As mãos que ajudaram a condenar pedófilo que gravou a si mesmo com meninam casa de aposta2 anos:m casa de aposta

Mãosm casa de apostaJeremy Oketch
Legenda da foto, Mãos do suspeito ajudaram a provar que ele era culpado

m casa de aposta Era uma manhãm casa de apostasábado quando uma mulher ligou para a polícia da regiãom casa de apostaGrande Manchester, na Inglaterra, dizendo que havia encontrado imagens obscenasm casa de apostauma criançam casa de apostadois anos no computador do namorado.

O policial Colin Larkin contou à BBC que sentiu um arrepio no momentom casa de apostaque ouviu a ligação.

"Estava claro que aquela mulher tinha visto algo que não era para ninguém ter visto."

Ela foi até a delegaciam casa de apostaCheadle Heath e, enquanto falava com os investigadores, recebeu um telefonema do namorado. Sem dizer onde estava, falou apenas que voltaria para casam casa de apostabreve. Os policiais foram então atrás dele.

O homem, identificado como Jeremy Oketch,m casa de aposta34 anos, foi presom casa de aposta19m casa de apostajulhom casa de aposta2014. Ele estava totalmente desprevenidom casa de apostacasa e ficou surpreso com a chegada da polícia.

"Ele claramente não tinha noção que a gente sabia", disse o agente Larkin.

As imagens

Jeremy Oketch
Legenda da foto, Jeremy Oketch foi condenado a 15 anosm casa de apostaprisão por abusarm casa de apostauma criançam casa de apostadois anos

"Em 27 anosm casa de apostatrabalho policial, essas foram as piores imagens que eu tive que ver."

"Ver as imagens [do vídeo] foi horrível, mas contar ao pai que a filha, a quem ele amava tanto, tinha sido violentada, foi uma das piores coisas que tive que fazer", relembra.

Larkin conta que tinha certezam casa de apostaque Oketch era o homem que aparecia no vídeo abusando da criança, mas só havia um problema: o rosto dele estava escondido nas imagens e não havia, portanto, provas suficientes para assegurar uma condenação.

O interrogatório

- É você nesses vídeos?

- Nenhum comentário.

- Onde isso aconteceu?

- Nenhum comentário.

- Posso ver suas mãos?

- Nenhum comentário.

Colin Larkin
Legenda da foto, 'Em 27 anosm casa de apostatrabalho policial, essas foram as piores imagens que eu tive que ver', diz o policial Colin Larkin

No interrogatório, os investigadores ficaram impressionados com a atitude fria e sem emoçãom casa de apostaOketch.

"Ele estava lá, sentado, quase entediado", lembra Larkin.

Mas, apesar das negativas do então suspeito e da faltam casa de apostaevidências contundentes para acusá-lo, os detetives tinham uma carta na manga: não conseguiam ver o rosto do agressor no vídeo, mas podiam ver suas mãos. Poderiam então comparar com as mãosm casa de apostaOketch.

Para isso, Larkin pediu a ajuda da professora Sue Black, antropóloga forense do Centrom casa de apostaAnatomia Humana da Universidadem casa de apostaDundee, na Escócia, especialistam casa de apostaidentificaçãom casa de apostacaracterísticas anatômicas, incluindo mãos.

Professora Sue Black
Legenda da foto, A professora Sue Black explica que as articulações e os padrões das veias são únicos para cada pessoa

As marcas que incriminaram Oketch

"Se você vai roubar um banco, você não vai filmar a si mesmo roubando o banco. Se você vai matar alguém, tampouco. Mas se você está abusandom casa de apostaum menor, você vai se gravar cometendo o abuso. É uma formam casa de apostao agressor reviver a excitação das imagens", analisa a professora.

Ela está criando um algoritmo conectado a um banco mundialm casa de apostaimagensm casa de apostamãos, porque atualmente o processo é manual.

"Nós nunca encontramos duas mãos que sejam perfeitamente iguais, mesmom casa de apostagêmeos idênticos", afirma.

"Todas as comparações são feitas visualmente. Trata-sem casa de apostaidentificar as diferenças por comparação, como naquele jogo infantil. Eu tenho duas imagens. O que elas têmm casa de apostacomum e o que é diferente?", explica Black.

O trabalho consistem casa de apostaidentificar cicatrizes, padrõesm casa de apostacorm casa de apostapele e veias superficiais. Segundo ela, durante todo o processo "você luta contra si mesmo para não ser imprudente e dizer logo 'sim, é ele, é ele'".

"Você não pode fazer isso. Você está praticamente procurando algo que diga 'não é ele'."

Mãosm casa de apostaJeremy Oketch
Legenda da foto, Antropóloga forense comparou as mãos do agressor do vídeo e do suspeito

Neste caso, Black extraiu imagens das mãos do agressor do vídeo e comparou com fotografias das mãos do suspeito.

Ela percebeu que as duas imagens tinham características comuns, como uma veiam casa de apostapigmento marrom-escurom casa de apostavolta das unhas e uma linham casa de apostacor ligeiramente avermelhada na unha do dedo anelar.

Concluiu, portanto, que o agressor e o suspeito eram a mesma pessoa: Jeremy Oketch.

"Foi brilhante, além das minhas expectativas. Ela provou, independentementem casa de apostaqualquer dúvida razoável, que ele era culpado", diz Larkin.

Em 12m casa de apostamarçom casa de aposta2015, Oketch foi condenado a 15 anosm casa de apostaprisão.