'Despacito' não sai dablaze bet sitecabeça? Ciência explica o sucesso das músicas-chiclete:blaze bet site
Especialistablaze bet siteestudos ligados à música, Grahn conta que as canções que geram maior comunicação entre as áreas do cérebro ligadas ao som e às emoções são as que mais agradam.
Mas como fazer essa conexão?
'Guloseimas' para o cérebro
Não há uma fórmula mágica, mas certos elementos funcionam como "guloseimas" para o cérebro.
O primeiro ingrediente é o ritmo. Quando uma canção tem uma batida fácilblaze bet siteseguir, como é o casoblaze bet siteDespacito, ela aumenta a atividade cerebral na zona associada ao movimento, segundo experimentos. Mesmo se a pessoa está totalmente quieta.
Em geral, as canções pop a que estamos expostos têm ritmos familiares, o que até certo ponto é previsível. Essa característica, diz Grahn, funciona como uma espécieblaze bet siterecompensa para o cérebro, pois é agradável que a canção se desenvolva como pensamos que vai ocorrer.
A "mágica", porém, ocorre quando a canção inclui algum elemento que fuja do previsível.
"Trata-se usar a batida, mas fazê-la mais interessante com alguma novidade. Fazer a canção interessante, mas sem tirar muito do que esperamos ouvir", afirma a cientista.
Nahúm García, um produtorblaze bet sitemúsica espanhol, acredita ter encontrado o pequeno detalhe que tornou Despacito algo especial.
"Vocêm riemblaze bet site'Despacito', mas a maneira como o ritmo quebra antes do refrão é uma genialidade", escreveu ele emblaze bet siteconta no Twitter.
Ruptura
García se refere ao que acontece após 1m23sblaze bet sitecanção, momentoblaze bet siteque a melodia para e Fonsi diz pela primeira vez a palavra despacito (algo como "devagarzinho"blaze bet siteespanhol).
É quase imperceptível, mas o fraseado "atravessa" o ritmo durante uma parada da batida.
"A ruptura é radical e faz alusão a intenção sexual da letra (que contém um pedidoblaze bet siteritmo mais lento para o ato), criando uma unidade entre intenção e efeito", disse García emblaze bet sitepágina no Facebook.
"O cérebro se dá contablaze bet siteque houve uma parada incomum, e isso chama a atenção."
Segundo García, esse truque não é muito comum na música pop. Mas... por que esse efeito ocorre apenas na entrada do primeiro refrão?
"Se usadoblaze bet sitenovo, pode cansar", acredita o espanhol. "Não se pode quebrar o ritmoblaze bet siteuma canção muitas vezes, porque isso resultablaze bet siteum esforço para o cérebro."
Canção-chiclete
Psicólogos e cientistas chamam canções-chicleteblaze bet site"vermesblaze bet siteouvido". O termo foi criado por James Kellaris, compositor e professorblaze bet sitemarketing da Universidadeblaze bet siteCincinnati, nos EUA, e cujos estudos têm como tema a influência da música sobre consumidores.
Kellaris argumenta que os "vermes" são normalmente canções repetitivas e pouco complexas sejablaze bet siteritmo, letra ou ambos.
Mas outra característica é justamente que a canção conte com elementos inesperados, como um compasso irregular ou um padrãoblaze bet sitemelodia pouco usual.
"Despacito tem elementosblaze bet siteum 'verme'. É animada, simples, repetitiva e tem um ritmo pegajoso", diz Kellaris.
Mas o especialista americano menciona outros elementos que ajudam a explicar o sucesso, como o atraente vídeo ou o nívelblaze bet siteexposição que as pessoas tiveram à canção.
O êxito é inegável: Despacito já encabeçou as paradasblaze bet sitesucessoblaze bet site45 países e se tornou a primeira cançãoblaze bet siteespanhol a chegar ao postoblaze bet sitenúmero da revista americanablaze bet sitemúsica Billboard desde 1996, quando Macarena tomou o mundoblaze bet siteassalto.
O vídeo da música já ultrapassou a impressionante marcablaze bet site1 bilhãoblaze bet sitevisualizações no YouTube.