Tempestadelogo pagbetareia, furacão e 'dia virando noite' — os eventos extremos que indicam mudanças climáticas no Brasil:logo pagbet
"Aumento dos temporais, ventos fortes, tornados. Também tem as secas mais prolongadas,logo pagbet2001 na região Sudeste,logo pagbet2014/2015 e agoralogo pagbetnovo,logo pagbet2020/2021. Se não fossem as termelétricas, a gente teria ficado sem energia."
Em 2020, Cuiabá, capital do Mato Grosso, registrou a maior temperaturalogo pagbetmaislogo pagbetcem anos: 42,7ºC, segundo medição do Inmet.
Em outubrologo pagbet2020, o Estadologo pagbetSão Paulo registrou a maior alta da história. Foi na cidadelogo pagbetLins, no oeste paulista, onde o Inmet registrou 43,5ºC.
Assis explica que as mudanças na temperatura causam uma alta irregularidade das chuvas. Isso faz com que ocorram mais precipitaçõeslogo pagbetalguns locais e menoslogo pagbetoutros.
Isso é causado, segundo ele, por bloqueios atmosféricos que geram alterações dos ventoslogo pagbetaltitudes mais elevadas.
Assis afirma que essas mudanças são causadas tanto por fatores naturais sazonais quanto por influência do homem, por conta da queimalogo pagbetcombustíveis fósseis.
"Isso impactou diretamente, por exemplo, nos veranicos (períodoslogo pagbetestiagem na estação chuvosa). Eles duravamlogo pagbet10 a 15 dias, mas hoje chega a ficar 30 dias sem choverlogo pagbetjaneiro e fevereiro, impactando o nível dos reservatórios e as lavouras", diz.
Carlos Nobre, cientista do clima, também credita à elevação mundial nas temperaturas os fenômenos atípicos que têm sido testemunhados.
"Vimos ondaslogo pagbetcalor e secas extremas, como alogo pagbet2012 a 2018 — a mais prolongada do Nordeste. Inundações, que aconteciam a cada 20 anos, tivemoslogo pagbet2009, 2012 e 2021. Sem contar o nível recorde do rio Negro, no Amazonas, por conta dos recordeslogo pagbetchuva intensa", explica à BBC News Brasil.
Em junho deste ano, o rio Negro tevelogo pagbetmaior enchentelogo pagbettodo o registro histórico, iniciadologo pagbet1902.
Nobre explica que o aumento das temperaturas causa um desequilíbrio nas chuvas.
"Isso acontece porque o vapor d'água sobe, a atmosfera fica com mais vapor, formam-se gotículas e chove. Hoje, com 1,5ºC a 2ºC mais quente, a seca fica ainda mais rigorosa e a chuva, também", afirma.
Ele explica que o calor também causa mais evaporação e as ressacas se tornam ainda mais fortes. As tempestades geradas nos mares se tornam mais intensas e causam grandes ondas oceânicas.
Desertificação
O meteorologista Franciscologo pagbetAssis afirmou que outro fator causado pelas mudanças climáticas no Brasil é a desertificaçãologo pagbetalgumas regiões.
Uma reportagem da BBC News Brasil apontou que esse processo já engloba uma área equivalente à Inglaterra, no Nordeste e no nortelogo pagbetMinas Gerais.
Um relatório divulgadologo pagbetagosto pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), um órgão das Organização das Nações Unidas (ONU), aponta que o Brasil abriga uma das áreas do mundo onde a mudança do clima tem provocado efeitos mais drásticos: o Semiárido.
Segundo o documento, por causa da mudança do clima, a região — que engloba boa parte do Nordeste e o nortelogo pagbetMinas Gerais — já tem enfrentado secas mais intensas e temperaturas mais altas que as habituais.
Essas condições, aliadas ao avanço do desmatamento na região, tendem a agravar a desertificação.
Assis diz não ser possível afirmar que as mudanças nas temperaturas são ou não sazonais.
"Não é possível saber se isso é um ciclo porque só temos 150 anoslogo pagbetobservação na Terra. Trinta anos atrás estava mais frio, e agora ficou quente e não voltou mais. A medição real dos termômetros só tem 180 anos. Antes disso, havia apenas estudos não tão precisos, feitos a partirlogo pagbetcarbono, simulados e paleontológicos", afirmou o meteorologista do Inmet.
Furacão
Carlos Nobre afirma que os dois únicos registroslogo pagbetfuracões no Brasil foram o Catarina, que atingiu Santa Catarinalogo pagbet2004, e outro registradologo pagbet2019 no Espírito Santo e no sul da Bahia, mas que ficou no oceano.
Ele explica que esse tipologo pagbetfenômeno acontece quando a temperatura da água do mar está acimalogo pagbet27 graus e o vento não tem cisalhamento — mudanças nas direções e velocidades do vento — até uma alturalogo pagbet10 km.
"O Catarina se formou no fimlogo pagbetmarçologo pagbet2004, quando a água estava a 26,5ºC, algo atípico, mas não tinha cisalhamento. Devido a uma situaçãologo pagbetbaixalogo pagbetpressão, ele adquiriu característicalogo pagbetfuracão", detalha Nobre.
Para Nobre, a água vai esquentar nos próximos anos, mas ainda "é uma interrogação se vai haver mais furacões no Brasil".
"Não há dúvidaslogo pagbetque isso tem a ver com as mudanças climáticas. Vimos recordeslogo pagbetcalor no Sudeste, na América Latina elogo pagbettodo o Hemisfério do Sul", diz.
Tempestadelogo pagbetareia
Meteorologista com maislogo pagbet35 anoslogo pagbetexperiência, Assis disse que não se lembralogo pagbetnenhum registrologo pagbettempestadelogo pagbetareia como a que ocorreu neste anologo pagbetcidades do interiorlogo pagbetSão Paulo.
"Esse fenômeno aconteceu porque ficamos muito tempo sem chuvas, e isso causa uma secura e baixa umidade. Quando começaram os primeiros temporais na região, foram registradas rajadaslogo pagbetvento frio e seco. Quando juntou a poeira com a rajadalogo pagbetvento, causou aquela tempestadelogo pagbetareia que escureceu tudo", afirma.
O especialista diz que esse fenômeno já era comum na região no fim dos períodos mais secos, mas com uma intensidade menor.
Para Nobre, a cidadelogo pagbetSão Paulo deveria ser um exemplo para o Brasillogo pagbetcomo a urbanização influencia no aumento das temperaturas e sobre o que pode ocorrer caso o desmatamento e aumento da poluição sejam replicadoslogo pagbetoutras regiões.
"A maior cidade da América Latina é São Paulo, que já aqueceu entre 3,5ºC a 4ºC desde 1950, se tornando uma ilha urbanalogo pagbetcalor. O concreto, o asfalto e a faltalogo pagbetvegetação absorvem o calor e causam chuvas extremas, pois a brisa sobe a Serra do Mar e, ao chegar ao planalto, encontra essa região com ar mais aquecido. O vapor sobe mais rápido, gera nuvens mais intensas e com mais volumelogo pagbetágua", explica.
Para o cientista climático, a COP26, conferência climática globallogo pagbetcurso na Escócia, precisa ser um pontologo pagbetmudança para reduzir a emissãologo pagbetgases do efeito estufa e diminuir o usologo pagbetcarvão e combustíveis fósseis.
"Como vimoslogo pagbetinúmeros estudos, tivemos uma elevaçãologo pagbet1,1ºC na temperatura do planeta e já vemos essas situações extremas, como ondaslogo pagbetcalor, tempestades, deslizamentoslogo pagbetterra, quebralogo pagbetsafra e incêndios florestais. Caso não sejam reduzidas as emissões e a temperatura aumentelogo pagbet1,5ºC, haverá ainda mais consequências", diz Nobre.
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Segundo ele, as emissõeslogo pagbetpoluentes vão aumentar ao menos até 2023. O ideal, na visão do cientista, é que os países, principalmente os mais poluentes, como Estados Unidos e China, se comprometam a reduzir drasticamente as emissõeslogo pagbetpoluentes.
"Ao menos até 2023, elas vão aumentar. A indústria do cimento, do aço e a agricultura estãologo pagbetexpansão. Mas os países deveriam colocar uma meta para reduzirlogo pagbet50% até 2030. É um grande desafio, mas uma COP pode servir para grandes acordos ambientais", defende.
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