Cecilia Payne-Gaposchkin, a mulher que descobriu do que são feitas as estrelas:bonus 100 betano
Entre 1885 e 1927, o Observatório empregou cercabonus 100 betano80 mulheres para estudar fotografiasbonus 100 betanoestrelas feitasbonus 100 betanoplacasbonus 100 betanovidro. Eram conhecidas como "mulheres computadores"bonus 100 betanoHarvard e fizeram grandes descobertas astronômicas. Entre elas, galáxias, nebulosas e a criaçãobonus 100 betanométodos para medir distâncias no espaço.
Uma descoberta revolucionária
Enquanto Payne-Gaposchkin trabalhava no Observatório, usou seu aprendizado na áreabonus 100 betanofísica quântica para fazer uma descoberta revolucionária: determinar a composição das estrelas.
Durante a pesquisa para seu doutorado, que obtevebonus 100 betano1925, a astrônoma chegou à conclusãobonus 100 betanoque as estrelas são compostasbonus 100 betanohidrogênio e hélio.
No entanto, essa conclusão foi contestada - e até ridicularizada - na época. O motivo é que o resultado entravabonus 100 betanoconflito com a crençabonus 100 betanoque as estrelas tivessem uma composição química similar à da Terra.
Por isso, o famoso astrônomo Henry Norris Russell recomendou que Payne-Gaposchkin retirasse essa ideiabonus 100 betanosua tese, dizendo que isso era "claramente impossível".
Porém, a descoberta acabou sendo confirmada. Em 1929, o próprio Russell reconheceu que Payne-Gaposchkin tinha razão.
Os atrônomos Otto Struve e Velta Zebergs classificaram a tesebonus 100 betanoPayne-Gaposchkin como "a mais brilhante já escrita na astronomia". Mais tarde, foi publicada como um livro: Stellar Atmospheres (Atmosferas Estelares,bonus 100 betanotradução livre).
Carreirabonus 100 betanoHarvard
Apesar disso, Payne-Gaposchkin teve dificuldade para conquistar um lugarbonus 100 betanoHarvard. Entre 1927 e 1938, atuou como assistente técnica do então diretor Harlow Shapley, mas não lhe deram um posto oficial.
"Isso se devia ao pensamento misógino do presidentebonus 100 betanoHarvard, Abbott Lowell, que se negou a nomeá-la e jurou que nunca ocuparia uma cátedrabonus 100 betanoHarvard enquanto estivesse vivo", escreveu Amy Davy, curadora do museubonus 100 betanociênciasbonus 100 betanoLondres.
Em 1938, já com outro presidente na instituição, Payne-Gaposchkin conquistou um posto oficial - porém, ainda nãobonus 100 betanoprofessora.
Finalmente, na segunda metade da décadabonus 100 betano1950, se tornou professorabonus 100 betanoHarvard. Depois, foi a primeira mulher a dirigir um departamento na instituição, obonus 100 betanoastronomia. Em 1966, se aposentou.
"No entanto, apesar do seu êxito, Payne-Gaposchkin ainda ganhava menos do que seus pares homens. Um problemabonus 100 betanodesigualdade salarialbonus 100 betanogênero, que existe ainda hoje", considerou Davy.
"Sua carreira é uma lembrançabonus 100 betanoque a razão por que não havia mais mulheres cientistas na história não se devia à faltabonus 100 betanotalento oubonus 100 betanopaixão, mas sim à misogenia sistemática da sociedade", acrescentou a curadora.
"O trabalhobonus 100 betanoCecilia Payne-Gaposchkin foi inegavelmente importante para nossa compreensão das estrelas e da astronomia. Porém, devido ao seu gênero, teve que trabalhar muito mais para lutar pelo reconhecimento que merecia".
A própria Payne-Gaposchkin descreveu a si mesma como uma "uma rebelde contra o papel feminino" e declarou quebonus 100 betanoverdadeira rebelião "era contra ser pensada e tratada como inferior".
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