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Estoicismo, a filosofiaspotlight bet2 mil anos cada vez mais usada como receita para sobreviver ao caos:spotlight bet
spotlight bet Em 1965, durante a guerra entre Estados Unidos e Vietnã, o piloto da marinha americana James Stockdale foi abatido ao sobrevoar o país inimigo. O jovem não sabia que passaria sete anos como prisioneirospotlight betguerra dos vietnamitas. E que um filósofo que vivera na Grécia no século 1º se tornaria seu grande mestre e amigo, ajudando-o a suportar sofrimentos inimagináveis.
O filósofo chama-se Epiteto e,spotlight betfilosofia, estoicismo. No trecho abaixo, extraído do livro "Stockdale on Stoicism", o ex-piloto conta como os ensinamentos dessa escola filosófica o confortaram durante os longos anos no cativeiro:
"Tudo o que sei sobre Epiteto eu próprio pratiquei ao longo dos anos", escreveu Stockdale,spotlight bettradução livre. "Ele estevespotlight betcombate comigo, teve as pernas acorrentadas junto comigo, passou meses com os olhos vendados, esteve prestes a desistirspotlight bettudo, junto comigo."
"Ele me ensinou que o negócio é manter o controle sobre meu propósito moral. Na verdade, (ele me ensinou) que eu sou o meu propósito moral. Ele me ensinou que sou totalmente responsável por tudo o que faço e digo. E que sou eu quem decide e controla minha própria destruição e minha própria libertação."
Na matéria a seguir, três especialistasspotlight betestoicismo ouvidos pelo programa Forum, do BBC World Service, apresentam,spotlight betlinguagem simples, algumas das ideias centrais do pensamento estóico. E nos oferecem um guia prático para mantermos a calma no meio do caos.
O manualspotlight betEpiteto
Antesspotlight betpartir para a guerra, Stockdale, que fazia mestrado na Universidade Stanford, na Califórnia, ganhouspotlight betpresentespotlight betseu professorspotlight betfilosofia um pequeno livrospotlight betintrodução ao estoicismo.
"O que é que um aviador naval, tomadorspotlight betMartini e jogadorspotlight betgolfe, vai fazer com um livro desses?", se perguntouspotlight betseguida.
Anos mais tarde, entrevistado pela filósofa americana Nancy Sherman, Stockdale disse que, quando viajava a bordo do porta-aviões Ticonderoga, no rio Mekong, no sul do Vietnã, acabou memorizando o livreto.
Ele contou que, ao ser abatido, teria pensado : "Não saio daquispotlight betmenosspotlight betcinco anos e estou deixando para trás o mundo da tecnologia para entrar no mundospotlight betEpiteto."
"Espotlight betfato, Epiteto foispotlight betsalvação", diz a filósofa à BBC. "Essa ideiaspotlight betvocê minimizar o que está fora do seu controle, mesmo sob tortura, mesmo durante dois anos e meiospotlight betprisão solitária... Para ele, estar na prisão teve um lado bom: possibilitou que ele aprendesse a utilidade do estoicismo. Mesmospotlight betmomentosspotlight betque ele considerou seriamente o suicídio - como esse trecho do livro sugere".
Estoicismo: A calma no meio do caos
Como viver uma "boa vida"spotlight betum mundo imprevisível? Como fazer o melhor dentro das nossas possibilidades aceitando, ao mesmo tempo, o que está fora do nosso controle?
Essas são as questões centrais do estoicismo, filosofia criada há maisspotlight bet2 mil na qual cada vez mais pessoas buscam, hoje, antídotos para as dificuldades da vida contemporânea.
O estoicismo pregava o valor da razão, propunha que emoções destrutivas eram resultadospotlight beterros na nossa formaspotlight betver o mundo e oferecia um guia prático para nos mantermos resolutos, fortes e no controle.
A escola estóica teve profunda influência na civilização grecoromana e, por consequência, no pensamento ocidental como um todo - e foi mais além. Ela está presente no cristianismo, no budismo e no pensamentospotlight betdiversos filósofos modernos, como o alemão Immanuel Kant, alémspotlight better influenciado a técnica contemporâneaspotlight betpsicoterapia chamada Terapia Cognitivo-Comportamental.
Hoje, adeptos ou curiosos podem "passar uma semana vivendo como estóicos", participarspotlight betconferências, integrar gruposspotlight betestóicos no Facebook, ouvir podcastsspotlight bettodos os cantos do mundo, comprar livros sobre o tema e aprender como as práticas e o pensamento estóico podem ser aplicados nos esportes, nos negócios e na política.
Três pérolasspotlight betsabedoriaspotlight betEpiteto - escolhidas por filósofos entrevistados pela BBC
spotlight bet 1. "Se devo morrer, morrerei quando chegar a hora. Como, ao que me parece, ainda não é a hora, vou comer porque estou com fome."
"O que Epiteto está querendo dizer aqui é que "o que tiverspotlight betser será. Mas se não tenhospotlight betlidar com isso agora, vou fazer outra coisa". Massimo Pigliucci, filósofo italiano e praticante do estoicismo hoje.
spotlight bet 2. "Você não é aquilo que finge ser. Então, reflita e decida: isso é para você? Se não for, esteja pronto para dizer: para mim, isso é nada. E deixe o assuntospotlight betlado."
"Deixe para trás as coisas que não estão sob o seu controle e tente trabalhar duro naquilo que você pode controlar." Nancy Sherman, filósofa americana que estuda a influência do pensamento estóico sobre a ética militar.
spotlight bet 3. "Não espere que o mundo seja como você deseja, mas sim como ele realmente é. Dessa forma, você terá uma vida tranquila."
"Para quem vê conformismo nessas palavras, uma ressalva: eles não estão propondo que você seja passivospotlight betrelação à vida, mas que aceite as coisas que estão além do seu controle e que já aconteceram", diz o filósofo e psicoterapeuta escocês Donald Robertson.
História do Estoicismo
O estoicismo foi fundado no século 3 a.C. por Zeno, um rico mercador da cidadespotlight betCítio, no Chipre.
Após sobreviver a um naufrágiospotlight betque perdeu tudo o que tinha, Zeno foi pararspotlight betAtenas. Ali, conheceu as filosofiasspotlight betSócrates, Platão, Aristóteles e seus seguidores.
"Ele se deu contaspotlight betque existia um mundo não material que era mais previsível e controlável do que o mundo que ele tinha como mercador. Abraçou as ideias daqueles filósofos e passou a viver uma vida simples e fundouspotlight betprópria escola filosófica", disse Sherman.
Os primeiros estóicos criaram uma filosofia que oferecia uma visão unificada do mundo e do lugar que o homem ocupava nele. O pensamento era compostospotlight bettrês partes: ética, lógica e física.
O estoicismo propunha que os homens vivessemspotlight betharmonia com a natureza - o que, para eles, significava viverspotlight betharmonia consigo próprios, com a humanidade e com o universo. Para os estóicos, o universo era governado pela razão, ou logos, um princípio divino que permeava tudo. Portanto, estarspotlight betharmonia com o universo significava viverspotlight betharmonia com Deus.
A filosofia estóica também propunha que os homens vivessem com virtude, um conceito que, para eles, estava intimamente associado à razão - como explica o filósofo Donald Robertson.
"Se pudermos viver com sabedoria, guiados pela razão, vamos florescer e realizar nosso potencial como seres humanos. Deus nos deu essa capacidade, cabe a nós usá-laspotlight betmaneira apropriada", diz ele.
Sêneca: Como nos blindarmos contra o infortúnio
O estoicismo floresceu durante dois séculos na Grécia Antiga, e por volta do ano 100 a.C., voltou a ganhar popularidadespotlight betRoma. Os textos e ensinamentos dessa filosofia que ainda sobrevivem datam desse período.
Um dos mais conhecidos pensadores dessa época é Sêneca, conselheiro do infame imperador romano Nero. Em uma carta a seu amigo Lucílio, o filósofo fala sobre um dos componentes centrais da virtude: a habilidadespotlight betnos blindarmos contra o infortúnio.
"A maioria dos homens míngua e fluispotlight betmiséria entre o medo da morte e as dificuldades da vida; eles não estão dispostos a viver, e ainda não sabem como morrer. Por essa razão, torne a vida como um todo agradável para si mesmo, banindo todas as preocupações com ela. Nenhuma coisa boa torna seu possuidor feliz, a menos quespotlight betmente esteja harmonizada com a possibilidade da perda; nada, contudo, se perde com menos desconforto do que aquilospotlight betque, quando perdido, não se sente falta. Portanto, encoraje e endureça seu espírito contra os percalços que afligem até os mais poderosos."
A ideia central dessa carta é aspotlight betque devemos não apenas estar preparados para enfrentar as dificuldades da vida - devemos também nos preparar sempre para o pior, explica o italiano Massimo Pigliucci, filósofo e estóico contemporâneo.
"Um exercício muito comum entre estóicos é você se preparar para alguma situação crucial que deve enfrentar perguntando a si mesmo: qual seria o pior desfecho possível para essa situação?"
"A lógica por trás disso é, primeiro, se você já sabe qual seria o pior resultado possível, pode começar a se preparar para ele. Segundo, o exercício serve para lembrar você mesmospotlight betque, se o pior acontecer, você é perfeitamente capazspotlight betlidar com isso. E na verdade, na maioria das vezes, o pior não acontece".
Muitos diriam, no entanto, que para Sêneca o pior aconteceu: acusadospotlight betparticiparspotlight betum complô contra Nero, ele acabou cometendo o suicídio por ordem do imperador. O filósofo, porspotlight betvez, talvez questionasse: "O que é mesmo esse pior?"
Isso porque, para os estóicos, a morte não é necessariamente ruim, e a riqueza não é necessariamente boa, explica o escocês Robertson.
"Para os estóicos, a vida não éspotlight betsi uma coisa boa, é uma oportunidade. E o que importa é o que fazemos dela. Um sábio, um homem ou uma mulher bons podem fazer algo útil com suas vidas, uma pessoa má ou tola pode fazer algo ruim com suas vidas. E o mesmo vale para qualquer coisa que os estóicos consideram estar fora do nosso controle, como, por exemplo, nossa saúde, nossa riqueza ou nossa reputação. Essas coisas são vantagens que a vida nos dá, mas não são intrinsecamente boas. Um homem mau pode usarspotlight betriqueza e reputação para fazer coisas terríveis. Mas nas mãosspotlight betuma pessoa boa, essas coisas podem ser usadas para fins bons", diz Robertson.
Sêneca e Epiteto: Como lidar com nossas emoções
Os estóicos também tinham uma visão particular sobre as emoções - chamadasspotlight betpaixões - que dividiamspotlight bettrês categorias: emoções boas, ruins e indiferentes.
Eles propunham que devíamos colocar nosso foco nas emoções ruins, ou pouco saudáveis, aprendendo a lidar com elas.
Admirado por filósofos ao longo dos séculos, o famoso ensaio Sobre a Ira,spotlight betSêneca, propôs formasspotlight betlidarmos com esse sentimento.
"Sêneca sugere o seguinte: Você tem uma visão a respeitospotlight betalgo ruim que aconteceu. Mas você pode mudarspotlight betopinião sobre aquilo. (Pode dizer a você mesmo que) não foi tão mau assim, que foi um acidente, que a pessoa não tinha essa intenção, ou, que isso não é importante para você", explica Nancy Sherman.
Volta à cena Epiteto, um ex-escravo que viveu no século primeiro da era cristã. No trecho a seguir, extraído do seu manual, ele reflete sobre esse mesmo tema - as paixões e como lidar com elas.
"Os homens são perturbados não pelas coisas, mas pelas opiniões que eles têm delas. A morte, por exemplo, nada temspotlight betterrível, senão tê-lo-ia parecido assim a Sócrates. Mas a opinião que reinaspotlight betrelação à morte, eis o que a faz parecer terrível a nossos olhos. Por conseguinte, quando estivermos embaraçados, perturbados ou penalizados, não o atribuamos a outrem, mas a nós próprios, isto é, às nossas próprias opiniões. Quem acusa os outros pelos próprios infortúnios revela uma total faltaspotlight beteducação; quem acusa a si mesmo mostra que aspotlight beteducação já começou; mas quem não acusa nem a si mesmo nem aos outros revela quespotlight beteducação está completa".
Essas palavras representaram uma verdadeira revelação para muitas pessoas ao longo dos séculos e até hoje, diz Robertson.
"Ele está dizendo que são nossas opiniões sobre as coisas que vão determinar se vamos ou não ficar incomodados a respeito delas. Na verdade, são nossas opiniões que vão determinar nossas emoções mais fortes. E indo ainda mais longe, são os nossos juízosspotlight betvalor, baseadosspotlight betnossas crenças e valores mais profundos, que nos levam a ficar aborrecidosspotlight betrelação às coisas".
"Masspotlight betvezspotlight bettentar suprimir (essas emoções), devemos confrontar as crenças que levam a elas, transformando-asspotlight betemoções saudáveis", explica o filósofo e psicólogo Robertson.
E sobre aquela terceira categoria, a das emoções indiferentes, a ideia era simplesmente ignorá-las.
"Essas são reações emocionais involuntárias. São aspotlight betprimeira reaçãospotlight betrelação a algo, talvez algo que pegou vocêspotlight betsurpresa, e você sentespotlight betpressão sanguínea subindo. Para os estóicos, essa não é uma emoção completa, não está inteiramente sob o seu controle. Então, eles dizem que,spotlight betvezspotlight betlutar contra elas, você deve encará-las como naturais, inevitáveis. Devem ser vistas com indiferença."
Estabeleça suas prioridades e entenda o que está sob seu controle
A busca do auto-controle é central à filosofia estóica. Mas para isso é importante sabermos distinguir o que está sob o nosso controle.
Em resposta a essa pergunta, Epiteto criou duas listas.
"As coisas que estão sob nosso controle são nossos julgamentos, opiniões e valores que escolhemos adotar. E o que não está sob nosso controle é todo o resto, alémspotlight bettudo o que é externo", explica o filósofo italiano Massimo Pigliucci. "O externo aqui inclui minha reputação, minha riqueza e até meu próprio corpo".
"Você pode influenciar seu corpo, manter uma dieta saudável, fazer exercícios. No final, porém, seu corpo não está sob seu controle. Você pode pegar um vírus ou sofrer um acidente e quebrarspotlight betperna".
Segundo Pigliucci, essa distinção permite perceber que se as únicas coisas que estão sob seu controle são seus julgamentos, opiniões e valores, é neles que você deve manter seu foco.
Estóicos: Igualitários e cosmopolitas
Uma característica importante do estoicismo, explica a filósofa Nancy Sherman, é seu espírito igualitário.
"Eles foram os criadores do cosmopolitismo. Somos todos iguais, num certo sentido. Todos compartilhamos uma racionalidade que existe no universo e isso nos torna iguais. Esse pensamento acaba influindo a filosofia política que nasce no estoicismo. É um tipospotlight betiluminismo,spotlight betcerta maneira".
O que resulta dessa formaspotlight betver o mundo é que o ex-escravo Epiteto acabou influenciando um outro filósofo estóico que vinhaspotlight betuma classe social completamente diferente. Trata-se do general e imperador romano Marco Aurélio.
"É uma grande ironia da história. Marco Aurélio, um homem plenospotlight betpoder, privilégios e status, que liderava tropas, sentia que,spotlight betforma a ser virtuoso, precisava praticar o estoicismo. E se inspirouspotlight betEpiteto".
"Enquanto liderava tropasspotlight betcampanhas no Danúbio, à noite, emspotlight bettenda, escrevia meditações para si mesmo. Eram exercíciosspotlight betauto-melhora. Com frequência (eram reflexões sobre) diminuirmos nosso sensospotlight betpoder, percebermos que honra é algo externo a você, é algo que você não pode controlar. Reputação dependespotlight betcoisas externas a você e portanto são seus julgamentos e opiniões que interessam".
Marco Aurélio acreditava também que devíamos nos preparar para lidar com o lado desagradável das outras pessoas, enfrentando-o com a calma e auto-controle típicos dos estóicos. Como ele próprio escreveu no texto a seguir.
"Começa a manhã dizendo a ti mesmo: hoje eu me encontrarei com um homem intrometido, um ingrato, um arrogante, um enganador, um invejoso, um antissocial. Todas estas coisas acontecem a eles por causaspotlight betsua ignorância do que é bom e do que é mal. Mas eu que compreendo a natureza do bem (que é desejável) e do mal (que é verdadeiramente odioso e vergonhoso), que sei, além disso, que este transgressor é meu parente - não pelo mesmo sangue e semente, mas por participação da mesma razão e da mesma partícula divina - eu não posso nem ser prejudicado por qualquer deles, pois ninguém pode me fazer incorrer no que é reprovável, nem posso me irar contra eles, cuja natureza é tão próxima da minha. Porque nascemos para a cooperação, como os pés, como as mãos, como as pálpebras, como as fileiras dos dentes superiores e inferiores. Agir um contra o outro, então, é contrário à natureza; e odiá-los ou rejeitá-los é agir um contra o outro".
O Estoicismo e a Terapia Cognitiva-Comportamental
As liçõesspotlight betresiliência que recebemos dos estóicos inspiraram, mais recentemente, a técnicaspotlight betpsicoterapia conhecida como Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC).
Na décadaspotlight bet1950, desiludido com a abordagem freudiana, o psicanalista americano Albert Ellis se inspirouspotlight betEpiteto e Marco Aurélio para desenvolver uma nova técnicaspotlight betpsicoterapia tida como uma precursora da TCC.
Segundo o filósofo e terapeuta Donald Robertson, o estoicismo e a TCC compartilham uma premissa fundamental:
"A ideiaspotlight betque nossas emoções não são apenas completamente separadas dos nossos pensamentos, crenças e juízosspotlight betvalor. Mas que nossas emoções mais fortes são, com muita frequência, determinadas pelo tipospotlight betjuízosspotlight betvalor que fazemos. E esses juízos são crenças que podem ser verdadeiras ou falsas e portanto podemos aprender a avaliá-las, questioná-las e alterá-las. A terapia cognitiva moderna usa uma técnica chamadaspotlight betquestionamento socrático. Os estóicos usavam essa prática também. Para ajudar as pessoas a refletirem racionalmente sobre suas crençasspotlight betforma a transformar suas emoções".
Exercíciosspotlight betestoicismo para você praticar
spotlight bet 1. Inspirando-se nas Meditações,spotlight betMarco Aurélio, escreva seu próprio diário filosófico (como ensinaram Sêneca e Epiteto).
Antesspotlight betir para a cama, reflita sobre as coisas mais importantes que aconteceram naquele dia, coisas que são importantesspotlight bettermos daspotlight betética pessoal. Pergunte a você mesmo: O que fiz errado? O que fiz certo? E o que ainda precisa ser feito?
spotlight bet 2. Exercíciosspotlight betautoprivação.
Tome banho frio, embora não todos os dias. Os estóicos faziam alguns exercíciosspotlight betautoprivação, como tomar banho frio, sair no frio sem casaco ou jejuar.
Segundo essa ideia, se você se deprivar temporariamente dessas coisas, vai apreciá-las melhor. Vai sentir empatia com pessoas que são privadas dessas coisas. E vai lembrar a você mesmospotlight betque pode sobreviver a esse tipospotlight betsituação.
(Massimo Pigliucci é autor do livro "Como Ser um Estóico - usando a filosofia antiga para viver uma vida moderna")
Frios e conformistas: O que dizem os críticos do estoicismo?
A importância que os estóicos dão ao uso da racionalidade na vida cotidiana acabou criando uma imagem do estóico como pessoa fria, desconectadaspotlight betseus sentimentos.
Para Robertson, essa é uma interpretação superficial do pensamento estóico.
"Em inglês moderno, o estoico acabou virando sinônimospotlight betpessoa reprimida, sem emoções. Mas o estoicismo, escola filosófica da Antiguidade, é muito mais sofisticada e tem uma teoria psicológica bem mais complexa".
O que se busca, explica o filósofo, não é a ausência da emoção e, sim, trabalharmos sobre as emoções que estão sob nosso controle - aquelas que derivamspotlight betnossos valores pessoais.
Mas ao propor que deixemosspotlight betlado e aceitemos tudo aquilo que é externo, que está fora do nosso controle, essa filosofia não estaria gerando pessoas politicamente apáticas e conformistas? - rebatem os críticos.
Em coluna na revista britânica The New Statesman, o filósofo Jules Evans responde que não - pelo contrário:
"O estoicismo cria indivíduos que não podem ser intimidados pelos poderosos porque não têm medospotlight betabrir mãospotlight bettudo ouspotlight betmorrer. Na verdade, são treinados porspotlight betfilosofia para abandonar a vida sem medo ou arrependimento, defender seus princípios racionais acimaspotlight betqualquer ameaça ou suborno".
Para ouvir na íntegra,spotlight betinglês, o programa Forum, do BBC World Service, sobre o estoicismo, clique aqui.
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