Covid-19: tabela ajuda a avaliar riscoestrela bet7kinfecção cada vez que você vai a um evento social:estrela bet7k

Ilustração Covid-19

"O riscoestrela bet7kinfecção é determinado por muitos fatores, e todos eles estão conectados", disse à BBC News Brasil Lydia Bourouiba, diretora do Laboratórioestrela bet7kdinâmicaestrela bet7kfluidos na transmissãoestrela bet7kdoenças do MIT e uma das autoras do estudo.

"Ainda não há nenhum estudo que determine o risco absolutoestrela bet7kcada atividade, mas, com essa tabela, queremos que as pessoas saibam avaliar o risco relativoestrela bet7kcada situação. Assim elas podem se adaptar."

Por exemplo, se o evento ao qual você foi convidado é um karaokê,estrela bet7kuma sala fechada onde as pessoas estarão gritando e cantando, o melhor a fazer é certificar-seestrela bet7kque poucas pessoas estarão presentes, e ficar o mínimoestrela bet7ktempo possível. Sem esquecerestrela bet7kusar a máscara.

Ou simplesmente sugerir uma reunião com os mesmos amigosestrela bet7kum local aberto, onde seja possível manter uma distância maior e sem música alta — para que não seja necessário gritar.

"Isso é importante porque, se você dá às pessoas uma só regra rigorosa, o que acaba acontecendo na maioria das vezes é que algumas não aplicam a regra, ou aplicam só durante algum tempo. É difícil pedir à população que fiqueestrela bet7kalerta máximo por meses", opina a pesquisadora.

Confira a tabela:

Gráficoestrela bet7kavaliaçãoestrela bet7krisco

Distância, ventilação e tempo

No artigo, os pesquisadores argumentam que o distanciamento entre um e dois metros entre pessoas como formaestrela bet7kprevenir a infecção pelo Sars-Cov-2 é uma orientação simplista, porque se se baseiaestrela bet7kestudos do século 19 sobre como vírus e bactérias se propagariam no ar a partir da fala, da tosse e dos espirros.

Mas isso não quer dizer que essa regra, usada na maioria dos espaços públicos e privados atualmente, deva ser ignorada. É justamente o contrário.

Pesquisas mais recentes mostram que vírus podem se espalharestrela bet7kgotículas no ar por até seis a oito metros a depender da situação. Por isso, dois metros deve,estrela bet7kalguns casos, ser a distância mínima, não a máxima, a se manterestrela bet7kalguém.

"A regra dos dois metros não considerava o quadro total da exalaçãoestrela bet7kpartículas suspensas no ar eestrela bet7kcomo elas se movem. Hoje sabemos que não é só porque você mantém esses dois metrosestrela bet7kdistância que está seguro", diz Bourouiba.

Aí entram os outros fatores considerados na tabela, como o tempo que dura o evento — ou o tempo que você permanece nele,estrela bet7kcontato com outras pessoas.

Mas o que exatamente seria um tempo curto ou longo? De acordo com a pesquisadora, ainda é difícil responder.

"Alguns órgãosestrela bet7ksaúde têm considerado queestrela bet7k10 a 15 minutos é um tempo curto e, acima disso, um tempo longo. Mas não há justificativa científica para embasar esses números. Por isso, decidimos não incluí-los na tabela", explica.

"O que sabemos até agora é que,estrela bet7kum casoestrela bet7kestudo, onde houve infecçãoestrela bet7kum restaurante mal ventilado, as pessoas infectadas, que estavam sem máscaras, permaneceram lá ao mesmo tempo por cercaestrela bet7k45 minutos. Mas precisamosestrela bet7kmais evidências para dar peso a esse número."

Da mesma forma, definir se um evento tem ocupação alta ou baixa não depende apenasestrela bet7kquantas pessoas há no local, segundo Bourouiba.

Também é importante saber se elas têm ar fresco suficiente para respirar e estão fora das zonasestrela bet7krespiração uma da outra — ou seja, estão a maisestrela bet7k25 centímetrosestrela bet7kdistância da boca e do narizestrela bet7kalguém que está respirando normalmente.

"Cada pessoa deve ter ao menos 10 a 15 litrosestrela bet7kar fresco por segundo. Nós não temos como calcular isso no dia a dia, mas é uma medida importante para os responsáveis pelos espaçosestrela bet7keventos, restaurantes, escritórios, etc. Eles precisam saber se seus espaços precisarão ser ampliados ou reformados", alerta.

O mais importante, segundo a pesquisadora, é garantir a circulaçãoestrela bet7kar limpo,estrela bet7kpreferência que venhaestrela bet7kfora: "Não é suficiente apenas mover o ar, como um ventilador ou um ar-condicionado fazem. É preciso trocá-lo, para diluir as partículas que nós exalamos no ar novo".

Por essa razão é preferível estarestrela bet7kespaços abertos ou com janelas que permitam a circulação do ar. E, mesmo assim, ainda é preciso prestar atençãoestrela bet7kcomo ele circula.

"Se você abre uma janelaestrela bet7kum restaurante, por exemplo, mas há uma mesa com clientes ali, o ar novo estará sempre passando por aquelas pessoas e levando possíveis patógenos a outras. Você tem que usar a ventilação natural tendo consciência do fluxo do ar", afirma a pesquisadora do MIT.

Como se comportarestrela bet7kcada situação?

Considerar tantos fatores para fazer qualquer atividade, mesmo com a ajudaestrela bet7kuma tabela, é complexo, mas tem se mostrado necessário.

De acordo com os dados mais recentes da Pesquisa Nacional por Amostraestrela bet7kDomicílios (PNAD Covid-19), do IBGE, o númeroestrela bet7kpessoas rigorosamente isoladas por causa da pandemia no Brasil caiuestrela bet7kcercaestrela bet7k2 milhões entre a primeira e a segunda semanasestrela bet7ksetembro.

Já os que afirmaram ter reduzido o contato, mas continuaram saindo ou recebendo visitas aumentouestrela bet7k2,5 milhões. Atualmente, 83,2 milhõesestrela bet7kbrasileiros têm um comportamento flexível quanto ao distanciamento social.

O Brasil tem maisestrela bet7k147 mil mortes e quase 5 milhõesestrela bet7kcasos registradosestrela bet7kcovid-19. De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), os casos tiveram tendênciaestrela bet7kestabilidadeestrela bet7kpatamares altos durante o mêsestrela bet7ksetembro na média móvelestrela bet7ksete dias — foram registradas maisestrela bet7k26,4 mil novas infecções por dia.

Segundo Lydia Bourouiba, é preciso ter alguns cuidados básicosestrela bet7kcada situação da tabela:

  • estrela bet7k Risco baixo - Tente manter ao menos dois metrosestrela bet7kdistânciaestrela bet7koutras pessoas e usar máscara. "Não é porque você está a dois metros que pode tirar a máscara e não é porque estáestrela bet7kmáscara que pode chegar mais perto. Mas, se tiver que se aproximar rapidamenteestrela bet7kalguém, não precisa entrarestrela bet7kpânico, não é o fim do mundo", diz.
  • estrela bet7k Risco médio - Seja mais rígido com a regra dos dois metrosestrela bet7kdistância. Se possível, fique um pouco mais distante, a depender dos outros fatores na situação.
  • estrela bet7k Risco alto - Dois metros deve ser a distância mínima a ser mantidaestrela bet7kalguém, mas o ideal é ficar ainda mais afastado do que isso, e usando uma máscaraestrela bet7kqualidade.

"Sabemos que é complicado, mas tentamos organizar issoestrela bet7kuma forma que possa ser compreendida por todos, desde a família que quer organizar um churrasco até o gerenteestrela bet7kum escritório. Porque todos vamos ter que administrar essas situações", afirma a pesquisadora.

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