Marie Curie e outras seis mulheres pioneiras na ciência:betway la liga
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Em geral, símbolos da ciência costumam ser do sexo masculino, o que não faz justiça a diversas pioneiras que merecem ser lembradas, celebradas e estudadas.
A série #100Mulheres, da BBC, listou algumas mulheres que fizeram - e ainda estão fazendo - história no campo científico.
Marie Curie: primeira pessoa a conquistar dois Prêmios Nobel
A polonesa Marie Curie (1867-1934), que ganhou fama internacional com seus estudos sobre radioatividade, foi a primeira pessoa a conquistar o Prêmio Nobelbetway la ligadois campos diferentes da ciência.
Em julhobetway la liga1898, ela anunciou, juntamente com o marido, Pierre Curie, a descobertabetway la ligaum novo elemento químico, o polônio - que recebeu esse nomebetway la ligahomenagem ao seu paísbetway la ligaorigem. No mesmo ano, os dois descobriram o rádio.
Em 1903, Marie Curie ganhou o Prêmio Nobelbetway la ligaFísica ao lado do marido ebetway la ligaHenri Becquerel. Oito anos depois, conquistou o segundo Nobel - desta vez,betway la ligaQuímica.
Caçula da família, Curie nasceubetway la ligaVarsóvia, na Polônia. E trabalhou desde cedo para conseguir pagar os estudos. O esforço foi recompensado - ela conseguiu terminar um mestradobetway la ligafísica e outrobetway la ligamatemática, um na sequência do outro.
Após a morte do marido,betway la ligaum acidentebetway la liga1906, Curie assumiu o posto dele como professora - e tornou-se a primeira a mulher a lecionar na Universidade Sorbonne,betway la ligaParis.
A cientista morreu, aos 66 anos, vítimabetway la ligaleucemia, causada pela exposição prolongada à radiação durantebetway la ligapesquisa.
Peggy Whitson: primeira mulher a comandar a Estação Espacial Internacional
Enquanto a americana Peggy Whitson cursava o último ano do ensino médio, a Nasa selecionava suas primeiras astronautas mulheres. E o que a princípio era um sonho, inspirado nas transmissões do homem pisando na Lua, começava a ganhar contornosbetway la ligarealidade.
Criadabetway la ligauma comunidade rural do Estadobetway la ligaIowa, Whitson não sabia exatamente como realizar o sonhobetway la ligase tornar astronauta, mas seguiubetway la ligapaixão pela química e biologia para obter um doutorado.
Cientistas costumam ser minoriabetway la ligaequipesbetway la ligaastronautas, geralmente formadas por militares. Mas,betway la liga1996, Whitson foi selecionada como candidata a astronauta.
A americana, que fez seu primeiro voo para a Estação Espacial Internacional (ISS, na siglabetway la ligainglês)betway la liga2002, se tornou a primeira cientista a comandar a ISS.
Whitson encontrou na Estação Espacial Internacional um ambientebetway la ligapesquisa único. Realizou diversos experimentos -betway la ligatestes voltados à agricultura até potenciais tratamentos para o câncer e dinâmicabetway la ligafluidos.
"Eu amo a variedadebetway la ligapesquisas que estamos conduzindo no espaço. Vai nos ajudar no futuro, quando realmente conseguirmos sair e explorar lugares mais distantes - dentro do nosso Sistema Solar e até mesmo além dele", afirmou à BBC.
Marie Tharp: mapeou o fundo do oceano
Em 1953, Marie Tharp (1920-2006) se tornou a primeira cientista a mapear o fundo do Oceano Atlântico.
Geóloga e cartógrafa oceanógrafa, Tharp deu uma importante contribuição à ciência ao descobrir o Vale do Rift ou Vale da Grande Fenda (complexobetway la ligafalhas tectônicas causadas pela separação das placas africana e arábica) - que comprovou a teoria das placas tectônicas.
Inicialmente, a descobertabetway la ligaTharp não foi levada a sério, nem mesmo por seu parceirobetway la ligapesquisa, Bruce Heezen.
Como a presençabetway la ligamulheresbetway la liganaviosbetway la ligapesquisa era proibida, ela desenhou os mapas com os dados que Heezen coletava nas expedições.
Apesar das contribuições revolucionárias, o nomebetway la ligaTharp permanece quase no anonimato - enquanto Heezen recebe sozinho o créditobetway la ligagrande parte do trabalho que realizaram juntos. Ela sabia que ficariabetway la ligasegundo plano, mas descarta qualquer tipobetway la ligaressentimento e destaca a importânciabetway la ligadocumentar a cordilheira meso-atlântica.
"Você só pode fazer isso uma vez. Não dá para encontrar nada maior que isso, pelo menos não nesse planeta", afirmou.
Wanda Diaz-Merced: tornou a astronomia acessível
A astrofísica Wanda Diaz-Merced começou a apresentar problemasbetway la ligavisão quando ainda era estudante na Universidadebetway la ligaPorto Rico.
A retinopatia diabética (complicação da diabetes que causa cegueira) comprometeria totalmentebetway la ligavisãobetway la ligapouco tempo, mas ela estava determinada a não mudar os rumosbetway la ligasua carreira.
Um estágio na Nasa deu a Diaz-Merced a oportunidadebetway la ligatrabalhar com um método chamado "sonificaçãobetway la ligadados". Por meio dessa técnica, as informações enviadas pelos satélites eram traduzidasbetway la ligaondas sonoras -betway la ligavezbetway la ligagráficos visuais, formato usado normalmente pelos astrônomos.
Diaz-Merced continuou desenvolvendo o software, permitindo que astrofísicos interpretem os dados com mais precisão e tornando essa área acessível a uma sériebetway la ligapesquisadores excluídos no passado.
Ela trabalha atualmente no Departamentobetway la ligaAstronomia para Desenvolvimento da África do Sul, abrindo espaço na ciência para uma geraçãobetway la ligaestudantes cegos.
"Para esse campo da astronomia, que eu amo tanto, não quero ver nenhuma segregação. Quero que as pessoas tenham oportunidades iguais para mostrar seu talento", disse à BBC.
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Quarraisha Abdool Karim: inovação na prevenção da Aids
Quarraisha Abdool Karim, epidemiologista especializadabetway la ligadoenças infecciosas, passou maisbetway la liga25 anos estudando como o vírus HIV, causador da Aids, se espalhou na África do Sul, e seu impacto nas mulheres.
Em 2013, Karim ganhou a Ordembetway la ligaMapungubwe, maior honra da África do Sul, por suas contribuições inovadoras.
Ela trabalhoubetway la ligaperto com mulheresbetway la ligatodas as comunidades sul-africanas para realizar testesbetway la ligaprevenção do HIV.
Atualmente, Karim é diretora científica da Caprisa, centrobetway la ligainvestigação da Aids na África do Sul, e atua como conselheira das agências da ONU.
Soyeon Yi: primeira astronauta da Coreia do Sul
Em 2008, Soyeon Yi fez história ao se tornar a primeira astronauta da Coreia do Sul, tendo competido com outras 36 mil candidatas pela vaga.
"Não é comum ser a primeira na história entre as mulheres", diz Yi, confiantebetway la ligaque seu sucesso pode inspirar outras mulheres a entrar para o mundo da ciência.
Quando olhou para baixo e viu a Terra do espaço, ela conta que se sentiu muito grata pelas oportunidades que teve na vida e pela "linda dádiva" que é nosso planeta.
Rajaa Cherkaoui El Moursli: papel-chave na descoberta do Bósonbetway la ligaHiggs
Na infância, a física nuclear Rajaa Cherkaoui El Moursli leu a biografiabetway la ligaMarie Curie diversas vezes - as conquistas da polonesa inspiraram a jovem marroquina ao longobetway la ligasua educação.
Mas El Moursli teve que superar diversos obstáculos para seguir carreira na ciência.
"O primeiro desafio foi convencer meu pai a me deixar ir para a França, para Grenoble, fazer faculdade", relembra.
"Naquela época, a sociedade marroquina ainda era muito conservadora e a maioria das meninas não podia deixar o país antesbetway la ligacasar."
El Moursli ganhou prêmios por seu papel na descoberta (e prova) da existência do Bósonbetway la ligaHiggs, a partícula responsável pela criação da massa no universo.
Ela também é responsável pelo primeiro mestradobetway la ligafísica médica no Marrocos.
O que é o #100Mulheres?
A série #100Mulheres, da BBC (100 Women), indica 100 mulheres influentes e inspiradoras no mundo anualmente. É responsável pela criaçãobetway la ligadocumentários, reportagens especiais e entrevistas sobre suas trajetórias, abrindo espaço para histórias com mulheres como personagens centrais.