A históriacomo fazer aposta online na lotofácilamor que levou médica brasileira com doença rara a suspender suicídio assistido:como fazer aposta online na lotofácil

Guilherme e Letícia

Crédito, Rodinei Crescencio

Legenda da foto, Letícia e Guilherme se reencontraram quando ele descobriu que ela-como fazer aposta online na lotofácilex-namorada- havia decidido fazer um suicídio assistido

No iníciocomo fazer aposta online na lotofácilmarço, Letícia havia anunciado, por meiocomo fazer aposta online na lotofáciluma publicaçãocomo fazer aposta online na lotofácilseu Facebook, a viagem que faria para morrer na Suíça. A decisão da médica foi noticiadacomo fazer aposta online na lotofácilportaiscomo fazer aposta online na lotofácilnotíciascomo fazer aposta online na lotofácilCuiabá (MT), onde ela e Guilherme moram. O empresário estavacomo fazer aposta online na lotofáciluma filacomo fazer aposta online na lotofácilbanco, quando olhou o Facebook e se deparou com a informaçãocomo fazer aposta online na lotofácilum site.

"Quando vi que a Letícia queria morrer, o meu chão desabou. Liguei para a minha mãe e comecei a chorar. A gente sempre pensa que essas coisas não acontecem com conhecidos, ainda mais sendo uma pessoacomo fazer aposta online na lotofácilque sempre gostei", diz Guilherme.

Depoiscomo fazer aposta online na lotofácilsaber da decisão da ex-namorada, o empresário, que há anos não mantinha contato com ela, buscou formascomo fazer aposta online na lotofácilconseguir reencontrar a médica. Por semanas, ele ligou para a ex e não foi atendido. "A Letícia estava sempre medicada e sonolenta, então nem se atentava ao celular."

A primeira resposta que o ex obteve foi na última noitecomo fazer aposta online na lotofácilmarço. "Eu tinha saído com uns amigos e passamoscomo fazer aposta online na lotofácilfrente ao prédiocomo fazer aposta online na lotofácilque ela mora. Eu observei que a luz do apartamento dela estava acesa e pedi para pararem o carro. Desci e comecei a ligar incansavelmente", relata.

Em seu apartamento, Letícia enfrentava dificuldades para respirar e estava prestes a ser sedada com morfina por uma enfermeira, para que pudesse descansar. "Eu ouvia as chamadas do telefone a todo instante e isso me irritou muito. Pedi para a minha mãe jogar o celular fora, porque não aguentava mais aquele barulho", conta a médica.

leticia e guiherme

Crédito, Arquivo Pessoal

Legenda da foto, Letícia tem uma doença autoimune e já passou por várias internações

Logo que pegou o telefone, a mãe da médica atendeu a ligação. No outro lado da linha, Guilherme pediu para falar com a ex. "Como a minha sogra me conhece há muito tempo, pediu que eu fosse ao apartamento no outro dia, para me encontrar com a Letícia", relembra o empresário. Na noite seguinte, o ex-casal se reencontrou e passou a retomar o contato.

O reencontro com o ex-namorado é considerado por Letícia como um dos principais motivos para que ela decidisse procurar tratamentos que amenizassem suas dores, pois não há medicações que possam controlarcomo fazer aposta online na lotofácildoença. Ela afirma que o relacionamento a deixou mais disposta e motivou a suspensão do suicídio assistido.

O namorocomo fazer aposta online na lotofácil10 anos atrás

Letícia e Guilherme se conheceramcomo fazer aposta online na lotofácil2007. Ela é médica oftalmologista e ele estava com um grave problemacomo fazer aposta online na lotofácilvisão. "Logo que o avaliei, percebi que ele estava com uma séria infecção na retina. Fizemos o tratamento, que durou seis meses, e ele se curou", lembra a médica.

Mesmo depoiscomo fazer aposta online na lotofácilconcluir o tratamento, Guilherme continuava agendando consultas com Letícia. "Eu dizia que ele não precisava mais se consultar, mas ele queria manter contato comigo e sempre pedia meu email ou telefone, mas eu nunca passava", diz. Depoiscomo fazer aposta online na lotofácilinsistentes convites, a médica aceitou sair com ele. "A gente começou a fazer passeios, um passou a gostar do outro e começamos a namorar", conta Letícia.

Letícia e Guilherme

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Letícia e Guilherme haviam namorado 10 anos antes

Na época, ela havia concluído a formaçãocomo fazer aposta online na lotofáciloftalmologia recentemente e tinha sido aprovada para fazer uma especializaçãocomo fazer aposta online na lotofácilBoston, nos Estados Unidos. Em dois meses, após começar a se envolver com o empresário, ela iria embora do Brasil. Letícia optou por não contar ao rapaz sobre a viagem. "Eu não queria magoá-lo, porque gostava muito dele. Mas eu não poderia me envolver, porque tinha que ir estudar. Não dava para manter uma relação com tanta distância."

Letícia conta que foi se afastando do rapaz, antescomo fazer aposta online na lotofácilir para Boston. "Foi uma forma que encontrei para que a despedida não fosse tão complicada. Eu não tive coragemcomo fazer aposta online na lotofácilfalar sobre a minha partida porque tinha gostado muito dele."

Guilherme somente descobriu sobre a viagem da médica dias depoiscomo fazer aposta online na lotofácilela ir embora. "Eu fui ao consultório dos pais dela, que também são médicos, e eles me contaram. Foi muito triste."

Dois anos depois, a médica voltou ao Brasil. Na época, Guilherme estava casado. Letícia passou a trabalharcomo fazer aposta online na lotofácilum hospital dedicado aos cuidados com os olhos, na capital mato-grossense. Meses depois, ela foi para um congresso sobre retinascomo fazer aposta online na lotofácilCuritiba (PR) e conheceu um oftalmologista. "Comecei a namorar esse outro médico. Ele se mudou para Cuiabá para que a gente ficasse junto."

Ela estava com o então novo namorado, oito anos atrás, quando foi diagnosticada como portadoracomo fazer aposta online na lotofácildermatopolimiosite. A doença, sem cura, é autoimune - quando o organismo ataca células saudáveis do próprio corpo - e atinge os músculos e a pele. "Eu sempre fui uma pessoa muito saudável e praticava atividades físicas. Mas,como fazer aposta online na lotofácilrepente, comecei a ter muitos problemascomo fazer aposta online na lotofácilsaúde e sentir muitas dores."

Letícia e Guilherme

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, O casal se separou quando ela foi fazer um cursocomo fazer aposta online na lotofácilespecializaçãocomo fazer aposta online na lotofácilBoston

O relacionamento com o então namorado, segundo ela, não foi afetado pelo diagnóstico, ao menos a princípio. Eles planejavam se casar. Meses antes da cerimônia,como fazer aposta online na lotofácilmeadoscomo fazer aposta online na lotofácil2013, a enfermidadecomo fazer aposta online na lotofácilLetícia tornou-se mais intensa e ela começou a passar mal com frequência. Durante um eventocomo fazer aposta online na lotofáciloftalmologiacomo fazer aposta online na lotofácilRondônia, a médica teve umacomo fazer aposta online na lotofácilsuas maiores crises até então.

"Eu estava saindo do banho e caí. Me quebrei inteira. Tive uma fratura no fêmur, afundamentocomo fazer aposta online na lotofácilcrânio e também quebrei outras partes do corpo. Fui parar na UTI", relembra.

O grave incidente, segundo Letícia, foi fundamental para terminar o noivado. Ela relata que o então companheiro, ao vê-la sendo levada pela ambulância, não a auxiliou.

"Ele disse, na frentecomo fazer aposta online na lotofácilum montecomo fazer aposta online na lotofácilgente, para eu voltar para Cuiabá, para que meus pais cuidassemcomo fazer aposta online na lotofácilmim. Estava tudo pronto para o nosso casamento, já havia comprado o vestidocomo fazer aposta online na lotofácilnoiva e os convites já tinham sido entregues. Naquele momento, percebi que ele não seria um bom companheiro. Então, antescomo fazer aposta online na lotofácilir para o hospital, entreguei a aliançacomo fazer aposta online na lotofácildiamantes que ele havia me dado e decidi terminar o relacionamento ali mesmo."

A síndrome Asia

O estadocomo fazer aposta online na lotofácilsaúdecomo fazer aposta online na lotofácilLetícia foi piorando com o passar dos anos. Ela revela ter desenvolvido sintomascomo fazer aposta online na lotofácillúpus, passou a ter quedas constantes e desenvolveu osteoporose. Para aliviar a dor, tomava morfina a cada quatro horas.

Diante do quadrocomo fazer aposta online na lotofácilsaúde cada vez pior, ela recebeu novo diagnóstico. Há três anos, um médico do Hospital das Clínicascomo fazer aposta online na lotofácilSão Paulo informou a Letícia que ela é portadoracomo fazer aposta online na lotofáciluma síndrome denominada Asia (siglacomo fazer aposta online na lotofácilinglês para síndrome autoimune/autoinflamatória induzida por adjuvantes). A doença é recém-descoberta, ainda estácomo fazer aposta online na lotofácilfasecomo fazer aposta online na lotofácilestudos e não foi definitivamente reconhecida no mundo científico. Os adjuvantes, que desenvolvem a enfermidade, são elementos externos.

Letícia e Guilherme

Crédito, Rodinei Crescencio

Legenda da foto, Quando descobriu a doença, Letícia namorava outro rapaz. Mas o relacionamento não deu certo quando os sintomas pioraram

No casocomo fazer aposta online na lotofácilLetícia, ela afirma que as prótesescomo fazer aposta online na lotofácilsilicone que colocou nos seios no fim da décadacomo fazer aposta online na lotofácil90, e se romperam anos depois, fizeram com que se tornasse portadora da síndrome. "Quando coloquei as próteses, elas não eram feitas com material totalmente inerte ao organismo, como acreditavam que fosse", diz.

A Sociedade Brasileiracomo fazer aposta online na lotofácilCirurgia Plástica pontua que o rompimento da prótesecomo fazer aposta online na lotofácilsilicone pode causar reações, porém somentecomo fazer aposta online na lotofácilcasos raros. A entidade pondera que a Asia ainda precisa ser estudada.

Entre os sintomas da síndrome estão dores, inflamaçõescomo fazer aposta online na lotofácilmúsculos e articulações, fadiga crônica e perdacomo fazer aposta online na lotofácilmemória. Tais dificuldades foram sentidas intensamente por Letícia ao longo dos anos. "A minha vida se resumia a entrada e saídacomo fazer aposta online na lotofácilUTIs", conta.

O médico informou a Letícia que a Asia não possui cura, apenas tratamentos paliativos - utilizados para amenizar as dores dos pacientes. O medocomo fazer aposta online na lotofácilpassar a vida à basecomo fazer aposta online na lotofácilremédios e sofrendo com dores, que mesmo com medicamentos não eram completamente amenizadas, fez com que a médica decidisse buscar o suicídio assistido.

Ela encaminhou um pedido para tornar-se membro da clínicacomo fazer aposta online na lotofácilmorte assistida Dignitas, na Suíça. A médica enviou exames que atestavam seu estadocomo fazer aposta online na lotofácilsaúde. A solicitação foi aprovada pela unidade e Letícia obteve permissão para passar pelo procedimento, que custa cercacomo fazer aposta online na lotofácilR$ 15 mil. A Suíça permite a práticacomo fazer aposta online na lotofácilpessoas com doenças terminais. No Brasil, o ato é considerado ilegal.

A médica explicou aos pais sobre a decisãocomo fazer aposta online na lotofácilmorrer. "Eles viam a minha dor e sabiam o quanto aquilo me fazia mal. No início, foi difícil para eles, mas acabaram aceitando. Depois, minha mãe pediu para que eu não fosse", relata. Católica, a médica chegou a conversar com padres sobre a decisão. "Eles não se opuseram, nem me apoiaram."

Letícia e Guilherme

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Letícia disse que Guilherme foi um dos principais motivos para desistir do suicídio assistido. O casal se casou pouco após se reencontrar

Depois da repercussão da publicação no Facebook, Letícia ponderou a decisão sobre a morte assistida e suspendeu o procedimento. Dias depois, recebeu um e-mail do médico israelense Yehuda Shoenfeld, um dos principais pesquisadores da síndrome Asia no mundo. Eles dialogaram sobre possíveis tratamentos que poderiam ser buscados pela brasileira.

Em entrevista à BBC News Brasil,como fazer aposta online na lotofácilreportagem publicadacomo fazer aposta online na lotofácil29como fazer aposta online na lotofácilmarço, Shoenfeld afirma que a síndrome Asia não é terminal. "Tem gente que vive 94 anos e tem gente que pode viver quatro meses, assim como acontece com quem tem outras doenças autoimunes. Não significa que alguém vá morrer", diz.

No iníciocomo fazer aposta online na lotofácilabril, Letícia detalha ter recebido um e-mail que a desestimulou na luta contra a síndrome. "O Shoenfeld havia proposto que eu buscasse alguns tratamentos, mas eu já havia feito todos os que ele indicava. Então, ele me disse que sentia muito, mas não tinha mais o que ser feito no meu caso", comenta.

O reencontro com o ex

Mesmo desanimada com a faltacomo fazer aposta online na lotofácilopçõescomo fazer aposta online na lotofáciltratamentos, Letícia manteve a suspensão do procedimentocomo fazer aposta online na lotofácilmorte assistida. Segundo ela, um dos principais motivos que a fizeram querer continuar viva foi Guilherme. "Antescomo fazer aposta online na lotofácilele ir à minha casa, eu não queria receber ninguém, porque pensava que estava feia e não queria visitas. Mas a minha mãe insistiu e acabei deixando que ele fosse me visitar. No nosso primeiro reencontro, conversamos muito e nem vimos a hora passar. Foi então que comecei a reaprender sobre a vida", diz a médica.

Eles retomaram o contato com frequência. Guilherme passou a visitar a Letícia diariamente. "Eu não imaginava que as coisas fossem acontecer tão rápido. Durante os 10 anoscomo fazer aposta online na lotofácilque ficamos afastados, sempre mandava mensagens pra ela, mas nunca havia respostas. Quando eu a via na rua oucomo fazer aposta online na lotofácilalgum lugar, meu coração disparava, mas não nos falávamos", comenta o empresário.

"Eu achava que ele tinha raivacomo fazer aposta online na lotofácilmim, por eu ter ido embora sem avisá-lo. Não respondia as mensagens recentes dele, durante o tratamento, porque não queria ver ninguém", justifica a médica.

Pouco maiscomo fazer aposta online na lotofáciluma semana depoiscomo fazer aposta online na lotofácilse reaproximarem, Letícia e Guilherme voltaram a namorar. Ela, então, pediu que eles morassem juntos. "Eu falei para ele se mudar para o meu apartamento, porque não queria perder tempo. Ele me respondeu que viria, porém eu não acreditei. Mas no dia seguinte ele começou a trazer as coisas dele para a minha casa", diverte-se a médica, enquanto troca sorrisos com o agora marido.

Ao se mudar para a casa da ex, Guilherme desistiucomo fazer aposta online na lotofácilir morarcomo fazer aposta online na lotofácilCuritiba. Ele estava com a viagem planejada para o mês seguinte. "Preferi ficar com ela e recomeçar a nossa vida", diz. Uma das primeiras tarefas dele, ao recomeçar o relacionamento, foi convencer os sogroscomo fazer aposta online na lotofácilque seria uma boa companhia para a médica.

"A Letícia sempre gostou muito do sol e eu disse para a minha sogra que iria fazer a filha dela voltar a enxergá-lo. Também expliquei para o meu sogro que eu realmente gosto dela e, por isso, tinha decidido ficar", diz Guilherme.

O empresário considera que umacomo fazer aposta online na lotofácilsuas maiores missões, desde a retomada do relacionamento, foi aprender a cuidar da companheira. "Ele tinha muito medocomo fazer aposta online na lotofácilaplicar injeção na minha veia. Na primeira vez, quase desmaiou. Mas hoje ele aprendeu e faz certinho", conta Letícia, aos risos.

A ozonioterapia

Em abril, uma médica convidou Letícia para ir a São Paulo passar por tratamento com ozonioterapia, técnica que mistura gás oxigênio com ozônio e pode ser aplicada por meiocomo fazer aposta online na lotofácilinjeções ou via retal. "É um tratamento novo, mas que essa médica me disse que poderia ser muito importante nos cuidados paliativos que tenho recebido", declara.

Letícia conta que Guilherme foi fundamental para que ela decidisse passar pelo tratamento com ozonioterapia. "Eu estava desestimulada, porque não tinha mais nenhuma alternativa. Então, ele insistiu que eu fosse tentar essa terapia. Ele me convenceu e me acompanhoucomo fazer aposta online na lotofácilSão Paulo", diz. Antescomo fazer aposta online na lotofácilpassar pelos procedimentos, ela fez exames para atestar que não teria complicaçõescomo fazer aposta online na lotofácilrazão do tratamento.

Ela relata que se surpreendeu com os resultados que obteve com a ozonioterapia. "Desde as primeiras sessões, comecei a me sentir muito mais disposta e os efeitos da doença não me afetaram mais como antes. Essa terapia me trouxe a vidacomo fazer aposta online na lotofácilvolta", declara.

Conforme determinação do Conselho Federalcomo fazer aposta online na lotofácilMedicina (CFM), a ozonioterapia somente pode ser aplicadacomo fazer aposta online na lotofácilcaráter experimental, ou seja, médicos não podem cobrar pela prática. O CFM argumentou que a decisão foi tomada porque não há estudos que comprovem a finalidade terapêutica do procedimento.

Letícia e Guilherme

Crédito, Arquivo pessoal

Legenda da foto, Atualmente, Letícia faz sessões com ozonioterapia três vezes por semana,como fazer aposta online na lotofácilCuiabá.

Presidente da Associação Brasileiracomo fazer aposta online na lotofácilOzonioterapia, o médico Arnoldo Souza questiona a determinação do CFM e afirma que o conselho não possui embasamentos científicos para classificar a terapia como experimental.

"Isso é frutocomo fazer aposta online na lotofácildesconhecimento e faltacomo fazer aposta online na lotofácilpesquisa sobre o assunto. Países como Alemanha, Portugal, China e Itália utilizam a ozonioterapia e possuem bons resultados, sem graves complicações. Acreditamos que, no Brasil, exista algo além dos obstáculos científicos para essa resistência com a prática", afirma à BBC News Brasil.

No Congresso Nacional, tramita um Projetocomo fazer aposta online na lotofácilLei que propõe a regulamentação da ozonioterapiacomo fazer aposta online na lotofáciltodo o país, como um tratamento complementar. A medida, apresentada pelo senador Valdir Raupp (MDB-RO), foi aprovada por unanimidade na Comissãocomo fazer aposta online na lotofácilAssuntos Sociais (CAS) do Senado,como fazer aposta online na lotofáciloutubro passado. O projeto foi encaminhado para a Câmara dos Deputados, onde aguarda votação.

Atualmente, Letícia faz sessões com ozonioterapia três vezes por semana, agoracomo fazer aposta online na lotofácilCuiabá. "Eu me sinto muito melhor, principalmente nos dias da terapia", pontua. Apesarcomo fazer aposta online na lotofácilhaver diascomo fazer aposta online na lotofácilque as dores são mais intensas, ela conta quecomo fazer aposta online na lotofácilqualidadecomo fazer aposta online na lotofácilvida melhorou nos últimos meses. "Os dias mais difíceis,como fazer aposta online na lotofácilque não consigo nem sair da cama, diminuíram muito. Há quatro meses não tenho grandes crisescomo fazer aposta online na lotofácilrazão da síndrome e tenho consumido muito menos morfina", declara.

Ela toma remédios somente nos diascomo fazer aposta online na lotofácilque as dores a atingem intensamente. "Para a síndrome,como fazer aposta online na lotofácilsi, não tomo nada, porque não há nenhuma medicação para ou algo que possa fazer para reverter meu quadro médico", explica.

O casamento e os planos

Logo que retornaram a Cuiabá, depois das sessões iniciaiscomo fazer aposta online na lotofácilozonioterapiacomo fazer aposta online na lotofácilSão Paulo, Letícia e Guilherme decidiram se casar no civil. A união era um sonho dos dois. "Nós queríamos que fosse o quanto antes", relata a médica.

Em 29como fazer aposta online na lotofáciljunho, os dois se casaramcomo fazer aposta online na lotofácilum cartório da capital mato-grossense. "Acreditei que fossem, no máximo, 20 pessoas. Mas quando chegamos, tinha maiscomo fazer aposta online na lotofácil80. Foi uma surpresa, porque tinha muita gente que não esperávamos que fosse", detalha Letícia. Depois da cerimônia, eles ganharam uma festa surpresa, organizada pela mãe da médica.

Católicos, o empresário e a médica planejam se casar na igreja no próximo ano. "É mais um sonho que vamos conquistar", diz Letícia. Para os próximos anos, o casal também possui outros planos, entre eles ocomo fazer aposta online na lotofácilse tornarem pais. "Por mim, teríamos cinco filhos, porque quero uma família gigante, mas ainda não decidimos", afirma Guilherme.

Mesmo planejando o futuro, como não fazia há anos, Letícia não descarta a possibilidadecomo fazer aposta online na lotofácilrecorrer à morte assistida. "Eu sei que essa síndrome não tem cura. Então, por mais que eu não queira, caso venha uma crise muito forte e eu fique muito tempocomo fazer aposta online na lotofáciluma UTI, cheiacomo fazer aposta online na lotofáciltubos, sei que meu nome ainda está na clínica da Suíça. O Guilherme e a minha família vão respeitar o meu direito a uma morte digna. Mas espero que isso nunca aconteça", afirma.

A declaração da médica é interrompida pelo marido. "A gente sabe que isso não vai acontecer", diz. Reticente, ele completa.

"Mas se acontecer e eu tiver que levá-la para ter uma morte digna, sem precisar passar o resto da vidacomo fazer aposta online na lotofáciluma UTI, respeitarei a vontade dela e a levarei para a Suíça."