COP26: O que Brasil vai prometer e exigir na conferência sobre mudança climática:casa de aposta denilson
A outra promessa, já adiantada pelo presidente Jair Bolsonaro na Cúpula do Clima nos Estados Unidos,casa de aposta denilsonabril, é zerar o desmatamento ilegal até 2030.
"Nosso propósito é atuarcasa de aposta denilsonmaneira construtiva, queremos chegar a entendimentos. Não queremos assumir a responsabilidadecasa de aposta denilsonum fracassocasa de aposta denilsonGlasgow. Temos dito isso aos britânicos", disse à BBC News Brasil um dos integrantes da delegação brasileira na COP26.
Segundo essa fonte, o Brasil não vai emperrar as negociações, mas também não irá aderir a metascasa de aposta denilsonreduçãocasa de aposta denilsonemissõescasa de aposta denilsonsetores específicos da economia, como corte da emissãocasa de aposta denilsonmetano na pecuária, promoçãocasa de aposta denilsonum menor consumocasa de aposta denilsoncarne, ou prazo para transiçãocasa de aposta denilsoncarro à gasolina para carro elétrico - compromissos que a União Europeia e o Reino Unido defendem.
O peso da imagem negativa
A dificuldade da delegação brasileira será convencer os demais países sobre a seriedadecasa de aposta denilsonseus compromissos ambientais, diantecasa de aposta denilsondois anos consecutivoscasa de aposta denilsonaumentos no desmatamento da Amazônia.
Dados mostram que, no governo Bolsonaro,casa de aposta denilson2020, o númerocasa de aposta denilsonfocoscasa de aposta denilsonincêndioscasa de aposta denilsontodo o território foi o maiorcasa de aposta denilson10 anos; o volumecasa de aposta denilsonemissõescasa de aposta denilsoncarbonocasa de aposta denilson2019 foi o maiorcasa de aposta denilson13 anos, e o desmatamento da Amazônia atingiu o maior patamar desde 2008.
"Existe uma guerra contra o meio ambientecasa de aposta denilsoncurso no Brasil e vai ser difícil esperar que governos, negociadores, empresas, investidores acreditemcasa de aposta denilsonuma mudança radicalcasa de aposta denilsonpostura do governo brasileiro no último anocasa de aposta denilsonmandato do presidente Bolsonaro frente ao que aconteceu nesses últimos anos", diz o pesquisador e ambientalista Carlos Rittl, especialistacasa de aposta denilsonpolítica pública da Rain Forest Foundation, ONG ambiental da Noruega.
Integrantes da comitiva brasileira ouvidos pela BBC News Brasil classificaram o ambientecasa de aposta denilsonnegociação na COP26 como "mais complexo", "mais difícil" e "mais duro" para o Brasil, na comparação com conferências anteriores.
Mas os negociadores apostamcasa de aposta denilsontentar demonstrar que, neste ano, principalmente após a saída do ministro Ricardo Salles do Meio Ambiente, o governo mudoucasa de aposta denilsonpostura para adotar medidascasa de aposta denilsoncombate ao desmatamento.
"Não é simples, mas queremos procurar, na medida do possível, desfazer a percepção a nosso ver hoje equivocada - e eu sublinho hoje -casa de aposta denilsonque nós não reconhecemos que existe um problemacasa de aposta denilsondesmatamento e que também não estamos tomando medidas concretas para conter o desmatamento", disse um dos negociadores brasileiros à BBC News Brasil.
Como evidênciacasa de aposta denilsonum resultado preliminar dessa "nova postura" do governo, serão mostrados dadoscasa de aposta denilsonredução do desmatamentocasa de aposta denilsonagosto e setembro desse ano frente ao ano passado. No entanto, especialistas dizem que isso não é suficiente para apontar uma trajetóriacasa de aposta denilsonqueda.
"Todos os índices ambientaiscasa de aposta denilsonclima no Brasil pioraram nos últimos dois anos e meio. As emissões aumentaram por dois anos consecutivos, o desmatamento na Amazônia aumentou por dois anos, os incêndios aumentaram dois anos seguidos, as invasõescasa de aposta denilsonterras públicas também", destacou Marcio Astrini, secretário-geral do Observatório do Clima.
E o que o Brasil vai cobrar na COP26
A principal cobrança do Brasil será que países ricos definam regras claras para pagar os US$100 bilhões por ano prometidos a naçõescasa de aposta denilsondesenvolvimento para projetos relacionados à contenção das mudanças climáticas. Para o Brasil, o governo quer ao menos US$ 10 bilhõescasa de aposta denilsonfinanciamento externo.
Os US$ 100 bi deveriam ser pagos todo anocasa de aposta denilson2020 a 2025. Mas os países desenvolvidos já não cumpriram a metacasa de aposta denilson2020 e faltam mecanismos que definam onde os recursos podem ser depositados e o formatocasa de aposta denilsonescolha dos projetos contemplados.
Em comunicado sobre a COP26 distribuído ao corpo diplomático brasileiro, a que a BBC News Brasil teve acesso, o ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirma que cortar emissõescasa de aposta denilsonalguns setores da economia, sem compensações, seria "economicamente inviável".
"Nós reconhecemos a necessidadecasa de aposta denilsona meta globalcasa de aposta denilsonneutralidadecasa de aposta denilsonemissões ser alcançada o quanto antes. No entanto, mitigar as emissõescasa de aposta denilsonalgumas atividades é economicamente inviável ou fisicamente impossível no curto prazo", escreveu o ministro.
"A redução imediatacasa de aposta denilsonalguns setores pode encarecer a energia e gerar escassez, tornando alguns serviços, produtos e, especialmente alimentos, mais caros pelo mundo."
Segundo especialistas, esse discurso do ministro do Meio Ambiente indica que o Brasil vai se fiar à posiçãocasa de aposta denilsongrande produtorcasa de aposta denilsonalimentos, essencial para o abastecimento mundial, para reforçar a demanda por compensações dos países ricos à reduçãocasa de aposta denilsonemissões.
"O Brasil vai se empenharcasa de aposta denilsoncobrar financiamento dos países desenvolvidos para paísescasa de aposta denilsondesenvolvimento. Por duas razões: primeiro porque é legítimo paísescasa de aposta denilsondesenvolvimento pedirem essa ajuda e porque o Brasil sabe que esse é o calcanharcasa de aposta denilsonAquiles das nações ricas", avalia Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima.
"O Brasil e outros paísescasa de aposta denilsondesenvolvimento podem dizer: 'eu não cumpri isso, mas você também não fezcasa de aposta denilsonparte'", completa.
Ambientalistas concordam que os países ricos precisam assumir a responsabilidadecasa de aposta denilsonfinanciar o impacto climáticocasa de aposta denilsonnações pobres e devem pagar os US$ 100 bilhões anuais, mas alertam que o Brasil pode acabar se beneficiando pouco desses recursos, porque a atual política ambiental do governo desperta desconfiança.
"Essa é uma COPcasa de aposta denilsonque financiamento é assunto importante. Espera-se que todos saiam da conferência sabendocasa de aposta denilsononde virão os US$ 100 bilhões por ano prometidos para apoiar paísescasa de aposta denilsondesenvolvimento. Mas, definitivamente, esse recurso não vai ser destinado a quem caminha na direção contrária da conferência", disse Carlos Rittl, especialistacasa de aposta denilsonpolítica pública da Rain Forest Foundation, ONG ambiental da Noruega.
Créditocasa de aposta denilsoncarbono
Outro pleito do Brasil será a regulamentação do mercadocasa de aposta denilsoncréditocasa de aposta denilsoncarbono. A ideia é que um país que exceda suas metascasa de aposta denilsondeterminado setor possa vender o excedentecasa de aposta denilsonformacasa de aposta denilson"crédito" para nações que não estejam alcançando as próprias metas.
A expectativa é que o Brasil defenda, durante a COP26, que créditos antigoscasa de aposta denilsoncarbono produzidos pela indústria brasileira nos anos seguintes à assinatura do Protocolocasa de aposta denilsonKyoto,casa de aposta denilson1997, possam ser negociados e reaproveitados. A validade desses créditos iria só até 2020, já que havia ficado estabelecido que a regulamentação do Acordocasa de aposta denilsonParis, assinadocasa de aposta denilson2015, estabeleceria novas regras para esses títulos.
"Esses créditos foram gerados sob um regime e agora esse regime mudou. A datacasa de aposta denilsonnovo regime era 2020. Desde o Acordocasa de aposta denilsonParis, já se sabia que os créditoscasa de aposta denilsonKyoto não seriam mais aceitos", explicou Marcio Astrini, do Observatório do Clima,
"Mas a indústria brasileira tem muitos desses créditos que não chegaram a ser negociados e é um pleito dessas empresas tentar reaproveitar parte deles."
Promessas do Brasil são ambiciosas?
Ambientalistas criticam o texto da Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC) do Brasil, como é chamado o documento com compromissos climáticos que cada país submete à COP26. O Brasil havia apresentado uma NDC preliminarcasa de aposta denilson2015, antes da assinatura Acordocasa de aposta denilsonParis, que previa alcançar a neutralidadecasa de aposta denilsonemissõescasa de aposta denilson2060.
Em dezembrocasa de aposta denilson2020, submeteu uma NDC atualizada, incluindo um objetivocasa de aposta denilsoncurto prazocasa de aposta denilsonreduzircasa de aposta denilson37% as emissões até 2025casa de aposta denilsonrelação aos níveiscasa de aposta denilson2005 e assumindo como meta a reduçãocasa de aposta denilson43%casa de aposta denilson2030, o que antes era uma intenção. Ficou mantido no texto a neutralidadecasa de aposta denilsoncarbonocasa de aposta denilson2060, mas posteriormente Bolsonaro disse,casa de aposta denilsondiscurso na Cúpula do Clima, nos Estados Unidos, que anteciparia a meta para 2050.
A redação da NDC foi amplamente criticada por ambientalistas por abrir brecha para a interpretaçãocasa de aposta denilsonque a neutralidadecasa de aposta denilsoncarbono e as metas intermediáriascasa de aposta denilsonreduçãocasa de aposta denilsonemissões seriam condicionadas ao financiamentocasa de aposta denilsonpaíses desenvolvidos. Isso porque a NDC revisada retirou do texto anterior trecho que dizia que o cumprimento das metas não dependiamcasa de aposta denilsonapoio internacional.
Além disso, como houve uma revisão técnica do total emissões no Brasil no ano basecasa de aposta denilson2005, o país poderá emitircasa de aposta denilson200 milhões a 400 milhõescasa de aposta denilsontoneladas a maiscasa de aposta denilsongás carbônico até 2030.
Para Marcio Astrini, do Observatório do Clima, o governo brasileiro deveria ter sido mais ambicioso nos percentuaiscasa de aposta denilsonreduçãocasa de aposta denilsonemissõescasa de aposta denilsonvezcasa de aposta denilsonmanter os patamares, o que permitirá emissões ainda maiores que as previstas antes do Acordocasa de aposta denilsonParis.
"O Brasil apresentou uma revisão da NDC que retroage, que vai, na prática, permitir até 400 milhõescasa de aposta denilsontoneladascasa de aposta denilsonemissões a mais que o previsto na NDC preliminar,casa de aposta denilson2015", criticou.
Já integrantes da delegação brasileira argumentam que as promessas brasileiras são mais ambiciosas que as dos demais paísescasa de aposta denilsondesenvolvimento.
"A China, por exemplo, que é o país hoje que mais polui, que mais emite gasescasa de aposta denilsonefeito estufa, disse que, a partircasa de aposta denilson2030, vai iniciar um processocasa de aposta denilsonreduçãocasa de aposta denilsonemissões. Então, até 2030, o país terá o direitocasa de aposta denilsonaumentar suas emissões", observou um integrante da delegação.
Na quedacasa de aposta denilsonbraço entre países ricos ecasa de aposta denilsondesenvolvimento sobre o nívelcasa de aposta denilsonambição que devem assumir, o temor é que as negociações travem. E se a metacasa de aposta denilsonmanter o aquecimento globalcasa de aposta denilson1,5°C não for cumprida, o resultado vai desde o desaparecimento totalcasa de aposta denilsondiversos países insulares à desertificaçõescasa de aposta denilsonflorestas e mudanças radicais no dia a diacasa de aposta denilsontodos.
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