Foto 51: a fascinante história por trás da célebre imagemroleta free bet365Rosalind Franklin da estrutura do DNA:roleta free bet365

Crédito, King's College London Archives

Legenda da foto, A foto 51 permitiu deduzir a estruturaroleta free bet365dupla hélice do DNA

A imagem, que ela chamouroleta free bet365Foto 51, foi essencial para decifrar a estrutura do DNA, a molécula que transmite a informação genética e é responsável pela continuidade da vida.

Em 1962, a descoberta rendeu o Prêmio Nobelroleta free bet365Medicina a três cientistas: o geneticista americano James Watson e os físicos britânicos Francis Crick e Maurice Wilkins.

Franklin havia morrido quatro anos antes, sem saber o quão crucial foraroleta free bet365contribuição para a descoberta.

Setenta anos depois da famosa Foto 51, a BBC News Mundo, serviçoroleta free bet365notíciasroleta free bet365espanhol da BBC, relembra a história por trás da imagem, por que é tão importante e qual é seu legado.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Rosalind Franklin tinha 31 anos quando tirou a famosa foto com alunoroleta free bet365doutorado Raymond Goslingroleta free bet3656roleta free bet365maioroleta free bet3651952

'Uma inteligência alarmante'

Franklin nasceuroleta free bet3651920roleta free bet365meio a uma famíliaroleta free bet365banqueirosroleta free bet365Londres.

E, desde criança, "fazia cálculos matemáticos para se divertir" e tinha "uma inteligência alarmante", segundo lembrou uma tia. O relato é da escritora Brenda Maddox, falecidaroleta free bet3652019 e cuja biografiaroleta free bet365Franklin continua sendo uma das grandes referências sobre a vida da cientista.

Após fazer doutoradoroleta free bet365física e química pela Universidaderoleta free bet365Cambridge, no Reino Unido, Franklin logo ganhou destaque porroleta free bet365pesquisa sobre a estrutura física das moléculas.

Seus estudos sobre carvão foram usados ​​durante a Segunda Guerra Mundial na produçãoroleta free bet365máscarasroleta free bet365gás.

A técnica na qual Franklin havia se especializado era a cristalografiaroleta free bet365raios X.

"Esta técnica foi aplicada antes da Segunda Guerra Mundial para determinar a estruturaroleta free bet365rochas e minerais", explica à BBC News Mundo Miguel García-Sancho, professor e pesquisadorroleta free bet365história da ciência da Universidaderoleta free bet365Edimburgo, na Escócia.

"Mas depois da guerra houve muito interesseroleta free bet365usar as técnicas da físicaroleta free bet365aspectos mais relacionados à vida, e foi aí que começou a ser usada para determinar a estrutura das moléculas biológicas."

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Franklin morreuroleta free bet365câncer aos 37 anos

Como se obtém uma imagem com cristalografiaroleta free bet365raios X?

O próprio Gosling, que faleceuroleta free bet3652015, explicouroleta free bet365um documentário da rádio pública australiana:

"Não é uma fotografia no sentidoroleta free bet365que você colocaroleta free bet365mão e obtém uma radiografia mostrando seus ossos. Aqui o que você faz é pegar um espécime cristalino e colocá-lo no caminhoroleta free bet365um feixeroleta free bet365raios X."

"E o que acontece se chama difração. O raio se dispersaroleta free bet365vários ângulos,roleta free bet365acordo com a estrutura molecular do cristal."

"Rodeando o cristal com um filme é possível então capturar essa difraçãoroleta free bet365manchas com diferentes posições e intensidades. E depois usando a matemática você pode deduzir a partir desse padrãoroleta free bet365difração qual era a estrutura real da molécula."

Para obter a Foto 51, Franklin teve que aperfeiçoar os instrumentos e realizar uma exposiçãoroleta free bet365100 horas.

"Tecnicamente era muito complicado e, na verdade, havia pouca gente que dominava como ela esta técnica", diz García-Sancho.

"E você precisava ter um conhecimento matemático muito avançado para depois poder interpretar as fotos."

Em contrapartida, ao ajustar continuamente o equipamento, Franklin expôs seu corpo à radiação, um dos fatores que anos depois pode ter contribuído para o câncer que lhe custou a vida.

Choqueroleta free bet365personalidade

Franklin aperfeiçoouroleta free bet365técnica por quatro anosroleta free bet365um laboratórioroleta free bet365prestígioroleta free bet365Paris, na França, antesroleta free bet365voltar a Londres, onde seus conhecimentosroleta free bet365cristalografia renderam um convite para trabalhar no King's College.

De cara, um mal-entendido contribuiu para o que acabaria sendo um ambiente insuportável para a cientista.

O diretor do laboratórioroleta free bet365biofísica do King's College, JT Randall, foi quem contratou Franklin.

"E disse a ela que trabalharia comigo para descobrir a estrutura do DNA", relatou Gosling.

"O que ele não disse a ela foi que Maurice Wilkins estava trabalhando nesse tema."

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Maurice Wilkins, físico do King's College, e Franklin 'sentiram uma antipatia mútua desde o início'

Wilkins, que estava viajando quando Franklin chegou, presumiu que ela seriaroleta free bet365assistente. Franklin, porroleta free bet365vez, "obteveroleta free bet365Randall a impressãoroleta free bet365que a estrutura do DNA era problema seu".

Ao mal-entendido se somou um choque visceralroleta free bet365personalidades.

Gosling lembra que, quando Franklin chegou ao King's College, ele "a admirava".

"Ela tinha uma personalidade forte e era uma cientista seguraroleta free bet365si mesma por seus trabalhos anteriores".

"Seu poderroleta free bet365concentração era extraordinário, e conseguia realizarroleta free bet365um diaroleta free bet365trabalho o que outros levavam vários dias para terminar."

A doutoraroleta free bet365biologia Carolina Martínez Pulido escreveu vários artigos e livros sobre o papel das mulheres nas ciências biológicas e é colaboradora do site mujeresconciencia.com. Para ela, "Franklin e Wilkins sentiram uma antipatia mútua desde o início".

"Uma razão para estas divergências também pode estar no fatoroleta free bet365que Franklin era mulher e, por isso, Wilkins se sentia incapazroleta free bet365aceitá-la como colega e discutir abertamente com ela."

'Um roubo e uma traição'

Talvez um dos episódios mais conhecidos da história da Foto 51 seja que Wilkins a mostrou a Watson sem o conhecimentoroleta free bet365Franklin.

"Este fato foi descrito como um roubo e uma verdadeira traiçãoroleta free bet365relação à pesquisadora. Algoroleta free bet365que ela nunca teve conhecimento", diz Martínez Pulido.

Watson e Crick trabalhavam no Laboratório Cavendish da Universidaderoleta free bet365Cambridge e corriam contra o tempo para decifrar a estrutura do DNA antesroleta free bet365seu principal concorrente, Linus Pauling, nos Estados Unidos.

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, James Watson e Francis Crick com seu famoso modelo da estrutura do DNA

O próprio Watson relatouroleta free bet365seu livro A dupla hélice: Como descobri a estrutura do DNAroleta free bet365reação ao ver a foto 51: "Meu queixo caiu e meu coração começou a acelerar".

Para Martínez Pulido, Watson imediatamente "compreendeu que a simplicidade do diagrama, com uma cruz preta dominando a fotografia, era a provaroleta free bet365que a molécula tinha uma estrutura helicoidal".

Outra versão afirma que Watson, que não entendiaroleta free bet365cristalografia, desenhou para Crick o que tinha visto, e foi Crick quem percebeu imediatamente que se tratavaroleta free bet365uma hélice.

As duas formasroleta free bet365DNA

A nitidez sem precedentes da Foto 51 foi possível graças a uma descoberta chaveroleta free bet365Franklin: havia duas formasroleta free bet365DNA e, para distingui-las e obter uma imagem clara, era essencial controlar a umidade.

"Franklin aperfeiçoou técnicasroleta free bet365hidratação no King's College que permitiram a ela obter fibrasroleta free bet365DNA com alta cristalinidade", explica Martínez Pulido.

"Com seu trabalho, ela comprovou a existência da chamada forma A do DNA, que foi alcançadaroleta free bet365uma umidade relativaroleta free bet365cercaroleta free bet36575%. Além disso, ela mostrou queroleta free bet365níveis ainda mais altosroleta free bet365umidade acontecia uma mudança estrutural bem definida que levava a um novo tiporoleta free bet365diagrama, a chamada forma B, que é como se encontra a molécula normalmenteroleta free bet365organismos vivos.

Crédito, Gentileza Juan A. Subirana

Legenda da foto, Uma fibraroleta free bet365DNA (à esquerda), um diagramaroleta free bet365difraçãoroleta free bet365DNA obtido por Wilkins e colegas (ao centro), e o diagramaroleta free bet365difração muito mais nítido obtido por Franklin e Gosling (à direita)

A faltaroleta free bet365clareza nas fotosroleta free bet365outros pesquisadores se devia à misturaroleta free bet365ambas as formas, o que dificultava a interpretação das imagens.

"Franklin optou por estudar as duas formas separadamente, e isso foi um grande acerto porque conseguiu uma sérieroleta free bet365dados que lançaram luz sobre a possível arquitetura da molécula".

"O grauroleta free bet365hidratação da molécula foi fundamental para obter uma imagem nítida da estrutura do DNA, e ninguém havia reparado nisso antesroleta free bet365Rosalind Franklin."

Uma das imagens da forma B era justamente a famosa Foto 51 que, segundo Gosling, correspondia "lindamente" à estruturaroleta free bet365hélice.

A outra peça chave do quebra-cabeça

Watson e Crick também tiveram acesso a um relatório crucial no qual Franklin analisava seus dados e incluía mediçõesroleta free bet365parâmetros na Foto 51.

Crédito, Gentileza Lourdes Campos

Legenda da foto, 'Franklin mediu o diâmetro da hélice (20 angstroms), a menor distância (3,4 angstroms) que corresponde à distância entre uma base e a outra, e também os 34 angstroms da distância entre uma volta e a seguinte. A cruz corresponde à fotoroleta free bet365uma hélice (Para simplificar, observa-se apenas uma hélice, o DNA tem duas)', explica Lourdes Campos

JT Randall, do King's College, havia solicitado aos pesquisadoresroleta free bet365seu laboratório um resumoroleta free bet365seu trabalho tendoroleta free bet365vista a visitaroleta free bet365um comitê do Conselhoroleta free bet365Pesquisa Médica do Reino Unido (MRC, na siglaroleta free bet365inglês).

Um dos membros do comitê que recebeu o relatório foi Max Perutz, um jovem cristalógrafo do Laboratório Cavendishroleta free bet365Cambridge, que passou o relatório para Watson e Crick.

Perutz viria a afirmar posteriormente que não viu nenhum problemaroleta free bet365fazer isso porque "não estava marcado como confidencial".

Aaron Klug, Prêmio Nobelroleta free bet365Medicina com quem Franklin mais tarde colaboraria, observouroleta free bet365um documentário na PBS, a rederoleta free bet365televisão pública americana: "O relatório para o MRC continha os dadosroleta free bet365Franklin... todos os parâmetros e sobretudo a simetria. Foi a simetria que indicou a Crick que as duas cadeias da molécula corriamroleta free bet365direções opostas".

O especialistaroleta free bet365biofísica Juan A. Subirana, pesquisador sênior e professor aposentado da Universidade Politécnica da Catalunha, explicou à BBC News Mundo que "por meioroleta free bet365cálculos detalhados, Franklin demonstrou que o DNA era uma hélice composta por duas moléculas, ou seja, era um dupla hélice".

"Deve-se registrar que, na épocaroleta free bet365que estes trabalhos foram feitos, não existia computador, todos os cálculos eram feitos com calculadoras manuais e réguaroleta free bet365cálculo".

Poderiam ter feito isso sem ela?

García-Sancho afirma que Watson e Crick tinham grande habilidade para interpretar dados e formular hipóteses.

"Acho que eles tiveram a criatividaderoleta free bet365oferecer uma interpretação da fotografiaroleta free bet365que a estrutura física da dupla hélice era quimicamente possível."

Mas o historiador acredita que sem a foto e os dadosroleta free bet365Franklin, Watson e Crick não poderiam ter publicado seu famoso estudoroleta free bet3651953.

"Eles não tinham nenhum bancoroleta free bet365dados físico com o qual pudessem considerar a estruturaroleta free bet365dupla hélice. Sem esta foto, sem o relatório e sem estes cálculos físicos para chegar ao modelo genéricoroleta free bet365hélice do DNA, eles não poderiam ter feito o trabalho que fizeram."

Martínez Pulido destaca que Franklin esteve muito pertoroleta free bet365resolver o enigma da estrutura do DNA.

"A cientista interpretou que o esqueletoroleta free bet365açúcar-fosfato estava disposto para fora,roleta free bet365contato com a água, enquanto as bases nitrogenadas se projetavam para o interior e, mediante o estabelecimentoroleta free bet365pontesroleta free bet365hidrogênio entre elas, poderiam manter as cadeias unidas. É evidente que esta era uma imagem quase correta, muito próxima daquela que seria a definitiva."

Crédito, Science Photo Library

Legenda da foto, Entre vários ganhadores do Prêmio Nobelroleta free bet3651962, aparecem nesta foto Wilkins (primeiro à esquerda), Crick (terceiro) e Watson (quinto)

O anúncio da descoberta

Watson e Crick publicaram seu famoso estudoroleta free bet365DNA na renomada revista científica Natureroleta free bet36525roleta free bet365abrilroleta free bet3651953.

A Nature publicou três estudos naquele dia: primeiro oroleta free bet365Watson e Crick, depois umroleta free bet365Wilkins e dois colegas e, por último, um estudoroleta free bet365Franklin e Gosling com dados experimentais.

Ao aparecerroleta free bet365terceiro lugar, a contribuiçãoroleta free bet365Franklin e Gosling foi vista pelos observadores como uma confirmação, e não um elemento-chave da descoberta.

No primeiro estudo,roleta free bet365uma frase celebremente vaga, Watson e Crick observam: "Também fomos estimulados pelo conhecimento da natureza geral dos resultados e ideias experimentais não publicados"roleta free bet365Wilkins, Franklin e seus colegas.

Quando os artigos foram publicados na Nature, Rosalind Franklin já estavaroleta free bet365outro laboratórioroleta free bet365Londres, no Birkbeck College.

A cientista, segundo Maddox, queria sair do King's College "o mais rápido possível" e refletiu: "Posso mudarroleta free bet365um palácio para um bairro humilde, mas tenho certeza que serei mais feliz".

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Nicole Kidman interpretou Rosalind Franklin na peçaroleta free bet365teatro 'Foto 51',roleta free bet365Londres — a chapa original da famosa foto mede 8,5 x 11 cm

O silêncio no Nobel e os insultosroleta free bet365Watson

Em Birkbeck, Franklin se destacou porroleta free bet365pesquisa sobre vírus, colaborou com Aaron Klug e descobriu que o vírus do mosaico do tabaco tinha uma organização e estrutura helicoidal.

A cientista continuou este trabalho atéroleta free bet365morte por câncerroleta free bet365ovárioroleta free bet3651958, aos 37 anos.

Quando a cerimôniaroleta free bet365entrega do Prêmio Nobel foi realizadaroleta free bet3651962 — uma honraria que não é concedida postumamente —, nem Watson, nem Crick, nem Wilkins reconheceramroleta free bet365seus discursos a importância do trabalhoroleta free bet365Franklin para a descoberta.

Ironicamente, a contribuiçãoroleta free bet365Franklin poderia ter sido esquecida se não fosse por Watson.

No livro A dupla hélice, publicadoroleta free bet3651968, uma década após a morteroleta free bet365Franklin, Watson faz maisroleta free bet36580 menções à cientista, "a quem chamávamosroleta free bet365Rosy pelas costas".

Watson descreve Franklin como uma mulher agressiva "com atitudes bélicas", que escondia seus dados e "que teve que ser colocadaroleta free bet365seu lugar".

Ele se refere, inclusive, à forma como a cientista se vestia e que "ela nunca usava batom para contrastar o cabelo preto".

Mas também faz alusão à importância das "medições precisas"roleta free bet365Franklin.

E,roleta free bet365relação ao relatório para o MRC, revela: "Rosy, claro, não nos deu seus dados diretamente. Além disso, ninguém no King's College sabia que estavaroleta free bet365nossas mãos."

Uma injustiça 'imperdoável'

García-Sancho observa que a faltaroleta free bet365reconhecimentoroleta free bet365Franklin foi "uma injustiça enorme e escandalosa".

Para Brenda Maddox, a maior injustiça contra Franklin não foi Wilkins mostrar a foto 51 para Watson, conforme afirmou ao documentário da rádio australiana.

Ela argumentou que, naquela época, Franklin estava saindo do King's College — e foi Gosling quem deu a foto a Wilkins, que era seu superior.

Mas Maddox destacou outra grande injustiça.

Watson, Crick e Franklin mantiveram contato durante anos. Eles comentaram seu trabalho com vírus, e Franklin chegou a ficar na casaroleta free bet365Crick eroleta free bet365esposa.

No entanto, "durante estes anosroleta free bet365colaboração amigável, nunca disseram a ela: 'Rosalind, não poderíamos ter feito isso sem você'. Isso é o que acho imperdoável".

Crédito, Willesden Green Cemetery

Legenda da foto, A sepulturaroleta free bet365Franklin no cemitérioroleta free bet365Willesden, no noroesteroleta free bet365Londres

O legadoroleta free bet365Franklin eroleta free bet365foto

O túmuloroleta free bet365Rosalind Franklin está localizado no cemitério judaicoroleta free bet365Willesden, no noroesteroleta free bet365Londres. No epitáfio, não há menção ao seu trabalho sobre DNA, mas pode-se ler:

"Cientista. Suas pesquisas e descobertas sobre vírus continuam a beneficiar a humanidade."

Lourdes Campos é especialistaroleta free bet365cristalografiaroleta free bet365raios X e biologia molecular da Universidade Politécnica da Catalunha. Para ela, "o principal legado que Rosalind Franklin nos deixou foi seu trabalho e seu exemplo".

"O amor pela ciência e seu trabalho altruístaroleta free bet365benefício da humanidade foram seus principais motores para enfrentar todas as adversidades que surgiram", afirma.

"Rosalind viveuroleta free bet365uma época eroleta free bet365um país onde tinha tudo contra ela, o ambiente que ela vivia nos laboratórios ingleses era muito duro, agora chamaríamos issoroleta free bet365bullying. Não a levavamroleta free bet365consideração, era como se não existisse, e ainda por cima zombavam dela. Poucas mulheres suportariam esse tratamento, nem naquela época, nem agora. Mas aí temos ela como um grande exemploroleta free bet365coragem e perseverança para atingir seus objetivos."

Crédito, Getty Images

Martínez Pulido aponta que "as atitudes misóginas da comunidade científica estão mudando",roleta free bet365grande parte devido ao trabalhoroleta free bet365historiadoras da ciência.

"Mas é uma mudança lenta, e o caminho pela frente ainda é longo e cheioroleta free bet365obstáculos."

Sete décadas depois da Foto 51, a imagem representa para Martínez Pulido duas faces da ciência. Por um lado, a mais negativa,roleta free bet365hostilidade e traição entre colegas.

Por outro, "é uma bela provaroleta free bet365como uma grande cientista com profundo conhecimentoroleta free bet365sua especialidade conseguiu obter, por meioroleta free bet365uma tecnologiaroleta free bet365alta complexidade, a imagem da molécula mais importanteroleta free bet365seu tempo: o DNA."

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