Suicídio: 'O estranho que evitou que eu me matasse na estaçãorobo greenbetstrem':robo greenbets
robo greenbets "Decidi que meu último diarobo greenbetsvida robo greenbets seria 24robo greenbetsmarçorobo greenbets2017."
A britânica Liv Pontin conta que vinha pensando sobre o assunto havia algum tempo, após perder o emprego e enfrentar problemasrobo greenbetssaúde mental, que a levaram a ser internadarobo greenbetsum hospital.
"Pensava que não tinha futuro. Se não podia trabalhar, não tinha mais qualquer utilidade para ninguém."
No dia marcado, ela chegou a pedir ajuda. Foi a um médico e contou sobre o que passava emrobo greenbetscabeça. Mas não foi o bastante.
"Quando você chegarobo greenbetscasa e percebe que nada mudou, isso acaba com seu último fiorobo greenbetsesperançarobo greenbetsque as coisas vão melhorar."
Naquela noite, ela não jantou, o que contribuiu para intensificarrobo greenbetscrise. "Quando não como, minha cabeça fica muito confusa. E isso potencializa os pensamentos suicidas", diz.
"Estava exausta. Minhas energias haviam sido sugadas por pensar tanto sobre a vida. Simplesmente não queria mais lutar."
Liv afirma ser comum achar que pessoas que contemplam suicídio não levamrobo greenbetsconsideração o impacto que isso terá sobre outras pessoas.
Mas,robo greenbetsseu caso, ela queria explicarrobo greenbetsdecisão à família. Por isso, escreveu duas cartas, "uma para o meu pai, para dizer o quanto o amo e que ele é maravilhoso". A outra era para "pedir desculpas" ao condutor do trem que causaria, involuntariamente,robo greenbetsmorte - pois ela tinha optado por se jogar na frenterobo greenbetsum trem.
"Não achava que eles ficariam traumatizados, mas com raiva. Não queria que me odiassem por fazer isso. Escrevi uma carta para explicar isso e coloquei no meu bolso."
Ela saiu entãorobo greenbetssua casa e foi caminhando até a estaçãorobo greenbetstremrobo greenbetssua cidade.
"Quando você pensarobo greenbetsalguémrobo greenbetsum estado suicida, imagina algo bem dramático. Mas são as coisas pequenas que te afetam mais, como andar pela rua e pensar: 'Não passarei mais por aqui'. Ou 'não vou ver meu pairobo greenbetsnovo, não vou ver meu irmãorobo greenbetsnovo'."
'Foi uma questãorobo greenbetssegundos'
Enquanto Liv aguardava na plataforma do trem, do outro lado surgiam as luzes do trem que fazia a rota entre Brighton, na costa sul da Inglaterra, e Bedford ao norterobo greenbetsLondres. O condutor era Ashley John, que estava no seu segundo dia operando essa linha, após passar um ano fazendo treinamento e estágios.
"Estava dirigindo, olhando pela janela, quando notei que havia algo errado", conta Ashley.
"De repente, apareceu, do nada, um rosto. Apertei a buzina, rapidamente."
Na plataforma, Liv se preparava para o ato derradeiro.
"Fiquei parada ali, esperando e olhando, como se estivesse paralisada. Lembro apenas que estava com muito frio." Mas ao ouvir a buzina, ela mudourobo greenbetsideia.
"Foi uma questãorobo greenbetssegundos. Aquilo me fez não dar o último passo [da plataforma para o trilho]."
Assustada, Liv saiu correndo. "Àquela altura, quando percebi que não tinha conseguido fazer o que pretendia, pensei: 'Não sei o que fazer agora, porque ele me viu'."
Uma conversa franca
Ashley parou na estação, e fez um anúncio aos passageirosrobo greenbetsque o trem aguardaria alguns minutos ali.
"Estava um preocupado. Eu acreditava que não havia atingido a pessoa, mas fiquei esperando para ter certeza. Felizmente, Liv estava caminhando na plataforma."
Ele foi atrás dela e a chamou. "Ela estavarobo greenbetschoque. Perguntei se estava bem e ela se virou. Começamos a conversar."
"Só me lembro dele tentando me confortar", conta Liv.
Ashley fez algumas perguntas, tentando descobrir o que estava acontecendo e por quê.
"Ele me questionou bastante sobre minha família e meu pai, me disse que tinha um filho, contou que havia trabalhado como bombeiro e como tinha visto uma situação assimrobo greenbetsoutra perspectiva e o impacto que isso pode ter", diz Liv.
O condutor se lembrarobo greenbetsque a conversa durourobo greenbetscinco a dez minutos, e que Liv foi bem franca e contou a ele os motivos pelos quais estava ali.
"Talvez ela não tivesse conseguido expressar aquelas coisas para seus amigos e familiares. Pensei na hora: 'Espero que isso ajude'."
Liv se recorda que Ashley estava muito calmo e demostrava genuinamente estar preocupado com ela.
"Isso faz uma enorme diferença quando uma pessoa passa por uma crise. Encontrar uma pessoa tão gentil e genuína te dá um poucorobo greenbetsesperançarobo greenbetsnovo. Naquela noite, ele salvou minha vida."
O reencontro
Liv voltou para casa, e Ashley seguiu seu caminho. Depois daquela noite, eles nunca haviam se visto - até que o programa Victoria Derbyshire, da BBC, promoveu o reencontrorobo greenbetsambos, 18 meses depois.
No trem, indo ao encontrorobo greenbetsAshley, Liz disse que gostariarobo greenbetsaproveitar a oportunidade para agradecer o condutor e lhe dizer o quanto seu gesto a ajudou. "Não sei o que ele sente quanto a isso."
Já Ashley disse ter curiosidade para saber o que aconteceu com Liv desde então.
"Penso sempre nisso, especialmente quando estou na região onde nos conhecemos. Estou aqui para saber comorobo greenbetsvida mudou e o querobo greenbetspositivo ela fez a partir disso."
Liv aguardava por Ashley sentadarobo greenbetsum bancorobo greenbetsuma plataforma quando o condutor chegou. Eles deram primeiro um longo abraço para só então trocar as primeiras palavras.
Ashley começou perguntando como Liv estava. "As coisas tem ido bem nos últimos meses", ela respondeu. "Tenho ajudado a polícia com treinamentosrobo greenbetscomo lidar alguémrobo greenbetsuma crise mental."
O condutor explica que não estava acostumado a lidar com situações como aquela e reagiu da forma como pensava ser melhor e quis ouvir o que Liv tinha a dizer.
"Isso foi muito bom. Quando alguém para e interage com vocêrobo greenbetsmeio a uma crise, você volta para o momento presente. Pensava que você ia me odiar, que todo mundo ia me odiar, me julgar", disse ela.
Ashley disse então: "Quando você estárobo greenbetsuma situação assim, pode ser que pense isso, mas há muitas pessoas por aí com quem você pode falar".
Liv explicou querobo greenbetsfamília é algo muito importante para ela, especialmente depoisrobo greenbetsperderrobo greenbetsmãe. "Não quero nunca que meu pai ou meu irmão passem por algo assim, mas às vezes eu precisorobo greenbetsajuda para me lembrar disso."
'Ele é uma pessoa incrível'
O condutor contou que, sempre que passa pela estaçãorobo greenbetsque conheceu Liv, olha para ver se a vê na plataforma. "Masrobo greenbetsuma forma boa", esclareceu.
Liv disse que uma das coisas mais estranhas sobre tudo que aconteceu foi o fatorobo greenbetsuma pessoa desconhecida a ter visto no "pior momentorobo greenbetssua vida".
"São duas pessoas que não sabem nada uma sobre a outra, você vê o lado mais pessoal e privadorobo greenbetsalguém e depois nunca mais a encontra. Sou muito grata por ter recebidorobo greenbetsajuda naquela noite", disse ela.
"Eu também", respondeu Ashley.
De voltarobo greenbetscasa, Liv refletiu sobre o reencontro. "Foi bom poder revê-lo e abraçá-lo. Ashley é um ser humano incrível e merece todo o crédito por isso."
Porrobo greenbetsvez, o condutor disse ter ficado feliz pelo fato do episódio ter levado a uma "mudança drástica" na vidarobo greenbetsLiv: "É muito bom saber que ela está ajudando a si mesma e aos outros".