'Meu filho prefere ficar trancado no quarto', o desafio dos paisjogos de caça moedascrianças com autismojogos de caça moedasfestas natalinas:jogos de caça moedas

Patrick Zetu
Legenda da foto, O Natal pode ser uma época confusa para crianças com autismo, como Patrick Zetu | Foto: Simona Zetu

"Tentamos uma vez sentar com ele e abrir vários presentesjogos de caça moedasuma vez, mas ele entroujogos de caça moedascrise. Ficou muito mal. Hoje, ele leva até uma semana para abrir todos", diz Harrison.

Ele conta que Daniel têm dificuldade para entender o que está acontecendo. "A salajogos de caça moedascasa fica diferente, a cozinha fica diferente, recebemos cartõesjogos de caça moedasboas festas, as pessoas começam a fazer visitas, há propagandas por toda parte, e ele não vê sentido algum nisso tudo", diz.

"Ele começa a ser comportarjogos de caça moedasforma diferente. Ele gostajogos de caça moedasse trancar no quarto, e faz isso ainda mais durante a épocajogos de caça moedasNatal. Seu quarto é seu santuário."

Medojogos de caça moedasPapai Noel

Daniel e Kevin Harrison
Legenda da foto, Receber todos os presentesjogos de caça moedasuma só vez foi demais para Daniel,jogos de caça moedas11 anos | Foto: Kevin Harrison

Daniel também fica com medo quando vê um Papai Noel. Seu pai acha que ele não entende direito o que significa o Natal. "Ele estudajogos de caça moedasuma escola católica, onde ensinam sobre isso, mas não sabemos ao certo se ele entende o que é Jesus... Dan pensa que tudo se resume aos presentes."

Também é difícil para o menino explicar o que ele quer ganharjogos de caça moedaspresente, o que faz o casal se sentir culpado, porquejogos de caça moedasfilha adolescente, Hannah, sempre ganha o que deseja. A ceia é um momento delicado, porque Daniel desenvolveu um receiojogos de caça moedasse alimentar, após sofrerjogos de caça moedasrefluxo quando era bebê, e nunca fez uma refeição natalina.

"Por anos, ele sequer queria sentar pertojogos de caça moedascomida. Era horrível, nósjogos de caça moedasvolta da mesa e nosso filhojogos de caça moedasseu quarto. Nós nos acostumamos com isso, mas, neste ano, esperamos que algo possa mudar um pouco, e ele consiga comer um poucojogos de caça moedasperu. Vamos tentar oferecer amassadinho ou cortado bem fininho. Mesmo assim, ele leva bastante tempo para comer e precisa ser supervisionado para que não engasgue."

O paijogos de caça moedasDaniel diz que esses contratempos fizeram com que o menino só tenha sido convidado para três festas até hoje. "Pode imaginar como nos sentimos? Não acho que ele se importa, mas é bem difícil para a gente. Mas as crianças [dajogos de caça moedasturma] gostam e cuidam dele."

Desafio duplo

Para Simona Zetu, uma intérpretejogos de caça moedasromenojogos de caça moedasBirmingham, na região central da Inglaterra, o desafio é duplo, já que seu filhojogos de caça moedas4 anos ejogos de caça moedasfilhajogos de caça moedas15 têm autismo. A maior dificuldadejogos de caça moedasPatrick é com a comida. Ele paroujogos de caça moedascomer há quatro meses e, hoje, só bebe leite.

O menino não se sentará com a família para a ceiajogos de caça moedasNatal. Ficará brincandojogos de caça moedasoutra sala. "O problema é mais com a textura e a cor da comida. Não podemos forçá-lo a comer, senão ele engasga."

Crina, Simona e Patrick Zetu
Legenda da foto, Simona Zetu tem dois filhos com autismo, Crina e Patrick | Foto: Simona Zetu

Sua filha, Crina, tem uma dificuldade parecida. Por quatro anos, ela comeu apenas batata frita e molhojogos de caça moedastomate e só passou a fazer as refeições com a família a partir dos 10 anos. Agora, mais velha, ela passou a ter interesse por comida – a culinária japonesa éjogos de caça moedaspreferida no momento – e vai ceiar com os pais no diajogos de caça moedasNatal.

"Os dois comiam normalmente até os 18 mesesjogos de caça moedasidade. Pararamjogos de caça moedasum dia para o outro", diz Zetu. "Parece que estou criando a mesma criançajogos de caça moedasnovo."

Ela conta que Patrick gostajogos de caça moedasabrir seus presentes, mas não entende o que é o Natal. "Ele não parece entender o que está acontecendo."

Luzes e barulhos

Zetu, que se mudou da Romênia comjogos de caça moedasfamília há três anos, diz que era assim também com Crina. "Ela não tinha noçãojogos de caça moedasque o Papai Noel iria visitá-la. Viviajogos de caça moedasum mundo próprio. Depois dos 6 anos, passou a estar mais presente e começou a entender o significado das coisas e a ficar muito animada", diz.

Ela acrescenta que sair às compras na épocajogos de caça moedasNatal com os filhos, com todas as luzes e barulhos, pode ser algo bem difícil.

Patrick e Crina Zetu
Legenda da foto, Zetu conta que seus filhos são crianças muito carinhosas e que adoram beijos e abraços | Foto: Simona Zetu

"Depoisjogos de caça moedasmeia hora, o Patrick senta-se no chão e se recusa a sair do lugar. Ele não chora nem grita, apenas fica sentado. Temos que pegá-lo no colo para ir embora. Já a minha filha prefere ficar na maior parte do tempo na livraria."

Zetu evita fazer visitas a amigos e parentes no Natal sempre que possível. "Se sou eu que tenho visitas, sempre me certifico que os quartos das crianças estão preparados para elas, porque, depoisjogos de caça moedas15 minutos, Crina prefere ir para o seu."

A menina não gosta muitojogos de caça moedasbater papo, porque não vê sentido nisso. Acha melhor ir para seu quarto desenhar, pintar ou ler. "Não mudaria como eles são por nada desse mundo. Tenho muita sortejogos de caça moedaster filhos tão adoráveis e amorosos. Eles gostam muitojogos de caça moedasabraços e beijos. São incríveis", diz Zetu.

"Fico com o coração partido quando conto que eles têm autismo e as pessoas respondem que sentem muito. Não fiquem mal por isso, eles apenas pensamjogos de caça moedasforma diferente. São felizes. Normalmente, quando falamosjogos de caça moedasautismo, só enxergamos a parte ruim. Mas o austismo não se resume às crises."