Como Stan Lee, que morreu aos 95, teve a ideiaesporte sortecriar o Homem-Aranha:esporte sorte
esporte sorte Seus heróis tinham poderes extraordinários, mas também doresesporte sortecabeça do dia-a-dia.
O homem por trásesporte sorteroteiros fantásticos, com pitadasesporte sorterealidade - uma fórmula revolucionária no mundo dos quadrinhos - foi o americano Stan Lee, que morreu nesta segunda-feira aos 95 anos.
Hulk, o Homemesporte sorteFerro, o Demolidor e o Quarteto Fantástico foram alguns dos frutosesporte sortesua imaginação fértil e carreira prolífica.
Em 2012, durante entrevista à BBC, Lee deu uma amostraesporte sorteseu processo criativo ao contar como nasceu o Homem-Aranha, um ícone da cultura pop.
"Eu estava sentado, tentando pensaresporte sorteuma ideia e vi uma mosca se arrastando na parede. Pensei: caramba, não seria legal se tivesse um herói que pudesse se movimentar pelas paredes como uma mosca?", lembrou Lee.
Convencido dos atributos do heróiesporte sortegestação, o artista precisava então batizá-lo.
"Penseiesporte sorte'Homem Voador', mas não soou dramático o suficiente. 'Homem Inseto'? Não. Fiz uma lista e então cheguei a 'Homem Aranha'. De alguma forma, assim soou um pouco mais amedrontador, mais impressionante".
"Queria que ele fosse um adolescente, um cara diferente. Não um coadjuvante: ele seria o herói. Percebi que não o deixaria muito bonito, não tão bem sucedido com as garotas. Ele não tem muito dinheiro, na verdade ele não tem dinheiro o suficiente. É um órfão que vive com seus tios. Queria que a garotada pudesse se identificar com ele".
Logo, o nerd Peter Parker foi transformado e ganhou poderes que o faziam se arrastar pelos arranha-céusesporte sorteNova York. Mas isso não fez desaparecer como mágica seus obstáculosesporte sortecasa ou com as namoradas.
"Só porque ele é um herói e tem superpoderes, não significa que não tenha problemas", disse Stan Lee à BBC.
Mas afinal, quais foram as dores e as delícias da biografiaesporte sorteLee, o paiesporte sorteHulk e do Homem-Aranha?
Talento precoce, projeto autoral tardio
Nascidoesporte sorte1922esporte sorteNova York, filhoesporte sorteimigrantes judeus com origem na Romênia, Stan Lieberman conseguiu jovem um emprego na Timely Publications - uma empresa no ramo editorialesporte sortepropriedadeesporte sorteum parente e que, capítulos depois, se tornaria a Marvel Comics.
Ele foi designado para o setoresporte sortequadrinhos e, graças ao seu talento, foi alçado ao cargoesporte sorteeditor aos 18 anos.
Por maisesporte sorte20 anos, ele trabalhou com históriasesporte sortecrime, tramas no faroeste e qualquer outro formato que pudesse saciar o apetiteesporte sortejovens leitores.
Palavras com maisesporte sorteduas sílabas eram desencorajadas; personagens só podiam ser bons ou ruins - era preto no branco, sem tonsesporte sortecinza.
Lieberman se via tão envergonhado por o que estava escrevendo que se recusava a colocar o nome real na autoria dos trabalhos. Ele assumiu seu "nome bobo", Stan Lee, que posteriormente seriaesporte sorteassinatura oficial.
Quando tinha 40 anos, Lee decidiu que era velho demais para o mundo dos quadrinhos. Sua esposa, Joan, sugeriu que ele não tinha nada a perder e deveria escrever histórias que ele realmente queria criar.
Depois que a rival DC Comics surgiu com um time composto por Batman, Super-Homem e Mulher Maravilha, a Timely precisava reagir.
A respostaesporte sorteLeeesporte sorte1961 foi o Quarteto Fantástico: uma equipeesporte sorteastronautas que ganhou poderes após ser bombardeada com raios cósmicos.
Eles mudariam a vidaesporte sorteLee e a indústria dos quadrinhos para sempre. As cartasesporte sortefãs apareceram e começaram a se amontoar. Nasceram personagens e um novo nome para aquela empresa familiar: ela agora se chamava Marvel Comics.
Sucessoesporte sortebilheteria nas telonas
Hulk, Thor, o Homemesporte sorteFerro e outros heróis lutaram com problemas como abusoesporte sortedrogas, fanatismo e desigualdade social.
Na vida real, Lee fez questãoesporte sortedar crédito aos artistas responsáveis pelos desenhos nos quadrinhos. Jack Kirby, Frank Miller, John Romita e outros foram cultuados por obras com suas digitais.
No auge, a Marvel vendia 50 milhõesesporte sortecópias por ano. Até se aposentar da ediçãoesporte sorte1971, Lee escreveu todos os textos das capas da empresa.
Em 1999,esporte sorteempresa Stan Lee, criada com o objetivoesporte sorteconjugar os quadrinhos com a internet, deu incrivelmente errado. Lee foi à falência e seu sócio foi preso por fraude.
Em 2001, porém, ele começou uma nova empresa chamada POW! Entertainment, que passou a produzir filmes e programasesporte sorteTV.
Suas criaçõesesporte sortedécadas estão tinindoesporte sortepoder nas telonas. X-Men, Hulk, Homemesporte sorteFerro e o Quarteto Fantástico ganharam tratamento hollywoodiano.
O Homem-Aranha protagonizou um grande sucessoesporte sortebilheteria, com o originalesporte sorte2002 eesporte sortesequênciaesporte sorte2004 arrecadando quase US$ 1,6 bilhãoesporte sortevendasesporte sorteingressosesporte sortetodo o mundo.
Mais recentemente, os três filmes do Capitão América, estrelados por Chris Evans, arrecadaram US$ 2,24 bilhões nas bilheterias mundiais. O Homemesporte sorteFerro, representado por Robert Downey Jr, conseguiu US$ 2,4 bilhões. O apelo da Marvel foi certeiro.
De quebra, os fãs ficaram encantadosesporte sortever as breves apariçõesesporte sorteLeeesporte sortequase todos os filmes da Marvel.
O poder dos poderes: a sorte
Nos últimos anos, o roteirista lamentou a deterioração da visão - o que o impediaesporte sorteler os gibis com os quais fez seu nome.
À radio Times, ele disse que a capacidadeesporte sorteler era o que mais sentia falta no mundo.
Na ocasião, ele apontou também aquele que considerava ser o poder dos poderes: a sorte.
Ele disse: "Toda vez que vou a um evento dedicado aos quadrinhos, pelo menos um fã me pergunta: 'Qual é o maior superpoderesporte sortetodos?'. Eu sempre digo que é a sorte, porque se você tiver boa sorte, a maior superpotência, tudo segue o seu caminho".