Cinco técnicas para estimular a memória, segundo a neurociência:5 estrela bet
É sempre bom lembrar que aprender vai muito além5 estrela betmemorizar. Cada vez mais, são valorizados o pensamento crítico, a associação5 estrela betconhecimentos que transitem entre várias matérias e o uso prático da teoria.
Mas a memorização pode ajudar a guardar aquele conceito que estava difícil5 estrela betlembrar na hora da prova, da apresentação, do projeto… E a manter o cérebro sempre estimulado.
1) Visualizar
Quando você tiver que se lembrar5 estrela betalgo muito importante, tente enxergar essa coisa na5 estrela betcabeça.
O ato5 estrela betvisualizar parece criar novas conexões cerebrais entre o que você quer lembrar e o que você está visualizando. Ou seja, não apenas as conexões criadas pela leitura da palavra escrita ou mesmo falada. E isso ajuda a memória.
O melhor jeito é tentar visualizar o que você precisa5 estrela betum modo bem peculiar. Uma imagem incomum tende a favorecer essas conexões, diz Chudler.
Por exemplo: você parou o carro na vaga 5C do estacionamento. Imagine que há cinco cachorros esperando por você no carro. Os cachorros servem para lembrar da letra C. Eles são cinco para lembrar do número cinco, claro.
Isso funciona também para os estudos e o aprendizado? Uma pesquisa feita nos anos 1970 testou essa técnica com crianças5 estrela bet8 anos5 estrela betidade5 estrela betuma escola nos Estados Unidos.
Elas liam 17 trechos5 estrela betlivros e depois eram orientadas a imaginar uma cena do que haviam acabado5 estrela betler. O estudo concluiu que elas conseguiam se recordar muito mais do conteúdo do que os colegas que só tinham lido as palavras.
Ou seja, se você quer lembrar uma informação-chave5 estrela betum livro, o ponto mais importante da aula5 estrela betbiologia ou uma sequência5 estrela beteventos históricos, pinte mentalmente cenas que remetam a isso.
A ideia é que uma referência visual é mais concreta para o cérebro do que uma sequência5 estrela betletras ou palavras.
Você pode usar isso também para lembrar5 estrela betconceitos que talvez tenha dificuldade5 estrela betmemorizar e que caem muito nas provas. Um exemplo: o teorema5 estrela betPitágoras: a² = b² + c², sendo "a" a hipotenusa e "b" e "c" os catetos5 estrela betum triângulo retângulo.
Você pode imaginar, por exemplo, que um "a" dentro5 estrela betum quadrado grande é igual a "b" e "c" dentro5 estrela betdois quadrados menores, um do lado do outro.
E daí trocar o "a" por um hipopótamo, que pode te ajudar a lembrar da palavra hipotenusa, e trocar "b" e "c" por uma catedral cada, que é uma palavra parecida com cateto.
Inclusive, você pode usar outros sentidos nessa técnica: associar a imagem a um cheiro ou a um som, por exemplo. Isso aumenta as chances5 estrela beta memória da imagem perdurar. Por exemplo, o hipopótamo acima pode fazer um grunhido.
2) Associar
Fazer elos, ou associações, entre as coisas5 estrela betque você precisa se lembrar é uma boa ideia se você quer se recordar5 estrela betmais5 estrela betum item, às vezes5 estrela betuma determinada ordem.
Digamos que você queira comprar leite, pão, ovos, queijo e suco5 estrela betlaranja no supermercado. Tente conectar essas cinco palavras com imagens na5 estrela betcabeça, sugere o pesquisador Eric Chudler.
Por exemplo: pense no leite caindo da caixinha5 estrela betcima5 estrela betum pacote cheio5 estrela betpão.
O pão forma um sanduíche com ovo dentro.
O ovo suja5 estrela betamarelo o queijo.
O queijo cai do alto5 estrela betuma árvore cheia5 estrela betlaranjas.
Se a ideia, por exemplo, é lembrar quais países estavam5 estrela betqual lado na 2ª Guerra Mundial, você pode tentar fazer associações que remetam a eles.
E para números? Principalmente se ele for comprido, tente dividir5 estrela betpedaços menores.
O motivo é bem simples: coisas menores são mais fáceis5 estrela betse lembrar do que as maiores. É por isso que costumamos memorizar o nosso CPF ou do nosso número5 estrela betcelular dividindo eles5 estrela betduas, três ou quatro partes.
Também ajuda a memória se você der um significado aos números. Por exemplo, se você precisa lembrar que seu amigo mora na casa 1066 da rua X, pode fatiar e associar a algo que tenha sentido para você: "10 é a idade do meu filho", "66 é a idade do meu pai".
Assim, dividindo e dando sentido aos números, fica fácil lembrar sequências curtas ou longas.
5 estrela bet 3) Método5 estrela bet 5 estrela bet l 5 estrela bet oci
A preocupação com a memória vem desde as civilizações antigas, quando os registros da história eram muito mais frágeis do que os atuais.
Reza a lenda que o poeta grego Simônides5 estrela betCeos inventou, por volta do ano 500 a.C., uma técnica5 estrela betmemorização logo depois5 estrela betescapar por pouco do desabamento da casa onde jantava. E conseguiu ajudar a identificar as vítimas fatais do banquete porque se lembrava exatamente onde cada uma delas estava sentada à mesa.
Eis o método5 estrela betloci, que significa "lugar"5 estrela betitaliano. Essa técnica também é conhecida como Palácio da Memória. Ela mistura as duas dicas anteriores: visualizar e conectar as coisas que você quer memorizar.
Alguns relatos históricos apontam que ela era usada por oradores da Grécia e da Roma antigas, como o imperador romano Cícero, para se recordar do que queriam dizer5 estrela betseus discursos,5 estrela betuma determinada ordem.
Eles começavam visualizando o interior do local onde iam fazer o seu discurso (um templo, por exemplo) e aí associavam, mentalmente, um objeto para cada canto desse templo.
Esses objetos podiam ser, por exemplo, uma espada, para ajudar o orador a se lembrar que queria mencionar no seu discurso uma batalha importante.
Mas dá para usar isso nos dias5 estrela bethoje?
Em um estudo5 estrela bet2014, pesquisadores fizeram estudantes5 estrela betMedicina usarem o método5 estrela betloci para lembrar o que eles tinham aprendido5 estrela betuma aula sobre o hormônio insulina e a diabetes, uma doença metabólica ligada aos níveis5 estrela betaçúcar no sangue.
Os estudantes tinham5 estrela betvisualizar na cabeça o campus da universidade (a cafeteria, a entrada do prédio e um laboratório) e associar cada um desses cantos a um conceito aprendido na aula.
Por exemplo, o aluno podia associar a cafeteria à forma como age a insulina5 estrela betum paciente diabético. Na entrada do prédio, podia lembrar o que são os níveis5 estrela betglicose. E assim por diante.
Daí, ao fazer um passeio mental pelo campus da faculdade, os alunos iam consolidando e se recordando dos conceitos.
Nesse estudo, os alunos que usaram o método do Palácio da Memória tiraram,5 estrela betmédia, 9,3 na prova feita5 estrela betseguida, contra a média5 estrela bet8,1 dos demais alunos.
Mas será que a técnica só ajudou os estudantes naquela prova ou será que as informações foram realmente retidas?
Segundo Eric Chudler, estratégias5 estrela betmemorização como essa ajudam a transformar memórias5 estrela betcurto prazo5 estrela betmemórias5 estrela betlongo prazo, ou seja, ajudam5 estrela betfato na absorção do conhecimento.
O mais fácil é criar o seu Palácio da Memória5 estrela betum lugar que seja familiar para você. Mas um estudo canadense aponta que a técnica pode ser usada também5 estrela bet''palácios'' virtuais ou imaginados, e não apenas nos lugares que conhecemos bem.
4) Musicalizar
Por que algumas músicas ''grudam'' na nossa cabeça?
Cientistas concluíram até agora que algumas parecem ter propriedades específicas para captar a atenção do nosso cérebro, como melodias simples e repetitivas ou alguma palavra curiosa.
Isso faz com que essas músicas-chiclete criem um circuito próprio no córtex auditivo do cérebro. A melhor alternativa é ouvir outra música, para tentar cancelar o efeito daquela primeira dentro do cérebro.
A neurocientista brasileira Suzana Herculano-Houzel explica5 estrela betseu livro Sexo, drogas, rock'n'roll e chocolate que a música ativa várias regiões do cérebro.
E, quanto mais escutamos algumas músicas, maior a chance5 estrela betgostarmos delas, porque nosso cérebro passa a entender aquela sequência melódica e cria uma expectativa para o que ele vai ouvir. Essa expectativa é imediatamente atendida pela música, gerando uma sensação5 estrela betprazer.
Inclusive, a neurocientista explica que um estudo canadense descobriu que o prazer que você sente quando ouve as músicas que mais ama, aquelas especiais para você, que te deixam arrepiado, é bem parecido ao prazer proporcionado pela comida ou desencadeado por drogas ou sexo.
Não é à toa, portanto, que a música seja uma ferramenta tão poderosa, inclusive para a memória. Diferentes estudos mostram que nossa memória para letras musicais costuma ser muito mais precisa do que a memória5 estrela betoutros tipos5 estrela bettextos.
Por isso que canções, rimas cantadas e paródias são uma forma útil5 estrela betmemorizar listas, palavras, conceitos ou fórmulas, por exemplo.
Uma ideia simples para colocar essa técnica5 estrela betmemorização5 estrela betprática é usar músicas comuns, cujas letras todo mundo sabe, e, mantendo o mesmo ritmo, trocar a letra pelo conteúdo que quer memorizar.
Essa técnica não é nova, mas é bem eficiente, como bem sabem professores5 estrela betcursinho pré-vestibular. Eles são mestres5 estrela betfazer paródias para ajudar os alunos a se lembrar5 estrela betconceitos importantes.
Um exemplo que pode servir5 estrela betinspiração é um professor5 estrela betcursinho que usou a música Como eu Quero, do Kid Abelha, para ensinar os alunos que as células5 estrela betbactérias não têm carioteca, uma membrana muito importante no funcionamento5 estrela betalguns tipos5 estrela betcélulas.
O professor trocou o refrão "eu quero você como eu quero" pelo ensinamento que queria passar: "bactéria não tem carioteca". E, ao longo da letra, ele ensina outros conceitos.
Tem gente que defende, também, que a música pode ser útil5 estrela betoutras formas na memória5 estrela betestudantes.
O autor americano Joseph Cardillo, autor5 estrela betYour Playlist Can Change Your Life (Sua lista5 estrela betmúsicas pode mudar5 estrela betvida,5 estrela bettradução livre), defende que a música "otimiza habilidades naturais" dos estudantes ao organizar a mente e ajudar a preparar o cérebro para trabalhar e memorizar melhor.
Ele argumenta, por exemplo, que ouvir músicas que você gosta podem tanto te deixar energizado quanto te acalmar antes5 estrela betestudar ou5 estrela betcompletar uma tarefa do trabalho.
5) Transformar listas5 estrela betfrases
Uma frase curiosa, geralmente absurda, pode nos ajudar a memorizar a ordem5 estrela betalguma coisa. A primeira letra5 estrela betcada palavra da frase vai corresponder ao nome do que você quer lembrar.
O exemplo mais simples é usar para memorizar a ordem dos planetas no Sistema Solar: Minha vó tem muitas joias, só usa no pescoço. Para lembrar5 estrela betMercúrio, Vênus, Terra, Marte, Júpiter, Saturno, Urânio, Netuno e Plutão (vale lembrar que essa lista, antiga, vem5 estrela betantes5 estrela betPlutão ter sido ''rebaixado'' dos planetas,5 estrela bet2006).
Quanto mais absurda for a frase, mais fácil vai ser para o cérebro lembrar dela.
Por fim, lembre-se5 estrela betque uma boa memória depende muito5 estrela betuma boa noite5 estrela betsono. Quando dormimos, o cérebro elimina toxinas e revive o que você viveu e aprendeu durante o dia, consolidando essas lembranças.
Outra dica dos cientistas é: a comida que faz bem para o coração também faz bem para o cérebro. Ou seja, uma alimentação equilibrada e nutritiva também ajuda a cabeça a funcionar melhor.
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