5 ideias sobre como conversar com seu filho pequeno para 'construir' seu cérebro:jogo que realmente paga no pix
Para diminuir essas disparidadesjogo que realmente paga no pixlinguagemjogo que realmente paga no pixcriançasjogo que realmente paga no pixfamílias carentes, Suskind crioujogo que realmente paga no pixChicago, nos Estados Unidos, a Iniciativa Trinta Milhõesjogo que realmente paga no pixPalavras, programa que, desde a maternidade e nas visitas pediátricas, ensina pais e mães a respeito da importânciajogo que realmente paga no pixconversar e interagir com os bebês desde seu primeiro diajogo que realmente paga no pixvida, para estimular a construçãojogo que realmente paga no pixnovas conexões neurais no pequeno cérebro que se forma.
"Temos aprendido que os cérebros podem ser construídos - ele se alimentajogo que realmente paga no pixlinguagem ejogo que realmente paga no pixum ambiente enriquecedor provido pelos adultos nos primeiros anosjogo que realmente paga no pixvida", explica Suskind à BBC Brasil.
"Mesmo que o bebê não entenda o que está sendo falado, a linguagem estará formando a arquitetura do cérebro para o pensamento e a aprendizagem. Pais e cuidadores são a força mais poderosajogo que realmente paga no pixconstruir o cérebro das crianças e prepará-las para a escola", acrescenta.
O programa agora tem sido expandido para outras áreas dos Estados Unidos, e Suskind - que também é professora da Universidadejogo que realmente paga no pixChicago - escreveu um livro com base na experiência: Thirty Million Words - Building a Child's Brain (Trinta milhõesjogo que realmente paga no pixpalavras - construindo o cérebro infantil,jogo que realmente paga no pixtradução livre).
Em entrevista à BBC Brasil, ela ensina ideias sobre como usar a linguagemjogo que realmente paga no pixforma produtiva para estimular o cérebro infantil.
1. Ter seu filho como um 'parceirojogo que realmente paga no pixconversas'
Uma das primeiras lições do Trinta Milhõesjogo que realmente paga no pixPalavras é algo já intuitivo para os pais: reagir aos sons, olhares e gestos do bebê desde o nascimento,jogo que realmente paga no pixforma natural e integrada ao cotidiano.
"Se você estiver trocando a fralda dele ou pegando um ônibus, explique isso ao bebê. É uma oportunidadejogo que realmente paga no pixenriquecer o vocabulário dele ejogo que realmente paga no pixmostrar a relação entre um determinado som e o ato a que ele pertence."
Suskind cita pesquisas que mostram que ir além da conversa básica - "vem cá", "coloque seus sapatos", "comajogo que realmente paga no pixcomida" - é um ponto crucial para desenvolver a linguagem das crianças.
É o que ela chamajogo que realmente paga no pix"conversa extra", ou seja, dialogar com a criança e o ambiente ao seu redor e estimular as conversas: "que árvore grande!"; "quem é o menino que está com a fralda suja?"; "qual é o gosto dessa comida?"; "o que você acha que aconteceu com o personagem daquele livro?"
"A quantidade (de palavras) é apenas uma parte da equação. A qualidade da conversa é tão ou mais importante - a riqueza do vocabulário, as idas e vindas da conversa, a forma como você fala", enumera ela à BBC Brasil.
"É importante enxergar o seu bebê como um parceirojogo que realmente paga no pixconversas desde seu primeiro diajogo que realmente paga no pixvida", completa.
2. Ajudar a desenvolver habilidades matemáticas
Pais podem ajudar a desenvolver o senso espacial dos filhos e suas habilidades matemáticas simplesmente ao falarem a respeito disso.
"Se você usar conceitos matemáticos e espaciais - ao, por exemplo, contar os dedos dos pés e mãos, comparar o tamanhojogo que realmente paga no pixum triângulo, usar palavras que se refiram aos diferentes formatos dos objetos - ajudará a preparar as crianças para aprender matemática", explica Suskind.
Um estudo da Universidadejogo que realmente paga no pixChicago pediu a criançasjogo que realmente paga no pixquatro anos que pegassem cartões com pontos desenhados nelesjogo que realmente paga no pixforma a corresponder a um número (por exemplo: ao ouvir o número cinco, pegar o cartão com cinco pontos desenhados). E descobriu que as crianças que haviam sido expostas a mais vocabulário matemático e a noções espaciais conseguiram fazer mais correspondências corretas.
Além disso, argumenta Suskind, é justamente nas "conversas matemáticas" que uma importante disparidadejogo que realmente paga no pixgênero ocorre.
"Um estudo com mãesjogo que realmente paga no pixclasse média e alta mostrou que filhasjogo que realmente paga no pixaté dois anos ouviam a metade das conversas matemáticas do que os filhos", escreve a cirurgiã. "Isso pode afastar as meninasjogo que realmente paga no pixcampos que podem interessá-las. (...) Meninas que escutam que a matemática 'não é seu forte' muitas vezes não vão bemjogo que realmente paga no pixmatemática."
3. Falar positivamente, mas elogiar mais o esforço do que a criança
Segundo Suskind, criançasjogo que realmente paga no pixfamílias carentes chegam a ouvir mais do dobrojogo que realmente paga no pixcomentários negativos - "você está sendo malcriado"; "você está errado" - por hora do que criançasjogo que realmente paga no pixfamíliasjogo que realmente paga no pixmelhor situação socioeconômica.
Também ouvem menos elogios. E, como essas crianças já tendem a escutar menos palavrasjogo que realmente paga no pixgeral, essas expressões negativas acabam tendo um peso maior no desenvolvimento cognitivo delas.
"Como será escutar, repetidamente, que você nunca faz nada certo? É um ambiente infantil difíciljogo que realmente paga no pixser superado", diz Suskind.
"É grande a diferença entre palavrasjogo que realmente paga no pixproibição ('não faça isso', 'pare') ejogo que realmente paga no pixencorajamento ("muito bem'). Causa estresse no cérebro ouvi-las repetidamente. É importante tentar mudar ordens para uma conversa mais produtiva."
Mas se a linguagem negativa e proibitiva pode ser uma barreira ao desenvolvimento e ao aprendizado, será que a resposta é elogiar sempre - e dizer constantemente que seu filho é incrível e inteligente?
"Não", explica Suskind.
Em seu livro, a médica cita pesquisas mostrando que esse tipojogo que realmente paga no pixelogio pode,jogo que realmente paga no pixvezjogo que realmente paga no pixfortalecer futuros adultos, apenas deixá-los passivos e dependentes da opinião alheia.
"O que buscamos não são os olhos (das crianças) voltados para si, felizesjogo que realmente paga no pixautossatisfação, mas sim crianças que vejam uma tarefa e, independentementejogo que realmente paga no pixquão desafiadora ela seja, consigam quase imediatamente pensarjogo que realmente paga no pixcomo ela pode ser cumprida", diz a autora.
"É o que os pais desejam: adultos estáveis, construtivos, motivados", acrescenta.
O caminho para isso, segundo os estudos analisados por Suskind, é reconhecer e elogiar não só a criança, mas o esforço e o empenho delajogo que realmente paga no pixsuas atividades diárias.
Ou seja,jogo que realmente paga no pixvezjogo que realmente paga no pixapenas dizer "você é muito esperta" a uma menina que completou um quebra-cabeça difícil, vá além: "vi que você se esforçou para terminar, e conseguiu. Muito bem!"
Suskind sugere buscar no dia a dia momentosjogo que realmente paga no pixque a criança tenha se destacado.
"A criança ainda está aprendendo o que é se comportar bem. Apontar esses momentos a ela reforça a ideiajogo que realmente paga no pixo que isso significa", explica.
4. Estimular a autonomia,jogo que realmente paga no pixvezjogo que realmente paga no pixapenas a obediência
Suskind cita duas frases que podem ser ditas a uma criançajogo que realmente paga no pixum mesmo contexto:
"Agora guarde seus brinquedos."
"O que devemos fazer com os brinquedos depois que terminamosjogo que realmente paga no pixbrincar?"
"A primeira frase é uma ordem que deve ser cumprida, sem ser questionada. A segunda frase, no entanto, apoia a autonomia da criança. (...) Bebêsjogo que realmente paga no pixum ano cujas mães calmamente sugerem,jogo que realmente paga no pixvezjogo que realmente paga no pixordenarem, regrasjogo que realmente paga no pixcomportamento ganharam, aos quatro anos, mais funções executivas e autorregulação" - que são nossa capacidadejogo que realmente paga no pixnos mantermos centrados diantejogo que realmente paga no pixum problema,jogo que realmente paga no pixvezjogo que realmente paga no pixreagirjogo que realmente paga no pixforma explosiva e violenta.
"Pais que usam a pressão e a autoridade para restringir o comportamento do filho podem obter a obediência no curto prazo, mas, no longo, estão criando condições para baixa autorregulação (da criança), produzindo adultos que podem ter sérios problemasjogo que realmente paga no pixautocontrole", diz a médica.
Além disso, ordens diretas e curtas como "sente", "fique quieto" e "não faça isso" são, segundo Suskind, "o método menos eficientejogo que realmente paga no pixconstruir conexões cerebrais, porque exigem nenhuma ou pouca respostajogo que realmente paga no pixlinguagem".
Talvez seja mais eficiente,jogo que realmente paga no pixvezjogo que realmente paga no pixdizer apenas "coloque seus sapatos", explicar o que está por trás do pedido e a relação entre causa e efeito das coisas: "É horajogo que realmente paga no pixir à escola, então é bom colocar os sapatos para manter os pés secos e quentinhos. Por favor, vá buscá-los".
5. Sintonizar-se com a criança - e entregar-se à "vozinhajogo que realmente paga no pixbebê"
Suskind recomenda prestar atenção ao que está despertando o interesse da criança - uma brincadeira, um objeto - e transformar issojogo que realmente paga no pixtemajogo que realmente paga no pixconversa.
Mais um exemplo: O pai ou a mãe, com as melhores das intenções, senta no chão ao lado da criança com um livro infantil nas mãos. Mas a criança não presta atenção e continua a brincar com seu brinquedo, esnobando o adulto.
Que tal então,jogo que realmente paga no pixvezjogo que realmente paga no piximpor a leitura do livro, entrar na brincadeira da criança e conversar a respeito dela?
"Os pais aprendem a tomar consciência do que o que os filhos estão fazendo e se tornam parte disso, ajudando a desenvolver a habilidade praticada na brincadeira e, por meio da interação verbal, o cérebro infantil", escreve a médica.
Entrarjogo que realmente paga no pixsintonia também envolve, segundo ela, aproveitar todas as oportunidades para ler e cantar com a criança - ou mesmo falar com aquela voz infantilizada que muitosjogo que realmente paga no pixnós usamos com bebês.
"Aquela vozjogo que realmente paga no pixtom cantado é um rico nutriente para o cérebro do bebê, porque ajuda-o a entender os sons das palavras", explica Suskind.
Aqui, mais um alerta: um jeito fáciljogo que realmente paga no pixperder essa sintonia com crianças e bebês é deixar-se distrair pelo celular durante a brincadeira.
"Smartphones estão tomando o lugar da interação pessoal com os bebês e as crianças", critica a médica.
"Só quando a criança é o foco principal dos pais que ocorrerá a atenção necessária para o desenvolvimento cerebral ideal", conclui