‘Como descobri que o regimepokerstars gtdFidel Castro conservou o corpo do meu pai por 18 anos':pokerstars gtd

Das centenaspokerstars gtdpessoas que morreram tentando derrubar Fidel Castro na invasão da Baía dos Porcos, ele foi o único cujos restos mortais retornaram aos Estados Unidos para ser enterrado.

Ao contrário do que aconteceu no Vietnã, ou mesmo na Coreia do Norte, Washington nunca reivindicou os corpos dos soldados que enviou a Cuba, muitos dos quais acabarampokerstars gtdvalas comuns ou foram jogadospokerstars gtdpântanos do sul da ilha caribenha.

Ray também foi o único dos invasores mortos que, por alguma estranha razão, o governo Castro nunca deixou "apodrecer": ele decidiu manter seu cadáver intacto, mesmo que apagões e faltapokerstars gtdverba sufocassem o necrotério do Institutopokerstars gtdMedicina Legalpokerstars gtdHavana.

"O cadáverpokerstars gtdmeu pai era uma espéciepokerstars gtdtroféu para Fidel Castro. Como os EUA negaram por décadas que haviam organizado a operação da Baía dos Porcos, Cuba encontrou nele, que era americano, a prova quepokerstars gtda invasão foi orquestrada aqui", relata a filha do militar mortopokerstars gtdentrevista à BBC News Mundo (serviço da BBCpokerstars gtdespanhol).

Por maispokerstars gtdquatro décadas, a CIA (agênciapokerstars gtdinteligência americana) negoupokerstars gtdparticipação na tentativa frustradapokerstars gtdderrubar o regime castrista.

A versão oficial dos Estados Unidos afirmava que se tratavapokerstars gtdum grupopokerstars gtdcubanos ricos que, a partir do sul da Flórida, tentaram libertar o país da ameaça comunista da ainda recente Revolução Cubana.

Reconhecer que Thomas Ray, piloto respeitado da Força Nacional Aérea no Alabama, era um dos seus seria não apenas uma admissãopokerstars gtdculpa pela invasão, mas também da derrota vergonhosa.

"Fidel sempre soube que ele era americano", disse Tomás Ten Acosta, pesquisador do Institutopokerstars gtdHistóriapokerstars gtdCuba e guerrilheiro da Revolução Cubana, à BBC News Mundo. "O piloto ianque foi a prova direta da participação dos Estados Unidos."

'Não me lembro da voz do meu pai'

Não me lembro da voz do meu pai.

Eu me lembro do cheiro dele, me lembro dos gestos que fazia quando comia, como ele olhava para mim... mas não comopokerstars gtdvoz soava. Por mais que tentasse, não me lembropokerstars gtdcomo era.

Eu tinha 6 anos quando ele morreu.

Eu nunca consegui esquecer aquele dia: eu estavapokerstars gtdum recreio na escola, do outro lado da rua onde meus avós moravam no Alabama. Vi um carro escuro e brilhante que paroupokerstars gtdfrente à casa e três homenspokerstars gtdterno escuro saíram.

Quando chegueipokerstars gtdcasa mais tarde, todo mundo parecia estranho.

Saí para brincar e minha mãe me disse para não sair, porque tínhamos algo para conversar.

Pouco depois me disse: aqueles homens vieram informá-la que meu pai havia morrido, que ele havia se afogado: um aviãopokerstars gtdcarga no qual ele estava com outros três pilotos havia caído e eles não conseguiram localizar seus corpos.

Disseram à minha mãe para contar à família, porque logo as notícias apareceriam na imprensa e nós deveríamos estar preparados.

No dia seguinte surgiram as primeiras reportagens, mas ninguémpokerstars gtdminha casa conseguia entender: diziam que meu pai havia morrido trabalhando para cubanos endinheiradospokerstars gtduma invasãopokerstars gtdCuba.

Disseram que era um mercenário. Inclusive colocaram uma fotopokerstars gtdmeu pai com uma "confissão": "Fiz isso para ganhar bastante dinheiro".

Minha família sabia que isso não era verdade. Meu pai não faria algo assim por dinheiro. Era um militar honrado.

Muitos anos depois, passei a ver essas notícias como se eles dissessem: "Vamos caluniar este homem para limparmos nossa barra."

Não havia qualquer sinalpokerstars gtdsimpatia por meu pai.

A partir daquele momento, mesmo que inocentemente, ficou claro para mim que eles haviam quebrado o códigopokerstars gtdlealdade com meu pai. Mas eu não tinha o direitopokerstars gtdfazer o mesmo.

Acho que foi ali que começou minha luta contra Fidel Castro e contra meu próprio governo pela memóriapokerstars gtdPete Ray.

Foi assim que comecei uma missão que duraria 18 anos e sete meses: achar a verdade, trazer seus restos mortais e garantir que ele fosse honradopokerstars gtdseu país.

Estratégia da CIA

Em 15pokerstars gtdabrilpokerstars gtd1961, ao amanhecer, um "enxame"pokerstars gtdaviões cruzou o céu ainda escuropokerstars gtdHavana.

A linhapokerstars gtdfrente, formada por bombardeiros saídos da Nicarágua, começou a lançar explosivos sobre aeroportos militares e pontos estratégicos da capital e da cidadepokerstars gtdSantiagopokerstars gtdCuba.

Enquanto isso, barcos com maispokerstars gtdmil cubanos, com pouco treinamento, mas bastante motivação para derrotar Castro, seguiam pelas águas do Caribe.

A invasão, orquestrada pela CIA durante o governo do presidente Dwight D. Eisenhower, pretendia tomar uma cidade na costa sulpokerstars gtdCuba, criar um governopokerstars gtdtransição e promover uma guerrapokerstars gtdguerrilha que se moveria lenta, maspokerstars gtdforma esmagadora, até os últimos redutospokerstars gtdCastro.

O ataque, segundo documentos que deixarampokerstars gtdser sigilosospokerstars gtd1998, deveria parecer que foi organizado apenas por cubanos insatisfeitos que se exilaram no sul da Flórida.

Um contingentepokerstars gtdreforços militares dos Estados Unidos os apoiaria assim que a invasão começasse: e disseram-lhes que não havia possibilidadepokerstars gtdderrota.

Mas no último minuto, John F. Kennedy, um jovem democrata que herdou com relutância o planopokerstars gtdseu antecessor republicano, se arrependeu no último minuto e não quis que seus militares participassem desses planos.

Das centenaspokerstars gtdfuzileiros navais e tropas dos EUA que estavam programadas para participar da invasão, apenas quatro pilotos e dois aviões decolaram para Cuba naquela manhãpokerstars gtd19pokerstars gtdabril.

Nunca se soube por quepokerstars gtdfato eles voaram.

Horas antes, Kennedy enviou para o Exército ordens para não ajudar os anti-castristas. Assim, os últimos invasores foram derrotados sem muito esforço nos pântanos repletospokerstars gtdmosquitos e jacarés no sulpokerstars gtdMatanzas.

Os dois aviões foram abatidos: um caiu no mar; o outro, pilotado por Pete Ray e Leo Baker, aterrissoupokerstars gtdemergência perto da Austrália Central, no oestepokerstars gtdCuba.

Eles sobreviveram.

Pelo menos à queda do avião.

'Você sabe que não precisa ir, Pete?'

pokerstars gtd Acampamento Happy Valley, Porto Cabezas, Nicarágua. 18pokerstars gtdabrilpokerstars gtd1961

Antespokerstars gtdir dormir, o engenheiropokerstars gtdrádio Bobby Whitley saiu uma última vez para checar os aviões que decolariam no dia seguintepokerstars gtddireção a Cuba.

Segundo contaria anos depois, ele se encontrou com Pete Ray encostado ao ladopokerstars gtdum B-26.

- Você sabe que não precisa ir, Pete?

O colega assentiu.

- Você sabe que provavelmente não vai voltar?

- Eu sei, Bobby, mas só porque meu presidente decidiu esquecer esses caras não me dá o direitopokerstars gtdfazer o mesmo. Não posso fazer isso.

'Esforço para capturá-los vivos'

"O comandante Fernández Mell, que liderou a operaçãopokerstars gtdbusca, fez o máximopokerstars gtdesforço para capturá-los vivos. Não foi possível. Um dos pilotos descobertos, escondido perto da pequena pista do centro, disparou seu revólver curtopokerstars gtd38 canos, sendo morto imediatamente por um tiropokerstars gtdfuzil. O outro, quando descoberto, tentou lançar uma granadapokerstars gtdmão, morrendo instantaneamente devido a vários impactos no peito e no olho direito. O nome deste último era Thomas Willard Ray, o mesmo que 18 anos depois seria oficialmente reivindicado pelo governo dos Estados Unidos a pedidopokerstars gtdseus parentes. O outro piloto foi chamado Frank Leo Baker."

(Do artigo Praia Girón, As operações aéreas da CIA,pokerstars gtdJosé M. Miyar Barruecos. Revista Verde Olivo, 20 d abrilpokerstars gtd1980, pp: 26-38)

Brancopokerstars gtdolhos azuis

"O outro, Leo Baker, não foi conservado porque se pensava que era cubano, por ser mulato,pokerstars gtdpele escura. Mas sobre ele (Ray) não havia dúvidapokerstars gtdque era americano, por ser bastante branco,pokerstars gtdolhos azuis, alto. Então, acredita-se que foi por ordem do comandante que se decidiu congelar seu corpo".

(Tomás Diez Acosta, pesquisador do Institutopokerstars gtdHistóriapokerstars gtdCuba e combatente da Revolução Cubana).

Em buscapokerstars gtdpistas

A medida que fui crescendo, fiquei obcecadapokerstars gtdprocurar qualquer informação que pudesse me levar a meu pai: tirei papéis do lixo que minha mãe jogou fora, fui a bibliotecas, li arquivos, documentos, livros, tudo o que poderia me dar alguma pista.

Lembro que no anopokerstars gtdque John Kennedy foi morto, minha mãe me perguntou: o que você quer no Natal?

Pedi um gravador, que coloquei embaixo do sofá para ativar com uma mola quando eles vieram visitar minha mãe e nos tiraram da sala.

Quando cresci, comecei a contatar a Força Aérea no Alabama e outras pessoas que conheciam meu pai. A maioria deles não falou comigo, mas alguém finalmente me disse: "Ah, ele caiupokerstars gtdCuba quando foi à Baía dos Porcos".

Isso foi como uma primeira pista, uma dicapokerstars gtdque eles sabiam outra coisa.

Na televisão, algum tempo depois, ouvi dizer que Castro libertaria alguns prisioneiros que capturaram na Baía dos Porcos. Quando voltaram para os Estados Unidos, pensei que meu pai também estaria entre eles.

Lembro-mepokerstars gtdassistir à TV olhando para ver se eu via o rosto dele no grupopokerstars gtdhomens que Kennedy recebeu na Flórida. Fiquei rente à tela tentando encontrar o rosto dele entre ospokerstars gtdoutros.

Mas papai nunca chegou.

Quando eu tinha 15 anos,pokerstars gtd1970, comecei a escrever cartas mensais para Fidel Castro para perguntar sobre meu pai. Escrevi maispokerstars gtd200 cartas por nove anos.

Eu nunca recebi uma resposta.

Nas fériaspokerstars gtdverão, quando eu estava na faculdade, viajei com meus amigos para Miami.

Quando eles foram à praia, fui a Little Havana (bairro históricopokerstars gtdcubanos da cidade)pokerstars gtdbuscapokerstars gtdpistas sobre pessoas que conheceram meu pai.

Mas ninguém queria falar comigo. A única coisa que eu consegui foi alguém me dizer que ele havia sido um bom piloto.

Eu nunca entendi por que tanto segredo, por que meu governo fez o que foi possível para que eu não soubesse onde meu pai estava.

Sabia quepokerstars gtdMiami eles tinham informações, que sabiam alguma coisa. Então, eu continuava voltando ali.

Foipokerstars gtduma dessas viagens que alguém me disse que havia rumorespokerstars gtdquepokerstars gtdum necrotériopokerstars gtdHavana havia um corpopokerstars gtdamericano, que havia um cadáver e fotografias dele feitas apóspokerstars gtdmorte.

Heroísmo e napalm

- Você enxerga seu pai como um herói, mas como avalia o fatopokerstars gtdque ele invadiu um país estrangeiro, o bombardeou e até lançou bombapokerstars gtdNapalm?

- Acredito que, no final, meu pai cumpriu seu dever como militar, a serviçopokerstars gtdseu país.

O envelope

Em uma certa manhã,pokerstars gtdabrilpokerstars gtd1979, no 18º aniversário do desaparecimentopokerstars gtdseu pai, Janet Ray ouviu baterem à porta da casapokerstars gtdque morava, na base aéreapokerstars gtdHahn, na Alemanha.

Ela se mudou para lá anos antes depoispokerstars gtdse casar com um piloto militar.

Quando abriu a porta, encontrou um envelopepokerstars gtdPeter Wyden, jornalista com quem havia falado meses antes e que estava escrevendo um livro sobre a invasão da Baía dos Porcos.

Janet caminhou até a rua, procurando a luz mais próxima para ver o que havia dentro.

Abriu o pacote numa misturapokerstars gtdmedo e dúvida.

"Lembro-mepokerstars gtdentrarpokerstars gtdcasa e ligar para um amigo. Pedi que ele me levasse com urgência ao aeroporto. Quando chegamos, o último voo para os Estados Unidos estava cheio. Pedi para falar com o piloto e implorei que ele me levassepokerstars gtdvolta para casa, que meu pai também era piloto, que ele morreu na Baía dos Porcos e que seu corpo estavapokerstars gtdCuba."

"Como não havia espaço, os dois pilotos concordarampokerstars gtdme levar com eles empokerstars gtdcabine. Viajei com apenas US$ 10 no bolso".

Carregava o envelope que havia recebido à noite.

Eles eram fotospokerstars gtdseu pai morto.

Como obter o corpopokerstars gtdvolta

Os sete meses seguintes foram decisivos: por caminhos distintos, Janet Ray tentou se comunicar com o governopokerstars gtdCuba.

Por meiopokerstars gtdum primo jornalista epokerstars gtdsua avó, passou a procurar a ajudapokerstars gtdpolíticos locais.

"Era como estar entre dois incêndios: por um lado, o governo cubano sempre me dava novas condições para me dar o corpo, que eu teria que pagar, que eu teria que ir, que eu teria que dizer isso ou aquilo".

"Por outro lado, a CIA me negava todas as informações. Eles não queriam me dar as impressões digitais do meu pai. Eu tive que encontrar registrospokerstars gtdsua arcada dentária para que o corpo pudesse ser identificado."

Finalmente, análises independentespokerstars gtdCuba e do FBI (polícia federal americana) com impressões digitais e arcada dentária corroboraram a identidade.

O homem que estava no necrotério do Institutopokerstars gtdMedicina Legalpokerstars gtdHavana por 18 anos era Thomas Ray.

Em meio a esforços do governo do democrata Jimmy Carter, o corpo só seria devolvido a seus familiarespokerstars gtd5pokerstars gtddezembropokerstars gtd1979.

O governo cubano enviou o corpo com uma contapokerstars gtdmaispokerstars gtdUS$ 30 mil: as "despesas com a conservação do corpo" por tanto tempo.

Janet Ray nunca acreditou na versão que recebeu e afirma que seu pai foi capturado, torturado e baleado na cabeça à queima-roupa, algo que Havana nega.

"Thomas Willard Ray, conhecido como 'Pete', voou para Cuba para atacar um país estrangeiro. Ele nunca foi preso, nunca foi tratado por nenhum médico e sepokerstars gtdfamília deveria agradecer por alguma coisa, é que, diante da atitude desumana do governo dos Estados Unidos, as autoridades cubanas preservaram e protegeram seu corpo, para quepokerstars gtdalgum momento ele pudesse ser entregue a seus parentes", escreveu o portal oficial Cubadebate,pokerstars gtd2004.

Dois anos depois, Janet Ray venceu uma ação contra Fidel Castropokerstars gtdUS$ 23,9 milhõespokerstars gtdum tribunalpokerstars gtdMiami pela "morte ilícita"pokerstars gtdseu pai e recebeu o dinheiro dos fundos congelados do governopokerstars gtdCuba no início da Revolução liderada por Castro.

O governo cubano renegou o julgamento e o chamoupokerstars gtd"luxúria" e "buscapokerstars gtddinheiro" pela filha do piloto.

A BBC News Mundo pediu a versão atual das autoridades da ilha sobre o caso, mas não obteve resposta.

'Ninguém me impediria'pokerstars gtdver meu pai

Quando trouxerampokerstars gtdvolta o corpopokerstars gtdmeu pai, eu estava grávida e me sentia muito mal naquele dia.

Estava resfriada ou algo assim. Minha família decidiu que não me deixariam ver o cadáver. Mas naquele momento, era algo que ninguém me impediriapokerstars gtdfazer.

Eu sabia que teria que abrir mão da imagempokerstars gtdmeu pai que tinha desde a infância e vê-lo dessa maneira. Eu devia isso a ele.

Além disso, a essa altura, tantas pessoas mentiram para mim, tantas pessoas foram desonestas comigo, que se eu não tivesse visto pessoalmente, não teria acreditado que era ele.

Eu entrei e vi a boca dele estava aberta. Vi os dentes que haviam se partido quando ele era jovempokerstars gtdum jogopokerstars gtdfutebol, as feridaspokerstars gtdquando ele morreu. Eu não tinha dúvidapokerstars gtdque era ele, que meu pai estava pertopokerstars gtdmim novamente.

Eles finalmente vestiram um uniforme militar. Ele tinha ido a Cubapokerstars gtdroupas civis, para que não pudessem identificá-lo como integrante das Forças Armadas dos Estados Unidos.

Escrevi uma longa carta para ele quando voltei da Alemanha e a coloquei no bolso, sobre seu coração.

Eu disse: 'Quero que você saiba que sempre preciseipokerstars gtdvocê e que, se tivesse que procurá-lo novamente por mais 18 anos, faria tudopokerstars gtdnovo, porque você me deu tanto que me ensinou o verdadeiro significado da liberdade. Sempre te amarei".

XII

Em 1974, a CIA entregou a Cruz da Inteligência,pokerstars gtddistinção máxima, para Thomas Ray. Sua família só soube disso muitos anos depois.

Em 1994, Janet Ray escreveu à agênciapokerstars gtdinteligência americana depoispokerstars gtddescobrir que uma das estrelas na entrada do Pentágono (em homenagem aos militares mortospokerstars gtdserviço) era dedicada ao seu pai. A CIA afirmou que a informação era verdadeira, mas no casopokerstars gtdPete Ray, tratava-sepokerstars gtduma "exceção".

A CIA só reconheceriapokerstars gtdparticipação na invasão da Baía dos Porcos, e que Thomas Ray era um dos seus,pokerstars gtd1998.

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