Por que alguns especialistas defendem que é incorreto dizer que alguém é inteligente:pagbet mines

Desenhopagbet mineshomem com lâmpada acesa sobre a cabeça

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Legenda da foto, A inteligência normalmente é associada ao pensamento lógico, mas vai além disso

Por isso, quando alguém diz que uma criança é inteligente, por exemplo, está se referindo exclusivamente a uma inteligência lógica, racional e analítica, explica Juliánpagbet minesZubiría, consultorpagbet mineseducação da Organização das Nações Unidas (ONU) para a Colômbia. "Esse é apenas um tipopagbet minesinteligência", diz.

De fato, os especialistaspagbet minesPsicologia não estão todospagbet minesacordo com o significado que consta no dicionário. "O conceitos criados são tentativaspagbet minesexplicar e organizar um grupo complexopagbet minesfenômenos. Mas nenhum responde a todas as perguntas importantes ou tem um caráter universal", destaca a Associação Americanapagbet minesPsicologia no estudo "Inteligência: Conhecimentos e Incógnitas" (Intelligence: Knows and Unknows, no originalpagbet minesinglês).

"De fato, quando se pediu a uma dezenapagbet minesteóricos que definissem inteligência, eles deram duas dezenaspagbet minesdefinições diferentes."

A psicóloga Susana Urbina, que participou desse estudo, diz que "havia um anseio para definir a inteligência como um conceito que todos entendessem".

"Talvez, no século passado, isso tenha sido possível. Hoje, não é mais assim. Não é um conceito simples", diz ela.

Juliánpagbet minesZubiría
Legenda da foto, Pesquisador Juliánpagbet minesZubiría defende que o correto é dizer que uma pessoa 'está' inteligentepagbet minesvezpagbet minesque ela 'é' inteligente | Foto: Arquivo Pessoal

As inteligências múltiplas

De Zubiría defende que, quando dizemos que uma pessoa é inteligente, estamos cometendo alguns erros.

"Primeiro, está falando da inteligência no singular. Isso é um desconhecimento da diversidadepagbet minesinteligências", diz o pesquisador, que monitora milharespagbet minescrianças com capacidade cognitiva alta como partepagbet minesseu trabalho como diretor do Instituto Alberto Merani, sediadopagbet minesBogotá.

Diferentes teorias argumentam que há múltiplos tipospagbet minesinteligência. Uma das mais conhecidas é a do psicólogo e pesquisador americano Howard Gardner, que considera haver as inteligências linguística, musical,lógica-matemática, espacial, corporal-cinestésica, interpessoal e naturalista.

Outras teorias ainda mencionam a inteligência emocional, intrapessoal, criativa e colaborativa, entre outras. "A ideiapagbet minesque havia uma só inteligência conduziu a uma escola dedicada a trabalhar exclusivamente a razão e a lógica", diz De Zubiría.

O segundo erro, destaca o psicólogo, está no verbo empregado na frase "ser inteligente". "Não há pessoas que são ou não são inteligentes, mas há pessoas que estão se tornando mais ou menos inteligentes conforme têm mais ou melhores pais, mestres e ambientes ricos culturalmente", diz.

"Seria preferível dizer o quanto uma pessoa 'está' inteligentepagbet minesvezpagbet mines'é'. Porque, ao dizer 'é', você está pressupondo que é uma capacidade estável."

Urbina, que é especializadapagbet minesavaliações psicológicas, diz que "a frase 'é inteligente' não deveria ser mais usada". "Uma pessoa não nasce sendo inteligente. Tem condições genéticas e físicas para isso e logo vai adquirindo inteligências. O meio ambiente tem muito a ver com isso", explica.

Medindo a inteligência

No início do século 20, o psicólogo francês Alfred Binet inventou o primeiro testepagbet minesinteligência, um exame feito para prever o rendimento escolarpagbet minesuma criança e diferenciar as mais e menos capazes. Esse tipopagbet minesavaliação levou a uma sériepagbet minesoutras.

Susana Urbina
Legenda da foto, 'Uma pessoa não nasce sendo inteligente', defende psicóloga Susana Urbina | Foto: Arquivo Pessoal

"Infelizmente, nós psicólogos fomos os culpados por ter criado testespagbet minesinteligência", reconhece Urbina, professora da Universidade do Norte da Flórida, nos Estados Unidos. Ela diz que estes testes não são determinantes: "Na verdade, são testes que estimam os diferentes tipospagbet mineshabilidades que as pessoas têm."

De Zubiría explica que os testespagbet minesinteligência surgirampagbet mines1905, portanto, foram criados com as ideias que prevaleciam na época. "Hoje, a inteligência analítica é diferente do que acreditávamos há um século", diz.

"Sabemos atualmente que conhecimento não é um bom indicadorpagbet minesinteligência, porque alguém pode não saber muito e ainda assim processar muito bem informações."

Para o professor, esse tipopagbet minesteste deveria ser proibido, porque "acabam discriminando ou supervalorizando uma criança, e seus pais acabam acreditando que ela é muito inteligente porque fez muitos pontospagbet minesum teste criado há maispagbet minesum século".

Inteligência é sinônimopagbet minessucesso?

Os especialistas consultados dizem que a inteligência e o sucesso não andam sempre lado a lado.

"Se a inteligência analítica não é acompanhada por esforço, trabalho, bons orientadores e bons pais, pode ser sinônimopagbet minesfracasso", diz De Zubiría.

Mulheres comemoram formatura

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Legenda da foto, A inteligência nem sempre é garantiapagbet minesuma vida bem-sucedida

Porpagbet minesvez, Urbina defende que há conceitos diferentes sobre o que é sucesso. "Em nossa sociedade, se valoriza muito a riqueza e a inteligência, no sentidopagbet minesque a acumulaçãopagbet minestítulos universitários e postospagbet minestrabalho importantes significa que você é inteligente", diz.

Ambos os especialistas concordam que a inteligência racional e lógica medida pelos testes não é importante na vida.

"Essa ajudapagbet minespouquíssimas coisas. Mas as inteligências que você ajuda no mundo concreto, cotidiano, prático, para resolver problemas do dia a dia, são decisivas", opina De Zubiría.

Para Urbina, a inteligência foi superestimada, porque não é a "única habilidadepagbet minesuma pessoa".

"A compaixão, a compreensão, a ternura e a honestidade são valores que podemos colocar à frente da inteligência. Não quero dizer que a inteligência ou os testes não têm valor. Mas também há porque supervalorizá-las."