A marca que a inquisição deixou na genéticaaposta esportiva para presidentepopulações da América Latina – inclusive do Brasil:aposta esportiva para presidente
No entanto, um novo estudo demonstra não apenas que muito mais judeus convertidos viajaram ao continente americano do que se pensava, mas também a marca genética que deixaramaposta esportiva para presidentemuitos latino-americanos.
"Na atualidade, a população da América Latina apresenta uma maior afinidade com o perfil genético dos judeus sefarditas que os espanhóis", disse à BBC Mundo o pesquisador Juan Camillo Chacón Duque, especialistaaposta esportiva para presidentegenética populacional e principal autor do estudo publicado na revista científica Nature Communications.
O cientista, que também teve o DNA analisado, encontrou resultados surpreendentes sobre os próprios ancestrais.
Migração
Os pesquisadores estudaram os genomasaposta esportiva para presidentemaisaposta esportiva para presidente6,5 mil pessoas que moramaposta esportiva para presidenteáreas urbanasaposta esportiva para presidentecinco países do continente americano: Brasil, Colômbia, Chile, México e Peru. E compararam os dados com outras 2,3 mil pessoasaposta esportiva para presidenteoutras partes do mundo.
O resultado foi surpreendente: 23% dos latino-americanos que tiveram o DNA analisados têm como ancestrais judeus que, na época da inquisição, se converteram ao cristianismo.
"Esse resultado sugere que houve uma migração significativaaposta esportiva para presidentepessoas com esse perfil genético para a América Latina", diz Chacón Duque, que realizou o estudo na University College London, no Reino Unido. Atualmente, Duque é pesquisador do Museuaposta esportiva para presidenteHistória Natural da capital britânica.
Diferenças entre populações
"99,9% do genomaaposta esportiva para presidentetodos os seres humanos é igual, mas esse 0,1%aposta esportiva para presidentevariação representa 3 milhõesaposta esportiva para presidentebases ou letrasaposta esportiva para presidentecódigo genético, ou seja, uma grande quantidadeaposta esportiva para presidenteinformação", diz Duque.
Como muitas populações humanas se mantiveram isoladas umas das outras durante longos períodos ao longo da evolução da nossa espécie, elas tiveram tempoaposta esportiva para presidenteacumular mutações no seu DNA, explicou o cientista.
"Portanto, o que fazemosaposta esportiva para presidentematériaaposta esportiva para presidentegenéticaaposta esportiva para presidentepopulações é tentar estabeleceraposta esportiva para presidenteonde vieram essas mutações no código genético das diferentes populações humanas, para poder entender como elas se relacionam geneticamente."
"Neste estudo, utilizamos centenasaposta esportiva para presidentemilhares dessas mutações para compararaposta esportiva para presidentemaneira muito detalhada e precisa os perfis genéticos dos latino-americanos com osaposta esportiva para presidentediferentes populações ao redor do mundo."
Identidade genética com judeus sefarditas
A análise dessas variações permitiu a Chacón Duque e seus colegas estabelecer um vínculo genético entre a população atual da América Latina e os judeus que se converteram ao cristianismo durante os anos da inquisição.
O pesquisador colombiano trabalhou com colegasaposta esportiva para presidentetodos os países que tiveram amostras analisadas. E usou sofisticados métodos computacionais desenvolvimentos por Garrett Hellenthal, professor da University College London.
"Maisaposta esportiva para presidente23% dos latino-americanos estudados têm alta afinidade genética com populaçõesaposta esportiva para presidentediferentes locais do Mediterrâneo", diz Chacón Duque.
"E a afinidade maior é com uma população da Turquia que se identifica como judia sefardita e que descende dos judeus que foram expulsos da Espanha", explica.
Segundo o pesquisador, esse resultado mostra que "muitos judeus conversos conseguiram viajar para a América Latia na época da colonização e disseminaram essa genética."
Herança antiga
"Com nossos métodos estatísticos e a grande quantidadeaposta esportiva para presidenteinformação genética que obtivemos, pudemos definir o quão antiga é essa contribuição genética", diz Chacón Duque.
"Sabemos também, a nível histórico, que houve muitas migrações clandestinasaposta esportiva para presidentejudeus conversos que provavelmente queriam seguir praticando aaposta esportiva para presidentefé e evitar a perseguição no seu paísaposta esportiva para presidenteorigem", acrescenta.
Mas alguns documentos, como o diárioaposta esportiva para presidenteLuisaposta esportiva para presidenteCarvajal, um judeu converso que viveu no México, demonstram que a Inquisição estendeu seus tentáculos até a América Latina. Carvajal eaposta esportiva para presidentefamília foram torturados e queimados vivos. A herança dos judeus conversos coincide, alémaposta esportiva para presidentetudo, com a chegada dos espanhóis ao continente americano.
Diversidade
Chacón Duque esclarece que, embora 23% dos milharesaposta esportiva para presidentelatino-americanos que participaram da pesquisa tenham identidade genética com judeus conversos, não é possível generalizar esse percentual para toda a América Latina.
"Eu, pessoalmente, como geneticista e latino-americano, diria que é quase impossível fazer uma generalização deste tipo com uma amostraaposta esportiva para presidente6,5 mil pessoas."
A principal razão, segundo o cientista, é que as amostras foram coletadasaposta esportiva para presidentecentros urbanos e não refletem a diversidade das populaçõesaposta esportiva para presidentezonas periféricas, rurais ou costeiras.
"A população da América Latina é muito diversa quanto aos processosaposta esportiva para presidentemiscigenação e,aposta esportiva para presidentecada região, a história pode ser muito diferente", afirma.
"Por exemplo, a costa pacífica colombiana tem uma alta ancestralidade africana e é muito pouco provável que ali haja herançaaposta esportiva para presidentejudeus sefarditas."
Os ancestrais do cientista
O estudo trouxe resultados surpreendentes sobre os ancestrais do próprio Chacón Duque.
O pesquisador trabalhava num laboratório da Universidadeaposta esportiva para presidenteAntioquia quando foram coletadas amostrasaposta esportiva para presidenteparticipantes colombianos.
"Eu cumpria todos os critérios para ter a amostra coletada. Era colombiano e meus ancestrais eram colombianos por gerações", diz.
"Acabei participando e, no final das contas, eu também tenho ancestrais sefarditas. Tenhoaposta esportiva para presidente10% a 15% dessa ancestralidade na minha genética", afirma.
Tamanho do nariz
O estudo publicado na revista Nature Communications é parteaposta esportiva para presidenteum projeto mais amploaposta esportiva para presidenteanálise genética chamada Candela (Consórcio para a Análise da Diversidade Latino-americana).
O projeto, liderado pelo cientista colombiano Andrés Ruiz Linares, busca caracterizar a diversidade da população da América Latina a nível morfológico ouaposta esportiva para presidenteaparência física.
Além do vínculo com os judeus conversos, Chacón Duque e seus colegas constataram diferenças no formato do narizaposta esportiva para presidentelatino-americanos com ancestrais provenientesaposta esportiva para presidentediferentes grupos indígenas.
Os cientistas coletaram amostras genéticasaposta esportiva para presidentepopulações do norte, centro e sul do Chile e também dos Andes- na Bolívia e Peru.
"No centro do Chile, há uma ancestralidade mapuche, que são indígenas que habitavam zonas mais ao sul que os indígenas dos Andes bolivianos e peruanos e do norte do Chile", diz Duque.
"As pessoas que têm ancestralidade maior relacionada aos aymaras e quéchuas, nos Andes, têm nariz mais perfilado e menos achatado que as com ancestralidade mapuche", explica
A causa dessas diferenças é desconhecida, mas há uma hipótese.
"Estudos anteriores apresentaram a hipóteseaposta esportiva para presidenteque essa diferença física se dáaposta esportiva para presidentedecorrência da adaptação a diferentes climas", afirma.
"De alguma maneira, ter um nariz com fossas nasais mais estreitas, como é o caso do nariz perfilado e com protrusão maior das populações andinas, é mais favorávelaposta esportiva para presidenteterras altasaposta esportiva para presidenterelação ao nível do mar, porque permite aquecer e umedecer o ar inaladoaposta esportiva para presidentemaneira mais eficiente que as narinas amplasaposta esportiva para presidentequem tem nariz mais achatado."
A história contada pela genética
O projeto Candela é uma das maiores análises genéticas da população da América Latina e deve produzir novas publicações e surpresas.
"O que mais me emociona é que o DNA pode revelar novas informações sobre eventos importantes, como a migração dos judeus conversos, que poderiam ficar ocultas para sempre", ressalta Javier Mendoza Revilla, outro autor do estudo.
Tanto no caso dos judeus conversos como no da ancestralidade indígena, algo está claro, segundo o pesquisador.
"Enquanto os registros escritos podem ser destruídos ou alterados, o mesmo não pode ser feito com o DNA."
A história da América Latina está escritaaposta esportiva para presidenteseus genes.
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