundo o sistema públicoroleta francesasaúde do Reino Unido, o NHS, a presençaroleta francesacisto no ovário é comum e não costuma apresentar sintomas. Mas quando eles aparecem, pode haver vontaderoleta francesaurinar o tempo todo, dor durante relação sexual, dor pélvica, barriga inchada, constipação, sensaçãoroleta francesainchaço mesmo comendo pouco.
Mas a maioria dos cistos pequenos não produzem nem sinais (como sentir com o tato uma espécieroleta francesabolinha) e nem sintomas (como dor e ardência).
Geralmente, cistos aparecem e desaparecem naturalmente, às vezes sem nem ser notados. Muitos cistos não precisamroleta francesatratamento, outros, como algunsroleta francesapele, se não sumirem sozinhos, podem ser drenados, como os que estiverem grandes ou inflamados.
"A maioria dos cistosroleta francesaovário é benigno, funcional, decorrenteroleta francesaum processo inflamação", afirma Carvalho, da Febrasgo.
Mas é importante prestar atenção, pois a presençaroleta francesasintomas geralmente indica a existênciaroleta francesaruptura, torção ou algo que impeça o sangueroleta francesachegar aos ovários (como o tamanho dele).
Vale ressaltar também que geralmente o aparecimentoroleta francesacisto no ovário se resume a um número bem diferente do que ocorre na Síndrome dos Ovários Policísticos, um desequilíbrio hormonal que atingeroleta francesa5% a 10% das mulheresroleta francesaidade reprodutiva e conhecida por manifestações como presençaroleta francesamais pelos (hirsutismo), acne, menstruação irregular e ganhoroleta francesapeso.
No caso dos cistos ovarianos, há diversas causas possíveis: desde alterações hormonais, passando por endometriose, hemorragia e usoroleta francesamedicamentos para fertilidade, como é o caso do cisto teca luteína. Outras condiçõesroleta francesasaúde, como a endometriose, podem contribuir para o aparecimentoroleta francesacistos, afetando um ou dois ovários.
Como dito acima, há dois tiposroleta francesacistoroleta francesaovário: o cisto ovariano funcional (que tem relação com o ciclo menstrual e regresso natural) e o cisto ovariano não funcional (que não tem relação direta com o ciclo menstrual).
1. Cisto ovariano funcional
As mulheres nascem com milhõesroleta francesaóvulos e dentre tantos, somente cercaroleta francesa400 acabam ovulando. Os outros são óvulos que viram cistos, que vão sendo produzidos, e sendo perdidos. Ou seja, a mulherroleta francesaidade reprodutiva pode produzir cisto ovulatório todos os meses, que se rompem, liberam os óvulos e desaparecem.
Em geral, a mulher ovula no 14º dia do ciclo menstrual, o que quer dizer que provavelmente, no dia que antecede a ovulação, um cisto foi formado ali. Quando essa mulher ovula, no dia seguinte não há mais cisto, porque geralmente ele se rompe e libera o óvulo. Quando ele não se rompe, e portanto não libera o óvulo, há um cisto folicular (benigno), que é o cistoroleta francesaovário mais comum.
Outro cisto funcional é o chamado cistoroleta francesacorpo lúteo, que se desenvolve a partir do cisto folicular, ou seja, surge após a liberação do óvulo que não foi fecundado.
Um terceiro tiporoleta francesacisto ovariano funcional é o hemorrágico, marcado por um sangramento interno —roleta francesageral, por causa do rompimentoroleta francesaum vaso sanguíneo. Mas ele deixaroleta francesaexistir assim que o sangue presente ali é reabsorvido pelo corpo.
O diagnóstico pode ser feito pelo exameroleta francesaultrassom transvaginal.
Como já dito antes, cistos benignos são grande parte dos casos. Ou seja, eles não são considerados lesões pré-câncer (em um estágio que antecede o câncer) e, por isso, só precisam ser retiradosroleta francesacasos bastante específicos (como a presençaroleta francesador).
2. Cistos ovarianos não funcionais
Há diversos tiposroleta francesacistos ovarianos não funcionais :
roleta francesa Endometrioma: acomete mulheres com endometriose (doença crônicaroleta francesaque o tecido que reveste o interior do útero, o endométrio, desenvolve-se para fora do órgão). No interior desse cisto há sangue, e geralmente com uma coloração mais puxada para a cor marrom, lembrando a aparênciaroleta francesaum achocolatado.
roleta francesa Dermoide ou teratoma: tumor benignoroleta francesacélulas germinativas que acomete mulheres mais jovens. É um cistoroleta francesadesenvolvimento, que pode acompanhar uma pessoa desde o nascimento. Pode conterroleta francesaseu interior cabelo, sebo e até dente, e é retirado com cirurgia.
roleta francesa Cistoadenoma: outro tumor benigno, que cresce rapidamente e atinge maiores tamanhos. Sua retirada também é feita por meioroleta francesacirurgia.
A princípio, esses três tumores são benignos. Se o profissionalroleta francesasaúde responsável pelo diagnóstico desconfiarroleta francesamalignidade, pode solicitar novos exames, mas é mais comum que a complicação associada a esses cistos sejaroleta francesadecorrênciaroleta francesauma ruptura, torção ou mesmo hemorragia.
A ruptura do cisto causa uma dor muito forte e súbita que acomete a paciente, levando-a para um pronto-socorro. Às vezes, a dor é confundida com apendicite. A torção do cisto, porroleta francesavez, ocorre quando o diâmetro do cisto aumenta muito e acaba fazendo uma torção nele.
Outro cisto possível é o cisto na vulva, mais especificamente o cisto da glândularoleta francesaBartholin. O acúmuloroleta francesalíquido ou infecção também pode tapar o ductoroleta francesaBartholin, localizado na abertura vaginal, e obstruir a glândularoleta francesamuco, o que causa inchaço, desconforto e dor. É possível fazer o diagnóstico pelo exame ginecológico.
É importante analisar se a produção do cisto vemroleta francesaalteração hormonal ou se demanda cirurgia. Se houver infecção, o cisto pode desenvolver um abscesso. Entre os tratamentos estão antibióticos, cirurgiaroleta francesamarsupialização, drenagem e laserroleta francesaCO2. Vai depender do tamanho do cisto, se há infecção e sintomas como dor na relação sexual ou ao se sentar.
O cisto que pode aparecer no colo do útero se chama cistoroleta francesaNaboth e ocorre quando há obstrução das glândulasroleta francesaNaboth. Geralmente é assintomático, mas se estiver crescido, pode apresentar desconforto e, por isso, pode ser drenado ou removido. É possível fazer o diagnóstico pelo exame ginecológico. Esse cisto pode, como os outros, desaparecer sozinho.
Outros tipos comunsroleta francesacisto
1. Mamário
As mamas também são acometidas por cistos. "Quando um ducto que fica obstruído, o líquido que é produzido dentro desse ducto vai dilatando e fazendo uma bolha, um cisto" afirma Carvalho, da Febrasgo.
Esse cisto mamário costuma crescer lentamente e atingir mulheresroleta francesaidade fértil. Entre os exames que podem ser feitos estão o exame clínico, mamografia e ultrassom. Se esse cisto incomoda, é possível drená-lo. "O médico pega uma agulha e seringa, aspira, esvazia e pronto."
Em alguns casos, uma biópsia pode ser solicitada para avaliar, por exemplo, a possibilidaderoleta francesamalignidade.
2. Epidérmico
"Os cistos epidérmicos são as lesões císticas mais comuns da nossa pele", explica Guilherme Gadens, da Sociedade Brasileiraroleta francesaDermatologia (SBD).
Em geral, a causa pode passar por cutucar demais a pele, uma espinha, uma lesão, obstrução do folículo piloso (onde o cabelo nasce) ou multiplicaçãoroleta francesacélulas da superfície da pele (com queratina,roleta francesaconsistência pastosa). Mas "muitas vezes esses cistos vão se formarroleta francesamaneira espontânea, sem uma explicação mais precisa".
Esse tiporoleta francesacisto costuma levar tempo para se desenvolver, sem apresentar sintomas.
Segundo o dermatologista, muitas vezes o cisto pode ser movimentado com o dedo, o que mostra que ele não está grudado na profundidade, uma característica comumente relacionada a lesões benignas, e não malignas.
Mas diagnósticos definitivos só devem ser feitos por profissionaisroleta francesasaúde especializados.
3. Tireoide
Os cistosroleta francesatireoide afetam a glândula localizada na parte da frente do pescoço são comuns e frequentemente pequenos e assintomáticos.
"Elas representam formações nodulares dentro da glândula tireoide preenchidas completamente ou parcialmente por conteúdo líquido, uma substância coloide produzida pelas células da tireoide parecida com um gelroleta francesacoloração amarelo claro", diz Mesa Junior, da Sbem.
De comportamento inesperado, eles podem ficar muitos anos ali parados, sem dar qualquer sinal ou mesmo regredir. Em algumas situações, podem crescer rapidamente por causaroleta francesauma hemorragia, mas raramente causam problemas ao paciente.
Há diversas causas possíveis e pouco explicadas.
"A persistênciaroleta francesadiagnósticosroleta francesanódulos e cistos tireoidianos na população brasileira sugere que outros fatores genéticos e ambientais ainda pouco estudados devem estar envolvidos", afirma o endocrinologista.
Segundo ele, o tratamento só é realizadoroleta francesacistos "que causam desconforto estético ou compressivo ao paciente, por meioroleta francesacirurgia para remoção da lesão ou técnicas pouco invasivas guiadas por ecografia, como injeção percutânearoleta francesaetanol e ablação térmica por radiofrequência/laser.
Mesa Junior explica ainda que um "cistoroleta francesatireoide não vira câncer, mas ele pode ocorrer dentroroleta francesalesões neoplásicas benignas e malignas".
Lesões mistas nessa região "podem estar associadas a outros tumores benignos e malignosroleta francesatireoide", mas o diagnóstico conclusivo demanda outros exames, como biópsia.
4. Renais
Em geral, cistos desse tipo são benignos, sem sintomas, não causam grandes problemas e podem ser detectados por examesroleta francesaimagem. Podem causar dorroleta francesacasoroleta francesatamanho elevado, alémroleta francesafebreroleta francesacasoroleta francesainfecção.
A possibilidaderoleta francesasurgimentoroleta francesacisto renal aumenta conforme a idade avança. Mas há também doenças que podem aumentar essas chances, como as genéticas.
Quando é um cisto renal do tipo complexo (com calcificações e estrutura sólida ou semissólida), ele tem mais chancesroleta francesavir a ser câncer — nesse caso, o profissionalroleta francesasaúde responsável pela avaliação pode solicitar a realizaçãoroleta francesamais exames.
- Este texto foi originalmente publicadoroleta francesahttp://vesser.net/geral-61824729
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