A pesquisa que descobriu o 'GPS do cérebro' e abriu caminho para entender melhor o Malcbet full formAlzheimer:cbet full form

Crédito, T.Melhuus/Kavli Institute for Systems Neuroscience

Legenda da foto, O neurocientista Edvard Moser nasceucbet full form1962cbet full formuma pequena ilha na Noruega

Mas os médicos perceberam que, durante o procedimento, haviam danificadocbet full formmemória. O jovem não conseguia se lembrar se havia tomado café, tampouco como ir até o banheiro.

Esquecia os nomes e rostos da equipe médica, e o mais preocupante: tiveram que contar a ele repetidas vezes que seu tio havia morrido.

O desfecho trágico dacbet full formcirurgia deu início a cinco décadascbet full formestudos que o imortalizaram como o paciente "HM", o mais famoso da história da neurociência.

Molaison não viveria para ver, mas seu caso levou a uma descoberta crucial sobre o cérebro e a função da memória. Não é à toa que o neurocientista norueguês Edvard Moser, a pesquisadora May-Britt Moser e o cientista americano John O'Keefe receberam por causa dela o Prêmio Nobelcbet full formMedicina.

Crédito, T.Melhuus/Kavli Institute for Systems Neuroscience

Legenda da foto, Edvard e May-Britt Moser entraram para a história não apenas como vencedores do Prêmio Nobel, mas como um dos cinco casais a conquistar a honraria

Filosofia e ciência

"Espaço e tempo são propriedades totalmente fundamentais da nossa própria experiência subjetiva", disse Moser à BBC News Mundo, serviçocbet full formespanhol da BBC.

"É difícil manter um certo entendimento do mundo se não podemos colocar as coisascbet full formalgum lugar do espaço e organizar os eventos no tempo", acrescentou.

"Por isso, quando essas habilidades são perdidas,cbet full formalguma forma nos perdemos."

Moser pode soar às vezes como um filósofo. E embora não seja, a própria Academia Sueca reconheceu, ao anunciar seu prêmiocbet full form2014, que o trio resolveu "um problema que por séculos ocupou filósofos e cientistas".

"O Prêmio Nobel foi por descobrir as células que fazem parte do sistema que nos permite saber onde estamos e encontrar o caminho" para ircbet full formum lugar a outro, explica Moser.

Em outras palavras, são células que funcionam como o "GPS interno" do cérebro.

Parceria

May-Britt Moser, que ganhou o Nobel pela mesma pesquisa, é ex-mulhercbet full formEdvard. Eles não só fazem parte do seleto clubecbet full formlaureados da Academia Sueca, como também integram uma lista ainda mais exclusiva: a dos cinco casais vencedores do Nobel.

Crédito, Kavli Institute for Systems Neuroscience

Legenda da foto, Em seu laboratório, os Mosers trabalham com animais, mas já estão iniciando testes clínicos com humanos

Eles fundaram juntos o Instituto Kavli para Sistemascbet full formNeurociência da Universidade Norueguesacbet full formCiência e Tecnologia,cbet full formTrondheim.

"Há muitos anos que gerenciamos o laboratório e o instituto juntos, e funciona muito melhor do que se fosse apenas umcbet full formnós", uma vez que, segundo ele, os dois têm interesses semelhantes mas habilidades diferentes.

Embora atualmente os Mosers estejam divorciados, suas carreiras permanecem profundamente entrelaçadas. Continuam à frente do instituto e seguem recebendo prêmios e financiamentos como uma dupla.

"As pessoas nos veem como uma unidade natural", explica.

"Se eu tivesse pensado que algum dia ganharia o Nobel", acrescenta, "teria apostado que seria com eles (May-Britt Moser e John O'Keefe). Qualquer outra opção soaria estranho para mim."

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, 'Minha jornadacbet full formHaramsoya a Estocolmo foi uma aventura', escreveu Moser emcbet full formautobiografia

Espaço e tempo

"O intrincado sistemacbet full formmapeamento espacial que levou à descoberta das célulascbet full formgradecbet full formuma rede neuralcbet full form2005 e ao prêmiocbet full form2014 foi apenas o começo", completa Moser.

Nestes anos, elee May-Britt descobriram, por exemplo, que essas células "não são apenas responsáveis pelo espaço, mas também pelo tempo, então, há uma mudança com o passar do tempo".

"Agora também sabemos que o espaço e o tempo são elementos das memórias que estão armazenadas neste sistema."

E eles deram início ao que chamamcbet full form"fase dois" da pesquisa: "Entender o Alzheimer e, com sorte, contribuir para o desenvolvimentocbet full formalgum tipocbet full formtratamento."

"A área do cérebro que contém todas essas células especializadas e registra a passagem do tempo costuma ser a primeira região a ser danificada no Alzheimer", diz ele.

A doença, que ainda não tem cura, afeta entre 60% e 70% das pessoas com demência, nada menos que 50 milhõescbet full formtodo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

"E está aumentando rapidamente porque as pessoas estão vivendo mais tempo, então é um grande problema para a sociedade", acrescenta.

A história trágicacbet full formMolaison pode ter sido excepcional na forma, mas não pela perdacbet full formmemóriacbet full formsi.

Os Moser buscam agora ajudar os outros 50 milhõescbet full form"HM" espalhados pelo mundo, que também vivem se esquecendo das coisas constantemente.

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