O que é o treinamentoarena f12betolfato que combate um dos sintomas da covid-19:arena f12bet

Menina cheirando flores

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, A que se deve a perdaarena f12betolfato e qual é seu impacto emocional?

A BBC News Mundo, o serviçoarena f12betnotíciasarena f12betespanhol da BBC, entrouarena f12betcontato com eles por meio do AbScent.org, um site que oferece ajuda para aqueles que ficaram, total ou parcialmente, sem a capacidadearena f12betperceber odores.

"Em 13arena f12betmarço, havia cercaarena f12bet1,5 mil pessoas no grupo do Facebook", diz Chrissi Kelly, fundadora da AbScent, à BBC News Mundo.

"Agora tenho três grupos no Facebook com cercaarena f12bet11 mil membros no total. Eles começaram a entrararena f12betcontato comigoarena f12betrepente do Irã, Itália, Espanha e,arena f12betseguida, um montearena f12betpessoas da América Latina."

Mulher inala cheioarena f12betum frasco

Crédito, Science Photo Library

Legenda da foto, Especialistas recomendam exercíciosarena f12betreabilitação do olfato

"Nos tornamos um termômetro do impacto do coronavírus."

No AbScent, os usuários encontram informações sobre um tratamento que, embora já fosse oferecida antesarena f12betcovid-19, está ganhando popularidade devido à pandemia.

A terapia é um "treinamento olfativo", uma sériearena f12betexercícios para restaurar a percepção dos cheiros e, no casoarena f12betmuitas pessoas, devolver normalidade a suas vidas.

Perdaarena f12betolfato e causas

Várias pesquisas já estabeleceram uma conexão entre a perda do olfato e o novo coronavírus.

"Em nosso estudo, que foi realizadoarena f12bet15 hospitaisarena f12bettoda a Espanha,arena f12bet989 pacientes com covid-19, 53% tiveram alteração no olfato", diz Adriana Izquierdo Domínguez, alergista do Centro Médico Teknónarena f12betBarcelona e integrante da Sociedade Espanholaarena f12betOtorrinolaringologia (SEORL).

Mas o novo coronavírus é apenas o mais recentearena f12betuma longa listaarena f12betpossíveis causas.

Saulo Segreto faz o tratamento há maisarena f12betquatro meses. "Depoisarena f12betperder meu olfato, sinto como se uma barreira invisível me separasse da realidade."

Patricia Portillo Mazal, otorrinolaringologista e especialistaarena f12betolfato e paladar do Hospital Italianoarena f12betBuenos Aires, explica que "uma das causas mais frequentesarena f12betperda do olfato são as infecções virais, como resfriados e gripes".

Outra origem comum são os golpes na cabeça ou no rosto que danificam alguma parte do sistema olfativo, acrescenta.

Às vezes, o motivo da perda do olfato não é identificado, que também pode apresentar graus diferentes.

"Fala-searena f12betanosmia, quando não se percebe cheiro, earena f12bethiposmia, quando a percepção é parcial", explica Portillo Mazal.

"Mas às vezes o mais limitante ainda é a chamada parosmia, os cheiros distorcidos, quando um café tem um cheiro diferente para você do que você lembrava, muitas vezesarena f12betalgo desagradável."

"E dentro da parosmia existe até a fantosmia, que é sentir um cheiro que não existe, mas que você percebe."

Impacto emocional

A perda do olfato pode afetar profundamente o bem-estararena f12betuma pessoa, a exemplo do que aconteceu com Chrissi Kelly, criadora do AbScent.

Kelly, que nasceu nos Estados Unidos e mora na Inglaterra, perdeu o olfato devido a uma infecção viralarena f12bet2012.

"Entre seis e nove meses depois, caíarena f12betdepressão profunda", diz ela à BBC Mundo.

"Há algo fundamental que eu gostaria que as pessoas entendessem. Perder o olfato é um duro golpe para o seu bem-estar. Afeta todos os aspectos daarena f12betvida. Você sente como se tivesse perdido o sentidoarena f12betquem você era", acrescenta.

Chrissi Kelly

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Chrissi Kelly é fundadora da AbScent. "Há algo fundamental que gostaria que as pessoas entendessem. Perder o olfato é um golpe para o seu bem-estar, afeta todos os aspectos daarena f12betvida."

Depoisarena f12betconsultar médicos que "examinaram seu nariz sem apresentar soluções", Kelly começou a procurar informações e a participararena f12betconferências especializadas.

Em uma delas, ela conheceu Thomas Hummel, especialista do Centroarena f12betOlfato e Paladar da Universidadearena f12betDresden, na Alemanha.

Hummel foi o primeiro cientista a publicar,arena f12bet2009, um estudo avaliando a eficácia do treinamento olfativo.

"Quando contei minha história a Hummel, ele ouviu com compaixão por meia hora. Foi a primeira vez que falei com alguém que me compreendia."

Kelly começou a frequentar os cursos que o especialista alemão ministrava para especialistas earena f12bet2015 acabou fundando a AbScent.

O site conta com um canal no YouTube com vídeos explicativos e, mais recentemente, passou a disponibilizar guiasarena f12betespanhol e português para usuários da América Latina.

Saulo, Ana e Virginia

Muitos leitores do AbScent, como Saulo, Ana e Virginia, afirmam ter encontrado no site o apoio que Kelly experimentou ao ser ouvida por Hummel.

"Procurei três otorrinolaringologistas, um neurologista e um pneumologista. Inclusive um deles me passou um antiepiléptico que me deixou bem mal. E atravésarena f12betbuscas incansáveis na internet cheguei ao AbScent, que foi fundamental para manter a calma e encontrar suporte", diz Saulo Segreto, que mora no Rioarena f12betJaneiro.

Ana Carbone

Crédito, Ana Carbone

Legenda da foto, Ana Carbone: "Fico chateada porque não percebo cheiros como os da minha filha, um perfume, ou não sei se pode haver um vazamentoarena f12betgás".

Ele sofrearena f12betparosmia. "E todos os alimentos com muita gordura ou fritos têm cheiroarena f12betqueimado", diz ele.

"Tenho sentido um cheiro 'esquisito' ultimamente; é como um cheiroarena f12bet'terra', misturado a um cheiroarena f12betcondimento, e eu sinto esse mesmo cheiroarena f12betvárias coisas. Isso tem me deixado nauseada, é como se eu ouvisse a mesma música 24 horas", acrescenta Ana Carbone,arena f12betSão Paulo, que sofre do mesmo problema.

"Não sinto cheiro da minha filha, nem meu próprio cheiro, não sei se estou com cheiroarena f12betperfume, ou se minhas mãos estão com cheiro da comida que preparei, por exemplo. Se minha casa está perfumada. Se tem vazamentoarena f12betgás...", lamenta.

No casoarena f12betVirginia Mata, algumas experiências são até difíceisarena f12betdescrever.

"Passei o dia 23arena f12betagosto sem conseguir cheirar nada para então sentir um cheiro estranho. Não sei dizer o que é, apenas que é algo estranho."

"A perda do olfato devido ao coronavírus fez a carne ficar com gostoarena f12betgasolina para mim", acrescenta.

Treinamento olfativo

Não se sabe desde quando a técnicaarena f12bettreinamento olfativo já existe, mas clinicamente ela tem sido usada há cercaarena f12betuma década.

A reabilitação consiste basicamentearena f12betinalar diferentes odores, concentrando a mente, pelo menos duas vezes ao dia.

"Tem que ser todos os dias, e são inalações curtas, mais ou menosarena f12bet20 segundos", explica Portillo Mazal.

Patricia Portillo Mazal

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Patricia Portillo Mazal, médica do Hospital Italianoarena f12betBuenos Aires, faz com que os pacientes preparem seus próprios kits

Geralmente, quatro frascos com cheiros diferentes são usadosarena f12betcada exercício.

Os quatro aromas usados por Hummelarena f12betseus primeiros estudos foram rosa, limão, cravo e eucalipto, mas outras substâncias podem ser usadas.

Portillo Mazal faz com que seus pacientes preparem seus próprios kits.

"Tenho duas variantes. Uma é com óleos, que podem serarena f12betfrutas, flores, hortelã-pimenta, ou coisas como lavanda, tomilho ou cravo. Os pacientes põem cercaarena f12bet40 gotasarena f12betum algodão ouarena f12betum pedaçoarena f12betpapel, repetindo o procedimentoarena f12betvezarena f12betquando".

"A outra opção é um kit com as coisas da casa: mando meus pacientes prepararem potes com café, sabãoarena f12betpó, orégano ou chocolate picado, por exemplo."

Frascosarena f12betvidro escuro com essênciaarena f12betrosa, limão, cravo e eucalipto

Crédito, AbScent

Legenda da foto, Kelly recomenda o usoarena f12betpotes escuros para que a luz não afete os óleos perfumados. E ele aconselha não cheirar diretamente dos frascos conta-gotas, pois eles limitam a dispersão dos odores

Um dos centros que oferece este tipoarena f12betreabilitação na Espanha é a Unidadearena f12betTreinamento Olfativo do Hospital Quirónsalud Sagrado Corazónarena f12betSevilha.

"Por duas ou três semanas, submetemos os pacientes a odores e concentrações diferentes por 15 a 20 minutos", diz o rinologista Juan Manuel Maza, diretor do centro e cirurgião da base do crânio do Hospital Universitário Virgen Macarenaarena f12betSevilha.

Técnica mede olfatoarena f12betpaciente

Crédito, Quiron Salud

Legenda da foto, Um dos centrosarena f12betreabilitação na Espanha é a Unidadearena f12betTreinamento Olfativo do Hospital Quirónsalud Sagrado Corazónarena f12betSevilha

"Podemos treinar a diferenciação. Com um estímulo repetido, fazemos o paciente começar a identificar e discriminar esse odor."

"E depoisarena f12bettrês semanas, os pacientes podem ter acesso a odores ou fórmulas que coletamarena f12betdiferentes farmácias e dedicam aproximadamente três minutos por dia ao treinamento."

Concentração

Um aspecto fundamental do treinamento é fazer os exercícios com grande foco.

"Você tem que estar completamente focado naquele minuto e meioarena f12betexercícios, sem pensar no que você tem que fazer naquele dia", diz Portillo Mazal.

Chrissi Kelly também recomenda evocar memórias.

Virginia Mata

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Virginia Mata: "Existem coisas que você simplesmente dá como certas até não as ter mais, como o cheiro do seu perfume favorito ou uma pizza recém-entregue por um entregador."

"Ao abrir a garrafa com óleoarena f12betlimão, mesmo que não sinta cheiro algum, feche os olhos e lembre-searena f12bettodos os detalhesarena f12betquando cheirou ou comeu um limão."

"E você deve estar atento a qualquer mensagem olfativa que perceber , mesmo que não seja a esperada."

Mesmo quando não está concentradaarena f12betseus exercícios, Virginia Mata frequentemente tenta "evocar um momento, algum sentimento".

"Por exemplo, sempre que está chovendo, tento me lembrar do cheiroarena f12betterra úmida que imediatamente me lembra aqueles dias caóticosarena f12betchuva e trânsito na Cidade do México."

Resultados

"Em geral, cercaarena f12bet60% das pessoas que perdem o olfato o recuperam até certo ponto", diz Thomas Hummel à BBC News Mundo.

"E o que nossos estudos mostramarena f12betforma convincente é que com o treinamento olfativo a taxaarena f12betrecuperação dobra. Ou seja, as pessoas se recuperamarena f12betforma mais rápida e completa", acrescenta.

Em alguns casos, "recuperar" não significa sentir o mesmo cheiro novamente.

"Às vezes é como se você estivessearena f12betum país estranho, há cheiros que são como uma nova realidade", diz Kelly.

Médica Adriana Izquierdo Domínguez

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Médica Adriana Izquierdo Domínguez: "Há muitos pacientes com covid-19 que estamos atendendo na consulta que estão na clínica há quatro ou cinco meses e ainda não recuperaram o cheiro ou o recuperaram muito parcialmente".

Zara Patel, professoraarena f12betotorrinolaringologia e cirurgia da base do crânio na Universidadearena f12betStanford, nos Estados Unidos, também investigou a eficácia da terapia olfativa.

"A principal conclusão dos meus estudos é que o treinamento olfativo traz um benefício significativo", diz ela.

"E quando combinado com budesonida, um esteroide tópico, o treinamento ajuda até metade dos pacientes com disfunção olfatória."

"50% pode não parecer muito, mas pense que isso é um avançoarena f12betrelação à situaçãoarena f12bet10 anos atrás, quando literalmente não tínhamos nada a oferecer a esses pacientes."

Maza diz, porarena f12betvez, que "entre 45 a 70% dos pacientes" se recuperam.

Em relação à duração do treinamento, Hummel falaarena f12betum período mínimoarena f12betseis a nove meses.

No casoarena f12betPortillo Mazal, o especialista argentino diz a seus pacientes: "Colocamos como meta seis meses antesarena f12betdizer que o tratamento não funciona".

"Digo a eles que, com sorte,arena f12betdois meses eles terão percepções momentâneas. Ouarena f12betrepente sentirão o cheiroarena f12betpão, e olharão e haverá uma padaria."

Motivos

Mas como explicar que inalar algo sem sentir seu odor pode ajudar a recuperar o olfato?

Para entender o motivo, a primeira coisa a lembrar é que o sistema olfativo engloba uma sériearena f12betórgãos, inclusive o cérebro.

"Na parte interna superior do nariz, estão as primeiras células que captam informações, os chamados neurônios receptores olfativos", explica Portillo Mazal.

"A viagem começa aí, e dessa célula a informação vai para o cérebro, onde a primeira parada é o bulbo olfatório, um centro pequeno, masarena f12bettransmissão e comando."

"Dali a informação segue para o resto do cérebro. Uma primeira parada é o cérebro mais primitivo, o das emoções. Outra é na área que permite identificar ou discriminar um cheiro do outro".

"E também vai para uma zonaarena f12betmemória emocionalarena f12betlongo prazo, que é o que faz você sentir o cheiroarena f12betum chocolate e se lembrar daquela primeira vez comarena f12betavó."

Base científica

Uma das chaves que explicam a eficácia da reabilitação é que o sistema olfativo tem uma capacidade extraordináriaarena f12betregeneração.

"Uma característica do olfato que não vemosarena f12betoutros sentidos éarena f12betplasticidade", explica Hummel à BBC Mundo.

"Os neurônios receptores olfatórios estãoarena f12betconstante regeneração".

Junto com esses neurônios receptores, existem também dois tiposarena f12betcélulas.

"As célulasarena f12betsuporte ajudam os neurônios a funcionar corretamente", diz Portillo Mazal.

"E há também as chamadas células basais, que são totipotentes como as famosas células-tronco e que podem ser transformadasarena f12betqualquer uma das outras duas, célulasarena f12betsuporte ou neurônios."

Zara Patel explica que "as células basais produzem novos neurônios receptores olfativos ao longoarena f12betnossas vidas. Ao estimulá-las repetidamente com a exposição a odores, estamos tentando dizer a elas para 'acordarem'."

Juan Manuel Maza

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Juan Manuel Maza: "O olfato é um sentido que também está intimamente ligado ao paladar, e parte dos cheiros pode ser reconhecida com alguns quimiorreceptores na língua"

A estimulação também produz mudanças no cérebro.

"Ao mesmo tempo, acreditava-se que a regeneração ocorria apenasarena f12betneurônios na camada superior interna do nariz", diz Portillo Mazal.

"Mas graças à ressonância funcional, percebeu-se que o cérebro também fica mais ágil, consegue fazer mais com as poucas informações que recebe, então a melhora também se deve à plasticidade ao nível do cérebro".

Maza lembra quearena f12betalguns casos é até possível recorrer a terapias alternativas.

"O olfato é um sentido que também está intimamente ligado ao paladar, e parte dos cheiros pode ser reconhecida com alguns quimiorreceptores na língua que dependemarena f12betoutros nervos que não necessariamente estão danificados."

Portillo Mazal observa que o treinamento olfativo visa melhorar o paladar, assim como o olfato, porque o paladar éarena f12betgrande parte constituído pelo olfato.

"Costumo dizer aos meus pacientes que se eles estão fazendo o exercícioarena f12betcheirar o café, por exemplo, devem fazê-lo duas vezes por dia, ao saborear a bebida".

"Quando você faz exercícios com algo que não pode comer (sabonete, por exemplo) você pode inalar pela boca, segurar por alguns segundos e exalar pelo nariz."

Enigma

Uma das grandes questõesarena f12bettorno do novo coronavírus é por que alguns pacientes recuperam o olfatoarena f12betmenosarena f12betduas semanas, enquanto outros perdem a função por meses.

Pessoas caminhando na ruaarena f12betmáscara

Crédito, Getty Images

Legenda da foto, Algumas pessoas com covid-19 recuperam o olfatoarena f12betmenosarena f12betduas semanas, masarena f12betoutras a recuperação é muito mais complexa

Hummel levanta uma possível explicação.

"O novo coronavírus demonstrou afetar as células da glia", explicou o especialista.

"Trata-se apenasarena f12betuma hipótese, mas pode ser quearena f12betalgumas pessoas apenas essas células morrem, e os restos dessas células causam inflamação que afeta os neurônios receptores. Mas quando a inflamação aguda diminui, os neurônios ainda funcionam".

"Em outras pessoas, por outro lado, a inflamação é tão forte que também mata os neurônios receptores olfativos, tornando a recuperação muito mais longa e difícil."

No caso do levantamento realizadoarena f12bet15 hospitais da Espanha, "na época do estudo, 45% dos pacientes já haviam recuperado o olfato espontaneamente", explica Izquierdo Domínguez.

"Mas há muitos pacientes que estamos atendendo no consultório que apresentam esse sintoma há quatro ou cinco meses e ainda não recuperaram o olfato ou o recuperaram parcialmente."

Não desista

Quatro meses após iniciar o treinamento olfativo, Saulo garante que seu olfato "estáarena f12bet80%".

Ana ainda percebe cheiros estranhos e sente que está "reaprendendo cada cheiro".

Casal cheirando frutas no mercado

Crédito, Science Photo Library

Legenda da foto, "A memória olfativa é um tesouro e às vezes é pouco valorizada", diz Virginia Mata

Virginia admite sentir-se frustrada, "porque o tratamento é um processo lento, mas também há dias bonsarena f12betque percebo uma nota diferente no ar e que me incentiva a continuar".

Quanto a Chrissi Kelly, a fundadora da AbScent perdeu o olfato novamente neste ano por causa da covid-19. E embora ele tenha voltadoarena f12betgrande parte, ela ainda sofrearena f12betparosmia.

O fundamental, para Portillo Mazal, é não desanimar.

"Isso pode levar muito tempo. Não podemos prometer que todos vão melhorar, mas eu não me daria por vencida."

"É preciso tentar, e isso é difícil, conseguir o equilíbrio entre começar o tratamento sem se deixar levar pela ansiedade, sabendo que talvez daqui a alguns meses você perceberá alguma mudança".

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