80 anos da Marvel:betpix365 evento esportivoameaçabetpix365 evento esportivofalência a um negócio multibilionário:betpix365 evento esportivo

"A essa altura, os super-heróis já existiam há algumas décadas. Batman, Super-homem e Mulher Maravilha já eram como uma velha guarda", disse Chris Murray, professorbetpix365 evento esportivoestudosbetpix365 evento esportivoquadrinhos da Universidadebetpix365 evento esportivoDundee, na Escócia.

Esse triobetpix365 evento esportivopersonagens havia sido criado pela DC Comics, até hoje uma das duas maiores empresasbetpix365 evento esportivoquadrinhos americanas e maior rival da Marvel, embora existam muitas outras editoras menores.

"O que a Marvel fez na décadabetpix365 evento esportivo1960 foi criar uma gama diferentebetpix365 evento esportivoheróis que mais se assemelhavam a pessoas comuns, porque eram heróis falhos. Personagens como Homem-aranha e Hulk eram motivados por culpa ou raiva", diz Murray.

Depoisbetpix365 evento esportivoganhar seus poderesbetpix365 evento esportivouma aranha radioativa, Peter Parker decide não prender um assaltante que, momentos depois, mata seu tio. O cientista Bruce Banner se torna o Hulk após ser atingido por uma explosãobetpix365 evento esportivouma bombabetpix365 evento esportivoraios gama. A partirbetpix365 evento esportivoentão, ele se transformabetpix365 evento esportivoum monstro verde quando fica furioso.

Mas os personagens e as histórias da Marvel foram alémbetpix365 evento esportivocriar essa identificação com os leitores. Também refletiram mudanças sociais que ocorriam nos Estados Unidos.

"Houve uma ênfasebetpix365 evento esportivoassuntos bastante importantes da época,betpix365 evento esportivojustiça social. Personagens como X-Men e Pantera Negra tratavam da questão do preconceitobetpix365 evento esportivouma nação dividida", diz Murray.

Os mutantes dos X-Men são odiados pela população por nascerem com um gene que lhes confere superpoderes. Trata-sebetpix365 evento esportivouma metáfora do preconceito contra grupos minoritários, como a comunidade LGBT.

Apresentadobetpix365 evento esportivo1966 na HQ do Quarteto Fantástico, o Pantera Negra foi o primeiro super-herói negro a aparecer nas históriasbetpix365 evento esportivoquadrinhos americanas e foi inspirado pelo movimento pelos direitos civisbetpix365 evento esportivoafroamericanos.

Ao longo das décadas, a Marvel Comics sempre se esforçou para ser relevante socialmente. Umabetpix365 evento esportivosuas capas mais famosas, publicadabetpix365 evento esportivo1941, mostra o Capitão América dando um soco no rostobetpix365 evento esportivoAdolf Hitler.

Nos últimos anos, a empresa introduziu personagens mais diversos, como o primeiro Homem-aranha negro, Miles Morales, e Ms. Marvel (Kamala Khan), a primeira muçulmana a terbetpix365 evento esportivoprópria históriabetpix365 evento esportivoquadrinhos na Marvel.

"Esses personagens novos são uma lufadabetpix365 evento esportivoar fresco ao gênero como um todo. Começaram a redefinir o que significa ser um super-herói no século 21,betpix365 evento esportivomaneira semelhante aos heróis que a Marvel apresentou no início dos anos 1960. Eles desafiam convenções e estereótipos", diz Murray.

Também existem personagens como Hulkling e Wiccano, dos Jovens Vingadores, que estãobetpix365 evento esportivoum relacionamento gay - e foram o centro da polêmica envolvendo a ordem do prefeito do Rio, Marcelo Crivella,betpix365 evento esportivorecolher na Bienal a HQbetpix365 evento esportivoque eles aparecem se beijando - e Pó, dos X-Men, que é afegã e usa um niqab.

E há a Garota Esquilo, uma estudantebetpix365 evento esportivociência da computaçãobetpix365 evento esportivotem uma cauda, ​​pode mastigar madeira e controlar um exércitobetpix365 evento esportivoesquilos. Doreen Green fezbetpix365 evento esportivoprimeira apariçãobetpix365 evento esportivo1991 e hoje tembetpix365 evento esportivoprópria série.

"De certa forma, trabalhar para a Marvel foi melhor do que eu esperava, porque ninguém tinha muitas expectativas sobre a HQ da Garota Esquilo, é uma coisa estranha. Não havia muitas regras. Acho que muitas pessoas gostarambetpix365 evento esportivover uma personagem que se não parecia com um super-herói tradicional", diz Erica Henderson, que desenhou as primeiras 37 edições da série.

Até agora, esses personagens mais diversos não apareceram nos filmes da Marvel, mas há planosbetpix365 evento esportivoadaptar a Ms. Marvel para a TV no novo serviçobetpix365 evento esportivostreaming da Disney.

'Uma válvulabetpix365 evento esportivoescape'

Murray diz que os maiores sucessos da Marvel sempre foram personagens assim, um pouco diferentes ou "estranhos". Isso teve impactobetpix365 evento esportivoleitores como Seb, que tem 26 anos e começou a ler os quadrinhos da Marvel com a HQ Wolverine vs. Deadpool quando era mais novo.

"Eu fui um pária quando criança. Também não era muitobetpix365 evento esportivoler. Mas gosteibetpix365 evento esportivoquadrinhos, porque me davam uma representação visual da históriabetpix365 evento esportivominha mente exatamente como eu precisava."

Foi com Deadpool, que usa linguagem inapropriada e frequentemente conversa com o leitorbetpix365 evento esportivovezbetpix365 evento esportivocom os personagens com quem compartilha a página, que Seb se conectou mais.

"Tudo parecia fazer sentido. Era um mundo que eu entendiabetpix365 evento esportivocomparação com o mundobetpix365 evento esportivoque estava vivendo. O universo da Marvel era uma válvulabetpix365 evento esportivoescape".

Mas todo esse universo poderia ter sido perdido quando a Marvel enfrentou sérios problemas financeiros nos anos 1990.

"A indústriabetpix365 evento esportivoquadrinhos estava supervalorizada há anos. Os colecionadoresbetpix365 evento esportivoquadrinhos compravam várias cópiasbetpix365 evento esportivoedições, acreditando que seriam valiosas dentrobetpix365 evento esportivo10 a 20 anos, estavam investindo", diz Murray.

A primeira aparição do Homem-aranha, na edição nº 15betpix365 evento esportivoAmazing Fantasy de 1962, chegou a ser vendida por US$ 1,1 milhão e as HQs com as estreiasbetpix365 evento esportivopersonagens como X-Men, Homembetpix365 evento esportivoFerro e Hulk foram vendidas por centenasbetpix365 evento esportivomilharesbetpix365 evento esportivodólares.

Mas não foi assim com os quadrinhos publicados na décadabetpix365 evento esportivo1990, porque a Marvel e outras empresas do ramo estavam imprimindo milhõesbetpix365 evento esportivocópiasbetpix365 evento esportivoseus títulos. O relançamento dos X-Menbetpix365 evento esportivo1991 teve, por exemplo, cinco capas diferentes, nenhuma das quais se tornaria rara.

Murray acrescenta que a Marvel também assumiu riscos ao entrar no negóciobetpix365 evento esportivobrinquedos e merchandising, o que não deu frutos na época. Isso a levou a vender os direitos para o cinema do Homem-aranha para a Sonybetpix365 evento esportivo1999 por apenas US$ 7 milhões, algo que a empresa tem lutado para reverter.

Hoje, o futuro da Marvel parece estar mais nas telas (Pantera Negra foi indicado ao Oscarbetpix365 evento esportivoMelhor Filmebetpix365 evento esportivo2019) do que nas páginas impressas.

Recentemente, a empresa anunciou dez novos filmes e oito sériesbetpix365 evento esportivoTV para o serviçobetpix365 evento esportivostreaming Disney+.

O futuro dos quadrinhos da Marvel

Mas isso não significa que não haverá mais 80 anosbetpix365 evento esportivohistóriasbetpix365 evento esportivoquadrinhos tradicionais, impressas e digitais.

Murray diz que, quando a Marvel começoubetpix365 evento esportivoempreitada cinematográfica, ficou claro que as pessoas por trás dos filmes haviam estudado o que havia feito o universo das HQ funcionar tão bem.

"Quando Nick Fury aparece no final do primeiro filme do Homembetpix365 evento esportivoFerro e pergunta a Tony Stark se ele ouviu falar dos Vingadores, os leitoresbetpix365 evento esportivoquadrinhos sabem para onde aquilo tudo está indo", diz ele.

"Acho que o sucesso dos filmes da Marvel nas últimas décadas está intimamente ligado aos 80 anosbetpix365 evento esportivohistórias da Marvel, àbetpix365 evento esportivovasta experiênciabetpix365 evento esportivocontá-las e ao desenvolvimentobetpix365 evento esportivoseus personagens."

Henderson concorda: "Tudo se deve a essas histórias originais".

Murray admite que os resultadosbetpix365 evento esportivovendasbetpix365 evento esportivorevistasbetpix365 evento esportivoquadrinhos "não são mais o que eram antes", mas acredita que há pouca chancebetpix365 evento esportivoelas desaparecerem.

"As HQs permanecem culturalmente significativas e relevantes. As pessoas gostambetpix365 evento esportivoconsumir histórias desta forma. Acho que sempre existirão, e tenho certeza que, enquanto houver históriasbetpix365 evento esportivoquadrinhos, a Marvel terá uma participação importante nesse mundo."

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