Pesquisadores brasileiros desenvolvem técnica que combate epilepsia com pulsos elétricos:baixar app betnacional atualizado
Moraes garante que o fenômeno jamais teria acontecido se o mesmo númerobaixar app betnacional atualizadopessoas tivesse andado sobre a pontebaixar app betnacional atualizadoforma dessincronizada. "A técnica que desenvolvemos — se feita uma analogia entre cada uma das pessoas como sendo um neurônio na rede que compõe o cérebro — interfere na capacidadebaixar app betnacional atualizadocada uma delasbaixar app betnacional atualizadover o passo do vizinho e, portanto, não deixa com que um número grandebaixar app betnacional atualizadopassos seja sincronizado.
O objetivobaixar app betnacional atualizadodessincronizar a rede neural é evitar que uma atividade anômala seja transferidabaixar app betnacional atualizadouma para outra área. Ou seja, o tratamento usa estimulação elétrica dessincronizante para 'bagunçar' o funcionamento da redebaixar app betnacional atualizadoneurônios e evitar assim o sincronismo anormal."
O pesquisador explica que num ataquebaixar app betnacional atualizadoepilepsia essas células do cérebro começam a disparar sinais acima do normal, ou seja, elas ficam hiperexcitadas, e fazem issobaixar app betnacional atualizadohipersincronia. "O que faz com que a crise, que está numa área do cérebro, se propague para outra", explica.
"Voltando à analogia da ponte, imagina que eu desse um headphone para cada pessoa e tocasse a mesma música para todas. Elas dançariam no mesmo passo e a ponte iria balançar. Mas se eu colocasse uma diferente para cada uma, os passos seriam diferentes também e a estrutura não se moveria."
Segundo Moraes, a epilepsia é tratada até hoje com drogas ou cirurgia. "Apesarbaixar app betnacional atualizadojá termos maisbaixar app betnacional atualizadocem anosbaixar app betnacional atualizadohistóriabaixar app betnacional atualizadodesenvolvimentobaixar app betnacional atualizadofármacos para a terapia da doença, houve pouco avançobaixar app betnacional atualizadotermosbaixar app betnacional atualizadoresolver casos clínicos que são refratários ao tratamento com algumas das primeiras drogas disponíveis", diz.
"Elas deixam os neurônios mais lerdos, menos excitados. Mas isso tem efeitos colaterais ruins. Os medicamentos também deixam o cérebro mais lento para outras atividades, como estudar ou trabalhar, por exemplo."
No caso da cirurgia, o que é feito é remover a parte da massa encefálica que está com problema, ou seja, que causa as crises epilépticas. Com isso, tira-se o mal, mas também um grande númerobaixar app betnacional atualizadocircuitos neurais, que podem estar envolvidosbaixar app betnacional atualizadoatividades importantes do cérebro. Além disso, é um tratamento que não pode ser aplicado para todos os casos da doença.
Os pesquisadores pensaram entãobaixar app betnacional atualizadousar um tipobaixar app betnacional atualizadoeletroterapia (de ação muito mais rápida na rede neural quando comparada às terapias farmacológicas) que evitasse o sincronismo da atividade entre áreas, mesmo ao custobaixar app betnacional atualizadoaumentar um poucobaixar app betnacional atualizadoexcitabilidade.
A técnica que desenvolveram, chamada non-periodic stimulation (NPS), é não periódica e dessincronizante. Na analogia da ponte, é como se cada neurônio ouvisse uma música diferente.
Para aplicar a técnica, os pesquisadores desenvolveram um protótipobaixar app betnacional atualizadoum dispositivo microcontrolado. O protótipo atinge as áreas do cérebro onde está sendo gerado o ataque, dessincronizando-as. É um nanofio — um nanômetro (nm) é a bilionésima partebaixar app betnacional atualizadoum metro, sendo que um fiobaixar app betnacional atualizadocabelo humano tem entre 80 mil e 100 mil nmbaixar app betnacional atualizadoespessura) — que será implantado no paciente, parecido com um marca-passo no cérebro. "Na verdade, será um 'desmarcapasso' cerebral, para dessincronizar uma crise epiléptica", explica Moraes.
A diferença para um marca-passo é que esse dispositivo não estará ligado o tempo todo. Só o será quando um ataque estiver para acontecer, pois ele consegue detectar sinais que o antecedem. Mas, a princípio, o paciente terábaixar app betnacional atualizadousá-lo permanentemente.
Isso pode mudar com tempo, no entanto. "Estamos mostrando que existe uma boa possiblidadebaixar app betnacional atualizadoque essa açãobaixar app betnacional atualizadodetectar e dessincronizar possa levar, com o tempo, o cérebro a sofrer alterações e aprender a fazer isso sem o dispositivo", explica Moraes. "Pode ser que depoisbaixar app betnacional atualizadoum tempo usando o equipamento ele possa ser dispensado. Isso seria uma cura, mas ainda estamos muito no iníciobaixar app betnacional atualizadomostrar que isso funciona."
O que eles conseguiram demonstrar até agora é que a técnica tem o potencial para substituir a cirurgia no tratamento das epilepsias que são refratárias a tratamento farmacológico. Além disso, pode ser também uma alternativa ao tratamento com drogasbaixar app betnacional atualizadoalguns pacientes com tipos específicos da doença.
"Fizemos muitos avanços nos ensaios pré-clínicos (com animais), mas estamos apenas no começo dos ensaios clínicos (em humanos)", conta Moraes. "Em suma, temos outros projetos feitos com pessoas que mostram que a 'sondagem' das redes neurais por meiobaixar app betnacional atualizadoestimulação elétrica controlada pode ser uma boa ferramenta diagnóstica e preditiva da ocorrênciabaixar app betnacional atualizadocrises da doença. Ainda não iniciamos os protocolosbaixar app betnacional atualizadobloqueiobaixar app betnacional atualizadoataquesbaixar app betnacional atualizadopacientes, pois precisamosbaixar app betnacional atualizadofinanciamento e parceiros para tocar esta parte do projeto para frente."
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