Cientistas conseguem 'apagar' doença cardíaca genética com ediçãojogo para apostar dinheiroDNA:jogo para apostar dinheiro

Fotosjogo para apostar dinheiroembriões geneticamente modificados

Crédito, OHSU

Legenda da foto, Fotosjogo para apostar dinheiroembriões geneticamente modificados: cientistas conseguiram editar genes que causavam a cardiomiopatia hipertrófica a ser transmitidajogo para apostar dinheiropais para filhos

A "edição"jogo para apostar dinheiroDNA vive uma espéciejogo para apostar dinheiroerajogo para apostar dinheiroouro na ciência, graças a uma nova tecnologia chamada Crisp - considerada a maior invenção científicajogo para apostar dinheiro2015 pela revista Science. Ela tem aplicações variadas, que incluem a possibilidadejogo para apostar dinheiroremover falhas genéticas que causam doenças como câncerjogo para apostar dinheiromama e fibrose cística.

No experimento bem-sucedido mais recente, cientistas da Universidadejogo para apostar dinheiroSaúde e Ciência do Oregon (EUA), do Instituto Salk e do Institutojogo para apostar dinheiroCiências Básicas da Coreia do Sul focaram seus esforços na cardiomiopatia hipertrófica, doença relativamente comum (afeta uma a cada 500 pessoas) que faz com que o coração parejogo para apostar dinheirobater repentinamente.

A cardiomiopatia hipertrófica é causada por uma falhajogo para apostar dinheiroum único gene, e portadores dele têm 50%jogo para apostar dinheirochancesjogo para apostar dinheirotransmitirem-no a seus descendentes.

Concepção

Segundo estudo publicado no periódico Nature, a edição para corrigir esse gene defeituoso foi feita durante o processojogo para apostar dinheiroconcepção.

O espermajogo para apostar dinheiroum homem portador da cardiomiopatia hipertrófica foi injetado dentrojogo para apostar dinheiroóvulos saudáveis e processado com a tecnologia Crisp para corrigir o defeito genético.

A taxajogo para apostar dinheirosucesso não foi absoluta, mas 72% dos embriões gerados ficaram livres das mutações causadoras da doença cardíaca.

"Todas as gerações (descendentes do homemjogo para apostar dinheiroquestão) carregariam essa correção (genética), porque removemos a variaçãojogo para apostar dinheirogene defeituoso da linhagem familiar", diz o pesquisador Shoukhrat Mitalipov, um dos líderes do experimento.

"Com essa técnica, é possível reduzir o fardo dessa doença hereditária na família e,jogo para apostar dinheiroúltimo caso, da população humana."

Avanços

Houve, antes do experimento bem-sucedido, diversas tentativasjogo para apostar dinheirousar o Crisp para corrigir defeitos causadoresjogo para apostar dinheirodoenças sanguíneas. Mas não foi possível consertar célula por célula, o que resultoujogo para apostar dinheiroum "mosaico" mesclando saudáveis e doentes.

Na pesquisa mais recente, porém, esses obstáculos foram superados.

O que não quer dizer que a técnica se tornará rotineira na ciência - a grande questão atual é como aplicá-lajogo para apostar dinheiroforma segura, o que dependerájogo para apostar dinheiromais e mais estudos.

Outra questão diz respeito a quando vale a pena aplicar essa técnica, considerando que já é possível examinar embriões por meio do chamado Diagnóstico Genético Pré-Implantacional, que identifica males genéticos antes que eles sejam implantados no úterojogo para apostar dinheirofertilização in vitro.

No entanto, há cercajogo para apostar dinheiro10 mil distúrbios genéticos que são causados por uma única mutação e que podem,jogo para apostar dinheiroteoria, ser consertados pela aplicação da nova tecnologia.

"Um métodojogo para apostar dinheiroprevenir a transmissãojogo para apostar dinheirogenes afetados (por essas doenças) seria muito importante para famílias (portadoras)", opina à BBC o professor Robin Lovell-Badge, do instituto britânico Francis Crick. "Em termosjogo para apostar dinheiroquando (a tecnologia estará disponível), a resposta é certamente não ainda. Falta um bom tempo até que saibamos se ela é segura."

Nicole Mowbray
Legenda da foto, Nicole Mowbray tem cardiomiopatia hipertrófica, mas não sabe se teria vontadejogo para apostar dinheirose submeter a um procedimentojogo para apostar dinheiroedição genética

Debate ético

A britânica Nicole Mowbray é portadora da cardiomiopatia hipertrófica e tem um desfibrilador implantadojogo para apostar dinheiroseu peito, para o casojogo para apostar dinheiroseu coração pararjogo para apostar dinheirofuncionar.

Mas ela não sabe ao certo se se submeteria a uma edição genética. "Não gostariajogo para apostar dinheiropassar adiante aos meus filhos algo que os fizesse ter uma vida difícil ou limitada. Isso me preocupa quando pensojogo para apostar dinheiroter filhos", diz. "Mas tampouco quero criar a criança 'perfeita'. Sinto que meu problema fazjogo para apostar dinheiromim quem eu sou."

Para Darren Griffin, professorjogo para apostar dinheirogenética da Universidadejogo para apostar dinheiroKent, no Reino Unido, "talvez a maior questão - e provavelmente a que será mais debatida - é se deveríamos estar alterando fisicamente os genesjogo para apostar dinheiroum embriãojogo para apostar dinheirofertilização in vitro. Não é uma questão simples. Ao mesmo tempo, deve entrarjogo para apostar dinheirocena o debate o quanto é aceitável ou não agir quando temos a tecnologia para prevenir doenças fatais".

O estudo americano-coreano foi criticado por David King, do grupo ativista Human Genetics Alert, que descreveu a edição genética como "irresponsável" e "uma corridajogo para apostar dinheirobusca do primeiro bebê geneticamente modificado".

A médica Yalda Jamshidi, especialistajogo para apostar dinheiromedicina genômica na universidade londrina St George's, explica que "o estudo é o primeiro a mostrar, com edição genética, uma correção bem-sucedida e eficientejogo para apostar dinheirouma mutação causadorajogo para apostar dinheirodoenças no estágio inicialjogo para apostar dinheiroembrião".

"Embora estejamos apenas começando a entender a complexidade das doenças genéticas, a ediçãojogo para apostar dinheirogenes provavelmente se tornará algo aceitável quando seus potenciais benefícios, tanto para indivíduos quanto para a sociedade, superarem os seus riscos", acrescenta ela.

Segundo especialistas, a tecnologia Crisp não consegue, no momento, chegar ao extremojogo para apostar dinheiro"projetar bebês geneticamente perfeitos".

O Crisp foi criado para inserir no código genético um novo pedaçojogo para apostar dinheiroDNA modificado - mas, para a surpresa dos cientistas, não é assim que ele funcionou. Segundo eles, o Crisp danificou o gene modificado no esperma do pai e copiou o gene saudável do óvulo da mãe.

Isso significa que, por ora, a tecnologia só funciona quando existe uma versão saudável do gene - seja do pai ou da mãe.

Por isso, "a possibilidadejogo para apostar dinheiroproduzir bebês projetados, que é injustificáveljogo para apostar dinheiroqualquer modo, está ainda mais distante", afirma Lovell-Badge.