A inovadora máquina que absorve CO2 da atmosfera e o transformaapostouganhouum gás com valor econômico:apostouganhou
Os dispositivos sugam o ar que está aapostouganhouvolta, e os filtros cobertos com produtos químicos no seu interior absorvem o CO2.
Os filtros são extraídos quando ficam saturados e aquecidos a 100º C, com o calor gerado pela usinaapostouganhoureciclagem.
Esse processo resultaapostouganhougás carbônico puro, que é coletado para ser usado posteriormente.
Meta: US$ 100 por tonelada
A instalação, que captura dióxidoapostouganhoucarbono diretamente do ar, foi desenvolvida pela empresa suíça Climeworks e pode capturar até 900 toneladasapostouganhouCO2 por ano.
O gás é vendido para uma estufa da região e usado para estimular o crescimento das plantas.
Para os desenvolvedores, não se trata apenasapostouganhouuma tecnologia inteligente, masapostouganhouum modeloapostouganhounegócio rentável.
"É a primeira vez que vendemos comercialmente CO2, é a primeira (experiência) desse tipo", explica à BBC o cofundador da empresa, Jan Wurzbacher.
"Precisa ser um negócio, a capturaapostouganhouCO2 não pode funcionarapostouganhououtra maneira."
Atualmente, a Climeworks vende o gás a produtoresapostouganhouverduras e legumes da região por aproximadamente US$ 600 (R$ 1.970) a tonelada.
De acordo com a empresa, o preço alto se deve ao fatoapostouganhouter fabricado todos os componentes do dispositivo a partir do zero. Mas a companhia acredita que os custos cairão rapidamente, uma vez que a produção aumente.
"O número mágico a que aspiramos é US$ 100 (R$ 330) por tonelada", diz Wurzbacher.
"Podemos fazer isso aumentando a produçãoapostouganhoumassa dos nossos componentes. Podemos alcançar (a meta) nos próximos dois ou três anos."
Os múltiplos usos do CO2
Um dos aspectos que torna o CO2 atraente para os desenvolvedores é que o gás tem muitos usos possíveis.
Empresários tentam usar o CO2 como matéria-prima para diversos produtos -apostouganhoualimento para peixes a cimento, passando por bancosapostouganhoucarro e pastaapostouganhoudente.
Ironicamente, os Estados Unidos estão utilizando o gás para estimular a extraçãoapostouganhoupetróleo.
Um dos planos mais ambiciosos é absorver o CO2 e transformá-loapostouganhoucombustível.
Há alguns anos, a montadora Audi anunciou que havia desenvolvido o que chamouapostouganhou"e-diesel", um combustível a baseapostouganhouCO2 e água. A Climeworks forneceu parte do dióxidoapostouganhoucarbono usado nos testes.
Portanto, reduzir o custo da extraçãoapostouganhouCO2 é fundamental para que a ideia funcione.
Mas, embora a criaçãoapostouganhoucombustível e outros produtos a partirapostouganhouCO2 ajude, não é suficiente para alcançar a redução necessária e atingir as metas do AcordoapostouganhouParis.
Não seria mais fácil plantar árvores?
Os termos do acordo especificam que deve haver um equilíbrio entre as emissões antropogênicas (derivadasapostouganhouatividades humanas) e a eliminaçãoapostouganhouCO2 por absorção na segunda metade deste século.
Para alcançar esse equilíbrio, muitos especialistas acreditam que devemos recorrer à tecnologia para eliminar o CO2 do ar.
"Precisamos nos concentrarapostouganhoucolocarapostouganhouprática coisas que já sabemos que funcionam e, ao mesmo tempo, focar no desenvolvimentoapostouganhounovas tecnologias", diz à BBC Glen Peters, do Centro InternacionalapostouganhouPesquisas sobre Clima e Meio Ambiente.
Em 2013, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas sugeriu que a produçãoapostouganhoubioenergia a partir da captura e armazenamentoapostouganhoucarbono (BECCS, na siglaapostouganhouinglês) poderia ser uma opção.
O método prevê o plantioapostouganhouárvores e plantas, que absorvem carbono da atmosfera, com posterior queima da biomassa para geraçãoapostouganhouenergia, capturando o CO2 emitido e bombeando para reservatórios geológicos subterrâneos.
Mas os críticos do BECCS argumentam que a prática demanda o usoapostouganhoumuita terra, que poderia estar dedicada à produçãoapostouganhoualimentos.
Um estudo recente sugere que uma alternativa mais simples, como plantar árvores e gerenciar melhor solos e pastagens, pode ser mais efetiva.
A Climeworks não é contra a plantaçãoapostouganhouárvores, mas sustenta que seu sistema tem uma capacidade maiorapostouganhouabsorção e pode ser reutilizado.
Críticas
Muitos ambientalistas apresentam sérias objeções ao método da empresa suíça, assim como a outros projetos que seguem a mesma lógica.
Eles argumentam que precisamos repensar fundamentalmente a forma como consumimos e produzimos para fazer da sustentabilidade um estiloapostouganhouvida.
"Precisamos dar um passo atrás e questionar quais são os caminhos possíveis para um futuro seguro", diz Lil Fuhr, da Fundação Heinrich Böll.
Outros temem que, se a tecnologia funcionar, os políticos não farão esforços para reduzir suas emissões e usar energia renovável.
Wurzbacher rejeita, no entanto, essa ideia. Segundo ele, é apenas uma questãoapostouganhoutempo.
"Se você tivesse me perguntado isso há 20 anos, eu teria dito sim, devemos nos concentrar na reduçãoapostouganhouemissões. Mas hoje já passamos do pontoapostouganhouque podemos alcançar a meta fazendo apenas isso", diz.
"As pessoas dizem que devemos eliminar dez gigatoneladasapostouganhouCO2 da atmosfera por ano até 2050. Para isso, não é só necessário desenvolver (tecnologia), mas também implementarapostouganhoularga escala. Isso vai levar 30 anos!"
Mas Fuhr discorda. Segundo ele, o discurso faz parte da estratégiaapostouganhouautopreservação da indústriaapostouganhoucombustíveis fósseis.
"Durante muitas décadas, a indústriaapostouganhoucombustíveis fósseis financiou os céticosapostouganhourelação ao clima e, dessa forma, impediu que medidas fossem tomadas (para evitar o aquecimento)", afirma.
"Vimos que isso não funciona. Então,apostouganhouvezapostouganhounegar, eles agora estão começando a apresentar essas tecnologias 'mágicas', que vão ajudar a prolongar a vida dessas indústrias."
"O que estamos vendo é uma mudança na estratégiaapostouganhounegação-prevenção da indústriaapostouganhoucombustíveis fósseis", completa.