Ter menos filhos é ação mais eficaz contra aquecimento global, diz estudo:hm2 poker
"Não estamos sugerindo que isso vire lei ou coisa parecida. Sabemos que a decisãohm2 pokerter ou não filhos é talvez a maior que alguém pode ter na vida, e que muitas pessoas não têm o clima como fator preponderante. Vejo isso mais como uma questão pessoal do quehm2 pokerpolítica pública", afirmou Nicholas,hm2 pokerentrevista à BBC Brasil.
"Apenas quisemos mostrar o impacto que decisões pessoais podem ter nos esforçoshm2 pokerprevençãohm2 pokermudanças climáticas. É importante que as pessoas saibam dessas coisashm2 pokersuas vidas. Especialmente quando mostramos que ações como a reciclagem ou o usohm2 pokerlâmpadas LED", completa a especialista.
As conclusões são derivadashm2 pokeranálises e cálculos que, segundo os pesquisadores, levamhm2 pokerconta uma gamahm2 pokerações individuais, das mais complexas como o controle da natalidade às mais simplórias como a reciclagemhm2 pokerlixo.
Wynes e Nicholas concluem, por exemplo, que ter um filho a menos contribuiria para uma redução médiahm2 poker58,6 toneladashm2 pokerCO2 na atmosfera por ano, uma quantidade muito maior que as outras três principais alternativas recomendadas: viver sem carro (2,4 toneladas), evitar viagenshm2 pokeravião (1,6) e adotar uma dieta vegetariana (0,8).
Mas os pesquisadores da Universidade Lund recomendam tal redução da natalidade apenashm2 pokerpaíses desenvolvidos, usando como argumento o fatohm2 pokerque nações como os EUA, por exemplo, são responsáveis pelas maiores emissõeshm2 pokercarbono na atmosfera (16 toneladas por anohm2 pokerCO2 per capita) e, por isso, teriam que fazer cortes mais drásticos para atingir "níveis seguroshm2 pokeremissões".
O impacto da opção por menos filhos teve como basehm2 pokercálculo o total estimadohm2 pokeremissões dos filhos e demais descendentes divididos pela expectativahm2 pokervida dos pais.
A questão do crescimento populacional já faz parte dos debates sobre impacto humano no meio ambiente e, na última semana, um estudo publicado por acadêmicos da Universidade Stanford (EUA) culpou humanos pelo que classificou como "aniquilação biológica" - a extinçãohm2 pokermassahm2 pokerbilhõeshm2 pokerespécies por causa da superpopulação e do consumo.
Segundo Nicholas, não há um número "mágico"hm2 pokerfilhos a ser tidos ou evitados para obter um melhor resultado ambiental. Para Wynes, que também falou à BBC Brasil, as característicashm2 pokerdesenvolvimento dos países deve ser levadohm2 pokerconta no cálculo. No caso do Brasil, um país aindahm2 pokerdesenvolvimento, o consumohm2 pokercarne e a quantidadehm2 pokeremissão per capita é muito inferior ao dos habitantes dos países altamente desenvolvidos. Por isso, as emissões são menores por pessoa e a diminuição no númerohm2 pokerfilhos não seria tão significativa.
"Nosso estudo se limitou a avaliar as grandes oportunidadeshm2 pokerredução individualhm2 pokeremissõeshm2 pokerpaíseshm2 pokerque há as maiores taxas per capita desse tipohm2 pokerpoluição. Naturalmente, escolher ter famílias menores tem um impacto menor no Brasil. Nos países mais prósperos, o consumohm2 pokercarne é mais alto, e isso aumenta o gastohm2 pokerágua, a necessidadehm2 pokerpastagens e também a liberaçãohm2 pokergases. Daí que ter um membro a menos na famíliahm2 pokerpaíses como os Estados Unidos é relevante para o meio ambiente", diz Wynes.
Em conjunto com a redução do númerohm2 pokerfilhos, a adoçãohm2 pokermassahm2 pokeruma dieta baseadahm2 pokervegetais é uma medida importante no combate ao aquecimento global, aponta Wynes.
"Queremos chamar a atenção para um fator que terá influência justamente sobre o futuro das próximas gerações, que herdarão o mundo. E não mostramos apenas a questão populacional, mas também o impactohm2 pokeruma dieta vegetariana ehm2 pokeruma vida sem carro. Elas também têm impacto positivo", conclui Nicholas.