Corona-insônia: o fenômeno que está impedindo as pessoasaposta mais de 2.5dormir na pandemia:aposta mais de 2.5
Entramos no segundo anoaposta mais de 2.5pandemia, e mesesaposta mais de 2.5distanciamento social abalaram rotinas diárias, apagaram os limites da vida profissional e profissional e trouxeram incertezas para as vidasaposta mais de 2.5todos. Isso tudo trouxe consequências desastrosas para o sono, e a saúde e a produtividade podem enfrentar sérios problemas por causa disso.
Vidas perturbadas
É difícil lidar com a insônia, sejaaposta mais de 2.5uma pandemia ou não. Ter problemas frequentes para adormecer ou ter um sonoaposta mais de 2.5má qualidade podem levar a impactos na saúde no longo prazo, incluindo obesidade, ansiedade, depressão, doenças cardiovasculares e diabetes.
A insuficiênciaaposta mais de 2.5sono — que muitas autoridadesaposta mais de 2.5saúde classificam como menosaposta mais de 2.5sete horas por noite — também afeta o trabalho. Muitos estudos demonstraram que isso aumenta a probabilidade da pessoa cometer erros, prejudica a concentração, aumenta o tempoaposta mais de 2.5reação e afeta o humor.
O fatoaposta mais de 2.5tantas pessoas estarem atualmente com insônia tem com certeza a ver com as circunstâncias desafiadoras, "quase bíblicas", da pandemia, afirma o psiquiatra e neurologista americano Steven Altchuler, especializadoaposta mais de 2.5medicina do sono.
"Se você está tendo insônia, não está sozinho — grande parte do mundo também tem. É uma consequênciaaposta mais de 2.5todas as mudanças que estamos vivendo por causa da covid-19", diz ele.
Diversos fatores foram responsáveis por essa queda na qualidade do sono.
Primeiro, as rotinas diárias das pessoas foram interrompidas e seus ambientes, alterados, tornando difícil manter o ritmo circadiano intacto. Normalmente, nossos dias seguem uma rotinaaposta mais de 2.5horários para acordar, se locomoveraposta mais de 2.5um lugar para o outro, fazer intervalos no trabalho e dormir. Mas a covid-19 bagunçou tudo isso.
"(Com o trabalho remoto) perdemos muitos dos elementos externos que regulam nossa rotina, como as reuniões no escritório, o horário do ônibus, o intervalo para o almoço", diz Altchuler.
"Seu cérebro está condicionado:aposta mais de 2.5certos horários você está no localaposta mais de 2.5trabalho,aposta mais de 2.5outros estáaposta mais de 2.5casa relaxando. Existe uma diferenciação aí. Agora, estamosaposta mais de 2.5casa o tempo todo", diz Angela Drake, professoraaposta mais de 2.5saúde clínica na Universidade da Califórnia, que trataaposta mais de 2.5pacientes com distúrbios do sono. Ela também destaca o fatoaposta mais de 2.5que, quando trabalhamosaposta mais de 2.5casa, podemos fazer menos exercícios e ter menos exposição à luz natural — duas coisas que contribuem para um sono melhor.
Há também a questão do desempenho no trabalho. O desempregoaposta mais de 2.5muitos países é o maior dos últimos anos, então não é surpresa que quem está empregado queira trabalhar duro para manter seu empregos.
O problema é que trabalharaposta mais de 2.5casa pode confundir certos limites, com muitas pessoas relatando trabalhar mais tempo ou horários irregulares. "Nossa tendência é ter limites muito menos claros entre casa e trabalho", diz Altchuler. "As pessoas tendem a ficar acordadas até mais tarde."
Para muitas pessoas, deixar "o trabalho no trabalho" agora é completamente impossível, e desconectar-se do estresse diário é mais difícil do que nunca.
Somado a isso está o fatoaposta mais de 2.5que as pessoas estão sentindo faltaaposta mais de 2.5seus hobbies e seus amigos, que são essenciais para relaxar e desestressar. Muitos enfrentam problemasaposta mais de 2.5saúde mental que podem contribuir para problemasaposta mais de 2.5sono ou vice-versa.
A sensação geralaposta mais de 2.5incerteza e faltaaposta mais de 2.5controle também pode contribuir para problemasaposta mais de 2.5sono.
O tempo que a pandemia tem durado também é um fator: o que começou com pessoas estocando papel higiênico para um mês se tornou um estado semipermanenteaposta mais de 2.5vida.
"Inicialmente, as pessoas podiam se sentir motivadas para superar o estresse [da pandemia]. Mas à medida que ela continua ao longo do tempo, a maioria das pessoas se torna menos capazaposta mais de 2.5enfrentar a situação, resultandoaposta mais de 2.5problemas maiores, incluindo insônia ", diz Drake.
Alguns problemasaposta mais de 2.5sono terão se tornado "crônicos e duradouros", acrescenta ela, porque a pandemia atrasou a obtençãoaposta mais de 2.5tratamentoaposta mais de 2.5alguns casos. As pessoas procuram atendimento médico apenasaposta mais de 2.5emergências, enquanto clínicas e hospitais estão com faltaaposta mais de 2.5pessoal ou sobrecarregados com pacientes com covid-19.
Os profissionaisaposta mais de 2.5saúde na verdade foram especialmente atingidos pela insônia nos últimos 12 meses. Em dezembro, a Universidadeaposta mais de 2.5Ottawa analisou 55 estudos globais com maisaposta mais de 2.5190 mil participantes para medir a proeminência da insônia, da depressão, da ansiedade e do transtorno do estresse pós-traumático (TSPT) desde o início da pandemia. Todos os distúrbios aumentaramaposta mais de 2.5pelo menos 15% entre os profissionaisaposta mais de 2.5saúde, com a insônia tendo o maior aumento,aposta mais de 2.5quase 24%.
Altchuler aponta que a insônia é "comumente associada ao TSPT" e, se você é um trabalhador da linhaaposta mais de 2.5frente ou não, é comum que a insônia apareça após grandes eventos mundiais negativos.
Em geral, sempre que alguém passa por um trauma — seja uma criseaposta mais de 2.5saúde generalizada como a covid-19, um desastre público como o 11aposta mais de 2.5setembro ou algo mais individual como um acidenteaposta mais de 2.5carro — é possível ter problemasaposta mais de 2.5sono persistentes que vêm junto com o TSPT.
O que podemos fazer sobre isso?
Os especialistas dizem que é importante procurar ajuda quando os problemasaposta mais de 2.5sono persistem — especialmente hojeaposta mais de 2.5dia.
"Como a pandemia continuou por um período significativoaposta mais de 2.5tempo, não apenas alguns meses, há uma grande possibilidadeaposta mais de 2.5que as taxasaposta mais de 2.5insônia não caiam", diz Lisa Artis, vice-CEO da Sleep Charity, uma ONG que promove saúde do sono no Reino Unido.
"Se as pessoas não procuram ajuda quando começam a sofrer com a faltaaposta mais de 2.5sono, é provável que seus problemasaposta mais de 2.5sono se tornem um distúrbio permanente do sono, ou seja, insônia, e infelizmente não há uma solução rápida... É difícil quebrar hábitos formados", diz Artis.
Mas há boas notícias. Altchuler destaca alguns avanços, como a "rápida expansão da telemedicina" durante a quarentena. Isso pode ter um impacto positivo já que muitas pessoas não têm condições ou têm relutânciaaposta mais de 2.5visitar clínicas médicas pessoalmente.
O tratamento mais comum para problemasaposta mais de 2.5sono é a terapia cognitivo-comportamental para insônia, que melhora a chamada "higiene do sono" — uma sérieaposta mais de 2.5atitudes que podem ser tomadas antesaposta mais de 2.5dormir para evitar problemas, como não fumar nem beber antesaposta mais de 2.5dormir, apagar todas as luzes, etc.
A terapia também treina o cérebro para associar a cama com o sono atravésaposta mais de 2.5mudanças comportamentais, como não trabalhar na cama e não ver televisão no quarto.
Um estudo da Universidadeaposta mais de 2.5Michigan do ano passado mostrou que os pacientes que buscaram a terapia por meio da telemedicina receberam um tratamento tão eficaz quanto o teriam recebido pessoalmente, o que pode possibilitar um acesso mais amplo à assistência médica.
Existem também pequenas coisas que as pessoas podem fazer para melhorar a higiene do sono sem fazer a terapia.
"Uma das minhas principais regras é que você não pode trabalharaposta mais de 2.5seu laptop na cama", diz Drake. "Não me importa o quão confortável seja."
Os médicos aconselham limitar o consumoaposta mais de 2.5notícias para evitar a ansiedade não usar o telefone celular como despertador — ele é outro item associado ao trabalho e muitos emitem uma luzinha mesmo quando estão com a tela desligada, o que é ruim para a produçãoaposta mais de 2.5melatonina (o hormônio que induz o sono) no corpo.
Também é aconselhado manter o celularaposta mais de 2.5outro cômodo quando for dormir e ter um relógio despertador na mesaaposta mais de 2.5cabeceira, mas não ficar olhando para ele enquanto tenta adormecer.
Os médicos lembram que as circunstâncias atuais estão longeaposta mais de 2.5ser normais — então não é surpresa que estejamos enfrentando desafios. "A última vez que houve esse tipoaposta mais de 2.5evento foi há maisaposta mais de 2.5100 anos", diz Drake. "Nenhumaposta mais de 2.5nós teve que lidar com esse tipoaposta mais de 2.5coisa antes."
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